A Arma De Esther escrita por AnaTheresaC
Notas iniciais do capítulo
Kol vai ser o salvador neste capítulo cheio de momentos Kolresa XD
Capítulo 40 – Água
Teresa acordou sobressaltada com outro pesadelo. Era demasiado mau e despertou-a. Klaus não estava ao seu lado, como tinha acontecido a noite toda. Decidiu levantar-se e vestir o seu fato de banho. Nada melhor do que ir nadar e distrair-se dos problemas e dos pesadelos.
Eram muito vividos, cheios de cor e de ações rápidas. Isso assustava Teresa. Este último, Liliana sugava-lhe a vida, mas em vez de ela morrer, parecia que tinha sempre sangue para a sua melhor amiga.
A casa estava silenciosa e Teresa caminhou calmamente até à piscina. Deixou a toalha numa das espreguiçadeiras e mergulhou, deixando o azul banhá-la.
Nadou ferozmente de uma ponta á outra da piscina, sem parar. Ela não queria parar, não podia, porque sabia que se parasse de se mexer, o pesadelo voltaria a atormentá-la.
A porta que dava acesso á divisão abriu-se e Kol apareceu.
-Bom dia, Teresa – cumprimentou ele, mas Teresa não o ouviu, tinha mergulhado até ao fundo da piscina e nadava até à extremidade oposta debaixo de água, sem voltar á superfície para respirar.
Quando veio à tona, Kol voltou a repetir:
-Bom dia, Teresa.
Ela parou de nadar e olhou-o por longos momentos.
-Bom dia, Kol – murmurou ela, agora nadando de mariposa. Kol acompanhou-a, andando ao lado da piscina.
-Estás a colocar-te em forma?
Continuou a nadar até ao fim da piscina e depois saiu. Pegou na toalha e secou o cabelo.
-Mais ou menos – respondeu, sem o fitar.
Kol, surpreendido pelas palavras frias de Teresa perguntou:
-Estás assim por causa da Liliana?
O frio percorreu o seu corpo e parou de se secar.
-Como está ela?
Kol suspirou e o cansaço de há dias pareceu finalmente mostrar-se nos seus olhos. Em Itália, quase nunca dormia porque caçava e ali em Portugal não dormia por causa de Liliana.
-Tive que a hipnotizar para ultrapassar a morte de Carlos.
-Fizeste-a esquecer-se dele? – gritou Teresa, com os olhos arregalados.
-Era a única maneira.
-O quê? Estás louco?!
Kol enrijeceu perante as palavras da doce Teresa.
- Teresa, era a única forma! Mesmo que a compelisse a ultrapassar a dor, ela iria sempre lembrar-se dele e descarrilar a qual…
-Como é que pudeste fazer-lhe isso?! Ela amava-o!
-É mais complicado do que isso, Teresa – as palavras dele eram duras e frias, tal como as dela. Mas em Kol, elas tinham uma nota de dor. – Não és vampira, não sabes como é que é.
-Sei que Liliana amava Carlos mais do que própria vida! – gritou Teresa, descontrolada. – Como é que pudeste fazer-lhe uma coisa destas? Carlos era tudo o que ela tinha! Ela passou os melhores momentos da vida dela ao seu lado!
-Teresa – Kol tentou pegar no braço dela, mas a morena afastou-o com brutidão.
Afastou-se dele com passos determinados quando uma dor, parecida com a dor de quando nos cortamos numa faca, assolou a sua cabeça.
Mata-o!, gritou a voz na sua mente e Teresa colocou a mão na cabeça, confusa.
Deu mais dois passos vacilantes e a voz voltou a soar.
Agora!
-Teresa, estás bem? – indagou Kol, preocupado.
Ela não lhe respondeu, apenas ficou parada, tentando controlar aquela dor. Mas em vez de abrandar, a dor aumentou e mil vozes assolaram a sua cabeça, gritando para ela o matar naquele momento.
-Não! – gritou Teresa e moveu-se, tentando acabar com aquelas vozes, o que resultou numa queda na piscina.
Ela arfou por ar, mas tudo o que os seus pulmões receberam foi água com cloro.
Mata-o!
-Não! – gritou ela, lutando contra aquelas vozes que tinham um poder sobrenatural e tentavam entrar no seu corpo.
A sua voz não se ouviu. Estava debaixo de água e tentava lutar com as mãos e os pés, tentando vir à tona para poder respirar, mas a sua descoordenação devido ao pânico não estavam a levá-la à superfície.
Kol não pensou duas vezes e mergulhou com tudo para a salvar. Pegou no corpo dela e trouxe-a à superfície. Teresa arfou por ar e de seguida tossiu, sentindo todo o seu corpo mole e descoordenado. Tentou nadar até á margem, mas o seu organismo só respondeu ao estímulo de inspirar o ar.
-Calma, calma – murmurou Kol, nadando com um braço até à margem.
Teresa tentou erguer-se, colocando as mãos no azulejo que rodeava a piscina, mas sem efeito. Então Kol ajudou-a e ela sentou-se, ofegante. O seu esófago e traqueia ardiam devido à ingestão de água da piscina. Kol ergueu-se sem dificuldade e quando se colocou de pé, colocou as suas mãos á volta da cintura de Teresa, transportando-a até uma das espreguiçadeiras.
Ela ainda arfava por ar e pegou a mão de Kol com força, procurando por apoio. Quando inspirava, o ar fazia um ruído agudo na garganta de Teresa. Foi então quando ela começou a chorar compulsivamente e os soluços logo vieram.
-Ei, está tudo bem – sossegou-a Kol, puxando-a para um abraço forte. – Precisas de te aquecer. Vamos lá para cima.
Teresa agarrou-o com força, com medo de o largar. Nunca na sua vida se tinha sentido tão assustada. A ânsia de ar e só encontrar água era sufocante. Nunca lhe tinha acontecido isso numa piscina, o único lugar onde ela achava que estava segura.
Kol levantou-se e com isso, Teresa também se ergueu nas suas pernas bambas. Cambaleou e antes de cair no chão, Kol amparou-a, colocando um braço por trás das suas pernas e trazendo-a até ao seu peito, como se fosse uma criança pequena. Teresa agarrou-se bem ao pescoço dele, sentindo os olhos arder devido ao cloro e às lágrimas salgadas que escorriam.
-Vai ficar tudo bem – prometeu Kol.
©AnaTheresaC
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado! Os espíritos estão mais próximos e com isso o fim da fanfic! :( Mas descansem porque ainda faltam alguns capítulos. CAPÍTULO 40!!!!! Estou tão feliz por vocês continuarem a comentar! Quem gostou deste momento tenso mas fofo de Kol e Teresa?Os próximos capítulos trarão grandes tragédias para vida da arma de Esther e quem irá salvá-la de todos os problemas? Kol, claro.XOXO