- Isso foi... gay!

- Ah, eu precisava beijar alguém né Alex.

Eu ri. Não conseguia parar. 

- Sou seu primeiro beijo, sou importantissimo.

- Opa. Você é meio que meu pai também.

- Pedofilia.

- Ah.

A gente tava andando em algum tipo de matagal. Eu lembro que ela caiu, e me puxou também. O mato era médio, amarelo. Seco. Era uma fazenda... Não tinha ninguém lá. A gente ficou deitados na grama.

- Ow.

- Que?

- Vamo entrar naquele lugar vermelho, beem grandão!

- Acho que lá tem vaca. Olha! Tem você lá amor.

- Amor?

- Cara, eu tô bêbado.

Ela soltou uma gargalhada, uma gargalhada linda. E é a unica coisa que eu me lembro perfeitamente daquele dia. 

Ela usava um coturno de um camelô, que ficava lindo nela. Uma blusa regata preta, e uma calça um pouco colada, que ficava linda nela.  Tudo era lindo nela. 

- Eu quero ter um namorado antes de morrer. ''Aex'', seja meu namorado. 

- Tá bom. Vamo pro motel.

- Não, vou morrer virgem. 

- Ou não vai não.

Rolei e ''subi em cima dela'', apoiei meu braço no chão e eu beijei ela de novo. 

- Ou não. Alex, a gente tá no mato.

- Acho que não rola muito né?

- Rola você ficar me beijando pra sempre.

Fiquei um tempo olhando pra ela.

- Tá me assustando Alex, para.

- Ah, você disse que tinha que curtir a vida.

- Porra.

- Precisa, então eu vou te beijar de novo.

Ela riu e eu beijei ela, e acho que isso se repetiu por um montão de vezes. E a gente acabou dormindo.