- Charllote Narra - 

Porque estava chorando lá ontem?Essa pergunta era aquela que eu não queria ouvir. Eu meio que tinha esperança que ele não tivesse visto eu. Congelei. Não sabia o que responder á ele. CALADA. Fiquei calada. Minha mãe diz que tenho uma grande boca e que fico falando o que não devo. Também se eu dizer verdade ele se afastava de mim e falava pra todos. Eu não queria ser diferente. Queria ter uma vida normal. Ter um bom emprego , casar e ter filhotes. Mais essa dos filhotes tava longe. Eu tinha uma lista meio que secreta. De desejos , coisas que certamente me fariammuitofeliz. 

1º - Assistir um milagre -minha vovó me contava muito milagre dessas santinhas que eu não sei o nome e eu me interessava mesmo muito. Gostava de estar num deles , pra poder estar contando pra meus netos , que vou ter. Mesmo que eu tenha de adotar criança.

2º - Amar e ser amada -Eu sempre quis me casar com alguém que eu amasse muito , muito. Sempre fui uma garota sonhadora. Mais ninguém me vai querer amar. Eu não sou bonita e minhas antigas amigas dizem que eu meio que tenho problemas mentais , então. Sei que elas estão erradas. 

3º - Ser feliz - é algo que eu não sou desde aquele acontecimento. 
Chegou Chaz na sala e quebrou o silêncio que pareceu durar uma eternidade.

- Ae JB e ... santinha feiosa? - cumprimentou Justin que ficou me olhando com sentimento de culpa. Eu não julgava ele. Ele não devia arriscar perder amigos pra ficar virando meu guarda-costas , né. Me fui sentar na minha mesa á espera que a aula começasse.

Aula passou depressa e Justin mal me viu saindo da porta , veio me interrogar.

- Ahm ... Angelinne ... Ahm - corei por Justin me chamar Angelinne , todos me chamam de Charllote. - Quer ir tomar um sorvete depois das aulas? - me convidou passando a mão no cabelo como um tic nervoso. 

- Me desculpa , não posso. - sorri á ele timido.

- Porque não? - Justin me olhou nos olhos e foi daí que pude ver aquelas amêndoas castanho cor-de-mel me hipnotizando. Seus olhos hipnotizavam , secalhar ele era feiticeiro. Como Justin Russo ou Alex Russo o_o" pronto , parei.

- Ahm ... Eu apenas não posso. - corei com a desculpa horrivel que eu tinha dado e fui pra sala , me encontrar com Amy. Amy estava sentada com o cotovelo segurando sua cabeça.

- Hey , tá bem? - perguntei á minha única e melhor amiga.

- Não que interesse pra você. - Amy me respondeu grossa.

- uou , que eu fiz? hein? - arqueei minha sobrancelha.

- Você sabe. - ela me respondeu continuando a não me olhar.

- Okay , tudo bem. Fui eu que dei seu numero pro Josh. Mais ele é apaixonado por você e tão fofo. - me rendi.

- VOCÊ DEU MEU NUMERO PRO JOSH?! - ela perguntou gritando.

- É , quem contou pra você? - perguntei indeferente.

- Você mesma! - Amy disse com sua voz muito fininha.

- Quando? - eu perguntei fazendo careta.

- Agora mesmo! - ela gritou!

- É ... então esqueça. - retirei o que disse mesmo muito embaraçada. 

- você ... você anda destruindo sua vida amiga! - ela me disse se sentando ao meu lado.

- O quê? Destruindo? - Amy decerteza tava com febre. - Amy ...

- É , agora deu pra tar sempre falando com o cafajeste do Justin! Charllote , você sabe o que ele quer, né? Quer seu corpo nu e depois , há. Depous lança pros porcos , os restos. Tou avisando você. - Amy me avisou falando muito depressa. 

- Se consola você , ele me convidou pra tomar sorvete e eu disse não. - eu suspirei. - E pra sua alegria essa aula não é com ele , yey! - eu batendo palmas pra Amy se animar.

- Meninos silêncio! - professora Judite entrou gritando. Eu nem tinha dado conta que a turma já tinha entrado quase toda na sala. - Hoje vamos ter uma aulinha diferente. Aqui o senhor Américo vai dizer algumas palavrinhas.

- Bem , vocês sabem que hoje em dia existem muitos abortos. Mulheres fazem e depois não assumem. - ele disse e meu estômago revirou. O tema de aula era esse mesmo? Eu comecei me sentindo zonza e suando muito. Ela continuava falando e falando e eu não intendia nada.

- Professora? - levantei o braço - Posso ir no banheiro , estou me sentindo mal.

- Que você sente? - perguntou ela desconfiada.

- Tontura , dor de barriga e estou com vontade de vomitar. - eu me justifiquei.

- Vai á inferemaria é melhor moçinha. - assenti com a cabeça e fui.
Quando dei o fora da sala corri até ao banheiro , e me aliviei tomando um pouco de água. Fui á enfermaria e ela estava cuidando de um garoto. Só me apercebi quem era quando ele chamou meu nome.

- Angelinne? - ele perguntou pra confirmar que era eu.

- Ahm ... Porque você insiste me chamando de Angelinne? - minha curiosidade falou alto.

- Porque bem ... você me faz lembrar um anjo , então .. Angelinne tem Angel. - ele sorriu e fez careta pois a enfermeira colocou algo em sua ferida. Eu  corei muito mesmo.

- Que se passou? - eu perguntei pois ele estava machucado na cintura.

- Caí na aula de física , raspou bem fundo no chão. - ele me contou. Eu apenas disse um " ah ". 

- Prontinho , agora você menininha , que passou? - a enfermeira amável como sempre me perguntou. 

- Comprimido pra dor de cabeça. - eu disse , e a senhorita assentu e me deu. Tomei com água e Justin me acompanhou pra saída daquela salinha. 

- Você me chutou uma vez , mas eu tento de novo. Quer sair comigo logo? - Justin perguntu esperançoso. - Ou amanhã ou depois , sei lá. Um dia destes. 

- Eu não posso. Eu gostava mais tenho um monte de razões pra não sair e pra não sair com você. - eu me justifiquei logo. - Você é galinha , sei bem o que queria nesse encontro. O que você fez com Amy foi ... mal. Eu já tenho compromissos hoje e o no resto dos dias de semana. 

- Tá , tá. E no sábado? Não é dia de semana. - Justin me pediu muito esperançoso. - Hey , por favor Angelinne , por favor. 

- Tá. Eu vou no sábado. Mais você não pode contar pra ninguém , tá ouvindo? - ele assentiu e cruzou os dedos como menininhas do primeiro ciclo. - E me leva pra um sitio decente. E marque numa folhinha : Não sou igual ás outras , eu não vou pra sua lista.

- Claro , que sim! Claro , sim , sim! - ele me deu um beijo estampado na bochecha e correu pra quadra. 
Apenas comecei a rir muito do que se passou. Eu ia ter um encontro com o menino galinha da escola. Era pra rir. O mesmo garoto que acha que pareço um anjo e me chama de Angel de Angelinne.