74 Edição Dos Hunger Games escrita por Felipe M


Capítulo 6
Eu te amo


Notas iniciais do capítulo

Achei que ia conseguir posta esse capítulo um pouco antes, mais não deu :S



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... Ela pula em cima de mim e me prende no chão – Vamos Clove confesse, foi você quem sabotou o teste de Cato não foi?

– Hã? O que você está dizendo? – grito – Saia de cima de mim sua idiota. Se você não teve a competência de orientar Cato da maneira correta, não venha jogar a culpa em mim.

Ela larga meu braço por apenas um segundo, vejo que ela está prestes a pegar a faca que está sobre a mesa de centro, por mais que o descuido tenha sido pequeno aproveito a oportunidade para dar um soco no rosto de Hazel, sinto minha mão acertando sua mandíbula com toda a força que possuo, ouço o queixo dela estralar e nesse instante ela leva a mão que segurava meu outro braço ao queixo, encolho as pernas fazendo-as ficarem em baixo da barriga de Hazel então as estico rapidamente, fazendo elas impulsionarem Hazel para longe de mim. Levanto-me do chão e fico em pé olhando o rosto de minha mentora com extrema fúria, nunca soube se já ouve algum caso de um tributo matou seu mentor, mais é isto que estou prestes a fazer.

Cato entra no meio de nós duas e diz – O que vocês estão fazendo? Ficaram loucas? – Hazel olha para ele e sorri “Saia da frente querido” ouço ela murmurar baixinho, contrariando o que ela diz Cato continua entre nós duas, vejo a faca na mão dela, sua respiração está acelerada e ela está tremendo de tanta raiva. Em um rápido movimento ela coloca suas mãos no chão e jogas suas pernas sobre o pescoço de Cato, ela inclina seu corpo para trás posicionando suas mãos para tocarem o chão novamente, o movimento rápido pega Cato de surpresa e ele não faz nada enquanto é arremessado em direção a janela, fazendo-a se quebrar em milhares de pedaços, vejo que o sangue começa a tingir seu cabelo de vermelho, então volto a olhar para Hazel.

– Agora somos só eu e você queridinha – ela sorri, e parte para cima de mim pulando e acertando um chute em meu tórax, o dor me invade enquanto a pressão de seu chute me arremessa até a parede, ela é extremamente forte, vejo que nem só a esperteza e a sabedoria a ajudaram a ganhar, ela possui diversos atributos como força e técnicas avançadas de luta. Raiva, percebo que esse é seu ponto fraco, não conseguir domar esse sentimento e deixar-se levar por esse instinto, ela não consegue controlar isso, e quando se está domado pela raiva você perde a consciência de seus atos, age com o instinto e perde noção do que acontece a sua volta, não consegue perceber o plano que seu inimigo está tracejando mesmo que ele esteja na cara.

O sedativo! Nunca imaginei que um simples sedativo seria tão útil em minha vida, mais se eu usar o sedativo nela todos saberão que realmente fui eu quem sabotou o teste de Cato, não posso me dar ao luxo de ser descoberta isso poderia acarretar sérias consequências como eu ser morta antes mesmo de entrar nos Jogos. Mesmo sabendo desse risco me levanto e corro para meu quarto. Ouço a risada de Hazel – Então você vai fugir queridinha? Você pode correr mais não se esconder – ela diz em meio a sua risada.

Quando chego ao quarto fecho porta mais não a tranco, pego uma faca que havia escondido em meu quarto e fico a basicamente três metros da porta esperando ela entrar. Vejo o vaso de flor que está em meu lado e sinto o sol entrando pela janela e aquecendo minhas costas. Ouço a porta a ranger então vejo ela abrindo bem vagarosamente – Queridinha?! Cheguei – Hazel diz.

Ela abre a porta totalmente e olha para mim – Olha só quem estava fugindo – ela diz, a faca está em sua mão ela parte para cima de mim, mais nesse exato instante eu arremesso minha faca, ela se inclina para trás e a faca passa de raspão, antes de voltar a ficar ereta ela começa a dizer – Errou, queridi... – jogo o vaso de flor como toda a minha força em sua cabeça, isso faz com que ela fique instável pego a mesa que sustentava o vaso e a bato com extrema força na cabeça de Hazel ela desmaia e então eu corro para ver como Cato está...

***

Vejo seus olhos abrirem e então um sorriso se formando em seu rosto – Parece que nossos papéis se inverteram dessa vez – diz Cato, enquanto sorri.

Não consigo me conter então um sorriso bobo e totalmente espontâneo se forma em meu rosto – Cato quero que você saiba que eu nunca seria capaz de sabo...

– Shh... eu sei que você não seria capaz de fazer isso. – Um arrependimento me invade e o remorso toma conta de meu coração, já não sei se Cato está só interpretando ou se está dizendo a verdade, não sei aonde todas essas armações nos levaram, minha cabeça está confusa, fico dividida entre acreditar em Cato e continuar lutando contra o sentimento que habita dentro de mim, já não sei mais o que devo fazer. Matar ou morrer? Quando chegar na arena preciso tomar uma decisão, havia chegado tão disposta aqui a vencer esses jogos e agora já não sei mais o que quero. Na verdade o que eu quero é dizer para Cato que o amo, quero passar a eternidade ao seu lado, mais o destino é cruel e nem tudo é como agente deseja e por isso nunca poderia viver esse amor por mais que eu queria. Confusa com meus sentimentos saio correndo do quarto sem dizer absolutamente nada para Cato.

***

Estou um pouco apreensiva, mesmo que minha nota tenha sido boa, o fato de eu conseguir muitos ou poucos patrocinadores depende dessa entrevista. Apesar de eu achar que após o que fiz com Hazel ter patrocinadores não vai me ajudar em nada.

Olho-me no espelho, eles realmente conseguiram me deixar linda nesse vestido alaranjado. Ainda olhando para o espelho vejo Cato em um terno meio prateado, ele está realmente perfeito. Viro-me para trás para encará-lo.

– Desculpa por ter saído daquele jeito, sabe – digo – não estava me sentindo muito bem.

– Não foi nada – ele diz – está melhor agora?

– Claro, e você?

– Bem – ele diz – Hazel foi mandada para o distrito 2 novamente, eles esconderem o caso e trouxeram outro mentor, é aquele ali, – ele aponta para o um homem de estatura mediana seu cabelo é castanho claro assim como seus olhos – o nome dele é Charles, ganhou faz uns 15 anos, ele não é de falar muito mais soube que é um grande lutador.

– Entendo, – digo – acho que Hazel era louca ou algo do tipo, eles fizeram bem em mandá-la de volta. Nervoso para a entrevista?

– Não e você?

– Também não – digo.

Alguns minutos se passam até as entrevistas começarem, Marvel e Glimmer são os primeiros a ser entrevistados após eles serei eu, depois longos minutos de espera escuto a voz de Caesar anunciar “Clove Chamberlain, distrito 2”. Começo a andar até o palco então sinto a mão de alguém envolver meu pulso olho para trás e vejo Cato, ele me puxa para perto de si, nós corpos se encontram e ao se encontrarem é como se fizessem uma explosão de energia ser liberada, é como se ao mesmo tempo que essa energia que nos une nos separasse, uma energia forte e poderosa, ele olha diretamente em meus olhos e diz.

– Clove, eu te amo

Após dizer isso ele me solta, ainda meio pasma pelo que Cato acaba de revelar vou meio confusa para o palco sem saber o que pensar, as palavras de Cato me deixam mais confusa do que nunca, o que farei na arena matarei ou morrerei? Caminho para o palco ainda pensando na decisão que irei tomar, estampo um sorriso no rosto ao ver Caesar e penso “Matarei”...



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Notas finais do capítulo

Essa é primeira cena de "briga" que eu escrevo, espero que tenha ficado boa. Se gostarem deixem um review não dói nada e faz bem para a saúde.