Na aula de poções, do 6o. ano, o professor Horácio havia perguntado para seus alunos se alguém conhecia as 3 poções colocadas na mesa. Hermione, como sempre, levantou o braço.

– A primeira, – começa ela – é a Felix Felicis, a poção da sorte mais potente que há, apenas um gole te dá horas de sorte extrema.  Essa, – continua essa, vendo a aprovação do professor – é a poção Polissuco, muito difícil de preparar. Ao beber,  você pode se transformar na pessoa escolhida. – Ela esboça um sorriso, pensando que a tal “poção difícil de se preparar” ela havia feito no segundo ano. – E essa última, é a poção do amor, quando preparada corretamente, a pessoa que ingere cria uma obsessão similar ao amor. É diferente para cada um que cheira, e geralmente a última fragrância é o cheiro da pessoa que você ama. Para mim, por exemplo, – ela começa a se aproximar da poção – Cheira a Grama recém-cortada, pergaminho novo, e... – nessa hora, ela hesitou um pouco – pasta de hortelã.

Enquanto ela voltava para seu lugar, Pansy, a algumas mesas de distancia, comenta com uma de suas amigas:

– Estranho, – diz ela, encarando a Hermione – Eu conheço esse cheiro. Eu já beijei alguém assim... Eu acho que era... o Draco. – Ela  se vira abruptamente para o Draco.

Hermione ouve e se vira para o loiro, que estava olhando para ela. Eles ficam se encarando, enquanto Pansy ficava olhando para o sonserino indignada. Os olhos azuis acinzentados ficaram encarando o par de olhos castanhos. Por um breve momento, ela achou que tinha alguma chance, e seus olhos brilharam. Então, rapidamente, Draco desviou os olhos, sem antes esboçar um leve sorriso. E assim a aula continuou.

“Talvez”, pensa o sonserino, encarando sua gravata verde e prata, ainda com o sorriso no rosto. “Quando a Guerra acabar, e se estivermos vivos, eu tenho uma chance com ela.” Ele desarruma os cabelos e encara a morena, agora de costas para preparar uma poção. “Talvez.”