The Partner escrita por ItsCupcake


Capítulo 8
Virgindade em discussão


Notas iniciais do capítulo

Amores, estou tão empolgada com a fic que acabei de fazer mais outro capítulo hoje. Graças a recomendação da TeamPorra eu estou saltitando de alegria, OBRIGADA *--------* Espero que gostem desse capítulo ;)



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Jason’s POV

— Hoje ela vai se encontrar com o homem misterioso — Disse Madeline jogando todos os apetrechos da minha bolsa na cama. — Assim que ela sair de casa, você entra. — Ela pegou o IPad. — Você vai registrar tudo que consegui com isso, a empregada vai estar lá, então seja silencioso. Qualquer coisa — Ela colocou o pacote de mentos ao lado do iPad. — Você usa isso.

— Vai ser fácil. — Disse.

— Mesmo assim, todo cuidado é pouco. — Falou ela me entregando os dois apetrechos. — Vou para o trabalho agora, quando Christina sair de lá com o Daniel eu te mando uma mensagem de texto. Esse vai ser o sinal para você sair daqui e pegar o caminho contrário que ela faz até a casa dela.

— Ok.

Ela pegou sua bolsa e saiu do quarto. E a acompanhei e segurei seu braço antes que ela saísse do apartamento.

— Nenhum beijinho de boa sorte? — Brinquei.

— Se você prefere chamar um soco de boa sorte assim. Eu posso te dar.

— Ok — Disse sorrindo e então eu me aproximei rapidamente e dei um beijo em sua bochecha. — Tenha um ótimo dia de trabalho.

Ela me deu um empurrão e saiu do apartamento.

Diferente da Jenny, Madeline ao mesmo tempo em que parece ser delicada e fofa é na verdade agressiva e mais forte do que qualquer garoto. Jenny, por outro lado parece ser agressiva e forte, mas é sensível.

Não sei o que fez mudar o meu conceito sobre uma McPherson. Talvez a lenda de um agente faça-o virar um ator e entrar no personagem. Madeline como Isabel e eu como o Michael. Somos irmãos e é assim que estou tentando tratá-la. Só que ás vezes, é como se ela fosse outra garota, às vezes me pego pensando como seria tocá-la de verdade. Não é loucura, eu sou um garoto e o que eu mais gosto nesse mundo é mulher. Só que ela é uma McPherson, não posso sentir isso por ela. Pode ser qualquer garota, até a Jenny, menos a Madeline. Eu não posso me sentir atraído por ela a ponto de querê-la levá-la para cama.

Fui até o banheiro e joguei água gelada no meu rosto.

Foco, Jason. Foco.

Voltei para a sala e me sentei no sofá a ponto de me distrair com algum programa da TV.

Então, recebi uma mensagem da Madeline. Era hora de agir.

Sai do apartamento e desci até a garagem subterrânea do prédio. Entrei no Corsa e dei partida rumo a casa da Christina. Tomei todo o cuidado para ficar oculto no meio de tantas casas da região. Ela chegou em casa e vinte minutos depois saiu. Sai do carro e me espreitei por trás das casas até chegar por trás da casa dela. Estava segurando uma bolsa pequena que guardava o iPad e o mentos. A bolsa foi a primeira a cair do jardim e eu pulei a cerca logo depois.

Uma casa grande, com piscina e uma estufa com flores variadas. Traficantes que tem estufa no jardim? Interessante.

Olhei ao meu redor e vi que a barra estava limpa. Entrei na casa pela porta dos fundos e em passos silenciosos subi as escadas até um corredor cheio de portas. Ouvi uma cantoria de um dos quartos, com certeza a empregada. Então passei bem longe desse cômodo e fui abrindo as portas do corredor até achar um quarto que supostamente é o da Christina. Não foi difícil, na terceira porta, eu o encontrei. Paredes lilás e pôsteres do Linkin Park. Fácil.

Fechei a porta atrás de mim silenciosamente e liguei o iPad. Gravei todos os ângulos do quarto, caso algum detalhe passe despercebido. Então comecei a vasculhar as gavetas tomando cuidado para não bagunçar as coisas para não parecer que alguém esteve aqui. Em uma das gavetas achei um monte de papeis desorganizados. Fui passando o dedo um por um, até achar uma autorização da penitenciária. Com certeza usada por Christina para visitar o seu pai. Tirei uma foto com o iPad e voltei a procurar mais coisas. Achei uma lista de nomes numa folha amassada e alguns estavam riscados. Seria as pessoas que estão devendo e foram executadas? Não sei, só sei que vai ganhar um espaço no meu iPad.

(...)

Depois de conseguir fotos de coisas suspeitas no quarto de Christina. Dirigi até o apartamento. No caminho, vi uma garota sentada no banco do ponto de ônibus. Ela estava usando um vestido curto tomara que caia, seu cabelo loiro estava arrumado em um rabo de cavalo deixando seu busto bem visível e valorizando seus seios. Pensei em parar e oferecer carona, ela parecia ser o tipo de garota que eu levo para a cama, mas alguma coisa me disse que eu não deveria parar. Deveria seguir em frente. Seguir para o apartamento e esperar pela Madeline, nada de paradas ou distrações.

Olhei novamente para a garota e ela percebeu que eu a fitava e sorriu. Se levantou do banco, ajeitou o vestido e veio em minha direção atravessando a avenida até a calçada onde meu carro estava parado.

Você pode ir em 3...2...

Liguei o carro e cantando pneu pela rua. Pelo retrovisor, vi a garota mostrar o dedo do meio para mim.

Bati com força no volante e quase perdi a direção. Dois carros passaram buzinando e eu ignorei tentando me acalmar.

Esse não sou eu. O Jason jamais recusa uma garota daquelas. Jamais. Eu deveria voltar, deveria contrariar todos os sentidos do meu corpo de continuar dirigindo. Lutar com essa vontade louca de esperar a Madeline no apartamento. Mas eu não consegui.

Estacionei o Corsa na garagem subterrânea do prédio e subi até o apartamento enquanto visualizava as imagens que tinha conseguido. Quando estava chegando no segundo andar, uma pessoa esbarrou em mim.

— Ah, é você. — Disse a garota sorrindo.

— Desculpe. — Falei voltando a subir as escadas.

— Ei. — A garota me puxou pelo braço me fazendo descer alguns degraus.

Ela me prensou contra a parede mordeu o lóbulo da minha orelha.

— Estou com saudades. — Disse.

— Mas eu não. — Falei tentando me soltar dela sem ser rude.

— Claro que sente. — Ela me puxou novamente e dessa vez partiu de encontro aos meus lábios.

Desviei o rosto e ela acabou beijando minha bochecha. Segurei seus pulsos e a afastei.

— Você é uma criança. Devia se valorizar mais. — Disse me afastando da vizinha do terceiro andar.

Ela olhou para mim confusa e eu não queria me arrepender do que tinha acabado de fazer. Então subi as escadas correndo em direção ao apartamento 4.

Assim que entrei, fechei a porta com o pé e me apoiei na mesma.

O que está acontecendo comigo?

Recusar duas garotas no mesmo dia? Isso não é normal. Eu devo estar doente. É isso.

Corri até o quarto e abri a gaveta das minhas camisas. Em baixo de todas elas tinha um termômetro que minha mãe jogou nas minhas coisas sem eu ver, sempre foi paranoica com febre e por isso tinha uma coleção de termômetros em casa.

Deitei-me no sofá, com o termômetro na boca assistindo TV. Não demorará muito e verei o quanto de febre eu tenho.

Meu celular apitou e eu o tirei do bolso com todo cuidado para não cair o termômetro da minha boca. Era uma mensagem da Madeline.

Vou chegar mais tarde, Daniel me convidou para ir a casa dele.

Li duas vezes a mensagem e deixei meu celular cair no chão.

Eu estava me esforçando para não transar mais com as outras garotas, enquanto ela não movia um dedo para parar de sair com o amigo do nosso alvo.

Madeline POV

Depois do expediente do Starbucks, Daniel fez questão de vir me buscar a pé para irmos até a casa dele.

Não pude recusar, então mandei uma mensagem para o Jason avisando. Espero que ele tenha conseguido algo. Fiquei o dia inteiro rezando mentalmente para que nada de ruim acontecesse com ele, para que quando chegasse ao apartamento o visse com ótimas noticias e pistas.

— Hoje, o pessoal não está lá. Então será só nós dois para jantar. — Disse ele segurando minha mão.

— E eu vou ficar na sua casa com o meu uniforme. — Falei rindo.

— Tem algumas roupas da minha irmã que deve servir em você.

— Você tem irmã? — Perguntei surpresa. Na verdade, eu tinha todas as informações possíveis sobre Christina Soriano, mas quase nada sobre Daniel Parker.

— Uma irmã e um irmão mais velhos. Um está na faculdade enquanto a outra está numa viagem de trabalho, assim como os meus pais.

— E você é o único vagabundo. — Disse rindo e ele me empurrou de leve enquanto andávamos.

Chegamos na casa dele e eu troquei meu uniforme por um vestido florido da irmã dele, Lindsey. Quando cheguei na cozinha, vi ele revirando o armário enquanto uma panela estava no fogão.

— Você vai cozinhar? — Perguntei sorrindo e ele se virou me olhando dos pés a cabeça.

— Você está linda com esse vestido. — Disse se aproximando e me dando um selinho.

— Obrigada. — Agradeci me esforçando ao máximo para não corar com o elogio. — Então, o que você vai cozinhar para mim?

— Gosta de estrogonofe de frango?

— Nunca experimentei. — Admiti me apoiando na pia.

— Então hoje você vai experimentar. E olha que você tem sorte, pois ninguém faz um estrogonofe melhor do que eu.

— Você não disse que sabia cozinhar.

— Na verdade, eu não sei — Disse ele pegando o ketchup. — Só sei fazer estrogonofe mesmo. Isso me faz menos atraente?

— Não. — Sorri e pisquei para ele.

Fiquei conversando com o Daniel enquanto o observava preparar o jantar. Ele pelo menos sabe fazer alguma comida caseira, e o Jason só depende de mim. Quer dizer, eu gostei da vez que eu fiz macarronada e ele ficou horas elogiando, foi gratificante. Mas agora ele tem que fazer por merecer para ganhar outra comida caseira. Se bem que ele se esforçou hoje, talvez eu leve um pouco de estrogonofe.

Quando Daniel terminou tudo, ajudei a preparar a mesa.

O estrogonofe dele é incrivelmente gostoso, chega a superar minha macarronada.

— Acho que vou levar um pouco para o Michael. — Falei antes de levar minha ultima garfada de estrogonofe à boca.

— Pode levar.

Depois que comemos, eu e Daniel ficamos sentados no sofá conversando mais. Fiquei deitada em seu colo enquanto ele passava a mão pelo meu cabelo.

— Você é bem diferente do seu irmão. — Comentou ele avaliando meu rosto.

— Talvez porque ele nasceu primeiro. — Disse sorrindo para disfarçar.

— Não sei. Acho que são os olhos e o formato do rosto. — Ele passou sua mão carinhosamente pelo meu queixo e deslizou até a minha bochecha.

Para fazê-lo esquecer desse assunto, me ergui um pouco e o beijei. Ele me segurou, fazendo-me sentar em seu colo sem partir o beijo. Pela voracidade da sua língua na minha, senti que aquele beijo estava indo para um outro rumo. E minhas suspeitas foram concretizadas quando ele começou a deslizar sua mão que estava na minha cintura para dentro da minha blusa até alcançar um dos meus seios.

Então me lembrei da mão nojenta do garoto do beco. Parti o beijo imediatamente.

— Desculpe, eu não quero te forçar a nada. — Balbuciou Daniel.

— Não, tudo bem. É só que já está tarde. — Falei me levantando de seu colo. — Michael não gosta muito que eu fique até tarde fora de casa. Sabe como é, coisa de irmão mais velho.

Dei um selinho nele antes de ir embora. Sem levar estrogonofe para o Jason.

Na verdade, eu queria ir em frente. Queria transar com ele, mas as cenas do beco ficam em minha mente. E estou com um certo trauma de sair à noite, por isso comecei a correr pelas ruas de Los Angeles.

Eu não devo ter medo. Essa minha paranoia tem que parar. Quando penso que tudo se resolveu, ela volta a me atormentar. Só que a verdade é que eu só consigo esquecer tudo isso, quando o Jason está me ajudando. Quando estamos nos nossos treinamentos. Hoje com certeza não será possível treinar, já está tarde.

Cheguei no prédio e subi as escadas correndo até o apartamento.

Assim que entrei, vi o Jason dormindo com um termômetro na boca. Tirei e o balancei no ar, quando olhei vi que ele não estava com febre, então porque estava com um termômetro na boca?

Balancei o Jason pelo ombro até ele acordar atordoado.

— Você está bem? — Perguntei preocupada.

Ele se sentou no sofá e coçou a cabeça com a cara meio amassada.

— Estou. Por que a pergunta?

— Encontrei você com um termômetro na boca.

— Era só suspeita de febre, nada de mais. — Disse tirando o termômetro da minha mão.

— Então, você conseguiu alguma coisa no quarto da Christina? — Perguntei me sentando no sofá ao seu lado.

— Consegui. — Ele se levantou e voltou com o iPad nas mãos.

Então foi me mostrando as fotos que tirou e explicando detalhadamente o que significavam. Eu sabia, mas não quis interromper. Então ele me mostrou um vídeo do quarto dela e ficamos dando zoom em todos os cantos que ele conseguiu filmar, na esperança de encontrar algo que passou despercebido por ele.

Então vi um porta retrato da Christina com o Daniel e me lembrei do que quase aconteceu hoje. Uma ideia maluca me veio a cabeça. Pensei algumas vezes e decidi que valia a pena colocá-la em prática, mas essa ideia dependia do Jason para dar certo.

Jason, quero te pedir um favor. — Disse depois de termos vistos todas as pistas que ele tinha conseguido, sendo a mais importante uma lista com nomes de pessoas possivelmente executadas ou não.

— Depende do favor. — Falou ele com um sorriso maroto.

Revirei os olhos e comecei desde o principio.

— Primeiro eu tenho que te contar uma coisa.

— Pode falar.

— Eu sou virgem.

Ele olhou para mim confuso e então começou a rir. O fitei séria, e ele aos poucos foi parando de rir.

— Você não está brincando? — Perguntou confuso e eu neguei com a cabeça. — Ah, desculpa. — Mordeu os lábios para conter o riso.

Ignorei a reação dele e continuei:

— E hoje, o Daniel tentou levantar a minha blusa, pra fazer você sabe o quê. — Agora ele ficou sério. Assim é melhor. — Só que eu não consegui seguir adiante por dois motivos. Primeiro: Eu me lembrei daquele garoto do beco me tocando. E segundo: Eu não sei se quero transar com o Daniel sendo virgem.

— E você está me contando isso por quê...?

— Por que eu quero que você transe comigo.

Demorou alguns minutos para ele entender. E quando entendeu, quase caiu do sofá.

— TÁ MALUCA? — Perguntou com os olhos arregalados de tanta surpresa e se levantou do sofá me encarando.

— Olha, eu pensei várias vezes nisso enquanto você me explicava sobre as fotos e acho que pode dar certo. Com você eu não consigo pensar no garoto do beco e talvez se eu não for mais virgem, não fique tão insegura.

— Mas é a sua primeira vez. Vocês garotas não tem todo aquele negócio de que a primeira vez tem que ser especial?

— A primeira vez não precisa ser especial.

— Tem que ser com alguém que goste de você, e com alguém que você goste. E não com qualquer pessoa. — Disse ele fazendo gestos confusos com a mão enquanto falava.

— Você não é qualquer pessoa.

— E aquele seu amigo loiro? Por que não pede pra ele?

— Se você não percebeu, ele não está aqui. — Me levantei do sofá e ficamos cara a cara. — E você transa todo dia com uma garota diferente. Não vou fazer diferença em sua vida.

— Mas elas não eram virgem e nem minha parceira.

Suspirei cansada e tentei pensar em alguma coisa. Qualquer coisa que o fizesse mudar de ideia. Eu tinha que perder a minha virgindade o mais rápido possível, não podia chegar aos dezoito virgem. Isso é uma piada, como o Jason mesmo comprovou a poucos minutos. Já pensou o Daniel descobrir que eu sou virgem? É capaz de ele dar meia volta e nunca mais olhar para a minha cara. Não que eu me importe tanto com o que o Daniel vai pensar, mas eu não posso vacilar com ele ou então vacilo com a Christina também e então puf! Tchau missão de sucesso.

— Se você fizer isso por mim, eu preparo comidas caseiras pelo resto dessa missão para você. — Disse.

— Posso te ajudar com a insegurança. — Falou com os olhos brilhando com a minha proposta.

— Mas vai tirar a minha virgindade?

— Não.

— Sem sexo, sem comida caseira.

— Então tá. — Aceitou ele dando de ombros.

Juuustin, por favor. — Pedi fazendo bico.

— Não. — Falou ele indo em direção a cozinha.

— Por favor. — Disse seguindo-o.

— Não.

— Por favor. — Pedi novamente.

Ele se virou para mim e sorriu.

Errr... Não.

Argh! — Irritada fui em direção ao quarto e fechei a porta com força.

Por que ele não quer transar comigo? Por que eu não chego aos pés das garotas com quem ele transa todos os dias? Por que eu não estou nos padrões de beleza que ele gosta? Ou por que não gosta de transar com garotas inexperientes como eu? Quer dizer, será que a vizinha de quinze anos é mais experiente do que eu? Claro né, ela já deve ter transado com Los Angeles inteira. Isso chega a ser frustrante, uma garota quase três anos mais nova que eu consegue ser melhor no sexo do que eu.

Me sentei na cama e voltei a pensar em um jeito de convencer o Jason a se render.

Ele é perfeito para isso, pois não nos amamos, ele é do tipo mulherengo que sempre esquece da sua última transa, têm experiência e é o único que me faz esquecer a cena do beco (talvez porque ele me salvou).

Levantei-me da cama num pulo, assim que uma ideia, que não é muito a minha cara, passou pela a minha cabeça. Não é do meu feito fazer isso, mas eu precisava.

Corri até o guarda-roupa achei a solução para tudo. Nunca pensei que fosse necessitar dessas coisas nessa missão, mas agora eu me agradeço mentalmente por não ter deixado em casa. Fui até o banheiro, tomei um banho bem caprichado e mevesti. Quer dizer, quase me vesti.

Jason’s POV

Novamente: Qual é a dela?

Tá que eu transo com uma garota diferente todos os dias, com exceção de hoje, mas isso não quer dizer que eu vá transar com ela. Isso está fora de cogitação.

Existem várias razões para não acontecer. Primeira: Ela é virgem e merece perder a virgindade com alguém que ela goste de verdade. Segundo: Ela é minha parceira. Terceiro: Ela só quer perder a virgindade comigo para depois sair transando descontroladamente com o Daniel. Quarta: Ela é uma McPherson e tem toda aquele negócio de McPherson não combinar com McCann. E Quinta: Odeio admitir, mas não quero transar com ela por medo de acontecer algo a mais, algo a mais do que só sexo.

Peguei um pacote de pão no armário e o coloquei na bancada. Quando segui em direção a geladeira, ouvi um barulho vindo do quarto, como se algo tivesse acabado de cair no chão. Será que a Madeline caiu?

Fechei a geladeira e fui até o quarto.

Madeline, você está bem? — Perguntei.

Ela não respondeu.

Abri a porta rapidamente e me deparei com uma cena que me fez perder o fôlego e quase cair para trás.

Madeline estava apenas com um lingerie preto e com uma cinta-liga completando o visual. Ela quer me deixar louco?

Olhei-a da cabeça aos pés e ela sorriu vindo na minha direção. Não consegui me mover com o choque daquela cena. E antes que eu pudesse raciocinar, ela estava com os braços em meu pescoço.

— E agora, você tem certeza que não vai querer? — Sussurrou em meu ouvido, fazendo-me arrepiar até a espinha.

Madeline, para com isso. — Disse relutante e afastando seus braços. — Você não... — Fui interrompido pelos seus lábios.

Não fui eu quem iniciou. Foi ela. E como sou fraco, quando o assunto é mulher, acabei cedendo. Entreabri os lábios para aprofundar o beijo. Senti sua língua tocar na minha como se estivesse em uma batalha feroz. Sem partir o beijo, ela pulou em meu colo e eu a segurei pelas coxas levando-a até a minha cama. Parti o beijo e a deitei, ela me puxou pela camisa me fazendo cair por cima dela.

— Mad...

Shhh. — Pediu ela colocando o dedo em minha boca e então o substituiu pelos seus lábios quentes.

É quase impossível raciocinar direito com ela me beijando desse jeito. Com as mãos dela desabotoando minha camisa xadrez quase arrancando os botões. Só que eu precisava resistir, mesmo que o meu corpo diz o contrário. Eu não posso.

Parti o beijo e me levantei da cama rapidamente enquanto abotoava minha camisa.

— Eu não acredito. — Disse Madeline frustrada e se levantando da cama. — Você não quer transar comigo porque eu não sou tão bonita quanto as garotas que você leva pra cama todos os dias?

— Não é isso. — Respondi tentando não olhar para o seu corpo atraente, que loucamente me chamava.

— Então é o quê? — Perguntou nervosa.

— Não posso fazer isso com você. Eu não sou o cara certo.

— Claro que é. Não sei porque está fazendo tanto drama. É uma coisa insignificante, você só transa comigo uma vez e pronto. Ai você esquece que isso aconteceu e volta a transar todo dia com uma garota diferente. Simples.

— Perder a virgindade é tão importante assim? — Disse terminando de abotoar minha camisa.

— Para uma garota de dezoito anos, é.

— Você ainda não tem dezoito anos.

— Mas falta poucos meses.

— Por que não esquece isso?

— Certo — Ela pegou um sobretudo preto na sua parte do guarda-roupa e vestiu por cima da lingerie preta. — Já que você não quer me ajudar com o problema da virgindade, vou até a rua procurar um garoto que queria.

Ela saiu do quarto nervosa em passos pesados e eu corri para alcançá-la antes que ela saísse do apartamento e puxei seu braço.

— Tudo bem. — Disse.

— Você vai tirar a minha virgindade? — Perguntou erguendo a sobrancelha.

— Vou. Mas não agora e nem hoje. — Soltei seu braço quando percebi que ela não ia sair. — Você não está preparada.

— Ok, mas tem que ser essa semana.

Pensei por alguns instantes e concordei.

— Certo, nessa semana.

Ela sorriu e me abraçou bem forte.

— Obrigada, obrigada. E depois disso eu faço qualquer comida caseira que você quiser.

Ela me soltou e correu para o quarto contente. Parece que quando tem algo na cabeça, não desiste até conseguir.

Mas eu pretendo enrolá-la até ela se esquecer desse negócio de perder a virgindade comigo e com outro garoto qualquer. A proposta dela pode até ser boa, mas eu pretendo resistir ter comida caseira todos os dias e resistir a ideia de transar com a minha parceira.


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Notas finais do capítulo

Caso o link não for:
http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=57706718