A Arma De Esther escrita por AnaTheresaC
Notas iniciais do capítulo
80 comentários!!!! aaaaaaaaaaah!
Capítulo 17 – O apartamento
-Teresa – Klaus chamou, quando estacionou o carro na garagem do prédio. – Sweetheart, chegámos.
Teresa abriu os olhos e a primeira coisa que viu foi o rosto de Klaus a sorrir para ela. Não resistiu e teve que sorrir também. Depois, olhou para fora do carro. Estavam numa garagem que tinha muito poucos carros.
-É um apartamento, certo? – Teresa quis verificar.
-É. Tem outros humanos a viverem neste prédio. Não estás sozinha.
-Eu nunca estou sozinha. Estás sempre comigo.
Os dois ficaram incomodados com a afirmação dela.
-Desculpa, acabei de acordar e as coisas que digo não fazem sentido.
-Não faz mal. Vamos?
Teresa acenou e saíram do carro. Ele tirou as malas do porta-bagagens e entraram num elevador até ao terceiro andar, o último daquele prédio.
-Onde é que estamos mesmo? – ela perguntou. – Situação geográfica.
-Já vais ver – Klaus respondeu. – A… decoradora fez um trabalho excelente.
-Ias dizer outra coisa para além de decoradora – ela observou. – Quem é? Namorada? Bolsa de sangue ambulante?
-Credo, não! – exclamou ele. – Quem pensas que sou?
Teresa não respondeu porque a porta abriu-se.
-Então vivemos no último andar.
-Sim. Somos os únicos neste andar.
-Porquê? – Teresa quis saber, quando viu que havia duas portas, uma do lado direito e outra do lado esquerdo. Klaus foi para a do lado direito.
-Porque eu tenho conhecidos que vão ficar ao nosso lado.
-Para não te sentires sozinho enquanto estou nas aulas, ou estudo. Amigas coloridas?
Klaus revirou os olhos. Ou ela não estava a dizer coisa com coisa, ou a sesta que tinha tirado no carro tinha acionado o seu lado curioso.
-Para tua própria proteção. Já te tinha dito: conheço muitos inimigos que gostariam de te ter como refém.
-Não é como se me estivesses a raptar – ela acrescentou irónica e Klaus abriu a porta.
Ele decidiu passar aquele ataque de curiosidade dela porque não queria arranjar uma discussão logo no primeiro dia. Teresa passou primeiro para dentro da casa e acendeu as luzes.
-Uau! – exclamou ela.
O corredor era largo, todo branco e as luzes faziam reflexo no chão de mosaico branco. Havia várias portas e algumas arcadas, como por exemplo para a sala. A temperatura no apartamento era fria, mas Teresa sentia-se quente por dentro.
-Anda conhecer o teu quarto – Klaus falou e caminhou com as malas pelo extenso corredor.
Teresa ainda ficou a mirar o espelho vitoriano no início do corredor, mas quando viu que ele não tinha parado, andou até ele. Klaus abriu uma porta e Teresa voltou a exclamar:
-Uau!
-Espero que gostes. Se não gostares podemos alterar o que quiseres e…
-Está perfeito – ela interrompeu-o, mirando o quarto.
A cama era de casal com uma colcha roxa, da mesma cor que as paredes. Ao lado da cama, havia um pequeno toucador com um espelho oval com detalhes em preto á volta dele e o banco era branco com estofo preto. A janela era ampla e ela tinha um pequeno sofá que vemos em filmes americanos, para se sentar ou simplesmente apreciar a paisagem. Os cortinados eram de um tom roxo mais leve que o da parede e o tapete era do que Teresa costumava chamar “pelo de cão” numa cor de vinho arroxeada. Por cima da sua cama de casal, havia quatro quadros, que juntos formavam uma orquídea e debaixo desse quadro a parede tinha umas riscas horizontais brancas.
-Obrigada, Klaus – ela disse e ele não soube onde se meter. Nunca ninguém lhe agradecia nada, a não ser quando isso tinha segundas intenções, mas o olhar dela era tão sincero e cheio de emoção, que ele não teve a mínima dúvida que ela estava mesmo agradecida.
-Foi tudo…
-Trabalho da decoradora. Tenho que lhe mandar uma mensagem a agradecer-lhe.
-Queres ir ver as outras divisões da casa, ou preferes descansar mais um pouco?
-Quero conhecer o resto da casa, óbvio.
A sala era um sonho. Toda em tons de pastel, tinha um espelho enorme em apenas uma parede e do lado contrário a essa parede havia uma lareira e uma televisão plasma por cima. O teto tinha detalhes que faziam lembrar uma fita de ginástica rítmica e o chão era um tapete com detalhes em cor de pastel e branco. Os sofás eram de um tom beije, tal e qual ela tinha imaginado. E a paisagem que os vidros duplos escurecidos mostravam, era simplesmente paradisíaca. Teresa podia ver os prédios do outro lado da rua, e tinha uma árvore ainda com folhas que crescia ao lado da janela e parecia querer continuar a sua viagem até ao céu.
Depois havia a cozinha. Era apenas preto e branco, equipada com tudo e a mesa de jantar estava encostada à parede, com quatro cadeiras brancas à volta.
O quarto de Klaus era bastante sóbrio e escuro. As cadeiras, o tapete, os cortinados e a manta eram de um vermelho escuro e o único ponto branco que havia era a grande cama e as almofadas.
As três casas de banho, uma em cada quarto e outra para os convidados, eram bastante simples: tinham uma sanita branca, uma banheira com cobertura transparente de correr e um lavatório com um espelho por cima, da largura da bancada.
-Se quiseres almoçar, estás à vontade. Eu tenho que sair, mas volto ao fim da tarde – Klaus disse, pegando no seu casaco e abrindo a porta de casa.
-Então não ficas comigo? – Teresa ficou triste e sentiu-se despejada na sua prisão.
-Amanhã iremos à Universidade para buscar os livros e eu tenho uma reunião com os professores.
-Mas porquê?
-Porque eu vou ser professor – Klaus respondeu, baralhado.
-O quê? – Teresa gritou. – Porquê?
Ele olhou para o relógio. Estava a ficar atrasado e ele não gostava de se atrasar.
-Falamos depois – disse ele e colocou um pé para fora do apartamento.
-Klau! Anda aqui, explica-me melhor! – exclamou ela, correndo pelo corredor, mas quando chegou á porta, ela já se tinha fechado e Klaus trancou-a. – Vais pagar-mas, Klaus!
©AnaTheresaC
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado! Próximo domingo há mais! Dezembro está quase a chegar! E com isso vem o meu PC! Mal posso esperar!
XOXO