Pov. Fred Weasley

Depois de aquela grande bomba cair em cima de todos nós, percebi que o comportamento de Hermione não estava sendo mais o mesmo.

Ela ficou triste, mas, por um lado, todos nós estávamos. Nunca poder voltar a Hogwarts, mesmo querendo somente ver seus amigos, nada nunca mais seria como antes.

As notícias de meu pai não foram nem um pouco boas, mas tínhamos que ser fortes para podermos superar os tempos em que estamos passando. Hermione estava no quarto de Gina e fui ao seu encontro, ver como ela estava.

-Oi – eu disse chegando lá. Seus olhos inchados davam a ideia de que ela estava chorando, mas resolvi não perguntar. – Tudo bem com você?

-Oi – disse ela triste. – Não estou nem um pouco bem – disse. Nesse momento sentei-me na cama ao seu lado. – não estou mal pelo fato de nunca podermos voltar a Hogwarts. Bem, seria bom voltar a Hogwarts, mas estou mais preocupada com meus pais.

-Eles vão ficar bem – eu disse tentando acalmá-la.

-Não sei se vão – disse ela. – Voldemort e seus seguidores parecessem querer destruir todos os trouxas, fazendo com que somente haja bruxos. Não vê os desaparecimentos e os desastres que andam acontecendo? Acho que eu deveria ficar perto de meus pais, para eles poderem ter alguma chance de se defender.

-Acho que essa sua ideia pode dar errado e Voldemort vai acabar conseguindo prestar mais atenção em seus pais. Você não consegue se defender sozinha de vários comensais. – eu disse, mesmo sabendo que cada palavra que eu dissesse seria ignorada por ela, porque quando Hermione tinha uma ideia não era fácil tirá-la de sua cabeça.

-Ou vou até eles ou eles vêem para cá – disse ela. – Eles podem estar correndo perigo e não quero que nada os aconteça.

Não tinha como fazê-la pensar em alguma coisa, o que me obrigou a ir até meus pais para deixarem os pais de Hermione vir ficar conosco, mesmo eu pensando que não teria nenhum lugar para os dois.

-Acho que não é uma boa ideia – disse minha mãe. Ela estava cozinhando enquanto meu pai lia as notícias do Profeta Diário. – Não que eu não goste dos pais de Hermione, mas é muito mais provável que eles corram mais perigo aqui do que na casa deles, pois Voldemort se tiver a chance, não vai descartar a ideia de nos atacar.

O que ela havia dito naquele exato momento fazia todo o sentido, mas chegamos à conclusão de que uma guarda seria posta para não deixar nada acontecer, mesmo que não houvesse nenhum perigo.

Na hora do jantar, Hermione já estava bem mais feliz com tudo aquilo, ela parecia muito mais tranquila com as coisas, os pais dela também estavam mais tranquilos, não precisariam se preocupar com nada relacionado a sua própria segurança.

As coisas estavam acontecendo muito devagar em casa, não podíamos ficar de braços cruzados esperando que Voldemort derrubasse e conquistasse todo o mundo bruxo.

Eu estava tentando dizer isso a minha mãe enquanto ela estava em casa tomando conta de tudo, parecia feliz, mas a expressão em seu rosto mudou completamente quando lhe disse que tínhamos que agir.

-Não está pensando que não estamos fazendo nada não é? – perguntou minha mãe. – Temos que observar cada coisa que acontece no Ministério antes que possamos agir, mas nada podemos fazer por enquanto.

Ela não pode fazer nada, mas eu posso. Estava cansado de ficar sem fazer nada e sei de mais gente que também estava. Certamente, Jorge também queria um pouco de ação.

Parei de conversar com minha mãe e fui para meu quarto, lá, encontrei com Jorge tentando ver como ele podia aperfeiçoar alguns de nossos logros.

-Oi – eu disse.

-Olá – disse ele.

Fui mais perto de você para que ninguém pudesse ouvir o que eu estava prestes a dizer.

-Sei que você está cansado de ficar aqui sem fazer nada – eu disse e logo contei tudo o que eu pensava em fazer. Seus olhos brilhavam a cada palavra que eu dizia.

-Temos que contar isso aos outros – disse ele. Resolvi que ele deveria chamar os outros para nos encontrar em nossos quartos logo depois do jantar de hoje e concordou.

O dia passou um pouco mais devagar do que eu estava pensando e certamente o motivo desse acontecimento foi o fato de que eu estava muito ansioso para a noite chegar.

Finalmente chegou o momento em que eu contaria a todos o plano que tive, mas não sei se daria certo ou não. Era um pouco perigoso para os dias de hoje, com Voldemort atormentando cada um que entrasse em seu caminho.

Jantamos, todos, com exceção de meus pais, sabiam que nos encontraríamos as escondidas, mas acho que algum deles poderia não ir, com medo de que algo desse errado.

Depois do jantar, eu e Jorge fomos para nosso quarto, esperando cada um que ainda estava jantando, mas não demoraram muito e, felizmente, todos foram ao encontro.

-O que viemos fazer aqui? – perguntou Rony. Fora ele, Gina, Hermione e Harry também estavam lá, ansiosos para o que viria a seguir.

-Tive uma ideia – eu disse. – Pode ser que algum de vocês seja contra, mas antes me deixem terminar de falar. Sei que estão cansados de ficar somente aqui sem poder fazer nada e sabemos que a Ordem não é mais a mesma de antes. Eles querem somente nossa proteção, a culpa não é de meus pais nem dos seus, nem de Sirius, mas se não agirmos sozinhos, vai haver um momento em que Voldemort não poderá mais ser parado.

-O que você supõe então? – perguntou Gina.

-Vamos fugir – eu falei e todos pareceram concordar com minha ideia, logo depois de eu ter falado. Foi nesse momento que percebi que eles tinham o mesmo pensamento que eu.

Apesar de tudo, teríamos que ter um pouco mais de elaboração nesse plano, ou não teríamos chance em relação ao que nos espera do lado de fora.

-Mas como vamos fugir sem que nos vejam? – perguntou Rony.

-É simples – disse Hermione. – Temos que juntar nossas coisas e darmos o fora daqui imediatamente, antes que eles nos peguem, sairemos ainda hoje.

O que ela disse foi muito bom para fazer com que todos pensassem que conseguiríamos, sei que não será muito fácil escapar com meus pais em casa, mas, se conseguíssemos, seria algo muito bom de se fazer.