Capitulo Único:

PDV Bella:

Sentia-me em um formigueiro humano. Estava na agitada Los Angeles e só de ver aquelas pessoas passando de um lado ao outro me deixava zonza.

Meu nome é Isabella Swan, tenho 18 anos, moro em São Francisco com os meus pais e o motivo de eu estar aqui em Los Angeles é que hoje é o aniversario da minha mãe.Ela é corretora de imóveis, e como eu fazia faculdade a noite mal dava para ver ela em casa, então resolvi ir no serviço dela para lhe dar os parabéns.

Ainda meio tonta, fui até o prédio onde funcionava a imobiliária, dei os parabéns a ela e me despedi rápido, pois ainda tinha que estudar para a prova que haveria hoje. Caminhei pela calçada até me aproximar da entrada do metrô, mas logo me lembrei que meu pai dizia que não era para eu andar de metrô sozinha, já que ele era policial sabia que os índices de assalto tinha aumentado. Resolvi ir para um ponto de ônibus, pegaria um taxi ou em ultimo caso o ônibus. E nada do taxi e como eu estava com pressa peguei o ônibus que vinha, logo uma pequena fila de pessoas se formou para entrar no ônibus. Dei graças a Deus quando entrei e vi que o ônibus estava meio vazio, sentei no penúltimo banco e liguei meu Ipod. O ônibus demorou um tempinho até sair pois o sinal tinha fechado e se formou um engarrafamento, mas quando o transito começou a fluir um homem correu ao lado do ônibus acenando para que o ônibus parasse. E assim aconteceu, ele entrou no ônibus e depois de passar a roleta ele veio caminhando para o fundo do ônibus, meu coração ficou apertado ao ver aquele homem e quando ele passou por mim vi que ele me olhou surpreso.

Aqueles segundos se tornaram longos enquanto eu olhava para aquele homem lindo, seus olhos verdes penetrantes, seus cabelos acobreados desarrumados. E ele também me olhava e assim que ele sentou atrás de mim, não consegui segurar um sorrisinho nervoso. A viagem seria longa...

PDV Edward:

Eu morava em Los Angeles e estava cursando o ultimo ano da faculdade de medicina e fui selecionado para começar a estagiar em um hospital em Seattle. Ah, deixa eu me apresentar, Sou Edward Cullen e tenho 26 anos, decidi seguir a carreira de medico pois há varias gerações que os Cullens seguem a mesma.

Mas voltando, eu tinha que levar uns documentos para o hospital, então fui para a garagem mas para minha decepção meu carro resolveu enguiçar, e eu tinha que chegar no horário marcado. Pensei em pegar um taxi, então fui para o ponto mas também nada e vi que o único jeito de eu chegar lá era pegando um ônibus. Mas que ônibus eu pegaria? Posso parecer um idiota mas confesso que nunca andei em qualquer lugar sem meu carro ou no do meu pai. Tive vergonha de perguntar alguém então peguei o primeiro ônibus que vi, perguntei ao motorista se iria para Seattle e para minha sorte era. Paguei minha passagem e fui me sentar no final do ônibus mas no meio do caminho me deparei com alguém...Alguém que fez meu coração parar de bater por alguns segundos.

Ela podia ser uma garota qualquer, com um estilo despojado, mas para mim ela era linda que me fez brotar algo dentro de mim. Passei ao seu lado olhando-a minuciosamente, eu queria sentar ao seu lado e conversar, mas minha timidez fez com que eu passasse direto.

Sentei atrás e continuei a repará-la, seus movimentos, seu respirar. Tudo nela me encantava e me fazia extremamente feliz e satisfeito. Eu acho que aquela primeira vez no ônibus iria mudar de alguma forma a minha vida...

PDV Bella:

Eu nem sabia qual era a musica que estava tocando no meu Ipod, só sabia que eu não conseguia desviar o olhar daquele homem, e ele também não. Parecia fascinado por mim, diferente do meu ultimo namorado, Jacob, que nem se interessava por mim, só queria saber da oficina e dos acampamentos com os amigos da reserva de La Push. Mas agora o que realmente me importava era aquele homem. Mas quem era ele? Qual era seu nome?E por que eu estava me sentindo assim? Continuei a olhá-lo disfarçadamente e quando nossos olhares se cruzavam, ele dava um meio sorriso que fazia meu coração saltar. Alguns minutos se passaram e eu ouvi um celular tocar. Era o dele.

Ele atendeu com a voz baixa, mas mesmo assim deu para ver quão bela e suave era sua voz. Ele pareceu meio tenso e pensei que talvez era sua namorada, talvez ele fosse um cafajeste e eu uma idiota por ficar com medo de ele ser comprometido. Eu nem o conhecia, não podia estar apaixonada por ele... Podia?

PDV Edward:

Eu estava angustiado, queria arrumar um jeito de falar com ela, mas sobre o que? E se ela tivesse um namorado? No meio da minha mente confusão mental, ouvi meu celular tocar. Era a Victória, uma garota fútil com quem eu já tinha ficado, mas acabei com o nosso lance pois ela era bem rodada e eu queria uma pessoa que eu pudesse confiar e talvez passar o resto da minha vida com ela.

Mas ela me ligava e eu tive que atender:

Oi meu gato, sentiu saudades?- Aquela voz de prostituta me dava náuseas e abaixei a voz para que a garota da frente não ouvisse e ficasse pensando besteiras.

Olá Victória, eu não posso falar com você agora, estou muito ocupado.- Não queria perder meu tempo com ela, queria investi-lo com a garota que me encantava.

Ah, ta bem gostoso. Mas me diga: Quando vamos nos encontrar de novo? E eu não aceito uma não como resposta!- Como ela era irritante.

Infelizmente para você vou ter que dizer não.- Me apressei antes que ela revidasse -E a propósito não me liga mais, já estou em outra . Tchau!- Desliguei o celular e voltei a atenção a garota, que agora parecia estar com medo ou então confusa. Será que ela pensou que era minha namorada me ligando? O que eu ia fazer, tinha que arrumar uma maneira de me aproximar dela.

A viagem seguia tranqüila, mas ela tinha parado de me olhar e a angustia estava quase me matando. Decido fazer alguma coisa...

PDV Bella:

Depois que ele desligou o celular, decidi não olhá-lo mais com receio de ele ser comprometido e a ultima coisa que eu queria ser era me iludir. Os minutos se passavam e quando pensei que já tinha esquecido , levei um enorme susto.

Perdi o fôlego ao ver ele sentado do meu lado e quando me olhou abriu um enorme sorriso que me levou ao paraíso:

Você é de Los Angeles mesmo?- Sua voz era mais linda do que tinha ouvido antes, e demorei um pouquinho para meu raciocínio funcionar.

Ah? Q-que?- Ele deu mais uma risada e eu quase babei.

Perguntei se você é de Los Angeles mesmo?- Ele foi bastante paciente comigo.

N-não. Moro em S-São Francisco.- Ele me olhou descrente.

E então porque você não é bronzeada, já que lá tem varias praias?- Dei uma risada envergonhada.

É que eu sou muito caseira.- Ele assentiu.

Ficamos um tempo em silencio e percebi que já estávamos no meio da viagem, e eu queria conversar mais com ele, mas eu estava morrendo de vergonha. Mas porque eu me sentia assim desse jeito, eu gostava dele, queria abraçá-lo mas resolvi esperar até que ele puxasse assunto novamente.

Também gosta de rock?- Ele apontou para meu Ipod que tocava uma musica do Linkin Park.

Ah sim! Adoro, e qual banda você curte?- Perguntei querendo me entrosar mais um pouco.

Não tenho. Curto de tudo um pouco, desde o metal até o emocore!- Ele falou me olhando, ele parecia querer decorar cada detalhe do meu rosto em sua mente, e continuou a perguntar -E quantos anos você tem?-

Dei uma risada e ele me olhou confuso.

20 anos, porque?- Queria saber logo qual era sua intenção.

Nada, é que você parece ser bem nova.- Fiquei intrigada e perguntei:

E eu não sou nova não! Você fala como se fosse um velho!- Ele riu, aquelas risadas me faziam suspirar.

Velho eu, só tenho 26. Comecei a viver agora!- Eu queria lhe fazer mil perguntas mas pensei que ele poderia se sentir pressionado e tudo ir por ralo abaixo, resolvi ser cautelosa:

E você está na faculdade ou já está trabalhando?-

Ainda estou na faculdade. Ultimo ano de medicina, e você?- Sorri internamente, pois vi que ele também estava interessado em saber mais de mim.

Hum medicina, que bom. Também estou na faculdade, de design.- Outro sorriso maravilhoso apareceu em seu rosto perfeito

Que ótimo!- Mas outro longo silencio se formou. E percebi que a hora de eu descer do ônibus estava chegando. E aquela angustia aumentava mais e mais e se transformava em uma admiração incrível. Eu estava apaixonada por ele...

PDV Edward:

Era inacreditável o que eu sentia por aquela garota, era uma paixão um algo que eu nunca havia sentido por ninguém. Eu queria conversar mais com ela, mas o medo de ser rejeitado falava mais alto. Eu sabia que a viagem estava quase no fim e logo ela iria descer e talvez nunca mais nos veríamos, o que eu iria fazer? Senti um nó se formar em minha garganta e um desespero enorme invadiu o meu ser quando o ônibus entrou em São Francisco. Me inclinei para frente e passei as mãos nos meus cabelos. O que eu ia fazer? Uma lagrima desceu e tentei me acalmar, mas era impossível, eu a amava. Me recompus e quando ela me olhou ela levou um susto:

O que aconteceu com você?- Eu queria lhe dizer toda a verdade mas eu esta desesperado.

Não é nada, eu fico assim mesmo quando ando de ônibus.- Vi que ela ficou me olhando durante alguns segundos e suspirou. Acho que isso tudo era fruto da minha imaginação, mas logo veio a decepção final:

Eu vou descer no próximo ponto.- Ela falou com a voz baixa e eu assenti.

Ela colocou a bolsa no ombro e começou a se preparar para levantar, estendi minha mão.

Adorei te conhecer.- Ela se levantou e meu coração se apertou. Dei espaço para ela passar, ela deu um ultimo aceno e caminhou para a porta de saída, mas quando pensei que ela ia dar o sinal, ela voltou em minha direção e falou:

Eu adorei viajar com você. Pode parecer mentira mas eu me apaixonei por você.- E deu um beijo em meu rosto. Me senti um covarde por ela ter feito o que eu deveria fazer mas também fiquei feliz por ela estar sentindo o mesmo que eu, e quando pensei em fazer alguma coisa ela já tinha dado o sinal para descer, deu um ultimo aceno e se foi. Tentei ir atrás dela mas a porta já tinha se fechado.

Ela atravessou a rua e uma fila se formou para entrar no ônibus que ficou parado por uns minutos e aquela era minha chance...

PDV Bella:

Aquela minha atitude quase fez meu coração parar de bater, eu não sabia se ele gostava de mim, e nem sabia se veria ele novamente só sabia que o amava. Descer do ônibus foi a coisa mais difícil de fazer e agora eu sentia uma vontade enorme de chorar. Enquanto caminhava eu me lembrava do seu rosto encantador quando ouvi alguém me chamando e quando olhei para o lado do ônibus vi ele com a cabeça para fora da janela.

Ei eu esqueci de perguntar, qual é o seu nome?- Ele estava quase gritando então me aproximei de volta para o ônibus.

É Bella e o seu?-

É um belo nome.- Ele sorriu -O meu é Edward.- O ônibus começou a andar e ele gritou: -BELLA EU TAMBEM TE AMO!-

E o ônibus virou a esquina e eu sorri e chorei ao mesmo tempo. Tudo o que eu precisava saber eu já tinha ouvido...

PDV Narrador:

Bella continuou a sua vida normalmente, mas todos os dias pensava em Edward, e ele pegava o mesmo ônibus com a intenção de vê-la novamente, mas não teve sucesso.

O destino e assim, pessoas entram e saem de nossas vidas e temos que ser corajosos quando achamos a nossa alma gêmea senão podemos perdê-la. Numa simples viagem de ônibus Bella e Edward se encontraram e se viram loucamente apaixonados, mas talvez nunca mais se veriam...

Fim (Por enquanto...)