- Onde estou?

            Os olhos de Marcos estavam ofuscados pela claridade diante de seus olhos. Tentava enxergar ao fundo daquela claridade um pequeno ponto preto, começava a crescer como se estivesse vindo em sua direção. De repente era encoberto pela escuridão e ao piscar os olhos se via de novo no mesmo lugar que ele estava nas outras vezes. O mesmo local, cheio de sangue diante de seus olhos, um homem jogado ao chão em seu braço o desenho do circulo.

            O que tudo isso queria dizer, Marcos s sentia confuso, colocara as mãos sobre a cabeça como se estivesse com dor de cabeça. No dia passado teria visto a mesma marca sobre o braço de seu oponente. Sua cabeça começava a doer.

- O que esta acontecendo? Por que isso agora? Por que minha cabeça doe tanto? Ahhhh!

            Se via em seu quarto após acordar do pesadelo, não conseguiu mais dormir, desceu a sala, ainda era de madrugada, exatamente três da manha. Sentou-se ao sofá, ligando a Tv. Estavam passando coisas pornográficas demais, resolveu tirar, não estava com cabeça para aquilo. Foi até a cozinha e pegou um copo de água, seus olhos davam lugar ao pensamento, como o pesadelo estaria ligado a realidade, o que aquilo estava tentando transmitir a ele, por que seu passado era tão complicado.

- O que eu tenho que fazer? Nada disso faz sentido...

            Otavio que acordara, após cair da cama, via que a luz da sala e da cozinha  estava acesa, andando até a mesma via que Marcos observava o lado de fora da casa, pensativo.

- Fazendo o que ai sensei?

- Nada não... apenas pensando no passado...

- Como assim?

- Você lembra daquele cara que enfrentei ontem?

- Sim o que tem ele? O seu ex-aluno...

- Pois bem... você se lembra que ele tinha uma circulo desenhado no braço?

- Não lembro não... eu não estava lá... você tinha pedido para que eu e a Camilla saíssemos do local da batalha...

- Ah é... mas então... ele tinha um desenho no braço de um circulo e esse mesmo circulo aparecia no braço daquele cara jogado ao chão no meu sonho...

- Estranho...

- Eu tento fazer as ligações mas ta difícil de saber quem é o cara jogado no chão...

- Eu nem sei o que posso fazer...

- Eu acho que nada... otavio...

- Como assim?

- Acho que eu mesmo terei de descobrir o que tudo isso significa em minha vida...

- Hum... bem já que não consigo dormir... vou ver Tv...

            Marcos arregalava os olhos, logo parava Otavio que já ia ligar a Tv.

- Bem, não é hora de assistir Tv... vai pro seu quarto que é melhor

- Por que?

- Porque sim... agora vai...

- Ta bom...

            Marcos passou a mão sobre a testa como sinal de alivio, logo sentou-se ao sofá, pensando sobre o assunto anterior, sua cara de alivio se transformava em um rosto sério, não sabia como faria, como descobriria as coisas mas estava disposto a fazer qualquer coisa.

            Levantou-se caminhando pela sala em direção ao quarto, ouvia um som, dando uma cambalhota escapando facilmente de uma agulha disparada em sua direção.

- Não era surpresa algo deste tipo...

            Uma jovem de cabelos loiros, olhos azuis, seios farto, vestindo um manto vermelho com um decote, logo aparecia do lado de fora da casa, observando a pessoa de dentro da mesma.

- Interessante, conseguiu desviar de minha agulha...

- Não tinha por que deixar você me acertar já que a agulha contem veneno do tipo letal, que ao entrar em contato com o sangue vai pro coração e destrói as artérias pulmonares...

- C-como você sabe...

- Simples... essas agulhas são feitas de titânio, o que traz um brilho pra ela, e o único tipo de veneno que caberia numa agulha dessa e que fosse suficientemente letal... é o veneno que acerta o coração...

- Hummm.. você já esta me irritando... mas você esta certo, não há por que negar, mas não é por isso que você ira ganhar, eu não tenho só esses ataques fracos...

- Espero que não pois uma usuária de agulhas com veneno... só pode ser do tipo vento...

- Ora seu... você já esta ficando muito irritante....

- Não precisa ficar irritada... vento é bom contra raio...

            A jovem jogava outras duas agulhas contra Marcos que desviava com facilidade. As agulhas pareciam diferentes. Ao passarem do lado de Marcos, este arregalava os olhos, mas logo sorria ao ver as agulhar caírem ao chão.

- Mas como... como elas não explodiram...

- Como eu imaginei... elemento fogo... o veneno era somente uma distração pra confundir o oponente que pensaria que você é de elemento vento...

            No quarto do andar de cima, Otavio acordara com um vão saltava da cama quando um jovem segurando um bastão de madeira quebrava a cama.

- Humm... bons reflexos...

- Obrigado... “ele é de elemento terra” –pensou Otavio-

            O homem logo direcionava outro golpe contra Otavio, mas este continuava desviando, logo era-lhe disparado um golpe elétrico, que Otavio custou muito a desviar.

- Tipo raio eh...? –concluiu ele-

- Garoto esperto... Gabaritou... Bem... eu me chamo Ramon... você deve ser Otavio o escolhido do raio...

- Sim... o próprio...

            Ramon abria um cínico sorriso ao rosto.

- Bem... as apresentações já foram feitas... agora eu vou termina essa luta...

- Tente se puder...

- Deixe comigo... não lhe decepcionarei...

- É bom mesmo...

            Ramon logo movimentara o Bastão, batendo com o mesmo ao chão, fixando-o ao mesmo, logo o Bastão tomava coloração azul e se dispersava em raios, que mais pareciam agulhas que ia na direção de Otavio.

- Flor de Agulhas

            Otavio apenas sorria.

- Não aprendeu que não se usa eletricidade com eletricidade?

- Como assim?

            Otavio logo mexeu a mão verticalmente, e um escudo de raios disparava várias outras agulhas contra as que vinham, causando pequenas explosões elétricas, logo a visão de Ramon ficara ofuscada, quando levara um chute de Otavio na barriga sendo jogando janela afora. Otavio pulou pela janela, olhando cinicamente para Ramon, seu oponente, que se levantava sorrindo, logo batia com o Cajado no chão.

- Abismo de Terra

            Logo o chão abaixo de Otavio começava a afundar, Otavio ficara preso ao solo que endurecia, como pedra.

- Agora você não poderá fugir...

            Camilla estava no quintal dos fundos da casa, na sacada de seu quarto.

- Ola... –disse um cara de cabelos Ruivos-

            Camilla ficou surpresa pela beleza do cara, sorriu, retribuindo a resposta.

- Oi...

- Hum... Como vai você?

- Da pra parar de enrolar e me atacar... alias por que você esta usando uma ilusão pra falar comigo e não lutar diretamente comigo?

- Você é esperta... bem vamos ao que interessa...

            O jovem aparecia atrás dela empunhando dois punhais, um negro e um branco. Logo dava um soco nela, mas esta desviara com facilidade pois já sabia que ele estava ali, logo abaixara e deu uma rasteira, ele pulou ficando em cima da sacada.

- Você é rápido...

- Você também tem ótimos reflexos. Acho que vou acabar me apaixonando por você...

- O-o que você está dizendo seu idiota?! -- Ela ficara vermelha

            Rapidamente ela dava um pulo desferindo um chute contra a face dele, que defendia com as mãos caindo no andar debaixo em pé. Logo dava um soco ao solo e a Neve começava a secar se transformando em água que rodeava o corpo dele.

- Elemento água... isso vai ser mais fácil do que eu imaginava..

- Veremos então...

            Naquela casa, onde agora tinham 3 pessoas, o homem sentado a mesma observava a janela atenciosamente.

- É... agora começou as lutas...-disse o homem sentado-

- Eles não tem chance... se vencerem... terão que lutar comigo e com ela... e sabes que somos lutadores de elite...

- Sim... eu sei... Mas tudo esta por começar...