Realmente aquele erro não tornou á se repetir, a exatos dois meses eu trabalhava Cullen’s Architecture, amava o que eu fazia e felizmente ou não o Sr. Cullen não tentara mais nenhuma gracinha.

Ele estava até que sendo um ótimo profissional, mas nossos diálogos se resumiam apenas em coisas corriqueiras da empresa.

Hoje haveria um coquetel em comemoração a mais uma parceria fechada e todos estavam em polvorosa para conhecer um dos mais novos staffs da Cullen’s.

_E aí Bellita, já providenciou sua roupitcha? – Alice perguntou se aproximando da minha mesa enquanto eu guardava meus pertences.

_Alice, não estamos mais no ensino fundamental pra você usar esses termitchos – eu ri da cara dela enquanto imitava sua fala infantil.

_Há qual é Bells, uma garota pode sonhar – ela disse suspirando _Mas falando sério agora, já torrou o cartão corporativo do Edward? – ela apoiou os braços na minha mesa e me encarou.

_Não Alice – suspirei e a encarei _Eu tenho uma roupa já, não preciso gastar o dinheiro do Sr. Cullen pra isso – levantei-me e peguei minha bolsa.

_Era o que eu imaginava – ela pôs as mãos em meus ombros e me olhou com pesar _Acho que é por esse motivo que ele está lhe esperando – ela indicou a sala dele e eu bufei.

_Sério Allie? – apertei minha bolsa em meus ombros e soltei suas mãos _Diga ao Sr. Cullen que eu fui para casa me arrumar, afinal ele não tole...

_Srta. Swan em minha sala agora – Droga! Lá estava ele escorado no batente da porta e sua feição era muito dura... e sexy também.

_E lá vamos nós – sussurrei para Alice e lhe entreguei minha bolsa.

Fui andando á passos lentos em direção á ele, seus olhos queimavam a cada passo dado por mim, e eu jamais desviei meus olhos dele.

_Sente-se – ele ordenou assim que passei por ele e logo fui obedecendo.

Xinguei-me mentalmente por ser tão submissa é esse homem, mas o que eu poderia fazer? Ele era meu patrão.

Ouvi o baque da porta e logo seus passos se aproximando...

Sentou-se em sua gigantesca poltrona de couro, colocou seus cotovelos sobre a mesa e apoiou seu queixo em suas mãos entrelaçadas.

_Srta Swan, pode informar-me por qual motivo o horário que lhe fora reservado na boutique para a escolha de seu traje para hoje á noite fora cancelado? – sua voz era dura.

_Pelo simples motivo de que eu não preciso do seu dinheiro Sr. Cullen – agradeci aos céus por minha voz sair firme diante daquele olhar perscrutador.

_E a Srta acha que com o reles dinheiro que possui poderá comprar algo á altura do coquetel? – sua pergunta saiu debochada e seus olhos agora estavam sarcásticos.

_Ora ora Sr. Cullen – devolvi no mesmo tom de zombaria _O reles dinheiro que eu ganho vem nada mais nada menos do seu próprio bolso Sr. Cullen – inclinei-me para frente, apoiando meus braços na mesa _O que me leva a crer que o Sr. está interessado em aumentar o meu salário? – arqueei minha sobrancelha e ele me olhou boquiaberto.

Porra! Eu estava correndo um sério risco de ser demitida agora mesmo pela minha ousadia.

Mas eu não deixaria ele me tratar como uma qualquer.

_Está me dizendo que está insatisfeita com seus ganhos Srta. Swan? – ele encostou suas costas na poltrona e sua pergunta soou séria demais.

_Perdoe-me Sr. Cullen – corrigi também a minha postura e abaixei minha cabeça _O que eu ganho na empresa está ótimo para cumprir minhas obrigações, fui atrevida e novamente lhe peço perdão . – senti meus olhos arderem, eu não queria me desculpar com ele, afinal ele tinha sido insolente demais em seu questionamento, mas eu realmente precisava desse emprego.

_Aceito suas desculpas e providenciarei um aumento significativo em seu holerite – ele abriu uma gaveta e tirou de lá algo que eu não pude identificar.

_Estou satisfeita com meu salário Sr. Cullen e devo lhe informar que já tenho a roupa certa para o coquetel – terminei de dizer e ele levantou-se e parou a minha frente.

_Tome – estendeu-me um cartão _Acho que a Srta. deva ter perdido o outro cartão que lhe dei – analisei melhor o cartão a minha frente e o identifiquei como o outro que queimava em minha carteira. Cartão corporativo Cullen’s.

_Não perdi Sr. Cullen, ele está aqui comigo, só, por favor – implorei empurrando o cartão que ele ainda me estendia _Não me obrigue á usá-lo desnecessariamente – levantei-me e esse ato fez nossos corpos se chocarem, instintivamente afastei-me e a caí novamente sentada na poltrona.

_Tsc, Tsc, Tsc , sempre tão teimosa Isabella – ele se aproximou ainda mais, e colocou seus braços apoiados na poltrona.

_Sr. Cullen – tentei dizer algo coerente, mas seu rosto estava próximo demais, seu hálito fresco varria minha face e eu imperceptivelmente inalei aquele cheiro maravilhoso.

_Você é tão macia – ele sussurrou enquanto seu dedo traçava uma linha invisível entre meus lábios e meu queixo.

_Por favor, não – eu sussurrei também, com medo do que viesse a seguir o empurrei minimamente, porém suficiente para ele se afastar e me levantei e fui cambaleando até a porta.

_Isabella – estaquei com a mão ainda na maçaneta ao ouvir aquela voz que agora soava calma.

Ouvi seus passos se aproximando e senti um arrepio dominar minha espinha, meu estomago dava voltas e minhas mãos estavam suando. Senti sua respiração quente em minha nuca e tremi involuntariamente.

Sua mão pousou delicadamente no vão do meu pescoço e lentamente ele afastou alguns fios de cabelo causando-me um frenesi total.

Seus lábios pousaram ali, e eu senti sua língua quente varrendo aquela pele sensível.

_Sr. Cullen...

_Shii Isabella – ele lentamente virou-me e eu encarei aquelas lindas orbes esmeraldinas _Você fala demais – ele disse com a voz rouca e sua mão envolveu minha nuca, seus dedos se embrenharam em meu cabelo e com um puxão leve minha boca foi de encontro á sua.

Mas rapidamente eu virei o rosto e seus lábios pousaram em minha bochecha. Seu corpo pressionou-me ainda mais contra a porta e eu senti toda a sua excitação dura e rígida em minha barriga. Eu não cederia novamente, eu não poderia ser tola á ponto de deixar-me envolver com meu patrão. Ainda mais sendo ele Edward Arrogante Prepotente Cullen, esse homem era frio e muito... Muito... Porra, ele era muito gostoso.

Suas mãos envolveram meus pulsos e ele rapidamente ás elevou sobre minha cabeça. Com uma mão só ele as prendeu ali enquanto sua outra mão segurou meu queixo com demasiada força obrigando-me a encará-lo.

_Solte-me Sr. Cullen – pedi, mas minha voz ainda não passava de um maldito sussurro.

_É isso que quer Isabella? – ele perguntou encostando sua testa na minha.

Ele estava me dando a opção de negar, sua voz estava séria, e eu tenho a absoluta certeza que com a minha negativa, ele me soltaria e eu iria embora para a minha casa frustrada e excitada pensando no quão bom aquilo poderia ter sido. Mas de um lado meu coração pedia que não. Eu não poderia deixar isso acontecer, pois eu correria um sério risco de gostar muito mais do que devia dessa situação e acabar me... Foda-se.

_Não – sussurrei e ele se afastou minimamente para encarar-me procurando algum resquício de mentira em minha resposta.

Não sei bem o que ele encontrou em meu olhar, pois em poucos segundos sua boca já cobria a minha. Ele soltou meus pulsos e automaticamente envolvi seu pescoço. Suas mãos dançavam em minha cintura, ora acariciando, ora as apertando possessivamente.

Meus dedos se infiltraram naqueles fios sedosos e ele intensificou ainda mais o beijo.

Senti sua língua quente brigar contra a minha, era como se o espaço estivesse pequeno demais para as duas ali dentro. Subitamente minha vontade por saciar-me dele fora crescendo e eu suavemente chupei a pontinha da sua língua. O efeito deve ter sido bom, pois ele apertou-me ainda mais e gemeu.

_Oh Isa... – não o deixei terminar, eu queria o máximo dele, e sabendo dos meus limites, o meu máximo era ficar ali, beijando-o, sugando-o...

Suas mãos foram ficando mais urgentes e senti sua palma quente percorrendo a pele desnuda da minha perna, lentamente ele fora subindo minha saia e eu me deixar levar por aquele momento. Afrouxei o nó da sua gravata e empurrei a mesma para o lado, abri os primeiros botões da sua camisa somente para sentir á textura daquele peitoral firme e másculo. Não sei se o momento era intenso demais, pois quando dei por mim, minha saia estava na altura da minha cintura e ele estava descendo os beijos por meu colo, e fora descendo ainda mais, mesmo por cima do fino tecido da minha blusa. Ele ajoelhou-se e delicadamente puxou minha perna de modo como a mesma ficasse em seu ombro direito.

Senti seus lábios na mesma perna, enquanto dedos frios tateavam em volta da minha minúscula calcinha. (Ok, devo explicar que só uso esses malditos “fio dental” quando estou com minhas saias, odeio que as peças marquem).

OMG!

Ele iria mesmo fazer aquilo que eu acho que ele iria fazer?

Droga, eu não posso, eu nunca fiz nada parecido, e merda... Era meu chefe, na sala dele, ele me queria e eu não ficava atrás...

Mas ... AHHHHHHHH.... Gritei mentalmente ao sentir seus dedos tocando gentilmente meu sexo agora encharcado pelas sensações novas para mim.

Porra, eu estava perdendo o jogo.

E agora?