Sr. Arrogante E O Chihuahua. escrita por Miss Trublion


Capítulo 4
Capítulo 4 - A Noite é Uma Criança!


Notas iniciais do capítulo

Agradeço ao review de Mayyy!
Este capítulo é para você sua fofa *-*
Vou logo dizendo, no entanto, que o meu capítulo preferido é o próximo! xD Eu adooorei o que eu escrevi. E prometo postá-lo amanhã.
Beijos,
M. C. - Miss Trublion.



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Capítulo Quatro – A Noite é Uma Criança!

- Aí estão vocês! – exclamou Luc, parecendo satisfeito.

Perguntei-me, por um mínimo instante, o porquê de tanta satisfação. Obriguei-me a pensar que era porque ele passou meio filme inteiro sozinho com Clarice. Se eu pensasse que era por outro motivo, cometeria dois assassinatos: mataria Luc por sua sem-vergonhice, e Clarice por ser tão fácil!

- Ficamos com medo de quer você houvesse matado Hyde – ela comentou rindo.

Foi a minha vez de rir. Pensei que Clari soubesse do meu voto de “Não virar uma assassina até a maior idade”. Mas Hyde foi quem respondeu com um gesto com a mão:

- Ah, cão que ladra não morde. Na verdade, eu diria que estávamos nos entendendo. Certo?

Querendo matá-lo por ele ter dito que “cão que ladra não morde”, disse:

- Certo.

Luc e Clarice sorriram satisfeitos.

- Bem, para onde vamos agora? – perguntei.

- São dez horas, amanhã não tem aula e a noite está só começando... Vamos ao The Red House? – sugeriu.

Olhei para Clarice, perguntando o que era o “The Red House”, mas ela parecia estar tão por fora quanto eu. Só quem parecia saber o que era aquilo, eram Hyde e Luc.

- Desculpem a nossa santa ignorância, mas queremos saber o que é isso – pedi.

- É um lugar legal. Você, que gosta de rock, vai gostar – Hyde respondeu.

- Como você sabe que eu gosto de rock? – Estreitei os olhos.

Ele riu.

- Você acha que eu não conheço Versailles? Eu adoro qualquer tipo de rock, desde o francês até o visual kei japonês – ele respondeu.

Fiquei surpresa, mas não questionei.

Estando mais esclarecidas, Clarice e eu concordamos em ir para o tal lugar. Não que Clari gostasse de rock, mas ela ouvia de tudo um pouco. Sem contar que ela conseguia se adaptar ao meio. Acho que ela era a única pessoa que sabia fingir que curtia rock do mesmo jeito que fingia curtir música country.

Conversando com Hyde, percebi o quanto eu havia sido injusta com ele, e o quanto tínhamos em comum! Gostávamos de Rock, de filmes de ação e ambos concordávamos que, mesmo agindo de modo que muitos consideram gay, Versailles era o rock mais expressivo que conhecíamos. Onde não entendíamos uma palavra, mas sentíamos as coisas.

- Meu Deus, Hyde! Se você não tivesse um pênis, diria que você é a melhor amiga que eu pedi! – Então disse à Clarice: - Sem menosprezar os presentes.

El cruzou os braços.

- Se eu não soubesse que você tem problemas com homens, Lyne, diria que você quer me substituir – ela comentou em um tom de mágoa.

- Isso nunca! – exclamei abraçando-a.

Não havia como substituir Clarice, minha irmã. Afinal, ela era a única que escutava eu dizer que odeio garotos sem pensar que estou a um passo de me tornar lésbica.

- Qual o seu problemas com o meu gênero, posso saber? – perguntou Luc, curioso.

Eu estava decidida a não responder, mas Clarice me traiu.

- Lyne não tem paciência com homens. Acha que eles são muito imaturos e ridículos - respondeu. – Ela é assim desde que eu a conheci.

Mas Clarice não contou o principal motivo disso. E isso me fez amá-la.

- Os homens são imaturos e ridículos? Você fala como se fosse bem crescida! – Hyde questionou. – Quem foi que bateu naquele grandalhão só porque ele furou a fila?

- Até parece que você não estava se preparando para bater nele também – respondi. – Acha que eu não percebi os seus músculos tensos? Quer dizer que quando uma mulher bate é infantil e quando um homem bate ele é o fodão?!

- Lyne, você falou palavrão – sussurrou Clarice.

- Que se dane essa promessa. Já estou na faculdade! – respondi cruzando os braços.

Hyde me observou por um momento e começou a rir.

- Qual é a graça? – perguntei irritada.

- Estou lembrando quando você deu aquele soco no cara... Acho que ele deve ter ficado surpreso por um meio metro ter conseguido nocauteá-lo – gargalhou.

- Ele teve sorte por eu não ter enfiado meu salto de quinze centímetros na cabeça dele! – exclamei. – E você, não me chame de “meio metro” a menos que queira acabar morto!

Hyde riu como se não acreditasse. E isso me irritou bastante.

- É verdade – Clarice disse. – O último cara que falou do tamanhinho de Madelaine, ela bateu tanto que ele nunca mais pode falar direito. Ela quebrou o maxilar dele e só não foi denunciada na polícia, porque homem nenhum diria que perdeu para uma garota menor que ele.

Hyde parou de rir de repente e olhou para mim como quem observa um serial killer.

- Não se preocupe. Eu estou controlada ultimamente – respondi dando um sorriso angelical.

Ele não comentou mais nada e fiquei surpresa ao ver The Red House.

Uma grande e antiga casa pintada em vermelha com janelas pintadas de preto, até mesmo seus vidros. No entanto, o estacionamento estava lotado, e isso foi algo que me surpreendeu.

- Esperem... Vocês têm carteira de identidade, não têm? – perguntou Luc, só se tocando que éramos menores de idade naquele momento.

- Pff, claro que temos! – respondi rindo.

Clarice mostrou as identidades falsificadas para Luc que ficou surpreso. Eu sabia por quê: elas eram quase perfeitas. Depois que James, meu irmão mais velho número dois, foi pego com identidade falsa aos dezesseis anos, ele tratou de aperfeiçoar esse “dom”.

- Uau – Hyde soltou olhando aquela obra de arte. – Quem foi que fez isso?

- James, meu irmão. Tenho que admitir que por mais irritante que ele seja... Tem as suas utilidades – eu respondi.

- E mesmo assim... Quis distância dele? – comentou Hyde.

- Você também iria querer se tivesse que suportá-los como eu suportava – respondi irritada. – Agora, nós vamos entrar ou ficar aqui fora matando tempo?

Resolvemos descer do carro e entrar no lugar. Havia muita gente do lado de fora, alguns fumando, outros conversando, e outros numa fila enorme para entrar. Fiquei feliz ao ver que não precisamos entrar nela. Hyde disse alguma coisa ao segurança que nos permitiu entrar sem sequer pedir identidade.

- Uau, tratamento vip – zombei.

- É o tratamento dado ao irmão da dona – ele se gabou.

- Se você está tentando me impressionar, mais tarde conversaremos – eu respondi dando língua.

O lugar era... Barulhento.

Mas ao mesmo tempo me cativou.

Tinha as paredes em vermelho, luzes amareladas, um palco onde bandas se apresentavam ao vivo (mas que estava vazio no momento), e uma música do Nirvana tocava de modo pulsante. O bar brilhava tanto que parecia fosforescente, com sua bancada cheia de copos e garrafas de bebidas alcoólicas. Havia mesas e, percebi com surpresa, mesas de sinucas!

- Gostei desse lugar – eu admiti quando fomos para o bar.

- Eu disse que você ia gostar – Hyde disse convencido.

- É. Infelizmente você disse – disse revirando os olhos.

- O que vocês vão querer. Eu pago uma rodada! – ofereceu o Sr. Arrogante, Hyde.

- Acho que eu vou querer um Sex on the bitch – disse Clarice, animada.

Luc pediu o mesmo dela somente para acompanhá-la.

- Eu vou querer uma coca-cola – eu disse.

Hyde olhou para mim com incredulidade e supus que fosse porque ele não esperava que uma universitária pedisse refrigerante ao invés de cerveja. Mas, desde que eu vi até que ponto o álcool pode levar alguém, criei certa aversão a bebidas que levam qualquer tipo de álcool. Fiz uma promessa a mim mesma de nunca beber.

- Você não precisa bancar a certinha aqui – ele disse rindo.

- Eu não quero beber álcool. Você disse que pagaria. Não falou porra nenhuma sobre condições! - eu disse irritada. Mesmo assim, achando que soaria estranho eu estar recusando bebida, eu disse: - Eu não posso beber álcool por causa dos remédios.

Ele fez uma expressão esclarecida.

- Ah, sabia que devia haver algo de errado com você – zombou.

- E vai haver algo de errado com você se você não parar de brincar comigo! - respondi.

Clarice pôs a mão no meu ombro e disse:

- Cara, é melhor não mexer com ela. Sério.

Eu não sei por que as pessoas não me levavam a sério quando eu falava pela primeira vez. Somente quando Clarice intervia por mim é que as pessoas resolviam perceber o quanto era sério. Isso era ridículo!

Hyde se virou para o balcão e fez o pedido.

- Ele deve se achar muito rico para pagar uma rodada para todo mundo – resmunguei.

- Na verdade, isso é uma tradição para ele – respondeu Luc. - Ele joga na mesa de sinuca e às vezes ganha um bom dinheiro ganhando dos outros.

Sorri. Será que eu deveria dar uma pequena lição a ele?

Ele passou os drinks dos outros e fez questão de me provocar.

- Aqui está a coca-cola para a criança – disse-me passando a lata e apertando a minha bochecha.

Ah, sim! Eu ia ensinar uma pequena lição a ele naquelas mesas!


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