One-Shot-O Segredo Da Ilha escrita por Alana Mara Farias


Capítulo 10
Today,tomorrow and always


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



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Quando Edward gritou já era tarde demais. Senti duas finas agulhas penetrarem em
meu pescoço sugando rapidamente o sangue que ali se encontrava. Eu sentia meu
corpo ficar pesado demais para que eu conseguisse o sustentar, porém antes de
cair, algo me tirou do poder daquelas agulhas, rasgando a pele de meu pescoço.
Fui empurrada até cair fora dos limites daquela pequena faixa de terra.

Mesmo fraca, me ajoelhei e estendi a mão para Edward que estava a poucos
metros de mim, porém Emmett o puxou para a escuridão daquele lugar.

-
Edward!


Edward’s P.O.V


Depois de conseguir tirar

Bella dos braços de Emmett, empurrei-a para longe dali a fim de afastá-la da
sede incontrolável de meu irmão. Vi

Bella estender a mão para mim e quando fui segurá-la, fui puxado pela perna e
arremessado às árvores, fazendo com que inúmeras delas, se partissem ao meio
devido ao choque contra meu corpo. Levantei-me rapidamente assim que cheguei ao
chão e preparei-me para a luta.
Emmett apareceu sorrindo de modo cínico,
ainda com o sangue de

Bella em seus lábios.

- Não fiquei muito feliz com o seu comportamento,
irmãozinho. Não irá negar um pedaço de carne a um amaldiçoado, não é?
- Ela
não é a sua comida Emmett! Ela pertence a mim. – o encarei com determinação,
mostrando que eu era o dono daquela menina.
- Então parece que vamos ter de
lutar por ela.

Dizendo isso Emmett correu ao meu encontro e eu fiz o
mesmo, chocando-nos no ar. Assim que me separei dele avancei novamente e chutei
seu peito, jogando-o a uns metros de distância. Corri em sua direção e fui pego
pelo pescoço, porém me desvencilhei e chutei suas costas fazendo-o se
desequilibrar. Emmett estava fraco, mas era um bom lutador, contudo, o veneno em
seu corpo juntamente com o sangue de

Bella, começava a fazer efeito.

- Emmett, me escute. Não quero ter de
lutar com você. O sangue de uma Alcaiate corre neste minuto por suas veias e
sabes o que lhe acontecerá.
- Um raio não pode cair duas vezes num mesmo
lugar. – zombou ele, não acreditando em minhas palavras.
- É verdade, por
favor, deixe-me ajudá-lo. Ainda há tempo para que eu consiga retirar o veneno de
seu corpo.
- Não preciso de ajuda! Nunca precisei! Nesses dois séculos que
fiquei preso nesta ilha eu nunca lhe pedi ajuda. Você que apareceu do nada e
desperdiçou seu tempo alimentando um amaldiçoado como eu. E agora eu não quero
sua pena e muito menos compaixão!

Emmett rosnou para mim e eu corri a
fim de chegar ao limite que ele não poderia ultrapassar, entretanto meu irmão me
atacou por trás, segurando em meus ombros e forçando minha coluna para frente a
fim de partir meu corpo em dois. Porém, de repente ele me soltou, cambaleando
para trás, eu me afastei indo em direção a

Bella.

- Você não vai escapar.

Esquivei-me de seu golpe e corri
o mais rápido que pude até o limite, onde encontrei

Bella deitada a apenas 2 metros dali.

-

Bella, meu amor, você está me ouvindo?

Bella!


Fim de Edward’s P.O.V


Desespero. A voz de
Edward estava abafada e retorcida em desespero. Abri os olhos e o encarei,
tentando sorrir, mesmo estando fraca demais. Ele alisou meu rosto e eu tremi,
sentindo pela primeira vez um frio anormal. Deixei Edward examinar a ferida em
meu pescoço, olhando para o lado. Foi ali que o vi pela primeira vez, tentando
se aproximar de mim. Emmett. O vampiro que acabara de sugar meu sangue estava há
poucos metros de mim, olhando-me ferozmente com meu sangue em seus lábios. Ele
rosnava raivosamente sem tirar seus olhos dos meus. Franzi o cenho, confusa.
Emmett queria meu sangue e queria vir até mim, mas porque ele não conseguia?

Seus braços mexiam-se nervosamente para aproximar-se, porém parecia que uma
parede invisível impedia que ele avançasse. Ali, olhando para os dois vampiros
que estavam prestes a travar uma briga, eu percebi o que estava acontecendo. Não
era Edward que estava proibido de ultrapassar aquela faixa de terra, era Emmett.
Ele simplesmente não conseguia, por mais que ele se esforçasse, passar daquele
limite.

- Eu a quero!

Nesse instante, algo estranho aconteceu. O
corpo de Emmett se contorceu e ele caiu de joelhos, parecendo fraco demais.
Edward correu desesperado ao seu encontro, ajoelhando-se de frente para Emmett.
Por que Edward o ajudaria? E por que Emmett estava tão fraco, parecendo estar à
beira da morte? De repente, como um clarão, tudo se encaixou na minha mente.


Flashback #

- Mas por que me mantém viva? – insisti.
-
Porque se eu morder você eu morro. Literalmente. – disse ele alisando as minhas
mãos.
- Morre? Como assim? Pensei que vampiros só morriam quando eram
desmembrados e queimados.
- Você não está de todo errada. Porém, quando o
chefe Alcaiate me amaldiçoou nesta ilha, também me tornou prisioneiro da minha
própria sede. Ele sabia que o sangue Alcaiate era o meu ponto fraco, por isso,
disse que se um dia eu bebesse o sangue de um Alcaiate novamente eu morreria.

- E como isso funciona? Meu sangue é venenoso ou algo do tipo?
- Seu
sangue puro é inofensivo. Contudo, quando meus dentes perfuram a pele da minha
vítima, eu solto um veneno para paralisá-la, para que ela não consiga se soltar
e fugir. E esse veneno junto com o seu sangue é mortal pra mim... e também pra
você. – Edward me olhou de forma tão triste, tão melancólica. Por um minuto
senti que ele tinha medo de me perder, de não conseguir se controlar e matar a
nós dois.
- Quer dizer que se você me morder nós dois morremos? –
imediatamente me lembrei do sonho que tive de Edward me mordendo, mas ali, a
única que morria era eu.
- Exatamente. Por isso tenho de me controlar,
porque uma coisa é matar a mim mesmo e outra muito diferente, é levar você
comigo. E isso eu não farei nunca. – ele me envolveu em seus braços e eu fechei
meus olhos, sentindo seu aroma inebriante.

Fim de Flashback #


Edward não era o amaldiçoado. Era o Emmett! Era Emmett que não podia
sair daquela ilha, era ele que estava preso naquele pedaço de terra sem poder
sair dali desde o dia em que foi amaldiçoado por matar uma Alcaiate. E Edward
era o que trazia as vitimas que serviam de comida para o vampiro amaldiçoado.
Por que Edward era livre, ele podia ir e vir a qualquer momento. Por isso ele
conseguia também, trazer comida e água mineral para mim. Quando ele me contou a
história de sua suposta transformação, Edward, na verdade, contou-me a história
de Emmett, seu irmão.


Edward’s P.O.V


- Eu a quero!


Quando Emmett caiu de joelhos no chão, fui desesperadamente ao seu
alcance, a fim de salvá-lo.

- Emmett, meu irmão, deixe-me retirar o
veneno de seu corpo, por favor.
- Não. – negou ele, segurando firmemente em
meu rosto, obrigando-me a encará-lo – Não faça isso!
- Não posso deixá-lo
morrer! Você é meu irmão!
- Até mesmo quando tento lhe matar, você me
estende a mão. – ele sorriu, respirando pela primeira vez em todos esses
séculos. – Deixe-me morrer. Salve a garota, eu não preciso mais viver.
- Meu
irmão, eu não posso ignorar sua morte. Eu o amo, mesmo depois de ter sido
transformado. Por isso, procurei por você e quando o achei nesta ilha,
sacrifiquei minha liberdade para trazer-lhe comida e um pouco de vida. – meus
olhos doíam por conta das lágrimas que não podiam sair.
- Não sofra por mim.

- Emmett! – sacudi seus ombros quando o vi fechar os olhos – Emmett! Por
favor, irmão!
- Obrigado Edward, meu irmão. Hoje é o dia mais feliz de minha
existência, pois você me libertou de minha morte e entrega em minhas mãos, a
vida eterna.

Dizendo isso, Emmett soltou um pesado suspiro e caiu em
meus braços. Eu agora segurava o corpo de meu irmão que estava livre da maldição
daquela ilha. Vendo-o ali, lembrei-me de

Bella, que precisava de minha ajuda. Fui ao seu encontro e a achei imóvel no
chão.

-

Bella, meu amor, acorde! Por favor, não me deixe!

Afastei seus cabelos
do ferimento de seu pescoço e suguei o veneno de suas veias. O retirei
completamente até sentir o gosto de seu sangue puro, porém, nada adiantou. Ela
já não mais respirava.


Fim de Edward’s P.O.V

Acordei de meu pesadelo num ambiente totalmente
escuro. A princípio pensei que estivesse na caverna, porém, senti minhas roupas
úmidas e quando espalmei as mãos naquele chão encontrei grama. Olhei para os
lados e vi o corpo de Emmett estirado no chão, sem vida. Algo naquela ilha
estava errado.

- Edward cadê você? Edward!

Aproximei-me daquele
corpo imóvel e não consegui entender como Emmett havia morrido e eu não.
Ajoelhei-me perto de seu corpo e de repente ele não estava mais lá. Emmett
estava parado em pé na minha frente, sorrindo de modo amedrontador.

-
Procurando por seu amiguinho?

Senti o ar escapar de meus pulmões quando
Emmett sacudiu em suas mãos o corpo inerte de Edward, completamente distorcido e
deformado. Aquilo não podia ser verdade. Não pode ser.

- Não! Não! Pelo
amor de Deus, não! NÃO!
-

Bella, acalme-se. Shhh!

Braços me envolveram e eu entrei em pânico. Eu
queria Edward. Eu queria o meu Edward de volta.

- Solte-me! Solte-me!
Deixe-me ficar com Edward, por favor! Eu preciso vê-lo uma última vez! Edward
não me deixe! Não!

Lágrimas escorriam ferozmente por meu rosto enquanto
eu sentia uma dor absurda corroer todo o meu corpo. Aquilo era pior do que a
sensação de quando fui mordida, de quando senti meu sangue sair de meu próprio
corpo. Aquela dor por não ter Edward comigo era pior. Eu não conseguia respirar
direito e o desespero que eu sentia era enlouquecedor.

- Filha, se
acalme. Está tudo bem. Foi só um sonho ruim.

Ouvi minha mãe dizer, ao
conseguir deitar-me na cama e segurar meus braços e pernas para que eu parasse
de me debater.

- Mãe? É você? Mãe?

Aquilo estava me
enlouquecendo. A morte de Edward começava a me afetar seriamente.

- Sim,
meu amor, sou eu. Agora se acalme, por favor. – uma luz se ascendeu e eu percebi
que estava no meu quarto, com minha mãe sentada ao meu lado na cama.
- Mãe?
Mãe! – a abracei, deixando mais lágrimas escaparem – Mãe o que aconteceu? Como
eu vim parar aqui. Isso e impossível! Eu preciso voltar para a ilha! Preciso ver
o Edward. Ele não pode ter me deixado! Eu o amo! Mãe, por favor, me leve de
volta!
-

Bella, se aquiete, por favor! Fique calma para que eu consiga lhe explicar o
que aconteceu.

Eu tentei respirar o mais profundamente que consegui,
porém o ar em meus pulmões era escasso. Era impossível pensar em outra coisa a
não ser em Edward.

- Como eu vim parar aqui? – repeti, dessa vez com um
pouco mais de calma na voz.
- Eu sonhei com você, minha filha. Quando seu
pai e eu estávamos voltando para casa, dentro do avião, tive um sonho onde você
estava na ilha e em perigo. Eu sabia que aquilo era verdade. Que aquele sonho
estava me avisando o que iria acontecer, então corri o mais rápido que pude para
chegar àquela ilha e salvar você. E foi o que fiz. Estou agradecida por possuir
um sangue Alcaiate. Isso nunca me ajudou tanto quanto agora.

Minha mãe
me abraçou e por um momento esqueci-me de tudo e me deixei usufruir daquele
momento. Sentindo o cheiro de lavanda que minha mãe tinha.

- Eu senti
tanto a sua falta, minha filha. Pensei que nunca mais veria esses olhos abertos.
– eu sorri ao ouvir a típica preocupação de mãe.
- Eu também senti sua
falta. Mas, por favor, preciso voltar à ilha. Eu preciso ver Edward.
- Eu
estou aqui.

Ao ouvir aquela voz, olhei surpresa para minha mãe, com medo
de que ela achasse que eu estava louca ao ouvir vozes do além. Ela segurou minha
mão e beijou minha testa, levantando-se da cama e indo em direção a porta para
abri-la. Olhei para ela confusa. O que ela estava fazendo?
Até que detrás
daquela porta, ele apareceu. Vi minha mãe abraçá-lo e ele sorrir em resposta.
Aquilo era possível? Minha mãe nos deixou sozinhos e Edward se aproximou,
sorrindo para mim.

- EDWARD!

Pulei em seu colo, enchendo-o de
beijos e apertando-o o mais forte que eu podia. Eu chorava tanto que ficou
impossível falar algo. Ele apenas me deixou beijá-lo, mantendo suas mãos firmes
e frias ao redor de minha cintura. Depositei meu rosto na curva de seu pescoço,
sentindo seu cheiro inebriando-me lentamente. Eu não podia acreditar que ele
estava ali.
Levantei meu rosto para olhá-lo e me aproximei de seus lábios,
beijando-o desesperadamente. Eu necessitava dele depois de ter pensado que o
havia perdido. Suas mãos alisaram meu corpo e me deitaram cuidadosamente na
cama, onde nos amamos por um tempo que para mim pareceu infinito.






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- E
foi assim, Edward, meu filho, que seu pai e eu nos conhecemos. – afaguei o
cabelo dele que estava deitado em sua cama, ouvindo pela primeira vez o que se
passou comigo e Edward naquela ilha.

Depois que engravidei de Edward,
esperei por 9 anos para contar ao nosso filho, a verdadeira história sobre a
minha vida que poucos conheciam.

- Porém, você tem que nos prometer que
não vai contar essa história para ninguém ok? – pediu Edward.
- Eu prometo
papai. Esse é o nosso segredo. O segredo da ilha.


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Notas finais do capítulo

Xau Amo vcs!!!