Percy Jackson E O Sacrifício Do Herói escrita por MandyLove


Capítulo 5
Bônus: Conversando Com O Inimigo


Notas iniciais do capítulo

Oi Pessoal ^-^
Primeiramente me desculpem pela demora tive alguns problemas pessoas essa semana e por falta de tempo não consegui postar a fic ontem. E mesmo que esse capitulo seja um bônus, infelizmente, semana que vem não vou conseguir atualizar a fic.
É IMPORTANTE QUE LEIAM AS NOTAS FINAIS... Enjoy...



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POV Annabeth

Deixei Percy, Damon e Nico no carro e fui até o banheiro que fica ao lado da lanchonete segurando Nina em um braço e no outro levando a pequena malinha que tinha tudo que Nina precisaria para momentos como esse.

O banheiro era mais limpo do que eu pensava, parecia ter sido lavado recentemente.

Abri a pequena malinha e tirei de lá uma toalha a estendendo sobre a superfície plana da pia usando apenas uma mão e coloquei Nina deitada sobre ela.

Minha filha estava fazendo uma careta tão fofa de aborrecida por não ter tido sua fralda trocada ainda que dava vontade de apertar, mas obvio que eu não faria isso. Esperaria ela crescer mais um pouco, Nina era ainda somente um pequeno bebê de três meses.

– Hora de trocar a fralda fedorentinha. – olha eu falando com aquela voizinha de criança pequena que muitas pessoas fazem ao ver crianças e coisas fofas. Às vezes fazer isso é algo que não da para controlar.

Tirei o que eu precisava da malinha e comecei o ardo trabalho, Percy e Nico vivem dizendo isso, de trocar a fralda da Nina. Eu conseguia fazer isso em pouco tempo, mas Percy e Nico demoravam demais mesmo tendo feito isso varias vezes antes.

Sorri ao me lembrar deles trocando fralda, as caretas desgostosas que faziam ao sentir o cheiro da fralda suja, as brincadeiras para as crianças não chorarem ou pararem de chorar.

Era muito divertido ver isso. Sei que pode ser uma cosia malvada da minha parte, mas sempre que podia eu os filmava trocando fralda, dando comida, dando banho nas crianças.

A parte malvada fica quando eu mostro esses vídeos para outras pessoas perto deles os deixando com vergonha, seus rostos parecem que vão explodir de tão vermelhos que eles ficam nessa hora.

Eles tentaram varias vezes pegar esses vídeos de mim, no entanto, eu sou mais esperta do que eles e fiz um “esconderijo” para os vídeos, também a varias fotos desses momentos e as câmeras que eu uso para esse fim.

Usando essas “provas” e uma boa ameaça funcionam bem para eles andarem na linha, mas é difícil. Se Percy já atraia confusão, Nico junto então parece que triplica.

Algumas fotos que não são muito constrangedoras para eles eu coloquei em vários porta retratos que eu espelhei pela casa, principalmente na sala que agora eu teria que arrumar de novo e só de lembrar o estado em que estava a minha sala raiva e frustração crescem dentro de mim.

Raiva porque eles destruíram minha sala completamente restando somente à mesinha de centro e frustração porque eu não podia fazer nada contra Percy e Nico, afinal eles somente fizeram aquilo para salvar as crianças.

Olhei atentamente para minha filha que mexia as perninhas e bracinhos com um sorriso no rosto por estar livre da fralda suja e já estar limpa, pronta para colocar outra fralda no qual eu coloco rapidamente faltando somente a roupinha dela.

Os poucos cabelinhos pretos que minha filha tinha estavam bagunçados em varias direções, foro obra de Percy que fez isso antes de virmos para cá. Seus olhos estavam claros em uma tonalidade que ia mais para o verde bem claro.

Sally disse que Nina se parece com Percy quando ele era um bebê e eu tive que concordar com ela depois que ela me mostrou as fotos de Percy quando bebê. Uma gracinha.

Terminei de colocar a roupinha em Nina, uma bem leve afinal estava muito calor, guardei as coisas que tinha usando de volta na maletinha e foi quando senti um frio percorrer minha espinha no momento em que a porta principal do banheiro foi aberta.

Olhei pelo espelho e quem eu vi me fez prender a respiração por um momento, meu coração começou uma corrida desenfreada, meu cérebro começou a trabalhar rapidamente buscando formas de sair dessa sem que Nina se machucasse.

Pelo menos minha filha iria sair sem nem um arranham, essa era única certeza que eu tinha no momento e nada me impediria de ela se concretizar.

– Você deve se acalmar, Annabeth. – disse ela sorrindo amigavelmente para mim o que me fez ficar desconfiada imediatamente.

Nós duas não tínhamos um passado que se poderia dizer amigável e ela ainda se atreveu a se aproximar do meu Percy. Definitivamente eu queria dar um fim nela, mas ela é imortal então fica difícil, porem seria legal tentar descobri como se mata um imortal.

– E porque eu me acalmaria, Calipso? – perguntei me virei para encara-la.

Apoiei minhas mãos na pia tampando completamente a visão dela sobre minha filha. Eu já tinha um plano formado em minha cabeça, seria arriscado, mas o único que poderia dar certo para minha filha sair daqui sem se machucar.

Quando estudei magia com Peggy sobre isso nunca pensei que usaria, mas as circunstancias não me dão uma outra escolha a não ser partir para isso.

– Você se acalmaria porque eu tenho algo muito importante para te dizer. – disse Calipso e tirou do bolso um chaveiro que me deixou completamente surpresa e chocada.

Esse era o chaveiro do meu sonho, sonho esse que estava se repetindo varias vezes nós últimos meses e que eu não podia contar a ninguém, nem a Percy, por ordem de alguém.

– Sou toda ouvidos. – falei depois de respirar fundo.

Esses foram os cinco minutos mais longos da minha vida. Atena sempre tem um plano e devo dizer que esse é um dos bem mais bolados do que eu já ouvi e foi feito por ela.

– Você sabe que vai ser perigoso, mas vai por um fim em tudo. – finalizou Calipso e eu assenti.

– Você sabe que dia que vai ser? – perguntei segurando Nina protetoramente em meus braços.

– Não, ela colocou outros nisso por causa de Luke, acha que ele não conseguira fazer isso certo e ela esta certa. – disse ela seria. – Você tem que ficar atenta, pode ser a qualquer momento. Quanto mais tempo eles demorarem a conseguir eles...

– Mas tempo teremos para seguir o plano sem riscos. – completei e ela assentiu. Sorri sem humor. – Então acho que vou ter alguns sonhos de premonição.

A porta foi bruscamente aberta e três homens armados com metralhadoras entraram por ela com as armas em punho apontadas em nossa direção.

– Bom trabalho, Capliso. – disse um dos caras vindo em minha direção que eu sabia ser de um grupo de mercenários mandados para pegar Nina, Damon e eu.

Hora de agir como atriz pensei comigo mesmo.

– Tudo que me disse... – olhei com raiva para Calipso e tenho certeza que mandei bem porque o cara que vinha em minha direção parou imediatamente. – Você enganou dizendo que iria me ajudar. Tudo que me contou era mentira?

– Deixou uma filha de Atena zangada. – disse um outro cara sorrindo. Calipso deu de ombros e segui em direção à porta me lançando um olhar significativo. – Isso é legal.

E você vai definitivamente perder a cabeça, pena que não vai ser eu a fazer isso.

– Coloque a criança em cima da pia e fique de costas para mim com as duas mãos na cabeça e não tente nem uma gracinha. – disse o primeiro cara.

Fiz exatamente o que ele me mandou fazer. Ouvi os passos dele se aproximarem de mim lentamente e senti sua mão, que estava coberta por uma luva, tocar o meu pulso.

Foi ai que o som de um corpo indo de impacto ao chão tirou a concentração dele que soltou rapidamente o meu pulso. Mas não tirou a minha concentração.

Virei o corpo rapidamente batendo o braço na metralhadora que ainda estava apontada para mim virando ela em outra direção. Por reflexo o cara apertou o gatilho disparando a arma consecutivamente, porem era tarde de mais e não machucou ninguém causando somente uma crise de choro em Nina pelo barulho dos disparos e buracos na parede do banheiro.

Prensei ele contra uma parede de divisória do banheiro e lhe desferi um soco no rosto e um chute entre suas pernas fazendo o cara ir para o chão como uma fruta madura caindo da arvore. Segurei em seu cabelo levantando o rosto dele um pouco e voltei com tudo no chão deixando o cara desacordado e sangrando no chão.

Senti a aproximação de alguém, mas não tive tempo de reagir e fui presa por dois braços fortes que me levantaram do chão com facilidade.

– É uma pena que não podemos fazer nada com você. – disse o cara, parecendo ser o outro que tinha falado, rente ao meu ouvido e mordeu minha orelha me deixando com muita raiva.

Usando a lateral da parede de divisória tomei impulso com os pés e empurrei nós dois para trás. O cara perdeu o equilíbrio e fomos nós dois ao chão, eu caindo em cima dele.

Pelo canto do olho vi Calipso vindo em minha direção com uma faca ensanguentada em punho. Me desvencilhei dos braços do cara e rolei para o lado no mesmo instante em que Calipso desceu a faca bem no coração do cara.

– Você sabe o que fazer e tenha muito cuidado daqui pra frente. – disse Calipso e eu assenti assistindo ela sair porta a fora do banheiro.

Olhei para os três corpos espalhados no chão do banheiro e constatei que o único que movimentava o peito indicando que ainda estava vivo era o que eu nocauteie, Calipso parece ter feito questão de matar os outros dois, mas eu não tinha que me preocupar com isso.

Não quando ela me falou todas aquelas coisas e agora o mais importante era a minha filha que estava chorando pelo barulho que a metralhadora fez há pouco.

– Ei bebê, não chora, a mamãe esta aqui. – falei enquanto pegava Nina no colo de modo que ela não visse os corpos e peguei a maletinha.

Passei por cima dos corpos dos mercenários que estavam entre mim e a porta e saiu do banheiro respirando profundamente tentando acalmar meu coração que começou a bater desenfreado. O som de novos disparos de armas de fogo chamou minha atenção.

– Deuses, ela não brincou mesmo. – falei enquanto via três mercenários entrarem na lanchonete que tinham acabado de descarregar suas armas.

Procurei pela Maserati de Percy e fiquei aliviada ao ver que ele não estava tão longe de mim. Corri em direção ao carro. Peguei a chave reserva e entrei no carro colocando Nina que acabou dormindo de exaustão em sua cadeirinha.

O rugido alto de um leão fez eu parar imediatamente o que eu estava fazendo e olhar em direção de onde ele vinha. Um imenso leão arreganhava suas presas que brilhavam como aço inoxidável. Eu já tinha ouvido falar dele, Percy e Thalia haviam encontrado com ele anos atrás.

– Leão de Neméia. – murmurei terminando de fechar o sinto de banco de Nina e sai do carro ao ver Nico vindo em minha direção com Damon no colo.

– Vou ajudar o nemo ali. – disse Nico ofegantemente me passando Damon rapidamente e dando meia volta tirando o pingente de lua o transformando em um arco.

Voltei para o carro e coloquei Damon silenciosamente em sua cadeirinha e sentei no banco do motorista. Eu tinha que ser rápida para poder ajudar Percy e Nico.

– Papa. – choramingou Damon.

– Eu vou ajuda-lo. – falei apertando um botão que fica na frente do cambio e uma tela fina saiu por uma fenda logo acima do botão. Digitei o código de segurança do carro e me virei olhando para Damon. – Fique quietinho aqui, vou ajudar o seu pai e volto rapidamente.

– Cudado. – disse ele com cara de choro.

– Terei. – Dei um beijo de despedida em Damon e Nina e sai do carro o trancando ativando assim o sistema de segurança.

Qualquer um que encostar nesse carro levará um tremendo choque que derrubaria um ciclope sem problema nem um. Como eles queriam Damon e Nina vivos duvido que eles tente uma abordagem diferente que não seja a no mano a mano.

Respirei fundo e voltei correndo até o banheiro, eu precisava pegar uma coisa para ajudar os garotos contra o Leão de Nemeia. Seria nojento, mas muito útil.

POV Atena

A vista era linda da mesa a onde ele e eu estávamos sentado em uma confeitaria ao arredor de Miami, local a onde combinamos de nós encontrar. O estabelecimento era novo e por isso não tinha muitas pessoas.

O garçom caminhou em nossa direção carregando em sua bandeja com nossos pedidos. Ele colocou uma xícara de chá na minha frente, na frente da xicara colocou um prato com biscoitos amanteigados com calda de goiabada e para ele colocou um copo de suco de toranja e um prato com um sanduiche.

– Obrigada. – agradeci ao garçom.

– Sempre que precisar. – disse ele abrindo um sorriso malicioso para mim e piscou um olho antes de dar meia volta e ir até a porta entre a cozinha e o salão.

Sem dar importância para o que ele tinha feito levei a xícara de chá aos lábios sorvendo um pouco do conteúdo, chá preto com um pouco de limão.

– Sabe, às vezes eu queria que alguns costumes antigos ainda prevalecessem até hoje. – comentou ele olhando por onde o garçom foi. – Principalmente a parte de não cantar uma mulher acompanhada.

– Devo concordar com você. – falei colocando a xicara no pires. – Mas esse é o preço da modernização da civilização, algumas coisas devem ser perdidas com o tempo.

– Esse garçom teve sorte por Poseidon não estar aqui se não ele perderia algumas coisas também. Soube que Poseidon é bem ciumento. – disse ele sorrindo de canto – Posso pegar um? – perguntou apontando para os biscoitos amanteigados e eu assenti. Ele deu uma grande mordida no biscoito que pegou. – Esses biscoitos são deliciosos.

– Eles não te servem comida não? – perguntei divertida. – Tecnicamente era para estarmos somente desfrutando de coisas leves em uma confeitaria, mas você... – deixei a frase no ar e ele deu de ombros.

– Somente estou aproveitando enquanto posso. – disse ele sorrindo tristemente e eu senti pena dele. – Vou deixar espaço para os doces e além do mais, eles ultimamente estão mais concentrados no final do ritual do que com a comida que estão servindo.

– Você realmente vai fazer isso no final? – perguntei interessada em saber sua resposta mudando de assunto.

– É um plano que não tem como dar errado se formos cuidadosos, vai dar certo e você sabe que eu não deveria estar aqui vagando sobre a terra, ou na terra do Canada. – disse ele dando uma grande mordida em seu sanduiche.

– Eles não estão te vigiando? – peguei um dos biscoitos amanteigados e dei uma pequena mordida, realmente muito delicioso.

– Não quando sua filha e seu genro estão sendo atacados. – disse ele de forma despreocupada.

Beberiquei mais um pouco do meu chá. Só de me lembrar o que minha filha esta passando e no que esta para acontecer não só no seu futuro como no de vários meio-sangues que aceitaram ajuda-la sinto um aperto no coração.

– E não precisa se preocupar. Se conseguirem pegar eles...

– Eu sei. – falei o interrompendo. – Só quero que não seja tão cedo.

Ele sorriu assentindo. Segurei sua mão por cima da mesa e o fiz me encarar nos olhos.

– Quando chegar o momento... – virei sua mão de forma que ficasse com a palma para cima. Coloquei a minha sobre a dele e uma pequena luz emanou entre elas. – ... você só tem que usa-lo. – completei tirando minha mão de cima da sua que agora tinha uma pequena caixinha.

– Obrigado, Atena. – disse ele colocando a caixinha no bolso e depois me estendeu algo, um pequeno cartão de memoria. – E eu acho que você a sabe para que isso serve melhor não enrolarmos por aqui.

– Tenha cuidado. – falei pegando o cartão de memoria e desapareci em uma nuvem de fumaça cinza com cheiro de livros novos.

Eu não podia ficar mais tempo na presença de outro meio-sangue sem que Zeus notasse e eu levasse um belo sermão de meu pai e ele ainda acabe-se descobrindo coisas que não deveria.

Se Zeus soubesse o que eu estava fazendo ele não permitiria porque é algo arriscado e digamos que o Deus dos Deuses pode ser um covarde se tratando de colocar em risco seu posto de todo soberano.

Apareci no quarto meu e de Poseidon e vi meu marido sentado em sua poltrona olhando para a vista que tinha da janela do quarto. Seus olhos logo procuraram os meus quando notou meu aparecimento e um sorriso de canto, sexy, tomou conta de seus lábios.

– Como foi à hora do chá? – perguntou ele se levantando da sua poltrona e vindo em minha direção. Ele envolveu seus braços em minha cintura e depositou um beijo na minha bochecha.

– Rápida de mais, porém... – lhe mostrei o cartão de memoria.

– Se Zeus soubesse disso... Vou adorar estar na hora que ele souber. – disse ele gargalhando pegando o cartão da minha mão e dando um estalado beijo em meus lábios.

– Mais infantil impossível. – rolei os olhos pela atitude dele. 

– Só quero ser feliz e me divertir e o seu pai merece isso. – Ele abriu um sorriso maroto e piscou um olho antes de me beijar com paixão.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo.
Bom, o que eu tenho para falar é que eu vou fazer o possível para diminuir os capítulos de TaL assim como de TOW e esse é o motivo do encurtamento de OKoL também. Essa fic e a de Digimon serão as únicas que continuarei com tudo o que tenho planejado para elas.
Não me entendam mal aqueles que leem as fics por eu fazer isso é que eu gasto muito tempo livre escrevendo as minhas fics, eu até pensei em exclui-las, mas se eu fizesse isso seria muita sacanagem com vocês que acompanham as minhas fics, mesmo que sejam poucas pessoas.
Mas eu quero dedicar mais tempo aos meus livros, ultimamente estou tendo tantas ideias para os meus livros que estão me deixando muito empolgada. Então eu vou colocar um ponto final nas fics e depois vou me dedicar aos meus livros.
Era isso que eu queria falar e espero que entendam. Muito obrigada a todos que leram esse capitulo. Bjs ^.^