Fred e Hermione:Um amor Fora de Série escrita por Yan Bertone


Capítulo 22
Será o fim?




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Pov. Harry Potter

A mediada que Voldemort se aproximava de mim, mais a minha cicatriz doía, mas não era problema algum se pensasse que em poucos minutos estaria morto.

A estranha sensação de pensar em morrer e se preparar para isso, pois não tinha outra maneira a não ser fazer isso, sendo que era impossível mover alguma parte de meu corpo, mas se pudesse, faria Voldemort engolir sua varinha com tanta força que atravessaria sua garganta de uma só vez.

Não sei por que estava pensando de maneira tão agressiva, mas era assim que conseguia tirar a dor de minha mente, apesar de querer que houvesse outra maneira.

- Vejam só. – disse Voldemort – Harry Potter vai finalmente morrer. – um grande sorriso iluminou seu rosto – E vai ser hoje.

Estava perto demais para dar até mesmo para sentir sua respiração, a varinha estava erguida e apontando para minha direção. Eu não estava sentindo a mesma coisa do que a última vez que lutei contra ele, dessa vez era uma incrível sensação de que nada me aconteceria.

Da maneira que eu estava só era possível enxergar os dois comensais mais fiéis de Voldemort, o caldeirão ao qual ele tinha saído e o vasto cemitério atrás deles, repleto de lápides e nomes cravados em cada uma delas.

Voldemort estava prestes a abrir a boca para poder dizer o feitiço, mesmo antes de ele pronunciar eu já fazia ideia de qual seria. Certamente seu feitiço  favorito, mas o que ninguém jamais gostara de receber.

A pior das três maldições, Voldemort sabia disso, mas não ligava para os outros, queria apenas o poder.

-Avada... – sua varinha quase que lança um imenso raio verde sobre minha cabeça, mas ele foi impedido de terminar o feitiço como pretendia.

- Hoje não. – disse uma voz atrás dele e logo percebi ser Olho Tonto. Com certeza o verdadeiro e não um criado por uma poção polissuco.

O rosto de Voldemort de virou, mostrando frustação e até mesmo, para quem conseguisse olhar fundo em seus olhos, revelava medo.

 - O que está fazendo aqui? – perguntou ele, sua mão tremia e por muito pouco a varinha não escorregava.

- O que acha que vim fazer? – perguntou Olho Tonto – Vim salvar Harry, e não é você quem vai impedir. Até mesmo porque não estou sozinho.

Várias pessoas, o que no momento supus serem aurores, andavam com as varinhas nas mãos e não mostravam que estavam com medo, até mesmo se estivessem. Não eram muitos, mas comparando com os dois comensais junto com Voldemort éramos a maioria.

Nada podia ser feito a não ser atrasá-los. Por sorte Voldemort saiu de perto de mim, dando espaço para que um dos aurores se aproximasse.

- Olá Harry. – disse a mulher – Meu nome é Tonks e vim te ajudar, aposto que estava chato aqui não é mesmo?

Ela nem imaginava o quanto eu estava feliz por ter sido salvo aquele dia, mas ainda não tinha acabado uma batalha estava sendo travada e certamente não estava não perto de terminar, pois parecia que Voldemort havia chamado outros comensais.

-Temos que sair daqui. – disse Olho Tonto – Só vim porque é meu trabalho, mas não leve isso a mal Harry é que estou bem cansado depois de ficar preso em um baú durante dias sendo tratado com rações de cachorro.

Senti pena de Olho Tonto naquele momento e logo estávamos saindo, mas Belatrix não se comovia com o fato de perder uma batalha, ou ganhar por desistência, ela queria ganhar por lutar.

-Avada Kedavra. – gritou ela. Apontava em direção a Sirius, por incrível que pareça nenhum dos aurores estava contra ele.

Pensei por um momento, uma ideia passou por minha cabeça, certamente ele faria o mesmo por mim. Não estava longe, pelo contrário, estava do meu lado. O raio verde não o atingiu, pelo contrário, pulei na sua frente.

-O menino não. – gritou Voldemort, mas era tarde demais.

Tudo naquele momento passou em câmera lenta, mas para mim passou mais devagar ainda. O raio verde saia da varinha de Belatrix quando pulei, pensei que não conseguiria, mas logo vi que era possível.

O rosto de ambos os lados na luta estavam espantados, menos o meu, para mim tudo parecia tão fácil. Um simples salto que poderia mudar a vida de uma pessoa, mas era assim que deveria acontecer.

Sirius não foi atingido, mas eu sim. Uma imensa dor penetrava todo o meu corpo fazendo com que eu não conseguisse mais me mexer. Meu corpo caiu no chão, o rosto de Sirius olhando para mim e tentando me erguer, mas tudo aquilo era em vão.

Dependendo de tudo o que poderia acontecer naquele dia ambos os lados poderiam acabar se decepcionando. Penso em meus amigos, como eles deveriam estar agora, no que estavam pensando no momento e que decidi pular para salvar a vida da única pessoa viva que eu realmente considerava ser da minha família.

Ninguém podia fazer nada em relação ao que havia acabado de acontecer. Além de pensar em todos, penso também em meus tios, quantas reclamações eles já teriam feito só nesse dia, eram muitas disso eu não tinha dúvidas.

Minhas pálpebras ficavam mais pesadas a cada minuto que passava e meu ouvido perdia a audição com o tempo, mas era apenas uma questão de tempo até eu conseguir sair daquele lugar.

- Não podia ter feito isso. – dizia Sirius – Sabe que não podia, eu nem sei o que dizer, eu não sei se te agradeço ou se falo na sua cabeça, mas acho que isso não adiantaria de nada não é mesmo?

Ouvir o que ele estava falando era cada vez mais difícil. Sirius teria feito o mesmo por mim e acho que ele já tinha sofrido demais na vida e merecia poder viver um pouco mais.

-Vou sentir sua falta. – lhe digo- Promete que cuida das coisas para mim?

Ele apenas confirma com a cabeça. Meus olhos estavam se fechando, e com isso sei o momento de ir embora já estava prestes a chegar. O que seria isso para mim sendo que eu morreria naquele dia, mas de certo modo diferente. Pelo menos eu tinha me despedido de alguém, o peso que eu carregara nas costas até esse momento tinha sido passado para ele, sei que não me decepcionaria como muitos seriam capazes de fazer. 


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