A História De Uma Avox escrita por Liv


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Demorei MUITO mais do que eu esperava... Estava planejando postar um antes do natal... ~vergonha~
Eu tenho estado num nível de stress muito grande. Porque:
- Eu tinha uma apresentação no colégio, na qual fui MUITO mal,
- Arrumar casa, e, pega isso, acha aquilo, faz comida, etc
- Irmão e famíla chats
- Ter muita coisa para fazer e pouco tempo, como a história ~Vergonha~
- Tb tive formatura no curso de inglês, mas foi dia 14,
- Fazer trabalhos valendo ponto, e saber que mal terei férias, pois as aulas voltarão dia 3/1, e mal terei tempo de descansar, principalmente nesse calor dos infernos.
- Ficar nesse calor suando igual uma torneira aberta me deixa intensamente irritada.
e vários outros motivos que eu nem lembro nesse momento.
Enfim, eu tinha dito que postaria 2x na semana. Eu realmente achei que conseguiria, mas não dá. Mal consigo postar 1x...
Bem, me desculpem meeeeeeeeeeeeeeeeeeeesmo! ~vergonha~
NOTAS FINAAIS
NOTAS FINAAAIS
NOTAS FINAAAAS



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– Katniss Everdeen.

Eu já não aguentava mais. Minhas pernas doíam muito e eu estava totalmente esgotada. Desde que comecei a trabalhar nesse Tártaro, nunca passei tanto tempo de pé. Eu já estava além de meu horário. Mas, pelo menos, hoje era o último dia. E essa era a última tributa. A partir de hoje, o dia em que os tributos treinam – treinavam – sozinhos, acho que tem o nome específico, se eu não me engano, sessão particular com os Idealizadores ou algo assim, eu passaria o resto do tempo em meu quarto. Pois os Idealizadores dos Jogos iriam ficar o dia inteiro, quase sem dormir, para vigiar os tributos na arena. Como amanhã é o desfile de tributos, eles poderão descansar, e depois começam os Jogos. Ou seja, agora só sairei do meu quarto ano que vem. Que beleza. Não sei se isso é tão bom assim.

Faz tanto tempo que eu não vejo a luz do sol... Faz tanto tempo que eu não saio desse prédio maldito...

Uma lágrima escorreu por minha face. Tratei logo de limpá-la, antes que qualquer pessoa a visse.

– Katniss Everdeen!!! – A menina que acabara de entrar no centro de treinamento diz, impaciente.

Os Idealizadores estavam – estão -, a maioria, bêbados. Mas os três ou quatro que não estavam totalmente bêbados voltaram sua atenção a ela.

Ela pega um arco e flecha, testa e atira uma flecha em direção ao boneco cor de carne mais próximo. Erra por pouco, mas não desiste. Ela posiciona mais flechas e acerta um touro, em um canto mais afastado. Depois, exatamente o coração de outro boneco.

– Vá ajudar com o porco, garota! – Ouço um dos Idealizadores me chamando. Olho para o lado e vejo um Avox levando um porco enorme sozinho. Paro de olhar para a menina com o arco e flecha e vou ajuda-lo.

Botamos cuidadosamente o porco na grande mesa e o Avox que estava ajudando-me afastou-se, para atender um dos Idealizadores que gritava obsenidades e entornada bebibas em seu prórpio rosto. Voltei minha atenção ao porco em minha frente. Justamente quando eu estava cortando-o para servir os Idealizadores, que provavelmente não teriam como se servir sozinhos, por conta da grande quantidade de vinho e bebidas alcoólicas, uma flecha corta o ar e acerta bem na maçã do porco, prendendo-a a parede. Dei um salto para trás, de susto, caindo de costas no chão. Um grito esquisito saiu de minha garganta, mas tratei de enforcá-lo, antes que percebessem que eu havia soltado algum som.

– Obrigada pela consideração. – Diz ela, fazendo uma pequena reverência, e então sai, deixando todos atônitos e assustados.

Levantei, tentando ignorar o choque por causa da flecha. Ela quase pegara em mim, eu acho. Não sei. Mas pegou a maçã da boca do porco, e eu estava servindo-o.

Corri para a cozinha, escorregando na poça de ponche que havia caído no chão. Sorte minha que não caí. Peguei um paninho, molhei-o e coloquei em minha testa. Minha cabeça doía, e eu lembro que minha mãe dizia que isso ajudava a melhorar...

Tirei o pano de minha testa, molhei-o mais um pouco e corri para os Idealizadores. Uns três Avoxes tentavam tirar aquele Plutcharch, Plutart, Plutchart, sei lá, da tigela de ponche. Uma menina, de aparentemente treze anos tentava tirar a maçã flechada da parede, mas estava obviamente alta demais para ela. Passei e arranquei a maçã da parede. Ela olhou em meus olhos, por um momento, e jurei ter visto uma cicatriz riscando seu rosto. Mas logo ela virou-o e foi embora. Não esperava que ela agradecesse, mas foi tão estranho... Eu acho que já a vi em algum lugar... Será que eu já havia a visto? Mas onde? Desisti de tentar lembrar. Mas tenho certeza que aqueles cabelos negros lisos mal cortados eram familiares... A cicatriz em seu rosto não me era estranha...

Saí de meus devaneios antes que notassem minha parada. Fui até meu pai para limpá-lo, pois ele havia vomitado – foi por isso que eu peguei o pano molhado – e vi que ele estava bem tonto. Tomei cuidado, talvez se ele me visse no estado em que está começasse a falar de mim, e aí minha situação – e a dele – ficaria muito ruim. Por sorte ele não me viu. Acho que estava bêbado demais até para reconhecer-me. Lavei o pano e percebi que os poucos que não estavam totalmente bêbados conversavam. Sobre a tributa que acabara de sair. Parece que eles gostaram de seu temperamento. Não sei. E, para ser sincera, nem queria saber.

– x – x – x – x – x – x –

Fechei a porta e sentei em minha cama, cansada.

Eu estava mais exausta do que o normal. Eu sei que havia trabalhado mais do que o normal. Mas mesmo assim... Estava totalmente fadigada. Sentia-me mal, tonta, não sei. Fui até o banheiro lavar as mãos. Olhei-me no espelho e tudo o que vi foi uma menina magra e pálida com o nariz vermelho.

Tirei a túnica e coloquei-a na máquina de lavar. Coloquei uma camisola azul e desarrumei meu cabelo.

– Atchim! – Espirrei. Fui até minha cama, deitei-me e encolhi-me nos lençóis, sentindo um frio descomunal. Será que eu estava doente? Não, não podia ser.

Depois de uns quinze minutos, levantei-me, ainda enrolada nos lençóis, e fui até a geladeira. Peguei um pote de sopa – na minha mini geladeira tinha de tudo, sopas, mingaus, e outras coisas moles, por causa da língua, ou melhor, por causa da falta dela – coloquei-a em cima da cama. Eu esperaria até ela ficar quente e a comeria. Tenho certeza que após uma boa noite de sono – se é que isso é possível – eu estaria melhor. Mas com certeza no meu armário teria algum remédio para reverter isto. Afinal, um Avox doente é um Avox inoperante, inútil. Que não pode trabalhar.

Coloquei a mão no pescoço. Eu estava queimando. Fui até o banheiro novamente e procurei remédios para febre, no armário. Nada. Então eu estava errada... Pelo jeito eles nem se importam se o Avox está ou não em condições de trabalhar. Ele que se vire.

Voltei para minha cama, esgotada. Teria, realmente, que melhorar por conta própria. Agradeci mais uma vez a quem quer que seja por não ter de trabalhar doente.

Comi minha sopa, que já estava meio quente, e resolvi dormir. Amanhã será um novo dia, onde eu estarei bem melhor.

– x – x – x – x – x – x – x –

– Atchim! – Espirrei pela quarta ou quinta vez em cinco minutos. Já se passaram quatro dias e eu ainda não melhorei. Na verdade, apenas piorei. Mas, pelo menos, tive uma ideia.

Escrevi um bilhete à Jules, meu Avox, perguntando como eu poderia me tratar.

No dia seguinte – ou seja, hoje - eu recebi a resposta.


Sinto-me mal ultimamente. Estou com febre e indisposição. Em meu armário não há remédio algum para febre. Há algum meio de melhora para mim? Ou apenas esperar e com o tempo eu melhorarei? Pois há quatro dias que estou assim e apenas pioro.

Agradeço desde já,

Kaethe Scarf.

Há meios sim, Kaethe. Fiquei surpreso por não haver remédios em seu armário.Geralmente há um ou dois frascos de remédios básicos, como para dor de cabeça,dor de garganta, Acabei de checá-lo e percebi a falta de muitos outros medicamentos também. Enfim, quando acordar, arrume-se e vá até o andar -1. Lá tem uma pequena enfermaria. Leve seu caderno e explique à enfermeira sua situação. Mas cuidado. Vá direto. Não pare em lugar algum e, ou vá antes do almoço ou vá depois, pois nessa hora há muita gente passando por ali. Você entrará na quinta porta à direita. Quarto/sala 17. Ah, e ignore qualquer pessoa que veja. Aja como se não houvesse ninguém. Apenas olhe nos olhos da pessoa ou se esta lhe chamar. Enfim, cuidado.

Melhoras,

Jules Feyerherd, Avox

Já estava arrumada. Trajava uma túnica simples, toda branca, com uma linha preta no meio. Os botões mal podiam ser vistos por causa dessa mesma linha.

Escrevi rápidamente no verso da folha do bilhete.

Sinto-me mal. Estou com febre e indisposição. Informaram-me que na sala 17 do -1 (andar) há remédios para minha melhora. Vim até aqui procurá-los e/ou tratar-me de alguma doença, se eu estiver adoecida. Agradeço desde já.

Kaethe Scarf, Avox.

É, acho que fui bem clara.

Abri a porta, colocando o bilhete no bolso. Respirei fundo e comecei a andar.

– x - x - x - x - x - x -

Quase chegando! Pensei. Sala 9, 10, 11...

Meu sangue gelou quando ouvi um barulho. Já havia encontrado gente o suficiente. Um guarda quando saí do elevador, para quem mostrei o bilhete. Sim, fora só uma pessoa. Mas para mim já estava muito.

Percebi que o barulho vinha de uma sala. Sala 13. Continuei andando, afim de passar direto por ela. Mas não foi o que aconteceu.

– Fale logo o que deseja, Ewald. Tenho muito o que fazer. – A voz de Zaro me fez parar. Todo meu corpo tremeu.

Eu queria passar em frente, sair dalí. Mas a resposta que o maldito recebeu me fez andar até a porta e começar a escutar a conversa.

– Vim aqui, senhor, para falar de algo que me está preocupando. Vim falar sobre as crianças da Capital. As várias que estão se tornando Avoxes.


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Notas finais do capítulo

Bem, suspense e.e
Bem, queria perguntar 2 coisas aos que não responderam no outro cap.
1) Vocês gostaram dessa narração?
2) Vocês preferem que eu narre em primeira pessoa ou em terceira?
Well, é isso. Feliz natal para vcs!
Xoxo, se you!