The Partner escrita por ItsCupcake


Capítulo 11
Esqueça meu "vício" e eu te ajudo


Notas iniciais do capítulo

Gente, foi maravilhoso responder cada review de vocês no capítulo anterior, ri demais com os comentários sobre a lista da Madeline e quase revelei o que vai acontecer nos próximos capítulos para aqueles que perguntaram se a Madeline está prestes a ter seu "problema" resolvido ahahahahah. Amei todos de coração, e fiquei muito contente por aparecer leitoras novas. Fiquei muito metida com os elogios, e eu fico insuportável quando me acho ahahahahah. E obrigada a todos que leem e recomendam para amigos, isso me deixa muito feliz e me dá incentivo para os próximos capítulos. Estou fumando chocolate e peidando morangos de tanta felicidade. *Leiam as notas finais tbm*



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Jason’s POV

Segunda de manhã. Estou esperando a mensagem da Madeline avisando quando Christina e Daniel sairão da Starbucks.

Não demorou muito e ela mandou a mensagem.

Sai do apartamento e segui até a casa da Christina a pé, já que ela vai andando até o seu encontro com o homem misterioso. E segui-la com o carro seria difícil disfarçar.

Escondi-me em um poste e coloquei o óculos espião. Dei um zoom até a entrada da casa e a vi saindo. Disfarçadamente, comecei segui-la pelas ruas, e para me camuflar, vesti uma calça num cinza que parecia sujo e um moletom da mesma cor. E é uma cor que não me favoreceu muito, e são poucas cores que me deixam feio.

Alguns quarteirões depois, avistei o homem esperando-a. Os dois entraram em um carro e eu me arrependi profundamente por não ter pegado o Corsa. Para a minha sorte, um táxi passou vazio e eu fiz sinal.

— Siga aquele carro preto. — Apontei depois de entrar. — Seja discreto, esteja sempre a três carros de distância.

— É a sua namorada com outro cara? — Perguntou o taxista.

— É. — Respondi automaticamente.

— Quer uma dica? — Não, mas mesmo assim ele continuou antes que eu pudesse respondê-lo. — Você é novo, parte pra outra. Se ela está te traindo, é porque não gosta de você.

— Eu sei, só que eu necessito saber para onde eles vão. É o instinto de saber que foi traído. — Falei qualquer merda.

O taxista sorriu de lado e continuou seguindo. Até o carro parar em frente a uma rua que mais parece uma favela.

— Para aqui, quanto mais longe melhor. — Disse e então paguei a corrida antes de sair.

Coloquei o óculos espião novamente e os observei entrar em um casarão abandonado. Minutos depois, me espreitei pelos muros e avaliei o local. Liguei o dispositivo do meu óculos para detectar se havia alguma câmera de segurança. Nada. Então pulei o muro e me arrisquei entrando no casarão silenciosamente.

Tudo estava escuro, até que eu encontro uma entrada para o porão no meio da sala, o que é estranho. Paro ai, pois consigo ouvir conversas através do chão. Deitei de barriga para baixo e apoiei meu ouvido direito no piso sujo. Depois, vou tomar um belo banho.

— Wilson ligou. — Ouvi uma voz masculina dizer.

Wilson... Esse nome não me é estranho. Claro, a lista no quarto da Christina. Wilson Davenue.

— Diga a ele que eu vou entrar em contato. Só preciso de mais algum tempo. — Ouvi a voz da Christina.

— Tempo? Você acha que o seu pai perdia tempo com coisas idiotas? Ele sempre foi eficiente. Você já não faz nada para tirá-lo da prisão, então pelo menos tente dar continuidade ao que ele começou.

— Não gostava da profissão do meu pai. Até hoje não gosto. Só estou aqui por causa daquela maldita divida. — Esbravejou Christina.

— Ainda bem que você tem noção do quanto a divida é importante. Você sabe que mesmo na prisão ele ainda pode ser morto.

— Ok, vamos parar de conversa fiada. Quero que me diga como está a produção.

— Bom, parece...

Então ouvi barulhos de passos.

Coloquei o capuz da minha blusa de moletom e através do zoom do óculos espião, vi um policial me encarar.

— Intruso! — Disse bem alto.

Ouvi mais passos se aproximar e então comecei a correr. Pulei o muro quase quebrando a minha perna, por sorte só prejudiquei o tênis. Comecei a correr pela rua e tiros foram disparados na minha direção. Desviei das balas enquanto corria. Dois policiais me seguiam.

Droga, não contava com a presença de milícias. É claro que eu deveria ter previsto que tivessem ex-policiais envolvidos nisso, já que muito deles são os piores bandidos para o FBI. Mas não sabia que veria eles aqui nesse casarão.

Eles ainda continuavam me seguindo. Não estavam atirando por conta do movimento nas ruas. Desesperado e sem saber o que fazer, corri até um viaduto e dei uma olhada para trás vendo-os se aproximar cada vez mais. Rezei para que tudo desse certo e pulei.

Por sorte, cai em cima de um carro. Mas não foi uma queda muito legal, já que ele estava em uma velocidade enorme e eu tive que me agarrar com todas as forças para não ser jogado do carro. Quando consegui me sentar e recuperar da queda, vi de longe os milícias no viaduto.

O carro em que eu estava parou num canto.

— Vou ver o que fez esse barulho no carro. — Disse um homem saindo e se referindo a minha queda.

Antes que ele pudesse me ver, pulei para fora e comecei a correr até encontrar uma rua longe o suficiente do carro.

Certo, meu coração está à mil. Quase fui morto de verdade por gente barra pesada, sem contar que me joguei de um viaduto. Coisa que só pensei em fazer na vez que estava na terceira série e recebi um não de uma garota que gostava. Controlei minha respiração, e comecei a andar assim que tudo ficou mais nítido.

Tirei o óculos espião e o capuz do meu moletom. E espero que eles não tenha visto o meu rosto, o que ficou difícil quando coloquei o capuz e o óculos espião, mas mesmo assim, estou muito paranoico.

Duas garotas passaram por mim e uma delas esbarrou no meu ombro e quase caiu, mas eu fui rápido e a peguei.

— Você está bem? — Perguntei. É claro que estava, ela fez aquilo de propósito.

— Estou sim. — Disse piscando para mim.

Levantei ela com cuidado e sorri.

— Sabe, eu e minha amiga estamos indo para minha casa assistir um filme, você quer ir também?

É claro que aquilo tinha um significado oculto. Então vou traduzir o que ela quis dizer: “Eu e minha amiga estamos indo para a minha casa, você quer vir para se tonar nosso objeto sexual? adoro um Ménage à trois”.

Olhei para a garota pensando na sua proposta. Então veio a cabeça o rosto de Madeline e o quanto ela estava gostosa naquele lingerie preto. Ai meu Deus, estou pirando por falta de sexo.

— Eu... — Hesitei por um instante e então respondi. — Aceito o convite.

Tinha que arrumar um jeito de extravasar toda a minha adrenalina de uma pós-fuga. E o sexo é perfeito para isso.

Madeline’s POV

Armando sempre tenta ser cavalheiro comigo, sempre me libera um pouquinho mais cedo, e eu adoro isso. Fico horas e horas agradecendo enquanto ele sorri. Samantha não gosta muito, talvez seja o mal humor da menopausa.

Cheguei no prédio e quando estava subindo no prédio, vi a vizinha que o Jason há alguns dias atrás havia levado para cama.

— Nina, não é? — Perguntei e ela sorriu.

— Sim, por quê?

— Porque você deixou um sutiã vermelho em casa.

— Deixei um sutiã na sua casa? — Perguntou ela franzindo o cenho. — Como?

Olhei incrédula para ela. Como pode se fazer de desentendida?

— No dia em que você transou com o meu irmão. — A relembrei.

— Você tem irmão? — Perguntou confusa. — E de onde me conhece?

— Somos vizinhas. — Falei como se fosse óbvio.

— Ah, você é a nova vizinha. Bom, eu não fico muito aqui então não sei quem mora ou não aqui recentemente. E acho que eu me lembraria se tivesse transado com o seu irmão.

— Mas você...

— Olha, se ele te mandou aqui para querer me chamar algum dia desses para você sabe o quê, eu até aceito se ele for bonitinho.

Olhei para ela incrédula. Ela não se lembrava de nada, nem mesmo do Jason. Espera, é isso!

— Não, acho que foi um engano. Desculpe. — Disse voltando a subir as escadas.

Jason apagou a memória dela. Isso quer dizer, ele apaga a memória de todas as garotas depois que transa com elas. Assim ele não corre o risco de ser reconhecido, como eu disse antes, que isso atrapalharia a missão. Mas se ele apaga a memória delas, isso não muda em nada, e ele ainda pode sair fazendo sexo descontroladamente.

Entrei no apartamento furiosa por ele não ter me contado isso e quando estava prestes a jogar toda a minha raiva pra cima dele, não o vi em canto nenhum.

O que é estranho, pois ele só gastaria a parte da manhã para seguir a Christina, já que ela trabalha à tarde na loja de música.

Peguei o celular e liguei preocupada.

— Aconteceu alguma coisa? — Jason perguntou assim que atendeu.

— Eu que pergunto. — Disse irritada. — Aconteceu alguma coisa?

— Bom, fui perseguido por milícias, pulei de um viaduto e corri por uma rodovia até encontrar uma rua. Acho que estou bem.

— Onde você está?

— Michael, estamos esperando para um segundo round. — Ouvi uma voz feminina de fundo.

Jason, não acredito... — Antes que eu pudesse completar, ele desliga.

Ai que raiva!

Enquanto morria de preocupação, ele simplesmente estava mais uma vez satisfazendo seu vício por sexo. Realmente, eu não entendo o que se passa na cabeça do Jason, ontem pensei que ele não fosse mais agir assim, ele disse que gosta de mim e se ele realmente gosta deveria tentar ignorar essa droga de vício. E o que me deixa mais nervosa nisso tudo é saber que ele apaga a memória das mulheres com quem transa, ou seja, ele pode sustentar o seu vício sem prejudicar a missão, o que me deixa sem argumentos para impedi-lo de fazer isso.

Me sentei no sofá exausta e então meu celular começou a tocar. Estava prestes a atacá-lo na parede pensando que fosse o Jason, mas quando olhei no visor estava o nome do Daniel.

— Oi. — Disse contente.

— Oi, Bells. Como você está? — Perguntou ele falando meu apelido que ele adotou hoje de manhã. Pena que Isabel não seja mesmo o meu nome.

— Você me viu hoje de manhã, e estou bem. — Falei rindo.

— Ah é. — Fingiu ter lembrado. — É só que eu vou passar no seu apartamento, é o numero quatro, certo?

— Isso. — Disse sorrindo.

— Bom, chego em dez minutos.

Então ele desligou e eu corri para o quarto tirar o meu uniforme.

Hoje, Daniel pediu o endereço do apartamento e eu dei, mas não pensei que ele fosse vir hoje. Pelo menos não vou ficar sozinha até o Jason chegar. E quem sabe ganho tempo para pensar em uma boa discussão à noite com o Sr. Eu sou viciado em sexo.

Peguei uma roupa confortável e bonita, ajeitei meu cabelo e corri para a cozinha à procura de algo que pudesse cozinhar. Mesmo que o Jason não mereça, Daniel vai vir, e não vou deixá-lo com fome ou comer comidas para microondas, pois ele preparou estrogonofe para mim quando fui a sua casa. Nada mais justo que eu retribuir com outra comida caseira.

Decidi preparar um ravióli. Massas são a minha especialidade.

Então, quando estava preparando o recheio, ouvi o barulho do interfone. Era a primeira vez que recebia visitas aqui, então também era a primeira vez que ouvia o barulho do interfone.

Limpei minhas mãos no pano de prato e corri para atender.

— Tem um garoto chamado Daniel querendo subir. — Ouvi a voz do velho. Ele disse uma frase com mais de duas palavras, o que é um milagre, pois eu nunca o vejo falando só lendo jornal. E a única vez que ouvi ele falar, foi quando cheguei aqui pela primeira vez que ele disse “Segundo andar”.

— Pode deixar ele subir. — Disse.

Em poucos minutos, Daniel já estava na porta. Sorri ao ver que ele estava incrivelmente mais bonito do que de costume. E quando ele sorriu, quase tive um infarto.

— Estou sentindo um cheirinho bom. — Falou entrando e me dando um selinho logo em seguida.

— Estou preparando um ravióli de carne. — Disse indo em direção ao fogão.

Hummm... É ótimo ter uma namorada que sabe cozinhar. — Ele me abraçou por trás e depositou um beijo no meu ombro.

N-namorada? — Gaguejei.

— Você quer que eu faça um pedido formal? Tipo, alianças e um jantar romântico? É que eu achei...

— Não. — Interrompi sorrindo. — Isso é clichê demais. — E é realmente. — É só que você me pegou de surpresa.

— Bom, acho que já posso considerar você como minha namorada. — Ele sorriu e beijou meu pescoço. — Seu irmão não se importa, né?

— Claro que não. — Me virei para ficar de frente para ele. — Michael não tem nada haver com a minha vida amorosa.

Bom, ele vai ter um treco quando descobrir que eu e o Daniel somos “namorados”. O que eu acho legal, mas ao mesmo tempo horrível. Pois quando a missão terminar, eu vou ser obrigada a apagar a memória dele, apagar tudo que ele passou comigo, porque eu não posso namorar com ele. Eu sou uma agente das mil famílias, e nós não podemos ter um relacionamento fixo com alguém que não faça parte da nossa linhagem. Eu teria que desistir do meu trabalho. Mas eu não quero, pois o que sinto pelo Daniel é apenas atração.

— Você está bem? — Perguntou Daniel passando a mão carinhosamente pela minha bochecha.

— Sim. — Dei um sorriso forçado e me virei para o recheio do ravióli.

Daniel foi me ajudando com as coisas e as vezes se atrapalhava derramando alguns ingredientes. Eu apenas ria e ficava me perguntando como ele conseguiu preparar o estrogonofe tão gostoso, sendo um desastrado na cozinha.

— Acho que ficou maravilhoso. — Daniel disse enquanto eu despejava o molho na travessa.

— Claro, né? Eu que fiz. — Vangloriei e ele me empurrou de lado.

Então ouvimos um barulho na porta, e o Jason entrou tirando sua blusa de moletom cinza e jogando no sofá.

— Você está fazendo comida caseira? — Perguntou sorrindo, mas quando levantou seu olhar para me ver, seu sorriso se desfez na hora, porque Daniel estava do meu lado.

— Ah, oi... Vim retribuir a visita da Isabel. — Daniel disse para o Jason.

— Oi. — Jason respondeu seco.

O repreendi com o olhar e ele deu de ombros indo para o quarto e fechando a porta.

— Não liga, ele só está frustrado por não conseguir emprego. — Disse.

— Certo, então não vamos deixar a frustração do Michael estragar o nosso ravióli.

— Nosso? Fui eu que fiz.

— Mas eu ajudei. — Ele riu e me deu um beijo na ponta do nariz. — Vamos comer.

Tirei três pratos do armário. Servi para o Daniel e depois coloquei para mim. Jason que se vire depois que sair do quarto.

Daniel ficou toda hora dizendo o quanto estava bom e tal, e comeu três vezes. Não consegui comer mais de um prato, pois massa me deixa muito cheia. Jason chegou minutos depois e se sentou em um dos bancos encostado no balcão com ravióli em seu prato.

Quando terminamos, eu e o Daniel nos sentamos no sofá e ligamos a tevê enquanto o Jason ainda comia calado no balcão.

Eu não queria nem me lembrar o que ele estava fazendo antes de chegar, só quero me distrair com o Daniel e de noite quem sabe jogo toda a minha raiva pra cima dele.

— Que dó da Tessa. — Disse enquanto assistíamos Suburgatory.

— Acho até que ela tem sorte em ter amigos assim.

Ficamos rindo durante o episódio inteiro. Então, Jason passou e se trancou novamente no quarto.

— Você vai contar para o seu irmão que estamos... Você sabe, namorando? — Sussurrou Daniel quando deitei minha cabeça em seu colo.

— Vou.

É claro que eu tinha que contar, eu e ele temos que contar tudo que acontece durante a missão. Isso significa confiança, o que é a base de uma dupla de agentes.

Daniel se aproximou do meu rosto e iniciou um beijo calmo, sem língua. Apenas nossos lábios se tocando era o suficiente para saber que ele gosta de mim. E eu até gosto dele, e tento retribuir cada gesto, só que não chega a ser amor. Até pensei uma vez que estava amando o Lucas, mas não sei. Acho que o amor ainda não bateu em minha porta, talvez minha vida seja apenas viver relacionamentos passageiros, é isso que a minha profissão me limita a ter.

— Eu vou indo. Minha mãe liga todo dia em casa às oito em ponto para saber se estou lá em casa. — Daniel disse se levantando do sofá.

O segui até a porta e lhe dei um ultimo beijo antes de ir.

— Até amanhã no Starbucks. — Sorri.

— Até. — Retribuiu ele seguindo em direção as escadas.

Fechei a porta e andei instintivamente até o quarto. Jason estava deitando de barriga para cima ouvindo alguma coisa em seu iPod. Seus olhos estavam fechados, mas ele sabia que eu estava ali.

Jason. — Disse tirando os fones dos ouvidos dele com rapidez.

— O que foi? — Perguntou semicerrando os olhos para mim.

— Eu descobri o seu segredo. — Falei. — Parece que você não honra com o que diz.

— Do que você está falando? — Ele se sentou na cama e me encarou confuso.

— Fizemos um voto de confiança e você escondeu algo de mim — Suspirei colocando a mão na testa e me sentei na minha cama de frente para ele. — Você apaga a memória das garotas com quem transa, não é?

— A vizinha. — Concluiu.

— É, a vizinha. — Concordei. — Ia entregar o lixo que ela esqueceu aqui e então descobri que ela nem sabia que eu tinha um irmão, nem sabia que eu morava aqui.

— E por que você está nervosa?

— Por quê? — Disse irônica, me controlando para não avançar em cima dele e enchê-lo de murros. Minha lista ainda está de pé. — Você é um viciado.

— Não sou não.

— Claro que é. Todo dia faz sexo com uma garota diferente. Você tem necessidade de fazer isso. — Levantei-me da cama e andei pelo quarto. — O que eu não entendo é por que você ainda se recusa a transar comigo.

— Eu já disse o porquê.

— Você acha que eu caí no seu papo de que me ver como uma irmã? — Perguntei de frente para ele e apontando o dedo em seu rosto. — Se você me visse mesmo como irmã, se esforçaria para combater esse vício maldito.

— Não é um vício.

— Prove.

Ele se levantou da cama ficando cara a cara comigo. Ultimamente, estamos entre altos e baixos e sempre terminamos cara a cara um com o outro.

— Não transei com você. Isso é uma prova e tanto.

— Você está me humilhando. — Afirmei com o maxilar rígido. — Isso não é uma prova.

Ele ficou em silencio durante algum tempo e eu fiquei o encarando, esperando alguma resposta. Então ele desviou seu olhar do meu por alguns instantes e voltou a me olhar novamente.

— Vamos fazer um trato — Disse — Você aceita o meu “vício” — Ele fez aspas com as mãos. — E em troca eu transo com você. Tiro sua virgindade.

Pisquei algumas vezes até ter certeza de que ele não estava blefando. Realmente ele disse a verdade, seu rosto demonstrava isso, ele estava sério.

Então estendeu a mão na minha direção e esperou minha resposta. Hesitei por um instante e então apertei sua mão.

— Feito. Mas você terá que cumprir sua promessa. — Disse.

— E você terá que cumprir a sua parte.

Isso vai ser fácil depois que ele tirar a minha virgindade. Não vou nem ligar se ele transar com a filha do carroceiro.

— Amanhã à noite. — Falou ele soltando a minha mão.

— Certo. — Disse e então me afastei indo em direção ao banheiro para escovar os dentes antes de dormir.

Pelo menos essa pequena discussão rendeu alguma coisa. A partir de amanhã eu não serei mais virgem. Não terei que me preocupar com esse pequeno detalhe quando Daniel quiser algo a mais do que beijos e mãos bobas. Até com o Lucas. Não terei que me preocupar em ser uma garota de dezoito anos virgem.


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Notas finais do capítulo

Leitoras lindas e maravilhosas que me mandaram suas fics por mensagem privada... Quero dizer a vocês que estou fazendo o máximo para acompanhar as fics, então se eu ainda não deixei review na sua, fique calma que eu vou aparecer, e deixarei review em todos os capítulos, porque não é só um que compõe uma história, são todos, e todos merecem uma gratificação.
E as leitoras que eu já deixei review e andei sumida, Keep Calm, vou aparecer a qualquer momento ;)
Bom, é só isso mesmo que eu tenho a dizer e...
Deixem reviews seduzentes *----*