Unidos pelo Destino 1 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 14
Capítulo 13




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/260463/chapter/14

Hermione acordou no dia seguinte com certa angustia em seu peito, não sabia o porquê daquilo, então resolveu ignorar. Tomou um banho, se vestiu e caminhou para o salão comunal, lá embaixo encontrou com Gina.

As duas saíram rumo ao Salão Principal, praticamente todos já estavam lá. Elas se sentaram frente a Harry e Ron.

Neste momento um bater de asas rompeu o salão principal. Uma coruja marrom parou frente à Hermione com seu Profeta Diário, ela pagou um nuque pelo jornal, e a coruja se foi.

– Fala serio, você ainda lê isso? – perguntou Ron.

– É claro! – respondeu à morena abrindo o jornal. – Ai meu Merlin!

– O que? – perguntou Gina.

– O ministério! Achou uma nova profecia! Escutem!


“Acaba de ser encontrada uma nova profecia! Fontes confiáveis afirmam que nela esta a salvação do mundo. Seis jovens menores de idade, foram os escolhidos para derrotar Vocês-sabem-quem!

Eu sei vocês devem estar se perguntando. E Harry Potter? Não era ele o eleito?

Sim, ele é o eleito, e a partir de agora, um dos Escolhidos! Agora nos resta saber quem são os outros cinco!

Se usarmos a cabeça, logo vemos que os outros cinco estudam com Harry Potter, talvez ate no mesmo ano! Quem sabe?

Rufo Scrimgeour, o atual Ministro da Magia, esta fazendo de tudo para abafar o caso! Mas não conseguiu, ele foi visto saindo esta manhã de seu gabinete, quando tentamos entrevistá-lo. Ele foi frio, e resumindo, nos deixou no vácuo!

O escutamos conversar com um trabalhador do ministério, ele disse que iria para Hogwarts! E mencionou alguns animais. O que não entendemos foi o uso desses animais, será algum código secreto?

Mais informações, na próxima edição.

Rita Skeeter”.


Um baque ensurdecedor ecoou no Salão Principal, as portas tinham sido abertas com um feitiço Bombarda e estavam em milhões de pedaçinhos. Dumbledore se levantou rapidamente de sua cadeira, junto com os outros professores. O ministro da Magia Rufo Scrimgeour vinha trotando em direção a mesa dos professores, atrás dele Argo Filch vira correndo e Madame Norra atrás dos dois.

– Professor Dumbledore! – ofegou Filch – Eu tentei barrá-lo, mas não consegui.

– Tudo bem Argo. Não foi sua culpa. Diretores das casas levem seus alunos de volta para seus salões comunais, cancelem as aulas por hoje e venham ao meu escritório em seguida, os outros professores, por favor, concertem as portas. Rufo, por aqui.

Os dois saíram pela porta atrás da mesa dos professores. Mcgonagall levou os alunos grifinórios para o Salão Comunal e mandou-os do primeiro ao quinto ano, voltarem para suas camas, às aulas haviam sido canceladas. Só ficaram no salão comunal os do sexto e do sétimo ano. Hermione, Ron, Gina, e Harry se sentaram frente à lareira e encaram o fogo em silencio.


– Quem serão os tais Escolhidos? - perguntou Gina, baixinho.

– Eu tenho uma idéia, mas espero fervorosamente estar errada. - disse Hermione, os olhos no fogo.


•••


– Dumbledore! – brandiu Scrimgeour – Você sabia não?

– Se eu saiba que seis dos meus alunos teriam que matar Voldemort? Sim eu sabia, mas não tinha total certeza.

– Porque não me informou?

– Porque o que acontece na minha escola, não diz respeito ao ministério, Rufo. – ele suspirou – Eu já tinha ouvido essa profecia, há muitos anos atrás, só não sabia quem eram os alunos. Ora! Varias gerações passaram por essa escola! Como eu saberia exatamente os donos desses Patronos?

– Diz a lenda da Profecia que os medalhões passaram de diretor em diretor dessa escola, até um deles os perder.

– É tudo verdade. Os medalhões passaram de diretor em diretor, foram perdidos, mas encontrados pelo antecessor de Dippet, que passou-os para ele, que os passou para mim.

– Porque nunca se pronunciou nem nada? – disse o ministro andando de um lado para o outro.

– Porque não era hora! – disse Dumbledore se levantando num salto de sua poltrona – Agora sim, o mundo esta quase destruído! Voldemort esta acabando com tudo.

– Só me responda uma coisa! Harry Potter é um dos Escolhidos?

– Segundo Rita Skeeter, sim.

Scrimgeour encarou Dumbledore severamente. Neste momento Mcgonagall, Sprout, Snape e Flitwick adentraram o aposento redondo. Cada um deles segurava um exemplar do Profeta Diário.

– É verdade Dumbledore? – perguntou Mcgonagall – Os Escolhidos estão em Hogwarts?

– Sim. Estão, e eu sei quem são. Por favor, Minerva, vá a sua casa e me traga Harry Potter, Hermione Granger e Ronald e Ginevra Weasley. Flitwick me traga Luna Lovegood, Sprout vá às cozinhas e traga um chá para o ministro, por favor, ele parece em choque. E Severo, vá às masmorras e traga Draco Malfoy.

Os quatro se retiraram rapidamente da sala, Dumbledore encarou o ministro.

– Weasleys? – perguntou o homem – Filhos de Arthur Weasley?

– Exatamente.

•••


Um homem adentrou as masmorras como um morcego, seus alunos do sexto e do sétimo anos estavam ali, sentados, sérios. Ele procurou uma cabeleira loira platinada. O achou próximo a Pansy Parkinson.

– Sr. Malfoy. Venha comigo. – disse simplesmente.

Draco se levantou, e foi.


•••


O homenzinho baixo adentrou o amplo e circular salão comunal, os alunos do sexto e do sétimo ano estavam ali, todos apreensivos.

– Srta. Lovegoog, venha comigo, por favor.

– Eu sabia. - disse Luna sorridente e se levantou, seguindo o professor para fora.


•••


A mulher de aparência severa adentrou o Salão Comunal grifinorio rapidamente.

– Harry Potter! – gritou, pois os alunos conversavam alto, o silencio predominou ao verem McGonagall - Hermione Granger, e os irmãos Weasley. Para a diretoria agora.


O quarteto saiu junto com a diretora, eles caminharam em silencio. Quando adentraram a diretoria viram os professores Flitwick e Snape, juntamente com Draco Malfoy e Luna Lovegood, Dumbledore e Scrimgeour. Com um aceno da varinha, cadeiras voaram pela sala e se postaram frente à escrivaninha do diretor.

– Por favor, sentem-se.

Os alunos e os diretores das casas se sentaram.

– Bom. – ele respirou fundo – Creio que todos leram o Profeta Diário esta manhã. E é verdade. A lenda é verdadeira. Os Escolhidos existem.

Os alunos se entreolharam curiosos. Não tinham idéia do que Dumbledore falava.

– Tudo começou...

– Ora, por Merlin Dumbledore! – exclamou o ministro – Você vai contar tudo a eles? Desde o começo?

– É claro Rufo. Eles têm o direito de saber.

– Ah, eu não vou ficar ouvindo essa baboseira toda! – ele se levantou bruscamente da cadeira onde estava sentado – Vou-me embora, mandarei uma coruja em breve.

E saiu escritório a fora.

– Aos professores, peço, por favor, que se retirem, já conhecem esta historia. Não precisam ouvi-la outra vez.

Os diretores das casas também saíram escritório a fora, Snape fora o ultimo, olhou fixamente para Dumbledore, que assentiu com um gesto de cabeça. Então ele também se foi.

O diretor olhou fixamente para os seis alunos ali presentes, em seguida fez um aceno com sua varinha. Seis caixinhas pretas levitaram de dentro de um armário e pararam sobre sua mesa. Ele mirou as caixas por alguns segundos e começo a falar:

– Hogwarts foi fundada há mais de mil anos, a data exata é incerta, pelos quatro maiores bruxos e bruxas da época. As quatro casas da escola foram batizadas em homenagem a eles, como vocês sabem: Godric Gryffindor, Helga Hufflepuff, Salazar Slytherin e Rowena Ravenclaw. Eles construíram o castelo juntos, longe dos olhares curiosos dos trouxas, porque era uma época em que a magia era temida pelas pessoas comuns, e os bruxos e bruxas sofriam muitas perseguições.

Ele fez uma pausa.

– Durante anos, os fundadores trabalharam juntos, em harmonia, procurando jovens que revelassem sinais de talento em magia e trazendo-os para serem educados no castelo. Mas então surgiram os problemas. O Ministério da Magia que tinha sido criado a pouquíssimo tempo, encontrou uma profecia envolvendo os quatro, quando eles souberam, deixaram o castelo e foram ouvi-la.

Dumbledore se levantou e caminhou para a janela, olhou o horizonte e seguiu:

– A tal profecia, dizia que seis jovens iriam nascer no mesmo ano e iriam estudar juntos. Os seis seriam herdeiros dos quatro fundadores de Hogwarts. Criando a união entre as “raças”, sangue-ruim e sangue-puro. Os seis seriam os escolhidos para salvar o mundo, tanto bruxo quanto trouxa de um mal que nunca se vira igual.

– Voldemort – disseram os seis juntos.

– Exatamente.

O diretor caminhou para o outro lado da sala e parou observando um quadro.

– Helga Hufflepuff e Salazar Slytherin não gostaram nada da idéia. Helga porque não seria capaz de escolher somente um herdeiro, e Salazar porque não queria misturar os seus nobres sangues-puros com os chamados sujos, sangues-ruins.

Ron encarou Malfoy de cara feia.

– Mas com muita insistência de Rowena, ele aceitou escolher um herdeiro, mas somente um. Rowena escolheu dois, Helga não conseguiu escolher um herdeiro então se retirou. Godric teve que escolher três.

Dumbledore contornou sua mesa e voltou a se sentar.

– Godric Gryffindor, Rowena Ravenclaw e Salazar Slytherin juntaram seus poderes e criaram seis medalhões – ele olhou para as seis caixinhas paradas, lado a lado ainda flutuando, os garotos arregalaram os olhos – Os medalhões deveriam ser entregues aos seis garotos. Passaram-se séculos e décadas, os medalhões passaram de diretor em diretor, até que um dos diretores os perdeu.

Ele mirou com reprovação um quadro pendurado na parede, com um homenzinho gordo e careca, que dormia.

– Ficaram anos perdidos, até que, outro diretor de Hogwarts os procurou e os encontrou. Esse diretor foi o antecessor do professor Dippet, meu antecessor. Ele os passou a mim, antes de morrer. E aqui estão eles. – ele apontou para as caixinhas pretas. – Cada um tem um desenho de um animal, como vocês podem ver. Nenhum diretor de Hogwarts descobriu o significado exato dos animais desenhados. Só o professor Dippet. Ele me contou antes de morrer, que os animais tinham relações com os Patronos.

Hermione ofegou horrorizada.

– A senhorita entendeu, não? – ela assentiu com as mãos na boca – Ninguém sabe a aparecia dos medalhões.

– Co-como não? – perguntou Hermione.

– As caixas só poderão ser abertas pelos verdadeiros escolhidos. E são vocês. Um herdeiro de Slytherin – ele apontou para Draco – Três de Gryffindor – apontou para Ron, Harry e Gina – e duas de Ravenclaw – apontou para Hermione e Luna.

– Pêra aê. – disse Harry indignado – Como a Hermione pode descender de Ravenclaw sendo que ela pertence à Grifinoria?

– Muito bem Srta. Granger – Dumbledore sorriu para ela. – Você não contou a eles. Não importa se ela é da Grifinória, seus antepassados são descendentes de Ravenclaw. Voltado ao assunto. Vocês seis são os escolhidos para acabar com o mal e salvar o mundo.

– Professor – disse Luna – Como o senhor descobriu que somos sós?

– Os Patronos Srta. Lovegood.

Os garotos continuaram sem entender, só Hermione entendera algo.

– Desde que vocês seis entraram em Hogwarts, só me arrumaram problemas, e só arrumaram confusões. Foram de ida ao encontro de um cão de três cabeças, adentraram uma Câmara Secreta, lutaram com dementadores, mandaram um dragão para a Romênia, e muitas coisas mais. – ele sorriu – De qualquer modo, os seis sempre se descaram da multidão. Sendo o melhor em Quabribol – ele olhou para Harry - ou o mais inteligente – olhou para Hermione – ou o mais mimado – olhou para Draco. – Vocês sempre foram diferentes dos outros a meu ver, é claro.

Ele respirou fundo.

– Há alguns dias atrás, eu estava arrumando meu armário e achei os medalhões. Então pensei, porque não? E os chamei aqui. Quando descobri os patronos de vocês, acabei com a minha incerteza e matei a charada. Harry Potter, um veado. – a primeira caixinha com a sombra de um veado levitou mais alto que as outras e caiu nas mãos de Harry – Não abra! – alertou Dumbledore e seguiu entregando as caixinhas, que uma a uma iam de encontrou ao seu “dono”. – Abram juntos, quando eu autorizar. Um... Dois... Três... Agora.

Os seus abriram as caixinhas pretas e luzes coloridas saltaram dali. Dentro de cada uma delas havia uma corrente prateada. Preso a corrente, um medalhão brilhava. O de Hermione era uma pedra ametista, cor de rosa. O de Gina um rubi, vermelho. O de Luna, pedra de âmbar, amarelo. O de Draco uma esmeralda, verde. O de Harry uma safira, azul escuro. E o de Rony um topázio, azul claro.

Dumbledore se levantou rapidamente e foi olhar os colares.

– Eu estava certo. – sorriu convicto – Vocês são os escolhidos. Coloquem as correntes, e quando precisarem de ajuda, ela vai vir. Boa noite.

Os seis saíram da sala circular pasmos. Eles não tinham idéia do que os esperava Hogwarts a fora. Eles podiam tentar, mas nada adiantaria, os seis eram, a partir daquele momento os Escolhidos, e estariam desde aquele momento, Unidos pelo Destino.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!