I Love You, Kate. escrita por bolkan


Capítulo 2
Family


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo ficou grandinho, e grandinho eu quero dizer IMENSO. Por isso decidi dividi-lo ao meio (eu podia dividi-lo em 3 ou 4 partes, mas decidi deixa-lo grande mesmo). Ela tinha só... 6.887 palavras, ou 19 páginas... Mas preferi encurta-lo. Se gostarem posto o resto.



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CENAS DO CAPÍTULO ANTERIOR

-Você sempre será a Detetive Beckett, Kate. Só que sem armas e sem distintivo, mas essa mulher é você. Forte, valente, inteligente, linda... Não teria como gostar menos de você. Eu te amo.

E ela o beijou. Um agradecimento, um gesto de amor.

-Eu te amo, Castle... – Sussurrou entre os lábios dele, antes de puxa-lo para um beijo mais intenso.

As carícias foram se aprofundando mais uma vez, e eles se entregaram novamente ao momento.


***

Eles tinham adormecido novamente, e dessa vez Beckett acordara primeiro. Esfregou os olhos que ainda ardiam pelo sono. Piscou algumas vezes e viu Rick deitado debaixo de si, fazendo-a sorrir. Ela se lembrava de ter dormido com ela abraçando-a por trás, mas agora estava deitada realmente em cima dele, e com um dos braços dele a agarra-la pela cintura. Ainda estavam nus e ela podia sentir o seu sexo roçando ao dele, o que a deixava um pouco mais desperta. Em cima dele ela podia sentir o embalo do peito dele que subia e descia no compasso da respiração, assim como podia sentir o coração dele batendo contra seu peito. “Lup-Dup Lup-Dup”, o som incessante dos batimentos. A sensação era reconfortante, sentia-se segura ali, deitada em cima dele, sentindo-o vivo por todo o seu corpo, e contra seu peito. Gostaria de poder ficar eternamente ali, deitada em cima dele, sentindo o seu calor, sua respiração, seu coração... Eu bafo quente a acaricia-la no pescoço. Sentia-se em casa, finalmente, depois de tantos anos. Não que não tivesse amado outros homens antes. Inclusive, ela amara Josh, mas nunca se sentira assim, tão completa, tão segura, tão em casa... Ele era realmente seu lar. Não importava onde estivesse, ele sempre seria seu lar, seu chão. Claro que isso poderia ser mais fácil de perceber e admitir para si mesma do que para qualquer outro, ainda tinha medo do que estava por vir, do que o destino reservava para eles. A única coisa que sabia é que queria ficar com ele, sempre.

Levantou a cabeça e pôde olha-lo de cima, dormindo tranquilamente. Era tão adorável. Passou a mão em sua bochecha, subindo até o cabelo, onde ela ajeitou alguns fios que teimavam em cair na testa do escritor. Passou algum tempo somente olhando-o e passando a mão em seus cabelos. “eu te amo”, falou baixinho, e beijou-o suavemente. Com o beijo, ele. Abrindo os olhos e piscando algumas vezes para conseguir enxergar, ele a viu, olhando-o bem de perto. Era ver um sonho, e ele sorriu automaticamente.

-Hey... – Disse gentilmente.

-Hey.. – Ela respondeu, mordendo os próprios lábios. Ele era tão especial.

-Acordou faz tempo? – O braço dele que estava sobre ela agora passeava em suas costas, fazendo carinho.

-Não muito. Estava só vendo você dormir um pouco...

-Hum... E aproveitou pra ser meu cobertor? – Perguntou brincalhão, fazendo alusão ao fato de ela estar deitada sobre ele.

-Eu posso tê-lo feito de meu colchão, ou não?

Ele riu.

-Claro que sim. Sempre que quiser.

E ela sorri, e ele sorri. E o silêncio faz-se presente. Mas é um silêncio só de palavras, pois os olhos deles podiam dizer muito mais que qualquer frase. “Eu te amo” era o que eles mais diziam, mas sem uma palavra sequer.

-Eu poderia ficar aqui pra sempre. É muito bom.

Ele sorri e beija-a suavemente.

-Sempre soube que eu seria um bom colchão.

-E eu sou um bom cobertor?

-O melhor. Nunca passaria frio com você me cobrindo, e ainda tem outras utilidades. – Fala com um tom insinuante.

-Pervertido... – Ela fala ao ouvido dele, antes de morder-lhe o lóbulo da orelha. E depois o encara. – Sabe o que eu queria agora? O que eu realmente queria... – E fala usando sua voz mais sensual, fazendo os olhos dele brilharem de desejo, e ele engole em seco.

-O quê Detetive Beckett? – O “detetive” a pega de surpresa, deixando-a levemente chateada, mas ela não deixa transparecer. E aproxima-se de novo no ouvido dele antes de sussurras...

Eu queria... – E sente o corpo dele enrijecer somente com sua voz, deixando-a satisfeita. – Eu queria... TOMAR UM BANHO! – E levanta-se se afastando dele e indo para o banheiro, completamente nua.

Castle solta um suspiro, e seu corpo todinho se treme. Após se recompor, ele vai atrás dela no banheiro, entrando no chuveiro e abraçando-a por trás.

-Também estava afim de um banho... – E beija o pescoço dela.

Ali, mas algumas vezes, eles se entregam novamente um ao outro.

***

Após o banho Beckett sai do banheiro enrolada em uma toalha e procura por suas roupas no chão do quarto, ou em algum lugar por ali.

-Cadê?... –Ela se ajoelhava no chão para ver se não tinham caído embaixo da cama.

-Cadê o quê, Kate?

-Minhas roupas. Não as acho de jeito nenhum, só achei minha calcinha hoje de manhã. Você as viu? – E

-Na verdade, eu vi sim. Estavam completamente molhadas e eu lavei-as e coloquei pra secar. Estão no armário. – Fala naturalmente.

-Você o quê? – Pergunta surpresa com a atitude dele, levantando-se para encara-lo.

-Eu lavei e... Botei pra secar – Eu fiz alguma coisa errada? – Estava assustado com a expressão de Beckett.

-Na-Não. Eu só... Não esperava por isso. Obrigada.

-Ok, ótimo! – E solta um suspiro aliviado - Já achei que tivesse feito besteira.

Ela sorriu pra ele e foi andando em direção ao armário dele, mas acaba ficando meio desorientada no grande closet.

-Er.. Castle!

-Sim?! – Ela o ouve perguntar de longe, no quarto.

-Onde estão... Exatamente?

-Nas gavetas mais próximas na porta!

-Nas? Não seria “na gaveta”?

-Não, eu coloquei a sua camiseta na segunda gaveta e seu sutiã na primeira gaveta. E ah, sua calça e sua jaqueta estão penduradas, perto da porta também.

Ela estava embasbacada. Ele colocara as roupas dela em seu closet como se fosse a coisa mais natural do mundo, e ainda separara gavetas para ela! Parte dela se assustou com aquilo tudo, e outra parte ficou feliz por ele ser do jeito que ele era. Sorriu e pegou sua rouba.

-Er... Minha calcinha está aí no quarto, não está? – Ela perguntou, antes de ver que ele entrava no closet para se vestir.

-Na verdade, acabei de pôr na roupa suja. Estava toda molhada também.

-O quê? E o que vou usar agora?

-Bem, não me incomodo de você não usar nada... – E ela deu um tapa no braço dele. – Mas posso te emprestar alguma coisa, se quiser.

Ela se irritou com a proposta.

-Ah, claro. Vou com certeza usar uma calcinha de uma das suas ex-amantes, ou ex-esposas, ou qualquer coisa do tipo. Eu... – E percebeu que ele sorria divertido olhando para ela. – O que?

-Bem, eu nunca disse que seria uma calcinha, quanto mais calcinha usada. Eu ia oferecer uma cueca minha. E não guardo essas recordações das minhas “ex-amantes”, como você diz...

Ela não pôde deixar de sorrir. Bancara a tola ciumenta.

-Uma cueca sua, uh?

-Sim. Tenho algumas, pode usar qualquer uma. Provavelmente ficarão um pouco frouxas, mas... – E foi interrompido por ela, que o puxou para um beijo rápido, de carinho.

-É perfeito, obrigada. – E cola seus lábios nos dele novamente, para então se separar e ir terminar de se vestir, deixando-o ainda mais encantado com toda a “nova” face de Beckett que ele até então não conhecia. Aquela mulher nunca deixaria de surpreendê-lo.

***

Beckett já estava na cozinha procurando alguma coisa para fazer, quando Castle chega a abraçando e beijando por trás, e depois acomodando a cabeça em seu pescoço.

-O que está fazendo? – Ele pergunta também olhando para a geladeira aberta.

-Preparando o almoço.

-Preparando o almoço? Você acha mesmo que vai preparar o almoço hoje? – E se afasta dela para poder encara-la.

-E por que não, Rick? – Usando o nome de forma irônica.

-Adoro quando me chama de Rick, mesmo desse jeito. Mas eu pensei em pedirmos algo para comermos, aproveitar o dia? – E a abraça de novo, beijando-a.

-Ok, você venceu, nós pedimos comida.

-Eu vencendo a Detetive Beckett, isso é um feito histórico!

-Castle, já disse que não sou mais detetive... – Ela fala séria, escondendo certa tristeza por detrás da situação.

-Pra mim você sempre será a Detetive Beckett e a Kate. Só falta me chamar de Rick. – Ele diz beijando-a no pescoço, fazendo-a tremer na base.

-O-ok. –Ela fala revirando os olhos. – Mas é melhor pedirmos logos a comida.

-Ok. Vou pegar o telefone. – E sai em direção ao quarto. Deixando Kate na cozinho, com um sorriso leve marcando suas feições.

***

NO 12TH DISTRITO – DIVISÃO DE HOMÍCIDEOS.

Ryan estava sentado a sua mesa, revendo os detalhes que foram achados no quarto do bandido que tentara matar Beckett. Tinha que achar alguma pista. Sentia-se culpado pelo que acontecera aos colegas, mas em parte estava feliz por ter chegado a tempo de salvar a vida de Beckett. Agora Esposito, seu bro, não queria mais falar com ele, culpava-o. O pior é que ele acabava se culpando também, e sua cabeça fervilhava, entre os pensamentos de ter feito a coisa certa, e ainda ter salvado a vida de Beckett, e ter feito a coisa errada e ter sido responsável pela licença administrativa dos colegas, que levou Beckett a renunciar ao cargo. Sentia-se dividido entre dois pensamentos. Esperava que pudesse conversar logo com Beckett e Javi, para poder dormir em paz. Ele tinha que perdoa-lo, seria insuportável perder seu parceiro e melhor amigo por ter feito a coisa certa. Apesar de tudo,  de toda a confusão e os questionamentos que ele se fazia, ele sempre soube que fizera a coisa certa. Melhor tê-los vivos e fora da delegacia do que eles mortos. Nisso, afundou-se mais uma vez no relatório e documentos achados no prédio. Observou que havia uma foto faltando no álbum de casamento de Montgomery. Mas quem será que o Maddox queria?

Gates observava Ryan de longe. Talvez não tivesse sido a melhor escolha a de colocar Esposito e Beckett de licença administrativa. Ryan era um bom detetive, mas ele funcionava melhor com Esposito ao seu lado, era visível. E Beckett com certeza era sua melhor detetive, graças a ela o precinto era mais reconhecido que tantos outros, pela organização, honestidade e resolução rápida e eficiente dos casos. Mas ela com certeza não sabia o que a esperava, a renuncia da detetive.  Agora se sentia em uma encruzilhada. Ao observar os documentos achados no prédio onde salvaram Beckett, ela percebera que aquele caso era maior do que poderia imaginar, alguém grande estava pro trás daquilo tudo e ela queria descobrir quem era, mas se sentia de mãos atadas sem Esposito para ajudar Ryan e sem Beckett para ser... Beckett. Talvez fosse o momento de se entregar e perceber que cometera um erro. Não gostara da atitude dos detetives, escondendo informações e de Beckett transformando aquele caso em uma vingança particular, uma procura desenfreada por justiça. Mas ela também queria justiça e, querendo ou não, aquela paixão da detetive é que a tornava tão boa no que ela fazia, mesmo com Castle a tira colo.

Ela teria que tomar alguma atitude, era melhor trazer seus detetives de volta e tentar resolver aquele caso. O problema é que seu orgulho batia de frente com essa ideia, e ela ficava sentada em seu gabinete, olhando para o tempo lá fora, pela janela, e remoendo seus pensamentos de novo e de novo, antes chegar a qualquer decisão do que faria a seguir.

***

O almoço já chegara e Castle fora receber com o entregador de comida chinesa, enquanto Beckett ia até a cozinha e pegava os pratos e tudo o que fosse necessário para arrumar a mesa. Eles pediram o suficiente para eles e Alexis, mas a menina ainda não acordara e eles preferiram não incomoda-la, ela precisava de um longo descanso depois da noite longa que tivera. Serviram-se e comeram alegremente, conversando sobre banalidades, sobre os filmes que iriam assistir, e ele contava piadas fazendo-a sorrir. O clima era leve. Eventualmente, ele pegava alguma coisa do prato dela, ou ela do dele, só pra se provocarem, e acabavam se beijando, compartilhando todos os sabores e sensações. Em um desses momentos, Kate rouba um pouco do Yakisoba que Castle comida, fazendo ele protestar e beija-la com o pretexto de “querer de volta”, e não percebem que Alexis descia as escadas, ainda sonolenta e vestida com seu pijama.

Ela fica observando-os de longe. Nunca vira o pai tão feliz. Tinha certo receio, por causa da Detetive ela já quase perdera seu pai inúmeras vezes. Inúmeras vezes ele se arriscara por ela. Mas ela sabia o quando Kate amava seu pai, mesmo sem ela mesma admitir ou seu pai perceber, Alexis sabia. Sabia já há algum tempo, e eventualmente tivera suas confirmações. Lembrava-se do dia em que seu pai fora refém no banco, e quando ela falou com Kate sobre o pai e a avó eram tudo o que ela tinha. Ela viu a preocupação de Beckett, viu o desespero dela, e percebeu o modo como ela saíra do trailer após a explosão. Beckett estava pálida, parecia que o mundo tinha desmoronado. E os gritos dela chamando por seu pai... Ela pôde ouvir de longe. Depois Martha ainda lhe confidenciara o modo como a Detetive entrara no banco, soltando Castle e esquecendo-se que outras pessoas precisavam ser soltas, o olhar dele, Martha descrevera como “um abraço e um beijo em silêncio”.

Ela também sabia que o pai demorara em descobrir o que sentia pela Detetive. Ambos eram tolos, se amavam há tanto tempo, mas além de demorarem a admitir para si mesmos, ainda deixaram coisas menos importantes ficarem entre eles. E agora ela não poderia estar mais feliz de vê-los daquele jeito, tão próximos, assumindo o casal que sempre foram. Decidiu voltar para o quarto, mas foi surpreendida pela voz de Kate, que acabara por perceber sua presença, e convidava para almoçar, levemente enrubescida pela cena que a menina acabara de presenciar.

-Alexis? Já acordada? Venha almoçar conosco.

-Desculpe, não queria interromper. – Ao ouvir isso, Kare enrubesceu mais ainda, constrangida.

-Não está interrompendo nada, kiddo. – Disse Castle, salvando Beckett. – Venha, pedimos comida chinesa, uma das suas favoritas.

E a menina desceu, sentando-se a mesa com o casal. O silêncio teimava em rodear o ambiente, sendo cortado por monossílabos que saiam da boa de um ou de outro, até o momento em que Alexis descida quebrar aquele clima tenso.

Ela olha para a Kate e para o pai, e depois tenta fingir naturalidade enquanto como seu Yakisoba calmamente.

-Então, agora que vocês estão juntos, por que eu acho que estão juntos pelo menos, vocês são o quê? Namorados?

***

Com certeza a pergunta pegara os dois de surpresa, fazendo Beckett arregalar os olhos e encarar a menina, e Castle engasgar-se com a comida por um momento. Ele não tinha falado sobre o assunto com Kate, e não tinha resposta para aquilo.

-Alexis... – Ele tentou dizer, com a voz meio fraca por ter se engasgado.

-Estamos juntos, mas ainda não definimos o que somos. – Diz Beckett de supetão, surpreendendo Castle. – Ainda não conversamos sobre isso.

-Então por que não conversam agora?

-Er... – Castle olha para Beckett. Não sabia ao certo que falar. – O que você acha?

-Do quê?

-De definirmos o que somos. Amantes, namorados, amigos... – E a ultima palavra foi falada com uma leve melancolia na voz, fazendo Beckett sorrir e se compadecer pelos sentimentos de Castle, que ela já magoara outras vezes.

-Acho que namorados, amantes e amigos seria uma boa escolha. – Ela diz, sorrindo para ele e pegando sua mão entre os dedos.

A reação dele foi, primeiro, ficar surpreso, arregalar os olhos e abrir a boca, e depois a surpresa foi se transformando em alegria e satisfação, um sorriso começou a surgir e seus olhos mudaram de expressão, acompanhando seus lábios, e sorrindo com ele.

Vendo a cena, Alexis pensava “finalmente, esse dois precisam de empurrões, se depender desses dois eles só se resolvem por completo no meu enterro”. E saiu acabou saindo de fininho, deixando os dois perdidos do momento.

***

No apartamento de Lanie, ela e Esposito estavam deitados na cama dela, ele passando a mão em suas costas. Eles tinham conversado sobre o que acontecera antes de caírem um nos braços dos outros. Agora estavam em silêncio perdidos cada um em seus próprios pensamentos. Lanie estava preocupada com tudo, com Javi, com o que ele faria diante de tudo, com a amizade dele com Kevin e estava preocupa principalmente com Kate. Esta quase morrera e ela sentia que precisava falar com a amiga. Falava com ela todos os dias, e desde ontem não tinha notícias da amiga, ou pelo menos notícias que não envolvessem ela quase morrendo e renunciando ao emprego que tanto amava. Levantou-se sobre o olhar de protesto de Javi, e disse, se cobrindo com o lençol.

-Tenho que falar com Kate, estou preocupada e não vou me acalmar até falar com ela eu mesma. – E saiu andando a procura do seu telefone, deixando Javi a olha-la. Ele não protestou, entendia que ela precisava daquilo. Kate era a melhor amiga dela, eram como irmãs... E saber por outra pessoa que a melhor-amiga-quase-irmã quase morrera podia ser algo grande demais.

E deixou Lanie a vontade para falar com a amiga, perdido nos próprios pensamentos. Ainda estava chateado com Kevin, mas tinha que admitir que o que ele fizera salvara a vida de Beckett e talvez até a dele. Mas seu orgulho não o deixava admitir que esteva errado, e ele estava se sentindo altamente traído, traído pelo seu melhor amigo, seu bro. Melhor pensar nisso depois, sua cabeça fervia com aqueles pensamentos, deixando-o com dor de cabeça.

***

No apartamento de Castle, ele e Kate agora assistiam ao filme “Fervura Máxima”, ela deitada ao colo dele, com ela abraçando-a fortemente ao seu peito. A mão dela repousava em seu peito, sentindo-o bem vivo sob seu toque, quando o telefone dela toca, e ela vê que é Lanie.

-É Lanie.

Ele pausa o filme e olha pra ela com carinho, e afasta uma mecha do cabelo dela, acariciando-lhe a face.

-Atenda, ela deve estar preocupada com você. Eu ainda estou. – E tocou no tórax dela, onde ele vira uma mancha roxa surgindo mais cedo.

-É. Eu sei. – E o encara. – Preciso falar com ela. – E atendo o telefone.

-Hei, Lanie.

-Kate? Como você está, girl?

-Estou bem, Lanie.

-Liguei pra você ontem a noite para conversarmos e hoje eu soube que você quase morreu,  e estou tentando ligar para sua casa há quase uma hora, e nada de atender, o que aconteceu com você desde ontem, uh? Onde você está?

-É, Lanie. Eu precisei de um tempo pra pensar depois de... – E olhou para Castle, que a olhava carinhosamente, oferecendo apoio e incentivo. – Depois de tudo o que aconteceu. Eu não fui pra casa.

-Não foi pra ca... Katherine Beckett, onde a senhorita se meteu? Não está fazendo uma investigação por conta própria e escondida em algum hotel barato, está?

-Não, não. Eu decidi renunciar para parar de investigar, deixar tudo para trás, Lanie. Viver minha vida. Ontem, pendurada no prédio eu percebi... – E z voz falhou, dolorida pela lembrança.

-Percebeu... ?

-Sim, eu percebi que estava enterrada no caso da minha mãe há tanto tempo que não me permitia viver e a única coisa que eu me arrependi naquele momento foi isso...

-FINALMENTE! FINALMENTE KATE BECKETT ACORDOU! – E Kate pôde ouvir o que seriam lágrimas e um sorriso - Mas me diz onde você está, com isso tudo você não contou. Aonde você foi parar, mulher? Também não está viajando pelo país pra curtir a vida de uma só vez, em uma aventura maluca, está? – O tom já mudara de alegria para preocupação.

Kate riu.

-Não, não. Eu estou... No meu lar, vivendo minha vida da melhor forma possível. – E beijou Castle, fazendo-o sorrir baixinho.

-Kate Beckett, como assim está no “seu lar”? Você mesma disse que não foi pra casa e... Isso foi um beijo? E uma risadinha? Kate Beckett, com quem você está, uh? Espero que seja com seu escritor, admitindo sua louca paixão por ele.

Kate riu.

-Quem é essa pessoa que te faz “viver a vida”, uh?

-Hum...

-Kate você... Está namorando?

-Er...  - Não sabia se devia contar para ela, e principalmente pelo telefone.

-DESEMBUCHA! Quem é esse ser misterioso? Vai me contar ou vai ficar com segredinhos por meu lado, uh?

Kate não pôde deixar de rir.

-Lanie, acho melhor conversarmos pessoalmente. Que tal sairmos na... Segunda?

-Segunda? Por que não hoje ou amanhã?

-Er... Pode ser ou não na segunda?

-Pode sim. Quer curtir o final de semana com o namoradinho, uh?

Kate sorriu.

-Te vejo segunda, Lanie.

-Até segunda, Kate. Quero saber de tudo, quero ver se você estragou tudo mais uma vez, espero que esse cara misterioso seja quem eu estou pensando. Tchau.

-Tchau, Lanie. – E dito isso, desligou o telefone.

-Eu não sabia se deveria contar pra ela. Foi tudo tão... Recente.

-Por mim tudo bem, Kate. Você estando aqui comigo já é o suficiente para eu me dar por satisfeito, apesar de não ver problema nenhum em contar para ela.

E ela lhe dá outro beijo, acomodando-se em seu peito novamente para voltarem a ver o filme.

-E lá vai... 

CONTINUA...

CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO

-Alô, Detetive Esposito?  - Ao ouvir com quem Gate falava Ryan não pôde deixar de sorrir, e saiu da sala para arrumar os papeis em sua mesa e deixar a Capitã fazer as ligações. 


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Notas finais do capítulo

Reviews? Devo continuar?



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