The Partner escrita por ItsCupcake


Capítulo 24
Finalmente aproveitando


Notas iniciais do capítulo

Tentei postar ontem Mi amores, mas não consegui por não ter terminado o capítulo a tempo... Me distrai com algumas fics aqui do Nyah e acabei não terminando o capítulo. Então hoje entrei só pra terminá-lo e eu sei que quando vocês terminarem de ler vão querer me matar... Mas enfim, eu tenho meus seguranças ú.ú
Quero agradecer de coração aos reviews do último capítulo, ganhei leitoras novas e UMA RECOMENDAÇÃO LINDA *----* sério, agradeço muito a Meplusyou por isso... Dedico esse capítulo a você :)
E ah... Walnuss, fique ligada que o próximo capítulo vou escrever pensando em você viu? ahahahahah
Ok, vou parar de deixar as notas iniciais tão grandes...
Tenham uma boa leitura mi amores ;)



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Madeline’s POV

Depois do jantar, todos ficamos sentados na sala. Sentei-me ao lado do Jason, para não fazer desfeita na frente da Pattie e não demonstrar que era tudo mentira.

Jason se aproveitou da situação colocando o braço sobre os meus ombros e puxando-me para perto dele. Olhei de relance para o meu pai e pelo seu olhar, sabia que íamos ter uma longa conversa em casa depois que nos livrássemos dessa farsa.

— Há quanto tempo estão namorando? — Perguntou Erin sorrindo para mim e para o Jason.

— Um mês — Respondemos juntos.

Bom, pareceu bem convincente o que com certeza deve ter feito meu pai imaginar a morte do Jason do jeito mais cruel.

— Que legal — Erin disse.

Pattie voltou a conversar com a minha mãe e dessa vez fazia perguntas para o meu pai, e eu a agradeci mentalmente por fazer meu pai se distrair com a conversa a ponto de ficar encarando o braço do Jason que estava ao meu redor.

— Como vocês se conheceram?

Bom, Erin parecia bem interessada no nosso namoro. O que seria legal, se a gente estivesse mesmo namorando, mas não estamos e a mentira fica cada vez mais difícil de ser sustentada.

— Bom, Madeline também vai para Harvard, então quando fui resolver tudo para começar a fazer a faculdade, ela também estava lá e então começamos a conversar e no dia seguinte eu liguei para ela e juntos fomos no Starbucks tomar um frappuccino e então depois de mais alguns encontros, a gente ficou interessado um no outro e como descobrimos morar não muito longe um do outro, começamos a namorar e aqui estamos nós — Explicou Jason.

— O namoro de vocês tem tudo pra dar certo, não? — Disse Erin sorrindo e então Jazmyn veio correndo em nossa direção e se sentou no colo do Jason deixando Jaxon sozinho no tapete brincando com alguns brinquedos que Jeremy pegou no carro alugado.

— Jus, quando você vai me levar no parque? Eu quero ir no parque — Disse ela fazendo bico.

— Amanhã, que tal?

— Você vai também, né? — Perguntou ela para mim.

— Claro, linda.

— Você compra sorvete pra mim?

— Jazmyn! — Repreendeu Erin.

— Compro sim — Respondi rindo e ela abriu um sorriso de orelha a orelha.

— Gosto de você.

Sorri para ela e então em poucos minutos eu já estava sentada no tapete brincando com o Jaxon e com a Jazmyn. Acho que eu precisava disso, porque dificilmente interagia com crianças, ás vezes brincava com o primo do Lucas que vinha uma vez por ano, mas agora ele já tem oito anos, nem quer saber mais de brincar comigo, acredita que ele já jogou uma cantada pra mim?

— Já está tarde, é hora de irmos — Disse meu pai se levantando do sofá.

— Já? O tempo passou tão rápido — Pattie disse e eu percebi o quanto aquilo saiu forçado.

É, acho que todos ali ganhariam o Oscar por atuar tão bem na frente de Erin a ponto dela não perceber nada.

— Até mais, Pattie — Minha mãe disse dando dois beijos nas bochechas da Pattie e então foi se despedir de Erin da mesma forma acrescentando: — Foi um prazer te conhecer.

Assim como ela, me despedi de todos, até do Jeremy que me deu uma abraço meio frouxo, mas o pior veio depois.

Quando fui me despedir do Jason, tive que abraçá-lo. Iria apenas dar um beijo na bochecha dele, mas ele fez questão de virar o rosto e selar nossos lábios em um beijo rápido.

— Tchau — Disse com aquele sorriso maroto nos lábios por saber que tinha provocado meu pai ao extremo.

— Tchau — Falei tentando sorrir feliz.

Saí da casa dele e destravei o carro vendo meu pai entrar no banco do carona e quase ia bater a porta do carro com força, mas minha mãe foi mais rápida e segurou a porta olhando para ele com repreensão.

Respirei fundo e segui em direção ao carro sentando no banco do motorista e dando partida logo em seguida.

Quando troquei a marcha e nosso carro estava a uma distância razoável da casa do Jason, meu pai começou a falar:

— Eu não acredito que tive que aguentar tudo isso. Ela fez de propósito, chamou o ex marido para ir lá exatamente no mesmo dia que nos convidou para jantar.

— Kurt...

— E aquele garoto ainda teve a audácia de tocar na nossa filha. Eu juro que estava a pouco de levantar daquele sofá e arrancar as mãos dele para ele nunca mais fazer isso. E o pior, ele beijou a Madeline. Eu disse que não deveríamos ter vindo. E eu agora tenho certeza de que não quero ele sendo o parceiro da minha filha.

— Pai, ele fez aquilo por causa da madrasta dele. Você sabe que ela não pode saber sobre a gente — Disse.

— Não precisava ter dito que era namorada dele.

— E eu ia dizer o quê? — Perguntei alterada. — Não moramos perto da casa deles, Pattie com certeza nunca comentou ser amiga da nossa família e era a opção mais óbvia naquela situação que estávamos.

— Eu não consigo engolir isso — Resmungou meu pai e eu dei uma breve olhada no espelho retrovisor para ver sua expressão de raiva.

— Você tem que entender que eu não sou mais uma criança. Eu sei me defender muito bem, você mesmo me treinou, ou agora não confia no seu treinamento? — Disse e antes que ele respondesse continuei: — O Jason é um ótimo parceiro e eu não vou trocá-lo por outra pessoa por que você não gosta dele. Eu também não gostei da ideia de ser parceira dele, mas a questão é que não envolve sentimentos nesse trabalho, somos apenas colegas de serviço, e só. E se você não gosta disso, por favor, pare de me atormentar e guarde suas opiniões para você,

— Então você vai querer continuar com o McCann? — Meu pai perguntou incrédulo.

— Vou, se o FBI quis assim, então assim será.

O assunto estava encerrado e eu fiquei contente por ter sido melhor do que eu pensava que seria.

Minha mãe colocou a mão no meu ombro sobre o banco do motorista, como se eu tivesse feito a coisa certa, e novamente olhei pelo espelho retrovisor e vi a carranca que meu pai fez. Com um tempo ele se conformaria com isso. Afinal de contas, meu pai não é uma pessoa ruim, ele entende e sabe me dar espaço, sou muito grata por isso, e sei também que ele não fará nada que eu não queira, mesmo que ele odeie o meu parceiro a ponto de socá-lo toda vez que o vê. Jason com certeza tem que agradecer a Erin, pois se ela não estivesse lá, ele com certeza estaria de volta aos cuidados das invenções do Nicholas.

Jason’s POV

Assim que Madeline e seus pais saíram de casa, Erin comentou:

— Nossa, o pai dela não parece ser uma pessoa amigável.

Quase ri, mas recompus minha compostura.

— É, ele não parece uma pessoa legal — Concordou meu pai que estava atrás de Erin e fez uma cara muito engraçada de felicidade por Erin também não gostar do Sr. McPherson.

— Mas Madeline é um amor. Jason, ela é tão bonita. Pelo jeito, você amadureceu completamente depois de receber a notícia de que vai para Harvard. Estou contente por isso — Erin sorriu colocando a mão no meu ombro.

Esse “amadureceu” se referia ao fato de eu ter uma namorada, depois da Caitlin, que foi há muito tempo e foi a partir daí que eu comecei a apenas ficar com as meninas, nada sério.

— Obrigado... Eu acho — Disse e ela riu.

— Jus, o Jaxon não vai no parque com a gente — Jazmyn disse.

— Por que? — Perguntei me abaixando para ficar de sua altura.

— Ele não quer deixar eu ser o dinossauro.

— Eu tenho outro dinossauro bem maior no meu quarto, quer ir comigo lá em cima pegar?

— Sim.

Subi as escadas com a Jaz e então meu pai nos seguiu.

Entrei no meu quarto e peguei o dinossauro para a Jaz que abriu um sorriso enorme e começou a pular com o brinquedo em seus braços.

— Jaz, por que não desce na frente pra não deixar o Jaxon sozinho? — Disse meu pai e ela correu pelo corredor em direção as escadas gritando contente de que o dinossauro dela é bem maior que o do Jaxon.

Meu pai fechou a porta e se sentou ao meu lado na cama.

— É impressão minha, ou está acontecendo alguma coisa que eu não sei?

— Alguma coisa? Define esse “alguma coisa” — Falei fazendo aspas com as mãos.

— Você e a garota McPherson. Os dois estavam muito íntimos.

— Se chama atuação, pai. Erin está aqui, você sabe que não podemos dizer o porque da família dela estar em casa né?

Jason, eu te conheço bem e sei...

— Não, pai — O interrompi. — Você não me conhece bem.

Jason, isso não é verdade.

— Ah é? — Perguntei em tom de desafio. — Diga qual era a minha posição no time de futebol na terceira série.

— Quarterback?

— Não, eu era um dos Line... Você saberia se estivesse lá para assistir aos jogos. E quando foi a final da estadual do meu time de basquete?

— 17 de junho?

— Não pai, 17 de junho caiu num domingo. O jogo foi num sábado no dia 10 do mês de agosto.

Ele suspirou olhando para o lado e eu me levantei.

— Acho que já é tarde para tentar ser um pai protetor.

(...)

Madeline entrou no carro e olhou para trás, vendo Jazmyn e Jaxon em suas cadeiras brincando com os dinossauros.

— Bom dia. — Disse ela e os dois responderam.

Era engraçado ver o Jaxon tentando falar. Às vezes eu ria da Erin tentando ensiná-lo a falar borboleta. Ele mal fala o meu nome direito e ela já quer que ele fale borboleta perfeitamente.

— Como foi com o seu pai? — Perguntei dando partida no carro.

— Ele não está contente, mas respeita a minha decisão.

— Sua decisão?

— É, eu te explico depois — Disse ela olhando para o espelho retrovisor e vendo Jazmyn e Jaxon brincarem.

— Você pode explicar para mim depois que a gente levar Jaz e Jaxon de volta para o hotel — Sugeri.

— Está me convidando para ir em algum lugar? — Perguntou ela sorrindo.

— Sim, porque nosso último encontro não foi lá um dos melhores, não é?

Ela riu.

Realmente, não estava nos meus planos naquela noite sermos seguidos por bandidos que dispararam balas por todo o restaurante na esperança de nos matar lá dentro. Não se tem muitos encontros assim, e Madeline e eu somos propícios a termos mais momentos de perigo como esse. E sinceramente, eu até gosto, isso nos faz sair da mesmice, somos o casal Sr e Sra Smith, só que com beleza a menos do que Brad Pitt e Angelina Jolie.

Chegamos ao parque e Madeline me ajudou tirando o cinto de segurança da cadeira da Jazmyn enquanto eu tirava do Jaxon.

Assim que saiu do carro, Jazmyn correu para os balanços e eu fui com Jaxon no colo até o balanço ao lado. Madeline começou a balançar Jazmyn, enquanto eu tive que ficar sentando no balanço com o Jaxon no colo por ele ter medo de ficar sentado sozinho.

— Mais alto — Pediu Jazmyn e Madeline empurrou rindo.

— Está bom?

— Tá.

Jason, você está parado no balanço — Madeline disse dando um tapa fraco no meu ombro depois que Jazmyn já conseguia se balançar sozinha.

— Então me empurra, também — Pedi.

— Segura firme o Jaxon — Disse ela e então começou a me empurrar. — Então, qual é a sensação de voltar para o balanço depois de tantos anos? — Perguntou rindo.

— Sensacional — Disse. — E você fala como se eu fosse um velho.

— E não é?

Uma mulher se aproximou de nós e pegou sua filha que esta no balanço ao lado do meu. Ela olhou para mim e para a Madeline, depois olhou para o Jaxon no meu colo e para Jazmyn que ria no balanço do meu outro lado.

— Adolescentes, tão irresponsáveis — Resmungou baixo enquanto puxava sua filha pela mão.

Olhei para a Madeline quando o balanço veio em sua direção e juntos começamos a rir.

— Tá vendo? Até uma mulher desconhecida sabe que você é um irresponsável — Ela falou me empurrando mais uma vez no balanço.

— Ela se referiu a nós dois e aos nossos filhos — Disse apertando Jaxon com mais força em meu colo.

— Bom, pelo menos não tive meus filhos tarde demais como ela.

— Então — Disse parando o balanço com os pés —, já que estamos falando em filhos, quando vamos ter o nosso?

Jason! — Ela deu um tapa no meu braço. — Só não te espanco porque seus irmãos estão aqui para testemunhar.

Sorri para ela e então levei Jazmyn e Jaxon para o escorregador.

— Tia Mad, pode me levar no banheiro? — Jazmyn perguntou a Madeline.

— Sim — Madeline pegou a mão dela e olhou para mim. — Vou levá-la naquela lanchonete do outro lado da rua e já volto.

— Vou ficar aqui no escorregador com o Jaxon. Ele não escorrega sem ajuda, também tem medo do escorregador.

Ela sorriu e se afastou com a Jazmyn.

Um minuto depois, uma garota se aproximou com uma garotinha que parecia ter cinco anos. A garotinha saiu correndo em direção aos balanços e a garota, que deduzi ser a irmã mais velha por conta do modo de vestir e por aparentar ter entre quatorze e dezesseis, veio em minha direção.

— Ola — disse.

— Oi — Falei enquanto ajudava Jaxon a descer pelo escorregador.

— Seu filho?

Olhei-a de cima a baixo e hesitei em responder. Ela é gostosa, muito gostosa, mas sinceramente, não estava afim de ter algo a mais com ela. Não hoje.

— Sim, é meu filho.

— Bonito como o pai — Comentou sorrindo.

— A garotinha é a sua irmã?

— Prima. Estou recebendo pra cuidar dela.

— Bom, acho que deveria fazer seu trabalho direito, pois ela acabou de cair do balanço — Disse erguendo meu olhar na direção dos balanços.

— Ela sabe se virar — Então se aproximou mais de mim. — Sabe, acho pais solteiros tão sexy.

— Sério, querida? Concordo com você, mas acho que ele não se encaixa nesse padrão — Falou Madeline atrás de mim.

— E você é...? — Perguntou a garota encarando Madeline de cima a baixo com nojo.

— Sou a namorada dele. E você nos der lincença, vamos levar as crianças para tomar sorvete.

— Oba, sorvete! — Jazmyn gritou batendo palmas contente.

Madeline segurou minha mão com força e me puxou junto com o Jaxon e a Jazmyn em direção ao sorveteiro do parque. Então, quando comprei os sovertes para o Jaxon e a Jazmyn e ajudei o Jaxon com o dele, Madeline pediu para que Jazmyn ficasse sentada no banco com Jaxon e me puxou para um canto, um metro longe do banco e olhou para mim com repreesão.

— Não posso deixar você sozinho por cinco minutos que já vai atrás de uma garota para completar a sua meta de sexo por dia? — Disse ela alternando seu olhar do banco para mim.

— Foi a garota que veio na minha direção — Falei erguendo as mãos em sinal de rendição.

— E você estava pronto para aceitar o papo dela de pai solteiro sexy, não é?

— Olha, eu jamais vou dar em cima de uma garota enquanto estiver com meus irmãos. Eu sei quando é a hora certa. E sinceramente, estou chateado por você pensar que eu faria esse tipo de coisa com o Jaxon e a Jazmyn aos meus cuidados — Voltei para o banco e peguei Jaxon no colo. — Já vamos embora.

— Ahhhh — Jazmyn disse triste e então foi correndo pegar a mão da Madeline.

Seguimos em direção ao carro em silêncio, só se ouvia a voz da Jazmyn contando sobre como o sorvete estava bom e que tinha deixado cair um pouco na roupa.

Coloquei os dois nas cadeirinhas prendendo os cintos corretamente e durante todo caminho Madeline não disse nenhuma palavra e eu não iria ser o primeiro a iniciar uma conversa.

Cansei dela sempre achar que eu sou um viciado em sexo. Posso até ser, mas eu tenho limites.

Madeline’s POV

Deixamos Jazmyn e Jaxon no hotel, e Erin agradeceu muito por isso, pois ela e o Jeremy ainda estavam cansados da viagem e as crianças pareciam não entender isso.

Jason teve muito esforço para colocar as cadeirinhas dentro do carro, e Jeremy teve que ajudá-lo para tirar, pois as duas faziam parte do carro alugado.

Depois de todo esse processo, estávamos novamente dentro do carro, só que agora sozinhos. Decidi que deveria me desculpar. Mesmo que eu ainda duvidasse de que ele não tivesse dado motivo para a garota dar em cima dele. Afinal de contas, eu só sou a namorada dele de mentira e o que tivemos durante a missão foi apenas um caso passageiro e o que temos agora é apenas divertimento, algo como amizade colorida. E me lembro de ter prometido esquecer o vício dele com o sexo depois que ele tirasse minhas virgindade. Ele cumpriu a parte dele no trato, agora eu tinha que cumprir a minha.

— Sinto muito pelo que eu disse a você no parque — Disse quebrando o silêncio insuportável. —, não deveria ter feito aquilo. Acho é problema seu se você estava ou não flertando com aquela garota, e eu sei que você respeita muito seus irmãos — Disse rapidamente antes que ele pudesse dizer algo. — Só não quero deixar esse clima tenso, porque ai eu estarei dando mais motivos para o meu pai querer trocar você como o meu parceiro.

Ele olhou de soslaio para mim e sorriu.

— Desculpas aceita.

— Então — Falei olhando pela janela as ruas que passavam. — Para onde estamos indo?

— Para o lugar do nosso primeiro encontro.

— Para Califor... — Interrompi-me de repente sabendo o lugar ao qual ele se referia. — Não acredito que vai me levar de novo no Dom’s Bar.

— Ué, você mesma disse que queria revanche na sinuca que eu ganhei de você umas — Ele fingiu contar nos dedos. — Umas três vezes.

— Você tinha me deixado bêbada naquela e por isso eu nem conseguia mirar o taco direito, estava enxergando duas bolas número oito.

Então ele parou o carro.

— Quer saber? Vamos ao Dom’s Bar à noite que é mais divertido... Agora, vou te levar a outro lugar super legal.

— Não é pior que o Dom’s Bar, né? — Perguntei receosa.

— Não, você vai gostar — Disse ele olhando para as horas no seu celular.

Então deu partida no carro cantado pneus pela rua.

Não demorou muito e estávamos em um lugar lotado de carros. E quando ergui meu olhar, vi um telão enorme.

— Um cinema drive-in — Falei com os olhos brilhando.

— E chegamos bem na hora do filme começar — Jason disse e então pagou para um homem que se apoiou na janela e ele lhe entregou um pote de pipoca e uma caixa de som moderna.

— A caixa já está ligada senhor, transmitirá todo o áudio do filme — Então sorriu para nós. — Tenham uma ótima seção.

Jason andou com o carro até achar um lugar bom e um pouco afastado de alguns dos carros que tinha por ali.

— Qual filme vai passar? — Perguntei pegando um pouco de pipoca.

— Querido John.

— Querido John? — Falei sorrindo. — Estava louca pra assistir esse filme. Li o livro, mas não vi o filme ainda.

— Então agora você vai ver e depois vai ficar me devendo a pipoca e o ingresso.

— Ei, os homens pagam tudo — Enchi minha mão de pipoca e ataquei uma nele.

— Certo, eu deixo essa passar se você não sujar meu carro.

Sorri triunfante e tomei o pote de pipoca da mão dele enquanto o filme estava sendo exibido na tela.

Durante a metade do filme, Jason se encostou no banco e fingiu bocejar e então ergueu os braços e pousou um deles nos meus ombros. Sorri e então me aconcheguei nele deixando-o me puxar para mais perto. Mesmo com a marcha entre nós, conseguimos ficar bem juntinhos.

— É bom ficar aqui, perto de você, sem me preocupar de que tem alguém pronto para nos atacar — Disse.

— Idem.

— Eu digo que me sinto segura do seu lado e você só dizer idem? — Falei erguendo a cabeça para olhá-lo.

Ele se aproximou e selou nossos lábios num beijo demorado. Sem língua, apenas nossos lábios se tocando e cada um apreciando aquele momento. Quando ele partiu, sabia que estava com um sorrisinho bobo nos lábios.

— Isso melhora o meu idem? — Perguntou.

— Hummm... Acho que não.

Ele se aproximou novamente e dessa vez eu passei meus braços ao redor do pescoço dele e comecei dando vários selinhos até então iniciar um beijo mais profundo. Nossas línguas se encontraram e pareciam saber exatamente o que fazer, juntas dançavam em sincronia perfeita em nossas bocas. Joguei meu corpo pra cima dele e então, automaticamente, eu já estava sentada no colo dele no banco do motorista. Parti o beijo quando o volante começou a machucar minhas costas.

— Acho melhor pararmos por aqui, sei que você tem a sua regra de não transar com garotas no seu carro — Falei voltando a me sentar no banco do carona.

— Posso abrir uma exceção — Ele disse começando a beijar meus ombros e dando uma mordida no lóbulo da minha orelha.

Jason, aqui está cheio de carros.

— Mas está escuro e todos estão prestando atenção no filme ou fazendo algo melhor dentro do carro. E o vidro da janela é escuro, ninguém vai nos ver.

— Então eu sou uma garota muito especial para você abrir uma exceção — Disse sorrindo enquanto sentia seus lábios fazer uma trilha pelo meu pescoço.

— Muito especial — Concordou sorrindo.

O empurrei de leve e então coloquei o pote de pipoca já vazio no chão do carro. Tirei minha sapatilha e então ajoelhei-me no banco e me virei de costas indo para o banco de trás do carro. Fiz sinal para que o Jason viesse e ele obedeceu, tirando os supras antes de vir.

— Aqui é melhor — Falei o puxando pela camiseta.


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Notas finais do capítulo

Sei que vocês querem me matar agora, mas antes deixem reviews para que eu possa morrer feliz ahahahaha