Because I Love You... escrita por CahillOnFire


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Eu sempre fui louca por Katie+Connor então, tomara que gostem *-*



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*CONNOR.

Entrei no sempre bagunçado chalé de Hermes, primeiro dia de Acampamento. Normalmente eu e Travis ficávamos o ano inteiro, mas com a guerra dos titãs e tudo mais resolvemos passar o ano escolar com nossa mãe pra variar. Ela nos matriculou numa nova escola e Travis até arranjou uma namorada. Há! adivinha, pra variar era uma semideusa, filha de Afrodite. Acho que semideuses se atraem. Veio ao acampamento conosco e Travis está lá, dando a maior atenção a “belezinha” dele, não tem mais tempo para pegadinhas, nem para o irmão mais novo aqui, imagina só! Antes de Percy voltar do labirinto, eu e Travis fizemos uma espécie de pacto. “Nunca vamos namorar” ele disse, “Vamos ser sempre os irmãos Stoll e nossas pegadinhas”. Ok Travis, parece que você esqueceu do garotão aqui, pegador. Não sei se posso culpá-lo, o problema é que me sinto sozinho, ainda mais com o chalé de Hermes assim tão vazio depois que os deuses começaram a reclamar seus filhos. Encontrei Lilly e Tristan no chalé, eles pareciam felizes em me ver. Conversamos um pouco mais, contudo eles estavam colocando creme dental dentro do saco de dormir de um campista novo, então resolvi deixá-los em paz e fui dar um passeio no bosque. Andei alguns quilômetros e sentei de baixo de uma árvore. Flores cresciam ali, muitas flores. Roxas, vermelhas, amarelas, rosas, margaridas, tulipas. Eu não havia percebido, mas aquele lugar não era como o restante do bosque, claro, havia muitas flores naquele bosque porém, parecia que as mais bonitas das flores e árvores estavam concentradas naquele pedaço de terra, como se a própria Perséfone tivesse passado por ali. Adentrei o lugar e percebi a elevação de algumas rochas no canto esquerdo de uma árvore que tinha o tronco enorme. Cheguei mais perto, e vi a abertura diagonal em um canto da rocha. Espiei lá dentro.

-Um túnel. –falei a mim mesmo. – O que pode ter lá?

Deduzi que pelo cheiro de terra molhada não deveria haver monstros, eles cheiravam a enxofre, além disso a abertura era muito estreita para um monstro passar pois meu corpo passou espremido.  Uma nascente de águas cristalinas corria no meio da terra lamacenta. Meus tênis, assim que tocaram a terra enterraram-se, o túnel se estendia por cerca de dezoito metros então havia uma grande abertura, eu só conseguia ver uma grande e robusta macieira. Andei até ela silenciosamente e tirei a faca que eu sempre carregava comigo por precaução. Olhei em volta.

-Uau! – exclamei.

Em todos os lugares eu só conseguia ver plantas perfeitas e enormes flores abertas. Frutas, trigo e todo o tipo de plantas e frutas exóticas que você pode imaginar. Deduzi que aquele lugar não fora tocado por mãos humanas, as não ser que, essa pessoa tivesse um dom para com as plantas, realmente parecia um jardim secreto. Poxa, que coisa mais brega! Aí eu olho para a parede. Uma coleção inteira de armas de bronze celestial em cima de pedestais.

 Escutei um ruído na porta do túnel, então me escondi entre dois arbustos bem no canto da parede de pedra.

-Oh deuses eu preciso tirar esse cacto daí. O maracujá floresceu, e os frutos estão começando a nascer. Ótimo.

Eu infelizmente reconheci a voz. Não, não podia ser ela. Eu olhei por entre as folhas e a vi. Katie Gardner segurava um caderno rosa nas mãos e parecia estar anotando alguma coisa.

-Ah isso é inútil. Não sei fazer um diário nem mesmo uma agenda, eles não servem pra nada. Argh, eu ainda esqueci o regador.

Katie jogou o caderno no chão e saiu da caverna. Fui até lá e peguei a agenda, que mais parecia um caderno de anotações sobre plantas. Mais ou menos assim:

Querido estúpido diário. 13/02

As plantas não querem crescer direito, estou frustrada. Porque isso aconteceu comigo? Os Stolls estão no acampamento minhas plantas crescem que é uma beleza, eles vão embora PUF! Eu fico frustrada e nada dá certo. Ah, como eu os odeio. Principalmente, principalmente o... não vou falar seu nome. Ah como ele pode? Como ele pode acabar com as minhas rosas amarelas? Connor. Connor é o nome dele.

 Diário.  1° dia da temporada de verão. (hoje) 10:30 AM

Ah deuses eles vão chegar hoje. Eu preciso ficar longe dos Stolls. Ah, olha, eles já estão aqui. Eu vou para o bunker e vou ficar por lá.

15:30- Na caverna.

1°-tirar o cacto dali. Ele está incomodando as outras flores.

2°-Cuidar para que os frutos do maracujá fiquem suculentos.

3°- regar as margaridas.

Tive a impressão de que alguém esteve aqui. Esse lugar me lembra ele, e ele chegou hoje de manhã. Ah, quem eu estou querendo enganar? Essa droga de diário não me ajuda. Nada vai me ajudar, porque ele me odeia.

Se eu fiquei me perguntando quem era ele? Pode apostar que fiquei.  Sabe, é muito estranho isso que ela escreveu no diário, porque nós chegamos hoje de manhã. Ei, eu fiz uma descoberta! Isto não é uma caverna. É o bunker do chalé de Deméter. Em tempos mais antigos ele deve ter servido como um arsenal, estratégia para crescerem espinheiros e outras coisas que ajudassem em combate, hoje era apenas o lugar secreto de Katie Gardner. Deduzi que era melhor eu sair dali antes que ela voltasse. Ah mas não pense que eu iria perder a chance de provocá-la. Saí do bunker e sentei-me na entrada recostado no grande tronco da árvore. Fiquei alguns minutos antes de Katie aparecer.

-o que você está fazendo aqui garoto? – ela gritou.

-Oh, me desculpe – falei em tom sarcástico. – Seus irmãos não sabem disso, sabem?

-Não se atreva Connor, a contar a eles sobre o bunker.

-Vou pensar no seu caso. Quem é ele?

-Quem é ele quem?

-“esse lugar lembra ele. Ele chegou hoje de manhã” – zombei.

Ela corou, depois franziu a testa.

-O que você...

Mostrei o diário que estava em minhas mãos. E, antes que eu pudesse sequer fazer algo ela o tomou de mim.

-Vlacas. Eu não devia tê-lo deixado.

-Percebeu isso tarde demais princesa. Vai me dizer quem é ele?

-Caia fora. Não devo explicações a você.

-Ah, você deve. Porque o meu nome está aí não é mesmo?

Ela enrubesceu.

-O que você leu seu idiota?

-“Oh, minhas plantas não querem crescer, estou irritada” – debochei.

Katie abaixou a cabeça.

-Saia daqui garoto.

-Não antes de você me dizer quem é ele.

-Porque você quer tanto saber? Vai contar para o acampamento? – ela gritou.

-Sim, vou. E por que você ficou tão nervosa filha de Deméter? Será que tem algo que eu deva saber?

Cheguei bem perto dela e segurei seu queixo, fazendo-a olhar para mim. Ei, espera. O que eu estava fazendo mesmo? Ah, sim tentando irritá-la. Só isso. Sem desvios.

-Não, não há nada que tenha de saber.

Ela afastou minha mão com uma bofetada e entrou na caverna. Fui atrás dela, afinal não tinha nada melhor para fazer mesmo.

-Ah, pare com isso. Sei que você gosta de um garoto. Eu vou te ajudar.

-Nããããããããão Connor, eu gosto de uma menina. – disse sarcasticamente.

-Sério? Ah meus deuses! O que Deméter diria? – ela me lança um olhar terrorista.

O que Katie não sabia é que eu não iria ajudar coisa nenhuma. Eu só queria tirar com a cara dela depois. E, bem eu não queria que ela tivesse um namorado na verdade. Eu acho que estou ficando sentimental. Travis é culpado por isso, droga.

-O que você faz tanto aqui? – perguntei.

-Você não está vendo Connor? Este é o lugar mais bonito e natural de Long Island.

-É, muito bonito. Você vem aqui para pensar?

-As vezes.  Quando estou triste eu meio que sumo. E quando sumo estou aqui. É meu lugar favorito no acampamento. Porque eu estou falando com você mesmo?

-Porque eu sou muito legal.

-Ah, com certeza. Agora você pode ir embora por favor?

-Meus deuses, um milagre aconteceu. Katie Gardner foi educada comigo. Mas já falei que não saio antes de me falar.

-Vai ficar aqui pra sempre.

-Se você estiver junto eu até posso aguentar. – murmurei.

-Falou alguma coisa? – perguntou.

-Não.

-Você resmungou.

-Não.

-Sim.

-Não.

-Certo. Agora eu imploro. Vaza. – ela falou.

-Ok, ok. Mas você vai comigo ou... – eu peguei o diário de suas mãos delicadas - isso aqui vai parar debaixo do travesseiro de Travis. E você sabe o que vai acontecer. Imagine, eu não posso deixar uma dama como você andar sozinha nessa floresta.

Ela me lançou um olhar de puro ódio.

-Vamos logo imbecil.

Nós saímos da caverna e fomos para a arena de combate.

-Porque você me odeia tanto? –perguntei a ela. E, como resposta ela me jogou uma espada e pegou outra.

-Coelhinhos de chocolate no telhado de grama do chalé de Deméter, Miranda com cabelos cor-de-rosa, Paul com alergia por causa do pó de mico na camiseta que ele comprou na loja do acampamento, Leila e a laranja falante. Ela está traumatizada, não pode ver uma laranja que sai correndo. Você quer que eu termine?

Ela avançou com a espada e me acertou no joelho, o corte não foi muito profundo mas eu caí, Katie pisou no meu peito com força e colou a espada na minha garganta. Não ia me matar é claro, não é permitido matar campistas, mas podia muito bem me machucar feio.

-A Miranda ficou engraçada com os cabelos cor-de-rosa – resmunguei. Mas ela me ignorou.

-Ah, mais uma coisa. Os coturnos. Você lembra dos coturnos?

-Coturnos? Que coturnos? – falei tentando disfarçar o riso. Verão passado, durante a batalha dos titãs eu entrei no quarto de Katie e coloquei um sapo dentro de um dos seus coturnos, eu esperei atrás da porta até ela acordar. 1° erro: eu quase fiquei surdo. A garota saiu gritando com o sapo em sua cabeça. Acho que aquele momento foi o mais engraçado de toda a batalha contra Cronos.

-Você lembra sim imbecil. Foi você não foi?

-Sim, fui eu. – admiti – mas além das pegadinhas o que eu fiz de tão errado assim?

-Nasceu.

Ok Connor. Essa doeu. Larguei minha espada, era inútil, eu estava preso. BEM PRESO. Eu acho que ela viu a cara de magoado que fiz, pois pareceu confusa por um momento.

-Eu... eu já vou indo. – falou.

Katie Gardner virou as costas e saiu correndo.


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