Crime Passional escrita por Flor de Cerejeira


Capítulo 17
A volta do casal... Kikyou e seu novo coração




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As semanas passaram depressa, mais do que um certo casal que acabava de fazer amor pensava.

Era noite, e estava chovendo, mas o tempo estava quente, e eles ainda acordados, tentavam controlar suas respirações, ainda alteradas pela força do amor, pela intensidade do que sentiram. Mas algo fez Rin preocupar-se. Sesshoumaru estava se contraindo, e a respiração estava sendo pausada.

Rin levantou um pouco o corpo para olhar o rapaz, e viu que a expressão não era a serena de sempre, mas sim de dor.

- Sesshy...

- Estou bem... – ele sentou-se e com a mão no peito, tentou controlar o que sentia.

Rin por sua vez tocou-o nas costas dele, e desceu da cama, ajoelhando-se frente a ele.

- Aquela pontada novamente?

- Sim... mas já passou...

- Quando chegarmos, vamos ao medico, vamos ver o que esta acontecendo ai dentro...

- Acho que não é necessário...

- Como não? Ontem você sentiu quando estava na piscina, e outro dia também quando foi pegar a Haru...

- Eu não estou doente Rin... isso é apenas um efeito do tiro que levei...

- Em um ano e pouco depois do acontecido, isso foi aparecer só agora? Tem que cuidar da saúde meu amor – ela o abraçou forte e deitou o rosto no ombro dele. – eu não quero perder você de novo...

Sesshoumaru abraçou-a também, e acariciou os cabelos, sentindo se um tanto deprimido, por lembrar de quanto tempo tinha ficado longe dela.

- Eu irei meu anjo, assim que voltarmos para casa, eu vou ao medico saber o que esta acontecendo...

Rin separou-se dele, e sorriu, mas logo o abraçou novamente, sentindo-se mais segura com o que ele tinha dito.

Faltavam apenas três dias para que o casal voltasse ao Japão, e Rin estava ansiosa para rever Kagome, Sango, Inu-Yasha, Miroku e todos os que a cercavam. Estava com saudades de todos, e também do país que morava.

Já Sesshoumaru não estava tão ansioso, enquanto Rin descansava na tarde do penúltimo dia, ele tomava conta de Haru, ensinando ela novas palavras, e ate divertia-se um pouco com aquilo.

- Inu-Yasha... é melhor ir para a cama... – Inu-Taishou tocou o filho que ainda sentado na cadeira do escritório da casa, estudava para as ultimas provas da faculdade. Acabou dormindo ali em cima dos papeis e livros.

Vendo que o filho estava cansado demasiadamente, o ajudou a levantar, e segurando-o pelos ombros num abraço, o ajudou a ir para o quarto.

- Seu irmão vai gostar de sua força de vontade...

- Eu não ligo para o que aquele idiota pensa... – disse praticamente dormindo, ao ser deitado na cama pelo pai.

Logo que cobriu o filho, desceu, e seguiu para a cozinha onde Kaede fazia um chá, que ele havia pedido antes.

- Inu-Taishou-sama, seu filho anda muito cansado, ele deveria se dar uma folga...

- Ele cresceu muito Kaede, nunca pensei que essa viagem de Sesshoumaru ia fazer ele criar tanta responsabilidade...

- Que bom né Inu-Taishou-sama...

- Kaede... você quer jantar comigo no sábado? – Inu-Taishou perguntou de repente, e a xícara que estava nas mãos da velha senhora quase caiu no chão, e Jaken que havia chegado naquele momento caiu.

- Inu-Taishou-sama... eu sou apenas uma empregada... e o senhor tão ilustre, tão importante...

- E o que adianta ser tão renomado e estar sempre na solidão... – ele olhou-a nos olhos, e ela desviou o olhar, colocando o chá na xícara. - ... e depois, você já trabalha aqui a tantos anos, acho que não teria nada de mal jantarmos...

- Não senhor... – ela comentou corada.

- Então você aceita?

- Sim senhor... – ela corou ainda mais, entregando a xícara com as mãos tremulas, para Inu-Taishou, que após pegá-la seguiu para a sala, onde tomou seu chá tranqüilamente, e uma saudade invadiu seu peito, quando lembrou da neta e de seu sorriso, mas logo mataria essa saudade.

Os dois dias que distanciavam Sesshoumaru de casa passaram num piscar de olhos, e na manha de sexta feira, ele ainda dormia, mas Rin tinha ficado com insônia a noite toda, talvez ansiedade, mas como premiação, pode ver Sesshoumaru ressonar a noite toda, abraçado à filha.

As malas já estavam arrumadas, e quando o relógio marcou oito horas da manha, Sesshoumaru desceu a recepção, e pediu que o recepcionista chamasse um táxi, e pediu que descessem com as malas. Logo o táxi chegou, e eles partiram para o aeroporto.

Rin observou as ruas passarem rápido, e em seu coração, estava gravado os rostinhos das crianças que viu há semanas atrás.

- Sesshy, será que aquelas crianças...

- Não podemos fazer nada... eu gostaria de ajudar a elas mas seria impossível...

- Me sinto entristecida com aquelas crianças passando fome, enquanto nós... – ela apertou a região do peito, demonstrando angustia no que falava.

Sesshoumaru a abraçou, e deixou que ela se confortasse em seu peito, enquanto segurava Haru com seu outro braço.

- Em um lugar tão bonito, ter coisas tão incompreensíveis...

- Tem esses tipos de coisas no mundo inteiro meu anjo...

- Oji-san... Baka... – Haru pronunciou, e Rin levantou de súbito, olhando para a menina.

- Haru, Inu-Yasha não esta aqui...

- Sesshy, o que você andou ensinando para nossa filha?! – Rin pronunciou-se repreensivamente.

- Ela tem que aprender a falar...

- Mas não a xingar seu irmão de baka, ele vai ficar furioso quando ouvir isso...

- Ele se acostuma... – Sesshoumaru deu um sorriso travesso, e logo um beijo carinhoso na testa de Rin.

- Seu implicante...

- Eu implicante... como você chegou a esta conclusão? – ele sorriu sarcasticamente.

- Eu respondo sua pergunta quando a Haru chamar seu irmão de Oji-san Baka!

- Ela aprende bem as coisas... – sorriu de novo, e Rin revirou os olhos, indignada com aquela situação.

Após terem chego ao aeroporto, esperaram durante um tempo, ate o vôo onde iriam ser anunciado. Seguiram para o portão de embarque, e minutos depois, adentraram o avião.

Rin acomodou-se e também a filha, Sesshoumaru chegou logo após, e também acomodou-se, seriam longas horas ate chegarem ao seu país, longas 25 horas.

- A essa hora, o Sesshoumaru deve estar dentro do avião vindo para cá... – Inu-Taishou comentou vagamente com Inu-Yasha, que estava assistindo televisão na hora.

- Ele deve chegar amanha cedo... finalmente vou descansar...

- E eu vou matar as saudades da minha netinha...

- Tomara que ele não chegue mal humorado... não quero receber nenhum soco... minha cabeça já esta explodindo por causa das provas...

Inu-Taishou deu uma risada. E logo levantou-se. Ia recolher-se, pois no dia seguinte, teria que ir buscar Sesshoumaru e a família no aeroporto.

No avião, Sesshoumaru dormia, junto com Haru, mas Rin estava com um desconforto muito grande, seu estomago estava embrulhando, e já tinha ido ao banheiro umas cinco vezes, nada parava em seu estomago, desde o dia anterior. Sentia como se tivesse comido algo que não fez bem.

As horas demoraram a passar para ela, que não conseguia dormir.

Longas horas depois, a aeromoça anunciou a chegada em Tóquio, e quando o avião pousou na pista, Rin teve que conter-se para não por para fora o que tinha comido no desjejum. Mas estava feliz, logo sairia daquele maldito avião.

Alguns minutos depois, o casal e a filha estavam sendo recebidos por Inu-Taishou, Inu-Yasha, Kagome e também Jaken e Kaede.

- Sesshoumaru-sama, como o senhor fez falta para nós... – Jaken emocionou-se ao ver o jovem aproximando-se com a filha nos braços.

- Filho... menina Rin e Haru, sentimos muito a falta de vocês...

- Inu-Taishou-sama... nós também...

- Sem muita melação pai, estamos cansados e eu particularmente estou querendo uma ducha bem quente... – Comentou o rapaz, dispensando os comentários, recebendo assim olhares censuradores de Rin e Inu-Taishou.

- Sesshy!! – Rin chamou-o em tom de aviso.

- Não ligue Rin-chan, ele é sempre mau agradecido assim mesmo.

- Cale-se Inu-Yasha... – pediu em tom de ordem, e começou a caminhar para fora do lugar, segurando uma das malas.

- Ei! Mal chegou e já esta de mal humor...

- Inu-Yasha... seu irmão esta cansado é só isso... – Kagome interveio, sorrindo para o namorado.

- Não o defenda Kagome, ele é sempre assim... – Inu-Yasha resmungou, agora mal humorado.

- Inu-Yasha... não ligue para seu irmão... você sabe melhor que eu que ele tem esse gênio desde criança... nem parece que conviveu a vida toda com ele... – Inu-Taishou comentou, logo seguindo o filho, segurando a neta, Haru, nos braços, como se estivesse segurando o bem mais preciso que existia.

Rin deu um suspiro, e logo começou a caminhar também, sendo seguida por Jaken e Kaede, que carregavam as malas do casal.

Logo estavam nos carros, Inu-Yasha e Kagome com Jaken e Kaede em no carro de Inu-Taishou, e Sesshoumaru, Rin e Haru, no carro de Sesshoumaru, que foi na frente com o pai, que dirigiu.

Rin no banco traseiro, segurava a filha um pouco ativa, e tentando se segurar por causa dos enjôos que estava sentindo.

Logo a família chegou em casa, e Sesshoumaru, logo que Rin estava junto com ele e também a filha, seguiram para dentro. Inu-Taishou não se importou muito com a reação do filho, pois sabia que eles tinham feito uma viagem de volta muito cansativa. Contudo podia esperar ate a hora em que eles estivessem disponíveis e descansados para falarem da estadia no Brasil, e como tinham se divertido num lugar tão diferente de onde moravam.

Assim que tomou o mais demorado banho de submersão que podia, o rapaz ainda com um pouco de sono se deitou, semi nu, apesar do frio que fazia o local aquela época do ano, ele sentia-se um pouco aquecido pela euforia que o dia lhe proporcionou. Logo estava dormindo. Haru também não resistiu depois do banho e dormiu confortavelmente em seu berço.

Já Rin, tentava controlar seu estomago ainda furioso. Tomou um banho não muito demorado e após colocar uma roupa bem aquecida, saiu do quarto e foi ate a cozinha onde pediu que Kaede fizesse um chá para acalmar-se, já que estava com insônia desde o dia anterior.

Kaede olhou-a desconfiada, reparou nas curvas da moça, vendo-as mais alargadas. Ela havia engordado um pouco durante a viagem, mas para manter a estima de Rin alta, resolveu ficar com suas duvidas.

- Como é o Brasil Rin?

- É lindo... tem praias maravilhosas, e mulheres muito insinuantes... as florestas também são muito bonitas, apesar de termos apreciado apenas uma pequena parte de uma, mas foi o suficiente para eu ver que lá realmente tem muita beleza.

- Nossa, estou vendo que você gostou mesmo da viagem...

- Sim Kaede-sama, estou muito bem mentalmente, pronta para voltar ao trabalho com tudo...

- Ah menina Rin – uma voz masculina conhecida a chamou, e ela virou-se já sorrindo para fitar o dono dela. – Eu senti muitas saudades dessa sua alegria...

- Inu-Taishou-sama... vejo que o senhor tem estado muito bem... tem ate sorrido mais. Pude reparar isso desde o aeroporto... sem contar o entusiasmo que falou conosco na ultima semana...

- Esta tão óbvio assim?

- É melhor não deixar o Sesshy descobrir o que há por traz dessa euforia, ou ele vai ter muito o que te encarnar.

- Mas nem mesmo a menina Rin sabe do que se trata, como pode estar me alertando com tanta antecipação?

- Há coisas Inu-Taishou-sama, que não precisam serem ditas, são carregadas nas expressões e gestos que a pessoa profere... e eu vejo que esta bem disposto... não há necessidade de se sentir constrangido por isso... seja natural...

O velho general corou diante das observações da nora, que logo virou-se para pegar a xícara que Kaede havia servido. Mas lembrou-se de algo, e depois de tomar um gole do chá, dirigiu-se novamente a Inu-Taishou, dessa vez mais tranqüilo.

- Inu-Taishou-sama, temos que conversar seriamente sobre seu filho Sesshoumaru...

- Humm... pelo jeito que fala deve ser algo serio...

- É sim...

- Vamos ate o escritório, lá podemos conversar mais a vontade... – depois de dar um ultimo gole no chá, Rin o acompanhou.

Na verdade, ela queria conversar com Inu-Taishou antes de mais nada, a preocupação nas palavras da moça, deixaram também, Inu-Taishou um pouco preocupado, e ansioso para saber o que era. Não foi necessário muito tempo ate chegarem ao dito escritório, logo entraram e gentilmente, Inu-Taishou fechou as portas, e convidou a, a se sentar.

- Diga menina Rin, o que a aflige?

- Eu não vou dar muitas voltas para não o preocupar ainda mais – viu o homem a sua frente assentir positivamente com a cabeça, atentado as palavras suaves que saiam dos lábios de Rin. – Há alguns dias, o Sesshy tem tido reações estranhas, e eu estou muitíssimo preocupada com isso...

- Reações estranhas? – indagou Inu-Taishou ainda mais preocupado.

- Sim... na primeira semana que passamos no Brasil, ele agia normalmente, foi natural como sempre, mas as duas ultimas semanas foi muito preocupantes. A primeira vez que aconteceu, nós estávamos fazendo amor, - ela corou um pouco, mas continuou – eu senti ele tenso e depois que terminamos eu o perguntei o que havia acontecido, e ele me disse que tinha sentido uma pontada forte no peito... tentou disfarçar para que eu não me preocupasse...

- Dores no peito...

- Ele havia me dado a desculpa de estar estressado, mas nós estávamos tão relaxados... não havia motivos para tal coisa... ele disse que é uma seqüela do tiro que levou, o que me deixou mais tensa... acho que pode ser algo grave, eu não consigo dormir tem quase dois dias de tanta preocupação...

- Estou certo que ele vai procurar um medico menina Rin... meu filho é frio, durão, orgulhoso, mas quando as coisas são graves ele recua um pouco, e sempre segue o melhor caminho...

- Ele me disse que ia ao medico assim que descansasse da viagem...

- Bem... se eu conheço bem meu filho, eu tenho quase certeza de que ele ira trabalhar esse fim de semana todo... apesar do Inu-Yasha ter cuidado de tudo muito bem... ele vai querer dar uma boa revisada em tudo e...

- Ele não vai trabalhar, não antes de descobrir o que esta acontecendo dentro do peito dele, nem que eu tenha que amarrar ele e o levar à força...

Inu-Taishou deu uma risada, e Rin sorriu timidamente. Logo, os dois se separaram e Rin foi para o quarto, onde Sesshoumaru ressonava tranqüilamente, ainda mais do que no Brasil. Não havia nada melhor que a cama dele para descansar confortavelmente.

Era quase hora do jantar quando Sesshoumaru saiu do quarto resmungando por causa do frio que lhe doía ate os ossos. Deu uns dois espirros, o corpo já estava começando a sentir as diferenças de temperatura.

Caminhou pelo corredor, estranhando o silencio que se fazia na casa. Ao chegar à sala, viu Inu-Yasha sentado digitando algo, com alguns livros e papeis espalhados pelo chão da sala.

- Inu-Yasha, porque você não vai estudar no escritório, é um lugar bem apropriado para fazer essa bagunça...

- Eu sei, mas prefiro ficar aqui mesmo, eu não estou muito acostumado a ficar sozinho naquele ambiente, e depois eu me sinto mais confortável sentado no chão...

- Inu-Yasha, deveria ouvir seu irmão...

- Ah pai não comece, e vocês dois, me deixem terminar isso, ou eu vou atrasar meu trabalho por causa de vocês...

- Nos deixaremos sim filho, eu vou ate a cozinha pedir que Kaede que sirva o jantar...

- Poderia pedir que me fizesse um suco bem forte de laranja pai? – pediu Sesshoumaru, sentando-se atrás de Inu-Yasha, no sofá, e começou a observar o que o irmão digitava.

- Claro filho... – respondeu o pai, seguindo para onde tinha dito.

Um minuto depois de observar o irmão digitando, Sesshoumaru chamou-lhe a atenção.

- Inu-Yasha... esse código esta errado...

- Que código?

- 171 não é assedio sexual e sim o famoso calote...

- Eu não prestei atenção neste detalhe...

- E vejo que também não prestou atenção no que escreveu... – Sesshoumaru sentou-se no chão junto de Inu-Yasha e apontou alguns erros. – veja, aqui você escreveu que: Constranger alguém com intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico... – Sesshoumaru arqueou uma sobrancelha ao ver o tamanho do erro, e continuou a ler o artigo escrito pelo irmão. - ...induzindo ou mantendo alguém em erro...

- O que tem de errado ai?

- O que tem que você escreveu um novo código penal, você já viu que você escreveu o artigo 216 junto com o artigo 171? Olha só... – ele folheou o grosso livro de Código Penal, e indicou ao irmão os erros evidentes.

- Entendi... acho que estou sem concentração, e depois não sou muito bom nisso quanto você...

- Não jogue indiretas Inu-Yasha, eu não vou fazer esse trabalho para você... você tem que aprender a andar sozinho, eu não estarei lá com você para ajudar na defesa de seus futuros clientes... – Sesshoumaru olhou-o com tom severo, e o mais novo aceitou a bronca.

Logo, Inu-Yasha apagou o erro e escreveu novamente, agora sob o olhar fiel do irmão. Sesshoumaru ajudou-o no que pode, tentou não dar muitos palpites para que o irmão se concentrasse, apenas falava que isso ou aquilo estava incorreto.

Antes de adentrar a sala, Inu-Taishou admirou a cena, eram rara as vezes que os dois estavam tão tranqüilos, sem se xingarem, ou tentarem se matar, a cena era tão interessante, mas logo acordou, ou o suco ia esquentar.

- Filho seu suco...

- Obrigado pai... – Sesshoumaru agradeceu, e logo levantou-se para sentar-se novamente no sofá, onde seu pai o acompanhou.

- Logo o jantar será servido...

- Estou com fome mesmo, vou ver se Rin já despertou...

- É melhor não filho, ela estava muito cansada, confessou-me que haviam dois dias que ela não pregou os olhos, deixe-a descansar, mais tarde ela deve acordar, então poderá comer algo...

- Eu não entendo, ela estava tão disposta essa manha, nem a vi deitar-se depois que chegamos também...

- Ela esta muito preocupada com você...

- Ela não deveria, estou bem...

- Mentira... ela já me contou tudo, e você vai ir ao medico amanha mesmo... – viu Sesshoumaru olhá-lo com um gélido olhar, mas este não o intimidou. - ...você deveria se preocupar um pouco mais com sua saúde Sesshoumaru, tem uma esposa e uma linda filha para cuidar, você não acha que ficou tempo demais longe delas?

- Cale-se, eu sei o que devo ou não fazer...

- Eu estou vendo... – Inu-Taishou olhou-o com tom irônico.

- Se esta doente onii-san, deve se cuidar, acho que a Rin–chan não agüentaria ficar longe de você de novo... – Inu-Yasha comentou tranqüilamente, inocente e despreocupado, mas segundos depois do que havia dito, não quis olhar para traz, pois sabia que receberia um daqueles olhares do irmão, e ate ficou esperando por um cascudo ou coisa do gênero, mas esse não veio.

O próprio Sesshoumaru não estava tão preocupado com o que estava acontecendo, mas por Rin e Haru, ele já havia decidido ir ao medico. O faria na segunda de manha.

Logo após o jantar, o rapaz seguiu para um local onde ia poucas vezes, em seu antigo quarto, estava bem limpo como de costume, e suas coisas muito bem organizadas. Era um pedaço só dele, mas que agora não o pertencia mais. Assim ele sentia. Olhou algumas de suas coisas posta na escrivaninha, onde costumava estudar, e sentou-se frente a ela, pegando um porta retratos. Observou a imagem sorridente na fotografia, e sentiu-se privilegiado de ter alguém com aquela mulher em sua vida. Colocou o porta retratos no lugar, e sem querer esbarrou com o braço em uma pilha de livros muito bem organizados no canto, e de lá uma agenda que havia caído junto, deixou uma outra fotografia se expor, essa era mais antiga que a anterior que viu, não sentiu-se privilegiado de ver a imagem. Juntou tudo novamente, e separou a agenda, a qual veria após arrumar os livros no local.

Após tê-los organizado, ele voltou-se para frente e após acender a luz perto da escrivaninha, começou a folhear a agenda, observou algumas anotações de aulas e provas, e muitos trabalhos, todos com as notas de avaliação, entre 9,8 a dez. continuou olhando a agenda, ate encontrar certa imagem, e atrás desta havia uma dedicatória:

"Para o homem mais incrível que existe...

Sesshoumaru, eu te amo!!

De sua sempre apaixonada Kagura"

Ele ergueu uma sobrancelha, e voltou a olhar a moça na imagem, muito bem arrumada e com os negros e longos cabelos presos em um coque, com duas penas brancas delicadamente postas nele. Ela estava de perfil, com uma maquiagem bem suave, os lábios cor de carmesim.

Ela era uma moça muito interessante e bonita, mas muito obsessiva, no fim das contas a culpa dele tê-la deixado não foi inteiramente dela, e sim de Sara, que o perseguiu durante muito tempo na faculdade. Mas se não fosse pelo ardiloso plano dela separar os dois jamais teria conhecido alguém tão especial...

Ainda lembrava-se daquela noite frustrante onde Kagura o esbofeteou sem ter culpa do acontecido. Grande parte de seu passado veio à tona com aquela agenda e fotografia escondida entre as paginas. Situações interessantes, engraçadas, embaraçosas, e ate excitantes... foram experiências incríveis, as quais nunca esqueceria.

Mas frustrante foi não poder ter estado com Rin quando ela mais precisou, sentiu uma profunda angustia ao lembrar que chegara ao apartamento onde Rin morava e a viu tão indefesa, tão machucada fisicamente e psicologicamente... mas ele conseguiu fazer com que ela superasse tudo aquilo, dando tudo de si, se entregando a ela por completo, mesmo que sem que ela notasse.

Eram boas e ruins recordações...

Fechou a agenda e deixou-a sobre a escrivaninha, mas levou consigo a fotografia de Kagura, e a guardou na pasta de trabalho.

Na manha de sábado, Sesshoumaru saiu bem cedo, antes que Rin levantasse, e foi ao escritório, e analisou o local tudo estava muito bem conservado, os documento bem organizados, e a agenda em dia com cada uma das ligações feitas arquivadas nela, com as respectivas horas e quem havia ligado.

Pegou a agenda, e sentou frente à mesa e começou a fazer as ligações, para as pessoas as quais tinham um pouco mais de intimidade, as quais tinham os casos mais urgentes a serem resolvidos. Passou toda a manha fazendo tal coisa, mas saiu antes das dez da manha e encaminhou-se para a delegacia, onde encontrou um saudoso delegado, feliz em vê-lo.

- Sesshoumaru, que boas águas o trazem?! – Saudou-o sorridente.

- Nenhuma água, eu vim com minhas pernas... – comentou serio, ouvindo uma risada vinda de Bokusen-ô.

- Sempre tão serio meu rapaz... relaxe um pouco, você esta em casa... – o velho delegado aproximou-se, e deu um suave e amigável tapinha no ombro do rapaz, recebendo o mesmo olhar gelado de sempre. – Vamos... – ele voltou para traz da mesa e sentou-se. – diga-me, o que devo a honra de sua visita?

- Eu quero saber onde a Kagura esta presa.

- Onde? – ele olhou-o com as sobrancelhas arqueadas.

- Você sabe onde ela esta, eu quero fazer-lhe algumas perguntas e...

- Desculpe-me te interromper filho, mas eu não acho que deveria, ela tentou o matar e você deveria ficar o mais longe possível daquela mulher.

- Você quer que eu me esconda dela? Ora Bokusen-ô eu não sou homem de me esconder, principalmente de uma mulher...

- Este não é o caso Sesshoumaru, ela esta presa por tentar matá-lo, não por roubar um doce de você, foi sua vida que quase se...

- Não desvie o assunto, - Sesshoumaru alterou um pouco a voz, tentando intimidar o delegado, tendo um pouco de êxito. – eu quero apenas conversar com aquela infeliz.

Bokusen-ô suspirou cansado, e levantou-se, ficou inquieto por um tempo, caminhou umas duas vezes dentro da sala de um lado para o outro, sendo observado a cada passo pelo rapaz, que esperava a resposta dele. De repente ele parou, e apoiou as duas mãos na mesa, olhando para Sesshoumaru serio.

- Eu vou dizer, mas não vai se meter em problemas, não quero que Inu-Taishou me arranque as vísceras...

- Pensei que ia ficar aqui o dia todo. – ele suspirou cansado, levantando-se e pondo as mãos nos bolsos.

- Vamos almoçar... – Bokusen-ô olhou para o relógio de pulso, e logo pegou seu sobretudo de couro no encosto de sua confortável poltrona. - ... no restaurante eu conto tudo o que quer saber... vamos?

Sesshoumaru assentiu com a cabeça, sentindo-se um pouco satisfeito, e o seguiu.

- Vamos no meu carro, - convidou o rapaz. – depois eu te deixo aqui, e sigo para o lugar onde a Kagura esta...

Bokusen-ô maneou a cabeça, ainda contrariado com a insistência do rapaz em saber onde a mulher em questão estava.

Em casa, Rin estava um tanto aborrecida com o marido, e enquanto Ayame tomava conta de Haru, conversava com Inu-Taishou.

- Ele nem quis me acordar Inu-Taishou-sama, pois sabia que eu ia o impedir de sair...

- Eu entendo sua frustração Rin... não adianta, ele é muito teimoso, faz o que tem vontade...

- Tadaima!!! – Inu-Yasha chegou anunciando-se juntamente com Kagome, que depois de tirar os sapatos correu em direção de Rin e deu um gostoso abraço.

- Rin-chan!!! Que saudades...

- Kagome... – ela continuou abraçada à moça, que calorosamente a acariciava nas costas, e logo separou-se. – Como esta?

- Estou bem... Inu-Taishou-sama, perdoe-me eu nem falei com o senhor...

- Não se incomode menina Kagome...

- Pai, onde esta o Sesshoumaru? Preciso perguntar algumas coisas a ele sobre os preparativos da festa de formatura, eu sou o responsável pela parte da decoração, e vou precisar de uma idéia...

- Inu-Yasha... – Inu-Taishou levantou de súbito, e deu um orgulhoso sorriso, já sabendo o que aquilo indicava.

- Eu passei pai... – comentou tímido.

- Parabéns Inu-Yasha... – Rin cumprimentou-o, e deu um abraço bem amigável, afagando os cabelos do rapaz, como costumava fazer com Sesshoumaru. Ele corou um pouco, mas logo que Rin separou-se dele, Inu-Taishou o pegou de jeito, e deu um apertado abraço no filho, muito orgulhoso.

- Vocês são o meu orgulho... – comentou Inu-Taishou segurando nos ombros do filho, o fitando nos olhos.

- Se você quiser Inu-Yasha, eu também posso ajudar na decoração, afinal, nós também nos formamos lá...

- Se você quiser ajudar Rin-chan, vai ser divertido... – Kagome deu algumas palminhas e olhou para Inu-Yasha ainda sorrindo. - ...não é Inu-Yasha?

- É... – ele olhou-a tímido.

- Mas... e a Sango e o Miroku? Eles não são da mesma turma que você?

- São sim, a Sango passou, mas o Miroku... bem ele vai ter que fazer a ultima prova ainda... ele teve um problema na família e teve que se ausenta durante a semana de prova... o diretor não queria dar as provas para ele fazer, mas ai nos fomos ate a diretoria e conversamos com toda a coordenação, ele estava arrasado, mas ficou bem satisfeito quando chegamos com as novas, ele se alegrou um pouco e começou a estudar desesperado...

- O... que aconteceu? – Rin perguntou sentando-se preocupada com o amigo.

- A Sango... ela esta grávida... a família do Miroku não quis aceitar a gravidez e ele teve que sair de casa, foi morar com a Sango na casa de um amigo dele, e eles estavam tendo dificuldades com os estudos, pois ele estava desempregado e saia todos os dias para procurar emprego, não tendo tempo de estudar, e a Sango... bem ela esta trabalhando. – Kagome explicou seria.

- Nossa... como eles puderam fazer isso? Os dois se gostam e...

- Rin-chan, esse não é o caso, a família do Miroku é muito rígida e queria que ele se casasse com uma mulher a qual eles escolhessem... bem você conhece a fama do Miroku, ele é bem mulherengo... – Inu-Yasha olhou-a serio.

- É verdade...mas se ele esta com a Sango, ele deve gostar dela, pelo menos é o que eu acho...

- Sim Rin-chan, ele a ama, e por isso que deixou a família e seguiu-a.

Enquanto a conversa se desenrolava na mansão dos Daiyoukai, Sesshoumaru estava almoçando com Bokusen-ô, e ainda esperando que ele dissesse o que ele queria saber.

- Então as mulheres brasileiras são mesmo o que todos falam, belas morenas bronzeadas e com as coxas grossas...

- Bokusen-ô... eu estou perdendo minha paciência, você vai ou não me dizer o que quero saber? – Sesshoumaru apertou a região entre os olhos, contando ate dez para não agarrar o velho delegado pelo colarinho e o erguer do chão, para que confessasse.

- Esta bem... ela esta na penitenciaria feminina, no sul da cidade...

- Era só o que eu queria saber, tenha um bom apetite... eu não estou com fome...

- Ei espera ai... você não vai me levar de volta?

Sesshoumaru olhou-o já de pés, pronto a sair, e sentou-se novamente.

- Tome pelo menos um saquê comigo...

- Eu vou aceitar... – ele deu um sorriso meio de lado, o que indicava certa malicia.

Depois de Bokusen-ô almoçar, Sesshoumaru o levou ate a delegacia, e de lá seguiu caminho para o sul da cidade, levou umas duas horas ate chegar ao local, isso porque o transito colaborou.

- Eu gostaria de ver uma pessoa... – Sesshoumaru apresentou-se e conversou um pouco com o encarregado do local, e logo estava em uma sala vazia, a espera de Kagura. Logo a porta se abriu, e um jovem carcereiro trouxe Kagura algemada. Ela estava bem abatida, sem maquiagem, ate um tanto... maltratada pelo tempo. Ao erguer o rosto, sentiu o coração palpitar ao ver Sesshoumaru sentado em uma cadeira, a olhava friamente, sem emoções aparentes no rosto.

- Se...Sesshoumaru!! – ela estava muito surpresa com a visita.

O carcereiro soltou-a, e ela sentou-se a frente dele, e o olhava ainda apaixonada.

- Como vai Kagura? – usou um tom gélido, que a fez ficar ainda mais seria que já estava. – Pode nos deixar as sós por favor... – ele pediu ao jovem, e ele saiu, ficando atrás da porta, esperando que a visita terminasse.

- Eu estou bem Sesshoumaru... e você?

- Estaria melhor se você não tivesse feito aquilo...

- Veio aqui reclamar a vida de Sara?

- Não... apenas ver o que você fez com sua vida...

- Eu estou aqui por sua causa...

- Não se arrependeu do que fez pelo que vejo...

- Eu me arrependi sim Sesshy... – ela recebeu um reprovativo olhar e se corrigiu. - ...Sesshoumaru...

- Você esta deplorável... seu pai não cuida de você?

- Cuida sim, mas ultimamente ele tem se ocupado mais com a Kanna, ela enlouqueceu... esta presa em um hospital psiquiátrico.

Ele pegou na pasta um envelope, e entregou para a moça, ainda a olhando.

- Você estava bem melhor nessas fotografias... – viu ela olhar as imagens com tristeza, e logo para ele novamente.

- Eu queria ter feito tudo diferente Sesshoumaru, eu não sabia que podia o perder para sempre.

- Pense nisso Kagura, sua pena será menor se você se arrepender de tudo o que fez... – ele levantou-se e deu alguns passos, mas parou novamente.

- Me... perdoe... – Kagura chorou, e ele virou-se para olhá-la. –... me perdoe... – ela levantou-se e aproximou-se. - ...por favor...

- Eu já a perdoei a Kagura, ou eu não teria vindo lhe ver...

- Eu posso te dar... um abraço?

Ele olhou-a com pena, e consentiu, e ela abraçou-o forte. Pode sentir o perfume forte que ele usava, e a maciez dos cabelos longos, caindo como uma cascata por suas costas. Já ele não podia dizer o mesmo, pois ela estava realmente maltratada. Ele separou-se dela, e segurou-a pelos ombros, ainda sendo frio.

- Eu não voltarei a vê-la... quero que me esqueça assim como eu a esqueci, siga sua vida e tente ser alguém melhor... para seu próprio bem... tente viver...

- Eu prometo que irei ser alguém melhor...

- Faça essa promessa a você mesma... – ele seguiu seu caminho e Kagura foi novamente levada para a cela, muito mais conformada com seu destino, mas ainda apaixonada por aquele homem tão irresistível. Dentre as fotos, ela achou a que dera a ele quando namoravam, e sentiu um aperto no coração. Ele realmente tinha a esquecido.

Logo Sesshoumaru estava de volta na estrada, agora sentindo-se mais leve. Parou em um sinal, e ficou observando a luz vermelha. De repente sentiu a pontada no peito, e dessa vez seguida de uma súbita falta de ar. Tentou controlar-se e nisso distraiu-se e os carros atrás dele, começaram a buzinar freneticamente, e ainda com dor começou a dirigir novamente. A dor foi passando aos poucos, e logo cedeu.

Eram quase quatro da tarde quando o carro do rapaz estacionou frente à mansão onde Sesshoumaru residia temporariamente com Rin.

Adentrou a casa e muitos olhares se dirigiram a ele, todos muito aborrecidos. Ele arqueou uma sobrancelha e tentou não achar graça de Rin que fazia uma expressão mal humorada e de alivio ao mesmo tempo.

- Onde esteve Sesshy? Eu estava muito preocupada...

- Eu fui ver a Kagura... – disse simplesmente, jogando as chaves na mesinha da sala ao aproximar-se, e depois deu um carinhoso beijo em Rin.

- Você foi o que?!! – Inu-Taishou exaltou-se levantando de uma vez.

- Eu fui devolver algumas fotografias dela que estavam no meu quarto antigo, qual o problema nisso?

- Seu irresponsável, esqueceu do que aconteceu bem aqui nesta sala?!

- Rin eu preciso conversar com você, vamos ate nosso quarto...

- Eu estou falando com você Sesshoumaru, não me ignore, sabe muito em que eu detesto isso...

- Depois conversamos pai, agora eu vou conversar com minha esposa, tenho um assunto muito urgente a tratar com ela...

Furioso, Inu-Taishou teve que se conformar, enquanto via o filho sair da sala abraçado com Rin.

- Maldição... Que menino mais irresponsável...

- Pai... – Inu-Yasha olhou-o. – Ele não é mais uma criança, seja menos rigoroso...

- Ora cale-se Inu-Yasha... – frustrado seguiu para seu quarto, onde sentou-se ainda furioso na poltrona.

No quarto do casal, Rin estava muito preocupada, com Sesshoumaru que ainda não havia dito nada.

Levou um tremendo susto quando ele aproximou-se serio, muito serio, e a segurou com força e começou a devorá-la com beijos.

- S...Sesshy... – ele estava muito estranho e a beijava de uma maneira que parecia que não a via há semanas.

Sem pronunciar uma única palavra, ele tirou a roupa e também a dela, e a pousou delicadamente na cama. Pela primeira vez ele gemeu ao penetrá-la; ele sempre era tão delicado, não que não tenha sido, seus gestos eram delicados, mas muito ardentes. Ela estranhou muito aquela súbita excitação dele, a cada movimento ele gemia, e apertava os lençóis de uma forma que chegou a assustá-la...

- Sesshy, calma... – ela pediu entre gemidos em um pequeno sussurro.

- Rin... eu te amo... te amo... meu anjo...

Estavam chegando ao clímax, e ele ainda tentava controlar-se mentalmente para prolongar o momento, mas seu corpo pedia muito, e quando não mais resistiu ele relaxou, sentindo Rin apertar delicadamente suas costas.

Com a respiração exaltada, e o coração acelerado, ele deixou o corpo pousar sobre o dela, e ela pode sentir o quão quente ele estava, alem de suar a excessivamente. Os cabelos chegavam estar colados nas costas, e a franja completamente úmida.

Logo ele deitou-se ao lado dela, estava de olhos fechados e sentindo-se muito bem. Deu um longo suspiro, e virou-se de lado, começando a acariciar o rosto de Rin, que floresceu um sorriso nos lábios.

- O que aconteceu querido? Você estava tão...

- Eu estava com muitas saudades... meu anjo...

- Eu também... – ela beijou-o, mas logo separou-se. - ...e o que você queria me dizer de tão urgente?

- Nada...

- O que?! – ela olhou-o brava.

- Eu estava fugindo dos sermões do meu pai, e depois... eu não estava fazendo algo importante? – ele deu um sorriso maroto, e Rin o acariciou no rosto, afastando a franja umedecida.

- Eu não vou comentar sobre isso... – ela sorriu novamente.

- Estou com fome... acho que vou pedir a Kaede para fazer algo para mim... – Sesshoumaru levantou-se de vagar, e seguiu para o banheiro, onde ia tomar um banho.

- Eu posso fazer se quiser...

- Não se preocupe com isso Rin... – ele comentou debaixo da ducha quente.

- Eu vou... quando sair do banho eu já terei terminado sua refeição... – ela terminou de se vestir, e saiu do quarto, seguindo diretamente para a cozinha, onde Kaede conversava com alguém no telefone.

- Rin-chan... deseja algo? – ela olhou-a, ainda segurando o telefone.

- Não se preocupe Kaede-sama, eu mesma vou preparar algo para o Sesshy comer...

- Mas se quiser eu posso te ajudar... posso falar com minha irmã depois.

- Eu já disse Kaede-sama – ela sorriu simpaticamente. – eu faço um lanchinho rápido para ele, pode continuar conversando com a sua irmã.

Rin viu ela dar um sorriso em agradecimento, e logo começar a preparar alguns sanduíches, não só para Sesshoumaru, mas também para Kagome, Inu-Yasha e Ayame, que estava tomando conta de Haru.

Logo, Sesshoumaru saiu do banho, e apareceu na sala, ainda com os cabelos molhados, e os presentes sentiram o perfume que ele tinha posto, fazendo com que olhassem para ele.

Sentou-se próximo a Ayame, e chamou a filha e logo esta quase saltou no colo do pai, e depois de receber um beijo carinhoso do pai, apontou para Inu-Yasha.

- Oji-san Baka!

- O que?!!! – Inu-Yasha exaltou-se, olhando furiosamente para o irmão.

- Sim Haru, este é seu oji-san baka... – Sesshoumaru olhou-a.

- Sesshoumaru seu idiota, esta ensinando ela a me xingar... – Inu-Yasha disse aborrecido.

- Ela esta aprendendo as coisas certas... ou você acha que não é um perfeito idiota?

- Parem com isso vocês dois! – Rin apareceu segurando uma bandeja, e olhando com braveza para Sesshoumaru.

- Okaa-san... dá... – Haru pediu o que a mãe segurava, abrindo e fechando as mãozinhas, e Rin sorriu encantada.

- Não pode Haru... Ayame, poderia preparar algo mais suave para ela, peça ajuda a Kaede-sama.

- Sim, eu volto logo. – A moça saiu da sala e seguiu para a cozinha.

Enquanto isso...

- Rin eu disse que não era para ir para a cozinha...

- Eu preparei sanduíches para todos, eu gosto de cozinhar... – ela pousou a bandeja na mesa de centro, e logo Inu-Yasha serviu-se, e também Kagome e Sesshoumaru.

- Sesshy, seu irmão vai se formar em breve, ele já contou para você? – Rin comentou, e Inu-Yasha quase engasgou.

- Eu não imaginava que ele tinha capacidade... – ele zombou, levantando o braço para Haru não pegar seu sanduíche.

- Sim eu tenho capacidade, ao contrario do que você pensa...

- Não vamos discutir meninos, é algo para se comemorar...

- Rin... não repita isso...

- O que? – ela olhou-o confusa.

- Meninos... – Inu-Yasha repetiu e Rin olhou-o sorrindo. – Ele não gosta de ser chamado assim... é melhor rapazinho... – as garotas riram, e Sesshoumaru, olhou para o irmão soltando faíscas pelos olhos, enfurecido.

Ayame, ao voltar da cozinha com algo para Haru, pegou-a no colo do pai, e deu a ela o que trouxera.

A noite não demorou a chegar. Kagome foi embora ao finzinho da tarde, e os habitantes da casa recolheram-se após o jantar.

A noite foi tão fria quanto o dia, obrigando a densidade dos cobertores em cima dos corpos dos solteiros, mas do único casal na mansão utilizavam-se um do outro para aquecer-se, junto com um cobertor não muito denso.

Durante a noite, Sesshoumaru se inquietou, Rin não sentiu, apesar da temperatura corporal do rapaz ter se alterado severamente. Era um dos sinais da gravidade de seu estado de saúde.

Pela manha, a febre tinha cedido, dando lugar a uma transpiração irregular e muito densa, parecia que ele tinha acabado de fazer amor com Rin.

Logo Rin levantou-se e ele, estranhamente não tinha acordado, e ela preferiu não o despertar. Desceu assim que se vestiu apropriadamente, e cuidou de sua higiene bucal e também de seus cabelos. Kaede estava pondo a mesa do desjejum, e Rin a ajudou, vendo que a velha empregada estava mais sorridente que de costume.

- Kaede-sama, esta ótima hoje...

- Eu e minha irmã vamos almoçar hoje, estou morrendo de saudades dela.

- Ah!! Que bom... – Rin alegrou-se.

- E Sesshoumaru-sama... ainda não despertou?

- Não... acho que vai dormir ate tarde hoje...

- Menina Rin, Kaede... ohayo... – Inu-Taishou cumprimentou e estava sorridente aquela manha.

- Ohayo Inu-Taishou-sama! – elas responderam em coro, também muito animadas.

- Vejo que estão muito alegres nesta manha... que bom...

Logo estavam à mesa desjejuando, e no meio deste, Inu-Yasha apareceu.

- Ohayo... – disse desanimado, sentando-se depois.

- Esta tudo bem Inu-Yasha?

- Esta sim Rin-chan... só estou com muito sono ainda, mas tenho um compromisso as oito na faculdade...

- Anime-se filho, logo estará trabalhando...

- Animar-se... eu vou tentar... – ele deu um falso sorriso, e olhou para o lugar onde Sesshoumaru deveria estar. – Onde esta o idiota do Sesshoumaru?

- Inu-Yasha... – Inu-Taishou repreendeu-o.

- Esta dormindo ainda. – Rin respondeu, bebendo um gole de suco depois.

- Ainda... puxa ele que costuma sempre se levantar bem cedo... esta ficando preguiçoso... – Inu-Taishou comentou.

- Ele sempre foi, mas nunca cedeu-se a isso, agora esta mostrando sua verdadeira personalidade... – Inu-Yasha deu uma irônica risada, mas sentiu um olhar gelado em suas costas, e uma arrepio percorreu sua espinha.

- Esta falando mal de mim seu idiota?

- Falando nele... ohayo filho...

- Ohayo ottou-san... – ele deu a volta na mesa, e sentou-se ao lado de Rin, em seu lugar, e aproximou-se do ouvido de Rin, sussurrando depois. – Ohayo minha princesa...

- O...Ohayo Sesshy...

Inu-Taishou arqueou uma sobrancelha, mas não comentou o gesto carinhoso do filho para com a esposa, e lembrou-se de Sumara, e quando se casaram. Deu um estranho rosnado e voltou-se para sua refeição, recebendo olhares curiosos pelo som que emitiu.

Algumas horas depois, Rin saiu, foi ate o escritório buscar alguns documentos, mas logo voltou, entregando a Sesshoumaru um envelope. Ele estava digitando algum documento no notebook, e muito concentrado.

Rin deixou os documentos com ele, no escritório, e deixou ele sozinho para se concentrar, indo para a sala conversar com Inu-Taishou.

Logo, Kaede apareceu na sala, com o chá que Inu-Taishou havia pedido.

- Inu-Taishou-sama, seu chá...

- Obrigado Kaede... – ele colocou um pouco de açúcar, e logo voltou a falar com Kaede. - ...E sua irmã, já chegou?

- Já sim senhor, esta na cozinha...

- Peça que venha ate aqui... – pediu simpático.

- Sim Inu-Taishou-sama. – Kaede saiu da sala, e seguiu para a cozinha, onde conversou com Kikyou, dizendo que Inu-Taishou desejava vê-la, então ela seguiu para sala.

Os três começaram a conversar distraidamente, mas algo chamou a atenção deles, principalmente de Rin, que estava sentada de frente para as escadas.

Sesshoumaru apareceu estranhamente no fim desta,se apoiando no corrimão ainda segurava seu notebook, mas esse caiu de suas mãos. Ele estava serio, e pálido. Rin levantou-se imediatamente seguida pelos outros dois, e ela entrou em desespero quando viu o rapaz cair de repente, perdendo a consciência. Ela levantou-se imediatamente e correu ate onde ele estava, o acolhendo em seus braços.

- Sesshy, acorde querido... o que aconteceu... – ela desesperou-se, percebendo que ele respirava com um pouco de dificuldade.

Inu-Taishou estava extremamente preocupado, e aproximou-se também, abaixando para olhar o filho, e tocou-o no rosto.

- Ele esta com muita febre, vou ligar para o hospital... – e foi o que fez. Rapidamente ele digitou o numero, enquanto Rin ainda segurava a cabeça do rapaz desacordado em seus braços, o acariciando no rosto, e extremamente nervosa.

Logo, Inu-Taishou com a ajuda de Rin e Kikyou, colocou ele no sofá e esperou pela ambulância, a qual não demorou mais que vinte minutos para chegar.

Logo a campainha tocou, e Kaede, também preocupada com o estado do rapaz atendeu, e guiou o jovem medico ate onde estava o rapaz.

Rapidamente, o medico aproximou-se, e examinou primeiramente os olhos, vendo se estes se retraiam com a luz, e o resultado foi satisfatório, logo após mediu a pressão arterial, constatando uma anomalia, a pressão estava elevada e os batimentos cardíacos um pouco mais acelerados que o normal.

- Ele deve ser levado para o hospital logo, o estado dele pode ser grave, não vou tirar conclusões pois devemos fazer um exame mais profundo para saber o que ele realmente tem.

Logo, o medico saiu, e chamou os outros dois enfermeiros, para levar o rapaz ate a ambulância, e Rin acompanhou, junto com kikyou, mas ela não foi junto com Rin, e sim com Inu-Taishou, que lhe pediu companhia para seguir a ambulância ate o hospital.

Chegando lá, Sesshoumaru logo foi levado para a emergência, e um medico surpreendeu-se com a visita do jovem advogado.

- Sesshoumaru... de novo aqui? – o medico olhou-o preocupado, e começou a abrir a camisa que Sesshoumaru usava, começando a ouvir os batimentos agora ainda mais irregulares do rapaz.

- Doutor Suikotsu, a família disse que ele desmaiou de repente, e a esposa contou que ele vem sentindo dores no peito, pontadas fortes... – o medico um pouco mais jovem que Suikotsu explicava, e também preparava o prontuário.

- Vamos acalmar o coração dele abaixando a pressão arterial, depois tire sangue, eu quero um exame completo...

Cerca de meia hora depois, o rapaz estava instável, mas no soro, e recebendo oxigênio, já que estava respirando com extrema dificuldade anteriormente.

Suikotsu foi ate a recepção conversar com a família do rapaz, e chegando lá, alguém lhe chamou muito a atenção, ficou parado alguns segundos, olhando a bela mulher de cabelos longos e negros que acompanhava e consolava Rin, que estava chorosa e muito nervosa, por falta de noticias de Sesshoumaru, e foi ai que o medico se tocou, e voltou a si, caminhando em direção a família, que atentou-se imediatamente ao que ele diria.

- Por favor doutor, não aumente minha agonia, diga logo como meu Sesshy esta...

- Fique calma, ele esta bem...

- Bem? – Inu-Taishou olhou o medico intrigado, e muito nervoso, mas com a mesma aparência serena de sempre. – Como ele pode estar bem se esta aqui?

- Eu não tenho certeza ainda do que aconteceu com ele, talvez seja endocardite, ou pode ser também pelo tiro que ele levou no peito...

- Mas que ligação isso pode ter com o coração dele? – Inu-Taishou insistiu.

- A artéria principal sofreu uma danificação com a perfuração do projétil e isso pode estar causando um enfraquecimento da entrada e saída de sangue no coração, talvez tenhamos que fazer uma nova cirurgia, para reparar novamente...

- Sesshy... – Rin sentiu um aperto no peito, e lagrimas brotaram de seus olhos mesmo que involuntariamente.

- Fiquem calmos, isso só será necessário se o quadro dele piorar, e depois eu não tenho certeza de nada, temos que esperar as radiografias que ele fará e os resultados dos exames.

- E quanto tempo isso pode demorar? – Inu-Taishou caminhou ate Rin e a abraçou, passando o braço pelos ombros dela, que segurava-se para não chorar mais.

- Eu não posso afirmar com certeza quanto tempo pode levar...

- Isso só faz aumentar minha angustia... Eu queria vê-lo...

- Eu sinto muito, mas isso ainda não será possível... certamente ele deve estar fazendo os exames agora, mas logo que terminarem, eu a levarei para vê-lo. – Suikotsu aproximou-se e tocou de leve o ombro de Rin, e após olhar para kikyou admirando-a em silencio, se retirou, seguindo depois para onde Sesshoumaru estava. Ele ainda estava adormecido, e agora, suas batidas cardíacas estavam sendo marcadas, podia ver no pequeno monitor, ao lado da cama, o ritmo cardíaco do rapaz, estava estável. Pegou aos pés da cama o prontuário, e fez algumas anotações, aproximando-se dele. Após terminar de preencher uma parte da planilha contida no prontuário, olhou para o rosto dele mais atentamente, vendo que a cor havia lhe voltado aos lábios, antes pálidos.

Ele estava apenas dormindo naquele momento, mas depois de medir a pressão arterial novamente, pode constatar uma leve elevação, a qual deveria ser logo controlada, antes que esta se transformasse de pequena para grande.

Logo administrou um remédio, e saiu do quarto.

Meia hora após, ele voltou, e o rapaz não se encontrava sozinho, uma enfermeira, Botan, que ajudou a cuidar dele em outrora, tinha acabado de trazer os exames, e também as radiografias. Ela sorria ao lado do leito.

- Botan... estou vendo que os exames ficaram prontos...

- Sim doutor Suikotsu, aqui estão... – ela estendeu-os e logo o medico começou a examiná-los.

Botan percebeu que o medico não ficou muito satisfeito com alguns resultados, e logo aproximou-se do leito, e olhando para Sesshoumaru maneou a cabeça.

- Sesshoumaru... que susto você nos deu...

- É grave doutor... o que ele tem...

- Pode se tornar se não começarmos a tratar agora, felizmente ele não esta com nenhuma anomalia no coração, é apenas endocardite... administraremos alguns antibióticos e logo estará bem de novo...

- Ele não mudou nada... esta bonito como antes... – a moça o elogiou, e Suikotsu olhou-a reprovativamente, a fazendo sair de perto do leito.

- Não deve se aproximar de pacientes com esses tipos de intenção senhorita, isso pode trazer-lhe muitos problemas futuros...

- Eu sei doutor, mas é que ele é bonito...

Suikotsu suspirou fundo, maneando a cabeça depois, mas logo seguiu para a recepção, onde todos estavam muito preocupados, e Rin, ao ver o medico foi o primeira a se levantar.

- Tenho boas noticias... – ele viu um sorriso florescer no rosto preocupado de Rin. – ele esta com uma endocardia, pode se tornar grave se não tratada, ate leva a morte, mas não é o caso de Sesshoumaru. Os exames de sangue me mostrou e também as alterações ecocardiográficas... o eletrocardiograma me mostrou também que ele tem um sopro cardíaco, mas esse problema vem daquela cirurgia que citei anteriormente, e por hora não oferece nenhum perigo a ele... portanto, eu posso dizer que um antibiótico ira cuidar desse pequeno mas incomodo infortúnio, não se preocupem.

- Obrigada doutor... mas eu ainda estou muito preocupada. – Rin declarou-se.

- Então vamos, eu vou levá-la para vê-lo, como havia dito... – ele chamou-a, e ela sorridente acompanhou o medico.

- Mesmo com essa explicação do medico, eu ainda estou preocupado...

- Fique calmo Inu-Taishou-sama... – kikyou pronunciou-se para tentar acalmá-lo.

Rin seguiu o medico muito ansiosa, logo chegando onde ele estava, e sorriu ao vê-lo tão indefeso no leito. Ela aproximou-se e fitou o rosto dele, o qual tinha uma expressão muito tranqüila no momento.

- Sesshy... – ela acariciou-o, e ele reagiu ao toque, e o medico aproximou-se, vendo que ele começara a despertar. Lentamente abriu os olhos.

- Rin... – chamou-a sonolento, com os olhos semi cerrados.

- Não fale muito querido, não é prudente. – ele fechou os olhos, mas logo os abriu, ainda muito sonolento, e dessa vez olhou para o medico, a visão estava um pouco desfocada, mas ele reconheceu Suikotsu.

- Você...

- Sesshoumaru, você resolveu nos fazer uma vizita?

- Cale-se... idi...ota.

- Sesshy... – Rin tocou-o gentilmente no rosto, e ele lentamente elevou o braço, o qual estava com o soro e tocou na mão dela, e apertou suavemente.

- Deve repousar rapaz... você esta com um probleminha um pouco serio...

sem piscar, Sesshoumaru olhou para o medico, esperando pelas explicações, mas estas não vieram, e com isso ele desviou o olhar, voltando-o para Rin novamente. Suikotsu, caminhou ate os pés da cama, e tomou o prontuário, onde fez novas anotações.

- Sesshy o que aconteceu com você, estava assustadoramente pálido quando perdeu a consciência... se estava se sentindo mau aquela hora deveria ter nos dito, teríamos ido ao medico antes que isso acontecesse...

- Não se preocupe tanto senhorita Rin, ele vai sobreviver... – Suikotsu deu um sarcástico sorriso, recebendo assim um gélido olhar de Sesshoumaru.

- Estou bem agora meu anjo, vou para casa com você daqui a pouco...

- Ah não vai não... – O medico ficou serio, ao ver ele tentar levantar, mas foi contido por ele e por Rin. - ...você vai ficar em observação por alguns dias...

- Eu não vou ficar aqui...

- Sesshy não seja teimoso, seu coração esta em estado delicado... quer morrer e me abandonar novamente? – ela olhou-o tristemente, e com isso ele relaxou.

- Se você ficar ausente novamente Sesshoumaru, sua esposa pode não agüentar...

- Fique quieto seu imbecil... acha que se eu não soubesse disso ficaria nessa droga de hospital?

- O que você tem contra hospital meu rapaz?

- Não interessa...

- Estou vendo que seu estado esta bem melhor que de quando chegou aqui, ate esta mal criado – Suikotsu deu um sorriso de lado, logo virando-se para Rin, que estava com os olhos arregalados, pela reação absurda de Sesshoumaru.

- Senhorita, temos que ir agora, ele vai descansar um pouco e daqui a uma hora vamos administrar a primeira dose de antibiótico... se o organismo reagir bem, daqui a dois dias ele pode voltara para casa, mas terá que continuar tomando os remédios corretamente... – ele olhou-o.

Rin deu um carinhoso beijo na testa de Sesshoumaru, que fechou os olhos para receber este, logo abrindo para fitar o rosto de Rin, ela deu um sorriso, e após fazer uma ultima caricia no rosto dele acompanhou o medico.

- Rin... eu estou bem, não se preocupe.

- Esta bem querido... – ela olhou-o e logo saiu com Suikotsu. Caminharam pelo longo corredor, e logo estavam na recepção, onde kikyou e Inu-Taishou, olharam curiosos por noticias, e logo estas vieram.

- Ele esta bem Inu-Taishou-sama, esta consciente agora, e vai começar a tomar os remédios em breve...

- Então não tem necessidade de ficarmos aqui? – Inu-Taishou perguntou ao medico.

- Não senhor, pode ir tranqüilo para casa... qualquer novidade eu os contatarei imediatamente.

- Obrigado doutor... – Rin agradeceu, logo reverenciando-se, e logo virou-se, para sair do hospital.

Suikotsu ficou admirando a bela de cabelos longos, suspirou maneando a cabeça, logo voltando-se para o trabalho.

Logo a noite caiu sobre a cidade, e a família Daiyoukai jantava, não muito tranqüilamente, pois ainda que estivesse bem, Sesshoumaru não estava entre eles ali, e o que mais preocupava era que ele estava no hospital, onde aparentemente detestava ficar.

- Então o Sesshoumaru foi internado esta tarde... eu disse para aquele idiota não se descuidar...

- Inu-Yasha, pare de ficar ofendendo seu irmão... vocês e essa mania de ficar um xingando o outro, parece que nunca vão crescer.

Inu-Yasha fungou aborrecido, e permaneceu em silencio durante todo o jantar.

No hospital, o clima também não estava muito amigável, pois Sesshoumaru permaneceu de cara amarrada durante as coletas de sangue feitas para exames.

- Esta aborrecido Sesshoumaru?

- Não se importa de ficar de boca fechada, eu estou tentando dormir...

- Deixa de ser idiota rapaz, esta frustrado porque sua esposa não esta aqui.

- Exatamente – começou num tom tão frio que o medico assustou-se um pouco, mas não o temeu. – eu queria estar neste momento com ela, pelo menos não teria que estar te aturando.

- Você é bem mal agradecido... esqueceu que eu salvei sua vida da outra vez...

- E o que você quer que eu faça, que ajoelhe aos seus pés e lhe agradeça por isso...

- Não precisa tanto... – ele debochou, vendo Sesshoumaru revirar os olhos e virar-se de lado.

- Sua esposa é muito bonita – comentou aproximando-se. – tem pernas admiráveis... – ele não contava com o susto que levaria.

Sesshoumaru de repente, em um salto levantou-se, e agarrou o medico pelo colarinho e o suspendeu um pouco.

- Se ousar falar outra vez da minha Rin eu arranco sua traquéia com as unhas seu idiota.

- Calma, eu não terminei... – ele estreitou os olhos, e Sesshoumaru parecia ainda mais furioso. – aquela outra mulher, eu ia me referir a ela seguidamente... você poderia me soltar, ou eu vou ser obrigado a chamar os enfermeiros e te sedar... – com isso Sesshoumaru soltou-o, ainda furioso com aquele comentário.

Logo depois de arrumar as roupas, Suikotsu olhou o rapaz se sentar na cama, e aborreceu-se ao ver que ele havia arrancado os eletrodos que ajudava a medir as batidas cardíacas.

- Esta vendo o que fez com sua raiva, deixe-me ajeitar isso, deite-se... – Sesshoumaru olhou-o ainda serio, e logo deitou-se. Com isso Suikotsu novamente repôs os eletrodos no peito dele. – Quem é aquela mulher de cabelos negros e longos?

- Eu não conheço ninguém assim... – comentou mal humorado.

- Ela estava acompanhando sua esposa e pai, é muito bonita e tem umas pernas lindas. – Suikotsu comentou, anotando algo no prontuário.

- O nome dela é kikyou... uma ex-namorada do meu irmão... esta sozinha agora.

- Deveria eu atendê-lo em domicílio? – ele sorriu interessado.

- Ela não mora na casa de meu pai... e depois acho que não se interessaria por alguém como você... só sabe elogiar pernas...

- Eu não elogio só às pernas...

- Idiota... – Sesshoumaru olhou-o frustrado, e logo o viu sair do quarto onde estava.

Ao dia seguinte, Rin levantou-se sentindo a cama fria, sentiu-se solitária durante toda a noite, o que ocasionou uma pequena insônia, mas essa não durou por toda a noite. Ela estava cansada, por não ter dormido direito, mas tratou de levantar-se logo da cama.

Cuidou de Haru que havia acordado, e logo que mamou o desjejum, e voltou a dormir preguiçosamente.

A manha seguiu-se normalmente, Rin, depois que Ayame chegou para tomar conta de Haru, foi para o hospital, e ao chegar lá, Suikotsu a levou ate onde Sesshoumaru, mas ele ainda dormia.

- Ele esta dormindo ainda? – Rin surpreendeu-se.

- Eu administrei uma pequena dose de calmante para ele ontem, estava muito ativo, e ele precisa de muito repouso agora. Mas ele pode acordar a qualquer momento.

Rin deu um simpático sorriso, e logo aproximou-se e pois se ao lado do leito. Sesshoumaru estava com uma expressão muito tranqüila, ressonava...

Ela tocou o peito dele de leve, acariciou o local e logo puxou o lençol para cobri-lo, mas sua mão foi impedida pela dele, que ainda permanecia de olhos fechado.

- Estava pensando em você meu anjo... – disse abrindo os olhos lentamente.

- Mas você não estava dormindo?

- Eu acordei quando aquele idiota disse que havia me dado um calmante... – comentou, mas Suikotsu que ouvia a conversa atrás da porta armou o punho, e uma veia saltou dele.

- Idiota hein... – sussurrou raivoso.

- Pare de ouvir ai... saia de traz da porta seu idiota. – Sesshoumaru recostou-se na cama, e chamou-o olhando para a porta que logo se abriu. Rin olhou surpresa para o marido e este fechou os olhos.

- Eu não admito que fique me chamando de idiota...

- Calma doutor. – Rin pediu sem graça, vendo fumacinhas sair da cabeça do medico.

- Esta parecendo meu irmão Inu-Yasha, ele reagia dessa forma quando eu falava da kikyou...

de repente o medico parou de debater-se, e as fumacinhas sumiram, e ele ficou serio de repente. Deu as costas ao rapaz e começou a caminhar para fora do quarto.

- Vou mandar a enfermeira Botan colher sangue para os exames... vê se colabora...

- Se continuar assim, quando eu sair daqui vou estar anêmico...

- Sesshy, você viu o comportamento dele quando você falou da kikyou?

- Ele esta apaixonado por ela...

- Ah! – Rin olhou-o sorridente, e logo um plano veio a sua mente. – Sesshy... e se juntarmos os dois... seria uma maneira de agradecer por...

- Esqueça... – disse friamente arrancando os eletrodos do peito.

- Sesshy, o que esta fazendo?

- Eu preciso ir... ao banheiro... – ele arrancou o soro, e respingou um pouco de sangue nos lençóis, e também em Rin que arregalou os olhos.

Sesshoumaru, ao olhar o que tinha feito, fechou os olhos e tentou controlar a fúria que sentiu por aquilo.

- Desculpe Rin... eu...

- Sesshoumaru!!! O que faz fora da cama, arrancou o soro... – Botan olhou-o reprovativamente, segurando uma pequena bandeja, onde continha três tubos de ensaios pequenos, seringas, um frasco com álcool iodado e algodão.

- Eu... – ele começou, mas Botan interrompeu-o, e indicou o banheiro para ele.

- Eu já sei, não precisa dizer... mas vá logo, tenho que tirar seu sangue para os exames... mas antes – ela molhou um pedaço de algodão, e pois em cima do orifício da agulha. – isso é para não sangrar mais.

- Obrigada... – Rin agradeceu, já que Sesshoumaru não o fez, virou-se e seguiu para onde dissera.

- Ele é muito teimoso... desde a outra vez que ficou aqui... tem um gênio muito forte...

- Eu sei... – Rin sorriu sem graça, vendo a enfermeira organizar a cama dele. Logo que voltou, ele, ainda de pés olhou para a cama, e recusou-se a deitar novamente, bem na hora em que Suikotsu chegou.

- Se você não colaborar eu não vou mais cuidar de você... pare de ser criança rapaz... esta dando mais trabalho que da outra vez...

- Me faria um favor... – Sesshoumaru sentou-se no leito, e Botan delicadamente começou a desinfetar a pele do braço, começando logo tirar sangue do local.

Rin olhou atentamente o processo, e logo que Botan terminou te fazer aquela tarefa, começou a organizar o soro, mas Sesshoumaru se recusou a por novamente.

- Eu não preciso disso...

- Se você não permanecer no soro vai se desidratar, e seu organismo vai enfraquecer mais ainda Sesshy...

- Rin eu estou bem, quero sair desse lugar logo e voltar ao trabalho... eu detesto ficar sem fazer nada, e principalmente ficar longe de você... – ela corou.

Enquanto os dois conversavam, o medico examinou os gráficos, e virou-se para o casal que parou de conversar ao perceber isso.

- Seu coração esta bem... dependendo do resultado dos exames de sangue coletados agora, você poderá voltar para casa. Isso vai depender de seu organismo, e se ele reagiu bem aos antibióticos.

- Ótimo...

- Sesshy... eu tenho que ir... tenho um cliente a minha espera... eu volto aqui no fim da tarde...

- Rin... – ele a chamou de volta, e ela se aproximou. E olhando para ele sabia que ele queria. Deu um carinhoso beijo nele e com um pouco de pressa se retirou.

Suikotsu, em silencio ia saindo também, e Sesshoumaru ficou sozinho.

Impaciente, ele deitou-se na cama, mas logo teve de se levantar, Botan lhe trazia os remédios, e assim que os tomou, a enfermeira deu um sorriso e saiu do quarto.

Na mansão tudo transcorria tranqüilamente, Inu-Yasha estava enfiado no escritório namorando com Kagome, que havia chegado há uma hora atrás, e as coisas estavam muito quentes no lugar.

- Kagome... – ele alisou as costas dela pesadamente, como se quisesse arrancar a blusa que ela usava naquela hora.

- Inu...yasha... – ela gemeu enquanto ele beijava-lhe o pescoço sedutoramente. – pare Inu-Yasha...

- Kagome? – ele olhou-a confuso.

- Ainda não é o momento Inu-Yasha... – ela separou-se dele e caminhou ate a mesa de estudos, e ficou de costas para ele.

Inu-Yasha suspirou, e passou a mão nos cabelos e se aproximou de Kagome, abraçando-a por traz.

- Eu não quero forçar a barra minha Kagome... eu quero que aconteça tudo na hora certa...

- Inu-Yasha... – ela tocou-o na mão, e se sentiu segura. Sempre se sentia segura com ele.

Estavam ainda daquela forma quando um casal muito alegre adentrou o escritório, assustando os dois.

- Inu-Yasha, Kagome!!!! – uma voz familiar, masculina soou, e Inu-Yasha virou-se com os olhos estreitos.

- O que você esta fazendo aqui?

- Eu vim fazer uma visita... – Miroku olhou-o inocente.

- Sango-chan!!!! – Kagome abraçou-a forte. – Como você esta?

- Estou bem... tirando os enjôos... – ela sorriu.

- Sua barriga logo vai começar a aparecer... você vai ficar linda...

- Eu estou um pouco preocupada com isso... se eu estiver grávida não vou poder trabalhar, e o Miroku ainda não conseguiu nenhum emprego. – ela disse triste.

- Sango, meu doce, não se preocupe mais... eu vou estar trabalhando sim...

Inu-Yasha e Kagome se entreolharam, podia-se perceber a distancia a doçura das palavras de Miroku, mas também se percebia muita preocupação, angustia e um pouco de medo.

- Vamos fazer um lanche?! – Inu-Taishou apareceu de repente, com um tom animado, mas logo seu sorriso se esvaiu, ao ver Sango com uma expressão muito triste. Ele adentrou o escritório, e após olhar para o filho e a namorada perguntou: - o que aconteceu?

- Eu preciso trabalhar, Inu-Taishou-sama...

- Você vai ser pai rapaz, anime-se... – Inu-Taishou segurou firme no ombro de Miroku, que deixou uma gota pender.

- Eu estaria se não tivesse tantas preocupações...

- Inu-Yasha, peça para a Kaede fazer um chá, e fazer alguns sanduíches para nossos convidados. – Inu-Taishou pediu serio, e Inu-Yasha um pouco bravo, pegou Kagome pela mão e saiu, acatando o pedido do pai.

- Muito bem... – Inu-Taishou suspirou, caminhando depois para sentar-se atrás da mesa de estudos, e viu Miroku olhá-lo confuso, e Sango mais ainda. – Você sabe dirigir rapaz?

- Sei... eu dirigia o carro do meu pai antes dele me expulsar de casa.

- Tem habilitação?

- Sim... tirei assim que pude... – Miroku olhou-o serio, ainda não entendia onde ele queria chegar com aquelas suscetíveis perguntas.

- Eu estou um pouco velho e me sinto muito cansado... – ele levantou-se, e caminhou ate perto do casal, apoiou a mão novamente no ombro de Miroku, continuando depois. -... minha visão é muito boa, mas eu prefiro ter um pouco mais de conforto nos meus anos finais... eu quero que trabalhe para mim... quero que seja meu motorista particular...

Sango abriu um sorriso largo, e uma lagrima correu em seu rosto, sentia muita alegria.

Já Miroku estava estático, imaginou varias situações, com Inu-Yasha, com o Sesshoumaru, e arrepiou-se ao lembrar do jovem que fazia qualquer um congelar só com um olhar.

- Então... você aceita vir trabalhar comigo?

- S-Sim... – ele acordou dos pensamentos, e reverenciou-se brevemente.

- Para melhor acomodação e conforto para mim e para você, quero que venha morar aqui... tenho uma casa atrás da minha, era onde um antigo empregado meu morava. Ela não é muito grande, mas dá para acomodar sua família, e me dar seus serviços na hora que eu precisar...

- Eu estou... muito grato Inu-Taishou-sama...

- Logo você estará se formando, e quando pegar seus primeiros casos tenho certeza de que ira se virar melhor...

- Oyaji... os sanduíches estão prontos. – Inu-Yasha avisou, adentrando o lugar, e ficou sem entender a felicidade do casal.

- Vamos crianças! – Inu-Taishou virou-se e ao fazê-lo piscou para Inu-Yasha, logo seguindo para a sala de jantar, onde os lanches estavam servidos. Foi seguido pelo casal sorridente, o que fez o rapaz ficar ainda mais confuso.

Inu-Yasha coçou a cabeça, e logo foi para junto dos quatro presentes na mesa, e ao sentar-se foi logo perguntando:

- O que vocês conversaram na minha ausência?

- Inu-Taishou-sama... – Miroku começou, mas foi interrompido pelo próprio Inu-Taishou.

- Não seja curioso filho, vamos terminar esse lanche e depois ir ate o hospital visitar seu irmão.

- Eu não vou oyaji, vou levar a Kagome para dar um passeio, e depois levá-la em casa. – Inu-Yasha comentou, bebendo seu suco favorito depois.

- Ei Inu-Yasha... você não gosta mesmo do seu irmão... – Inu-Taishou olhou-o repreensivamente.

- Eu não disse isso... se bem que ele merece que eu não goste dele... por causa daquele imbecil, a Haru agora fica me chamando o tempo todo e Oji-san baka.

Todos acharam graça do modo que Inu-Yasha pronunciou o apelido, e ele deixou uma gota pender, pois pensou que todos diriam que o irmão estava errado por ensinar aquele tipo de coisa para a menina.

- E vocês ainda acham graça disso? São todos iguais a ele... – Inu-Yasha levantou-se bravo, jogando o guardanapo sob a mesa, e saiu do lugar, muito frustrado com tudo.

Kagome por sua vez, pediu licença para todos presentes, e seguiu para onde o namorado estava, em seu quarto, ele resmungava xingamentos ao irmão mais velho, mas parou ao ouvir leves batidas na porta.

- Inu-Yasha... sou eu, abre a porta. – Kagome pediu, e ele abriu a porta, mas não ficou para receber Kagome, logo saiu de frente dela e se jogou na poltrona próxima sua cama.

Kagome entrou e fechou a porta. Aproximou-se dele que não a olhava, e sentou-se na cama, ficando cabisbaixa, olhando as próprias mãos no colo.

- Se não quiser ficar perto de mim, não se preocupe.

- Eu quero Inu-Yasha... eu sinto muito pelo que aconteceu.

- Kagome, ninguém sabe como eu estou me sentindo em relação a esse "novo" apelido que a Haru esta me chamando... pô eu amo tanto ela e o idiota do meu irmãozinho fica ensinando ela a me ofender...

- Seu irmão não ensinou ela a te chamar desse jeito, com esse tipo de intuito Inu-Yasha... ele apenas quis brincar, e você mesmo sabe que seu irmão vive te chamando de Baka o tempo todo. – Kagome olhou-o, vendo o muito frustrado ainda.

- Eu acho que ele é um ingrato, se você visse o quanto o oyaji sofreu com a ausência dele... e ele nem estava aqui para receber a Haru quando nasceu, não tem o direito de ficar ensinando essas coisas para ela...

- Inu-Yasha... ele é o pai dela, tem direito de educá-la como quiser...

- E você acha que esta certo o tipo de educação que ele anda dando para ela?

Kagome levantou-se e aproximou-se do namorado, e aconchegou o rosto dele em suas mãos, o fazendo olhar diretamente nos olhos.

- Você esta com ciúmes da Haru com seu irmão Inu-Yasha... – o rapaz arregalou os olhos, e fez uma expressão de zanga depois. - ... Isso é muito bonito de sua parte, mas você tem que entender que mesmo que seu irmão ensine varias coisas para a Haru, tem uma coisa que ela nunca ira aprender, e também tenho certeza de que seu irmão jamais ensinaria tal coisa a ela...

- E o que seria Kagome? – ele olhou-a com uma expressão mais suave.

- Ela nunca vai aprender a te odiar, nunca aprenderá a não gostar de você, pois você é o oji-san dela, e você a ama muito...

Inu-Yasha ficou sem ação, os olhos brilharam nessa hora, sabia que ela tinha razão, fazendo com isso seu coração se confortar.

- Ela vai crescer e esse "apelido" vai desaparecer com o tempo... por enquanto ela é apenas um bebe de um ano e meio...

A cada palavra que ela dizia ele se sentia mais seguro, e acabou abraçando, e com isso pode sentir o perfume dos cabelos negros da namorada, e subiu a mão que antes estava na cintura, para se afogar nos fios longos e chegou assim, na nuca dela. Inu-Yasha logo não resistiu, e começou a beijar a curva entre o pescoço e o ombro dela, e seguiu para os lábios, onde o beijo se tornou muito ávido.

Kagome deixou que sua mãos escorregasse e pousasse no peito definido dele, podia sentir a vibração dos batimentos do coração, acelerava de acordo com os tipos de beijo que estavam trocando naquele momento, eram muito diferentes dos que davam freqüentemente. Mas Kagome parou de súbito e fixou os olhos nos do namorado, e em silencio, trocaram promessas.

Eles se levantaram juntos ainda olhando-se, e logo começou a beijar-se de novo, e ainda unidos deram passos, e Inu-Yasha a fez andar para traz, instintivamente. Sem nenhum dos dois esperarem, a cama se pois no caminho, e Inu-Yasha caiu por cima da namorada, mas eles não se separaram, entreolharam-se por segundos, e logo começaram a se beijar novamente.

Inu-Yasha tentou resistir a seus desejos mais uma vez, mas inutilmente, pois vê-la ali entre seus braços tão vulnerável, tão frágil era tão bom, era uma experiência maravilhosa, e foi sentindo um turbilhão de sentimentos que suas mãos foram alem das roupas dela, a acariciando ainda mais avidamente. Entre beijos e caricias, Kagome sentiu-se atordoada, e estava pronta a recebê-lo. Como ela não protestou suas caricias ele foi alem delas, abriu delicadamente a blusa que ela usava, e admirou a peça intima que ela usava. Era rosa com bordados da mesma cor, mas em seda, o que dava um brilho mais admirável.

Inu-Yasha beijou-a umidamente no vale dos seios, e viu a pele se arrepiar. Com isso subiu novamente e umedeceu os lábios dela com os seus, mas suas mãos estavam ativas, pois ela arqueou o corpo para que ele pudesse desabotoar seu sutiã, e após fazê-lo, Inu-Yasha sentiu um frio na barriga, pois estava um pouco nervoso para o momento, mas mesmo assim continuou, e delicadamente começou a acariciar do ventre dela, subindo suavemente para tocá-la, e quando sua mão chegou a um dos seios, ele soltou um gemido entre os lábios dela.

As delicadas mãos desabotoaram alguns botões da blusa do rapaz, que a ajudou, tirando-a de uma vez e arremessando a em algum lugar do quarto. Ela acariciou-o no peito, mas esta não durou muito, pois ele, fazendo uma trilha de beijo ate seu peito, e dali ate o ventre, onde ele começou a tirar delicadamente a saia que ela usava, expondo seu belo corpo. Ele deu um beijo único na virilha da namorada, e ela suspirou, mordendo os lábios, e protestou com um gemido quando o viu se levantar. Mas antes que ela pudesse imaginar, ele estava de volta, mas sem a calça que usava.

Logo voltaram a beijar-se, mas ainda mais excitados.

Kagome se retraiu quando Inu-Yasha se encostou exageradamente em suas pernas, pois ela pode sentir a virilidade do namorado e intimidou-se com esse gesto.

- Kagome... – ele olhou-a corado, sua respiração estava muito alterada, e seu coração também. - ...eu prometo que vou ter muito cuidado... não quero a ver sofrer...

- Inu...ya...sha... – Kagome fechou os olhos e suspirou depois, mas logo mordeu os lábios ao sentir a mão quente do rapaz alisar delicadamente seu quadril, levando com a caricia sua peça intima.

Inu-Yasha de repente virou-se e na gavetinha do criado mudo, pegou um preservativo, e afobadamente rasgou o pacotinho, causando uma risada em Kagome, mas esta logo ficou seria, e seus olhos brilhavam, estava muito feliz por estar ali, vivendo aquele momento tão intenso com uma pessoa que amava tanto.

Inu-Yasha pois sobre a namorada, e antes de iniciar o ato, abaixou-se e sussurrou no ouvido dela, doces palavras que a fizeram relaxar ainda mais.

- Eu amo você, minha Kagome... – foi o inicio... Inu-Yasha delicadamente tentou a penetração, Kagome gemeu por causa da dor que sentiu, mas tentou ser forte e segurou no rosto de Inu-Yasha, o encorajando a continuar, e com isso ele continuou. As respirações estavam muito aceleradas, principalmente a dela que sentia um misto de dor e prazer.

Kagome apertou os olhos ao sentir que ele estava aprofundando o momento, e deixou que ele completasse a penetração. Assim que o fez, ficou alguns segundos imóvel, esperando que a dor que a namorada sentia passasse, então ele olhou-a e beijou-a delicadamente, a acariciando no rosto. Quando sentiu que ela tinha relaxado, moveu-se delicadamente. Kagome apertou os lençóis e depois de alguns segundos, seu corpo a entregou ao melhor das sensações.

Eles se amaram e se amaram, os corpos com o tempo em que permaneciam iam transpirando, o calor a cada movimento que Inu-Yasha fazia os deixavam cada vez mais quentes, mas os corpos quase não suportavam a força do amor, e Kagome sentiu seu corpo se retrair ainda mais entregando a pela primeira vez a um orgasmo, ela gemeu baixinho, provocando ainda mais ao namorado que também não muito suportou e deixou que seu corpo se rendesse.

Após, ele deixou o corpo cansado e suado se unir ao dela, e ainda arfando levantou o rosto e deu um satisfeito e feliz sorriso.

Um curto tempinho depois, ele se retirou muito de vagar, e deitou-se ao lado dela, e apoiando a cabeça na mão, olhou-a, e seu corpo se encheu de paixão, ainda mais do que sentia.

- Eu amo você...

- Eu também Inu-Yasha, você é tão especial...

- Não... você é especial. – ele deu um beijo suave nos lábios dela, após levantou-se e foi ate o banheiro, onde tirou o preservativo, e quando voltou, vestindo um roupão branco, a viu se vestindo, e a ajudou na tarefa.

Ela estava corada, estava um pouco tímida, como toda primeira vez ficamos, mas Inu-Yasha a abraçou confortavelmente, e viu os lençóis da cama com uma mancha de sangue, prova de que a mulher entre seus braços era sua definitivamente.

- Você não vai se vestir? – Kagome perguntou olhando-o.

- Vou sim, mas vou banhar-me primeiro...

- Ah... eu também queria, por isso, antes de ir ao passeio que você disse vamos passar lá em casa, para mim tomar um demorado banho.

- Esta bem... então eu vou logo para não nos atrasar... – ele acariciou o queixo dela e logo seguiu para o banheiro, onde tomou um relaxante banho.

Kagome esperou-o e depois que ele saiu do banho, o ajudou com as roupas, abotoou habilmente a camisa que ele usava, e logo desceram.

Inu-Taishou observou o muitíssimo sorridente casal, e ficou um pouco curioso sobre aquele gesto.

- Oyaji, me empresta seu carro?

- Pode... pegar filho... – ele ainda o observava curioso, mas não se atreveria a perguntar algo tão óbvio.

Logo que saíram, Inu-Taishou chamou a Kaede, e pediu-lhe que lhe fizesse um chá.

- Muito bem Sesshoumaru... eu acho que vou te liberar, você pode continuar o tratamento em casa...

Sesshoumaru olhou-o, mas não agradeceu. Pegou logo a camisa e começou a ajeitá-la, e nesse instante, Rin havia chegado a recepção, e esperava pelo medico, para levá-la para ver seu marido. Mas isso não foi necessário, pois dez minutos depois de sua chegada, Suikotsu apareceu acompanhado de Sesshoumaru, e Rin deu um largo sorriso, finalmente iriam para casa.

- Trate de tomar os remédios nas horas certas, ou não vai adiantar o tratamento e você voltará para cá...

- Eu não voltarei nem tão cedo, a não ser que seja morto ou dopado...

- Sesshy, não diga besteiras, vamos logo... obrigado doutor Suikotsu... – Rin agradeceu sorridente e logo saíram. Do lado de fora, o rapaz seguiu para o lado do motorista, e Rin protestou.

- Você não vai dirigir mesmo, pode ir para o outro lado... – ela pediu (ordenou) sorrindo.

- Rin, não fale neste tom comigo... – ele pediu frio e serio.

- Sesshy, você não esta em condições de fazer qualquer tipo de esforço, vai descansar o máximo possível para ficar bom logo... e se eu peço isso, é para seu próprio bem.

Ele suspirou pesadamente, e viu que não adiantaria insistir. Rin ia cuidar dele como das outras vezes, cercando-o de cuidados e carinho.

Enquanto dirigia, Rin não prestou muita atenção no homem ao seu lado, não percebendo que ele a observava com olhos pidões.

Eles percorreram pelo rosto dela e depois o decote da blusa que ela usava, não era vulgar, e sim muito sensual, deixava a curiosidade aguçada com um botão que estava querendo mostrar um decote mais profundo. E as pernas cobertas por uma saia longa também negra como a noite, dando a quem olhava uma curiosidade ainda mais profunda.

- Rin, vamos ao nosso antigo apartamento... – ele pediu, já que faltavam apenas um quarteirão para chegar ate este.

- O que vamos fazer naquele lugar Sesshy... só tem más lembranças...

- Você esta enganada meu anjo... – ele olhou-a desejosamente, e ela preferiu não o encarar, pois podia perder a direção. - ...vamos anjo...

- Esta bem... mas eu vou logo dizendo que não quero demorar muito, ainda tenho que trabalhar em um documento de certo cliente.

- Depois eu a ajudo com isso, não se preocupe... são apenas detalhes.

Rin deu um sorriso meio de lado, o que queria dizer que aceitava a ajuda dele.

Logo, o portão da garagem do prédio estava se abrindo e o carro vagarosamente adentrou-a e Rin logo estacionou em uma das vagas ali. Ela suspirou fundo após desligar o motor, e Sesshoumaru saiu e seguiu para o outro lado, e abriu a porta para Rin, e a ajudou com a bolsa e uma pasta de trabalho.

Assim que ela trancou o carro e ativou o alarme, caminharam para o elevador, e ela parecia um pouco ansiosa, estava tamborilando os dedos na alça da bolsa que segurava sob o ombro.

Ele reparou nisso, e sabia que voltar a um lugar onde aconteceram tantas coisas poderia provocar muitos sentimentos nele e nela, talvez receio, ou medo, não sabiam direito que sentimento os envolviam àquela hora. Tudo ficou muito mais intenso quando o elevador parou naquele andar e abriu as portas. Rin sentiu um frio no estomago, mas Sesshoumaru a abraçou, e ela pode sentir-se em parte segura.

Eles saíram do elevador, e ela pegou o molho de chaves na bolsa, o qual ainda tinha a chave do apartamento. Assim que a porta foi aberta, Rin hesitou antes de entrar, mas não Sesshoumaru que atravessou a porta e estendeu a mão para que ela a segurasse. Rin olhou para a mão dele estendida, mas não tinha coragem de tocá-la.

- Se eu continuar com a mão estendida a você por muito tempo vou acabar com o braço doendo... – ele olhou-a seria, mas em seguida deixou um sorriso brotar nos lábios e ela seduzida por aquele belo gesto segurou na mão dele, e logo entrou. Sesshoumaru fechou a porta e caminhou para o corredor, mas Rin continuou parada perto da porta. Olhou o lugar e varias lembranças vieram a sua mente como flashes, tais como a tarde de chuva que ele a consolou, mesmo tendo levado um chute dela, o primeiro beijo dos dois, sua primeira noite de amor com ela, e todas essas belas lembranças fizeram com que ela se encorajasse a adentrar.

Sesshoumaru havia ido para seu quarto, onde certamente estava se banhando.

Ela deixou as coisas em cima do sofá, e seguiu pelo corredor, e no fim deste parou frente à porta encostada. Tocou delicadamente esta e a empurrou, a aflição que sentiu foi maior quando olhou para a cama, e levou a mão ao peito na altura do coração, esta fechada como e tivesse segurando algo.

Fechou os olhos e sacudiu a cabeça para os lados, para tentar espantar as más lembranças e quando abriu, Sesshoumaru estava diante de si, o perfume do sabonete exalava de sua pele limpa e cheia de gotas de água ainda escorrendo, ela assustou-se com aquilo, mas logo tranqüilizou-se quando sentiu as mãos dele tocando em sua cintura e a puxando de encontro com seu corpo, ele não estava nu, apenas com uma peça intima, e abraçou a muito forte, com muito carinho.

- Você voltaria a morar aqui comigo Rin?

- Eu não sei Sesshy... eu não conseguiria nunca esquecer o que aconteceu neste lugar...

- Você acha que isso tudo repetiria... eu entendo você, por isso tomei uma decisão muito seria, e quero que partilhe dessa decisão junto comigo. – ele separou-se, e a olhou.

- O...o que esta pensando Sesshy...

- Estou pensando em vender esse imóvel, e apagar de vez essas más memórias e momentos que passamos aqui...

- Mas esse apartamento era de sua mãe e... – ele tocou o indicador nos lábios dela a calando.

- Eu perdi minha mãe no dia em que ela me trocou por alguns Yenes...

- Então... porque nós viemos aqui hoje?

- Eu passei os melhores momentos da minha vida aqui, eu não estimo nenhum bem material minha Rin, mas sim minhas vivas lembranças. Você e a Haru, são meus bens mais preciosos...

- Sesshy... – ela sentiu um frio na espinha quando ele a abraçou, era um toque tão apaixonado...

- Eu... vou vestir algo para irmos embora... – ele separou-se de uma vez, mas Rin pode sentir uma lagrima dele tocar seu rosto, um gesto estranho, pois Sesshoumaru nunca chorava assim, talvez ele também sentia receio de voltar aquele lugar.

Logo, Sesshoumaru estava arrumado. Estava com uma blusa de lã preta gola alta e calças e sapatos sociais também pretos. Por fim colocou um sobretudo, estava muito bonito, Rin não o via assim desde quando namoravam. Para completar seu charme, os longos cabelos caiam ate metade do bumbum e muito liso e bem cuidado. A franja bem arrumada deixando seu rosto alvo ainda mais bonito.

- Você esta lindo Sesshy...

- Vamos, eu quero chegar logo em casa... – ele abraçou-a por traz começando a andar junto com ela, mas logo saiu de traz e pegou na mão dela, mas ela soltou-o para pegar suas coisas em cima do sofá, enquanto isso ele pegou as chaves em cima da mesinha do telefone, onde Rin tinha posto antes de seguir para o quarto.

Desceram pelo elevador, deixando para traz o apartamento, e todas as lembranças ruins. Rin sorria ao ver o marido tão bem aquele dia, e com muita insistência ele dirigiu, logo chegando em casa.

Ao entrar, viu Haru brincando sentadinha perto do sofá, caminhou rápido ate lá e pegou a filha a abraçando ternamente. Nesta hora já estava escuro, e o jantar seria servido a qualquer momento. Rin realmente não conhecia muito bem "aquele" Sesshoumaru, estava tão estranho.

Dias se passaram, e a formatura de Inu-Yasha estava para acontecer naquela noite.

O dia foi corrido, e na faculdade, com a ajuda de Rin e Sesshoumaru, a decoração ficou bem sofisticada.

Sango e Rin conversavam, a garota perguntava sobre a gravidez para Rin, que tinha um pouco de experiência, mas a conversa se distorceu completamente por causa de um comentário de Sango, que olhou de repente para Sesshoumaru.

- Ele esta mais bonito que quando conhecemos...

- Quem? – Rin olhou na direção onde os olhos da amiga indicavam e corou um pouco por causa de um pensamento impuro que teve ao ver ele secando o suor do rosto com o braço. A camisa social com as mangas dobradas, aberta ate o meio do peito, e um pouco úmida de suor.

- Rin-chan... – Sango chamou-a, mas parecia enfeitiçada, e depois de tocar a amiga no braço que ela acordou. – ...você esta bem?

- Ah... Estou sim... e verdade Sango... ele esta mais bonito...

- Rin-chan, vocês ainda estão muito apaixonados, da pra ver escrito nas suas testas com letreiros luminosos.

Rin deu uma risada, e corou em seguida, pois Sango estava completamente certa.

Logo era noite, e Rin havia terminado de se arrumar, colocou o colar que Sesshoumaru havia lhe dado, o que combinava cruelmente com o pequeno mas sensual decote que havia no colo e nas pernas de seu vestido. Um modelo longo com pouco brilho, negro como a noite cheia de estrelas.

Sesshoumaru já estava pronto, esperando por Rin na sala junto com Haru, também arrumada como uma bonequinha.

Miroku e Inu-Taishou chegaram em seguida, conversavam interessantemente, mas calaram-se quando finalmente Rin saiu do quarto.

- Vamos Sesshy, desculpe pelo atraso...

- Vamos... – ele chamou frio, seguindo para a porta. - ... Feche a boca Miroku, ou eu mesmo a fecho com um soco.

- Sesshy... – Rin olhou-o com um divertido sorriso nos lábios, e logo seguiram.

- Caramba Inu-Taishou-sama... esse seu filho teve uma sorte!!!

- Também acho Miroku, agora vamos também, ou vamos nos atrasar e eu detestaria que isso acontecesse. – eles logo saíram, e Sesshoumaru estava acabando de sair com seu carro.

Inu-Yasha já havia ido na frente com Kagome, e já estavam no local, onde aguardavam seus colegas de classe se reunirem para discutir as ultimas decisões.

Um tempo depois, o salão estava cheio, e os professores aos poucos começaram a se pronunciar.

Sesshoumaru, Rin sua filha Haru, estavam acomodados, junto com os outros amigos, Sango e Miroku, e também o pai Inu-Taishou.

Estavam atentos aos pronunciamentos e discursos, mas atentaram-se mais na hora da entrega dos diplomas. Cada aluno era aplaudido de pés, e não foi diferente na hora dos conhecidos.

Miroku, apesar de todas as dificuldades conseguiu finalmente pegar seu diploma, e foi o primeiro a descer do local, e receber um cumprimento.

Logo Sango também desceu muito sorridente, e juntou-se a eles e por fim, Inu-Yasha. Ele estava feliz e sorridente, mas ficou serio de repente a ver alguém.

Kikyou tinha acabado de chegar, e estava acompanhada.

- Parabéns Inu-Yasha. - ela cumprimentou-o, estava sorridente, e parecia muito feliz.

Rin deu um sorriso travesso, e Sango olhou-a desconfiada.

- Rin-chan, o que andou aprontando, essa sua cara não engana.

- Eu?!! – ela apontou para si, e sorriu cinicamente. – Eu não fiz nada...

- Ola Sesshoumaru, como tem passado? – o rapaz que acompanhava Kikyou perguntou divertido.

- Estava bem, ate você chegar...

- Sente-se doutor, e sua... amiga também... – Inu-Taishou convidou.

- Não vamos ficar muito tempo, Inu-Taishou-sama, eu vim apenas a pedido de minha NAMORADA. – enfatizou sorrindo.

- Namorada? Vocês estão namorando? – Sesshoumaru perguntou com sarcasmo.

- Sim... eu tive uma ajuda... – ele cochichou ao ouvido do rapaz, e ele arqueou uma sobrancelha, e logo olhou para Rin, que disfarçou, brincando com Haru. – ...Bem, estamos indo, ainda vamos jantar...

- Obrigada por vir... Kikyou... – Inu-Yasha pronunciou um pouco tímido.

Ela o respondeu com um doce sorriso, logo seguindo seu caminho com seu par.

- Quem diria né? Os dois se apaixonaram a primeira vista...

- Rin... o que você tem haver com esta historia? – Sesshoumaru perguntou serio.

- Eu já disse que nada...

- Mentira!!! – todos responderam em coro e ela se encolheu na cadeira. Era óbvio que ela mentia.

 

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A:

Olá!!!!

Esta chegando o fim... esta chegando... T-T

Bem... nom tenho muito o que comentar...

Só agradecer pelos reviews do cap. passado...

Beijos e ate o próximo e últimi capítulo!!



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