Diário Amoroso de Uma Taurina escrita por Aki Nara


Capítulo 1
Capítulo Único




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O sonho de toda moça,

É seu príncipe encontrar...

E esta taurina,

Esforçou-se para procurar.

 

Um príncipe com alma-gêmea,

Pela eternidade amar...

A felicidade genuína,

Em seus braços tomar.

 

Ela era toda terra,

Segura de si e obstinada para achar...

Entre os signos que se apresenta

O homem ideal para casar.

 

Por que não, pensou a moça.

Iria começar...

Afinidade era sua teoria.

Um garoto de Touro iria testar.

 

Ela tinha esperança,

De primeira acertar.

A beleza a atraía.

Mas o ciúme era difícil controlar.

 

Por demais iguais a ela,

Os defeitos e qualidades para mostrar...

Confiável, leal e fiel em demasia

A ponto de amedrontar.

 

Um dia, ela percebia.

Que mais próximos se tornavam ao se afastar...

Entre os dois apenas a amizade restava.

Assim decidiram terminar...

 

O inverno passava,

Para Peixes chegar...

Ele me ouvia,

Para me consolar.

 

Um sonhador no mundo da Lua,

Indeciso a ponto de me zangar...

Um místico dedicado a retórica,

Sensível a ponto de chorar.

 

Romântico do amor ideal em busca,

Disso não posso falar...

Pois maledicência seria,

De o meu ideal troçar.

 

 

O dom da música reconhecia,

Sua voz de anjo a cantar...

Meu coração curava,

Mas era só momento para ficar.

 

Virgem, eu conheci numa festa,

Um gentleman perfeito parecia...

Mas cheio de lógica calculista,

Convidou-me para dançar.

 

Ao extremo se dedicava,

Em agradar...

No entanto não se permitia,

Se entregar.

 

Aprendi a ser perfeccionista,

Limpar e arrumar...

Ensinou-me a organizar a vida

Para depois me despachar.

 

Áries era esportista,

Em tudo era perder ou ganhar...

Impulsivo regido pela imprudência,

Com sangue quente a pulsar.

 

Uma paixão que queima,

Um ardor que lhe é peculiar...

A impaciência que grita,

Para logo se desinteressar...

 

Desse amor que machuca,

Sai ferida e até cicatrizar...

A carência,

Me fez minguar.

 

Estava calada,

Quando capricórnio me fez falar...

Deterninado ao me tornar sua meta,

Por mim, o vi lutar.

 

Às vezes inacessível como uma montanha,

Mas atraente pelas emoções que não conseguia externar...

O mundo nas costas carregava,

A criança em seu peito era preciso procurar.

 

Partiu no final da primavera,

Para outro coração alegrar...

Levou meu carinho,

Para intacto meu coração deixar.

 

Tempo em demasia,

Julho para descansar...

Um verão em maresia,

Gêmeos para flertar.

 

Mãos habilidosas para uma carícia,

Tinha facilidade para me enganar...

Com sua fala macia,

Burlava o cerco ao trapacear.

 

Por mais que me colocasse em defesa,

Ele era bom em argumentar...

Um dia, ele quase chegou lá,

De menina a mulher queria me transformar.

 

Personalidade dupla,

Volátil demais para se adptar...

Fugiu enquanto andava,

Deixando saudades a desejar.

 

No outono era Libra,

Trazendo a brisa fria do mar...

Contagioso era,

Seu jeito amável e afetuoso de agradar.

 

Nenhuma briga,

Preferia galantear...

Um lindo poema,

Para mim recitar.

 

Sempre equilibando a balança,

Gostava de apaziguar...

Seu Carma,

Era partido não tomar.

 

Deixou-me solta,

Para Escorpião pisar,

Ele tinha a frieza,

Para o brio de Libra matar.

 

Ódio posto chama,

Das cinzas pretendia regenerar...

Um otimista por natureza,

A paixão queria recriar.

 

Intenso e idealista.

Queria me manipular...

Sua violência,

Não pude evitar.

 

A força destrutiva,

Como um tornado a ruminar...

A paixão desmedida,

Como um furacão a germinar.

 

 

De relação aberta,

Sagitário, com liberdade queria se relacionar...

A fidelidade não persistia,

Assim foi fácil trocar.

 

Muito mais amizade sentia,

Prazeroso era conversar...

Agradável companhia,

Para abraçar.

 

Entre as idas sempre havia uma volta,

Um porto seguro para atracar...

As lamúrias, calada  ouvia,

Seus incontáveis amores a comparar.

 

Segue a ladainha,

E um amigo trouxe para apresentar...

Atingida por uma flecha,

Fui cativa pelo olhar.

 

Aquário fazia,

Meu coração pular...

Com seus beijos me surpreendia,

Pois, sempre gostava de inovar.

 

Uma pena,

Não se deixava levar...

A tradição resistia,

Só pelo prazer de mudar.

 

A estrada foi sinuosa,

Depois de muito lutar...

Olhando para trás via,

Meus dissabores passar.

 

Câncer, era a força da inércia,

Até uma gota transbordar...

Conhecedor da fantasia,

Um sonho parecia capaz de realizar.

 

Mas a ilusão era apenas uma quimera,

O sapo num príncipe não pôde se transformar.

Tranqüilo e egoísta,

Mais um troféu desejava conquistar.

 

A teoria um final teria,

Leão era sol a me iluminar...

Orgulhoso, mas com caráter em sua nobreza,

A mim veio comandar.

 

Não era príncipe como queria,

Mas segurança era meu lar...

Nem era perfeito quando agia,

Mas conforto sabia dar.

 

O casulo rompido de minha inocência.

A ele entreguei sem pestanejar...

A mulher enfim ardia,

Em seus braços amorosos a degelar.

 

Hoje percebo minha infância,

Era tempo de guardar...

As memórias de alegria,

E melancolia para calar.

 

Nenhum amor acolhia,

Pois o tempo estava a precisar...

Crescer em experiência,

Para o outro amar.


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