74 Edição Dos Hunger Games escrita por Felipe M


Capítulo 14
Esclarecimentos e lembranças


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei bastante tempo para postar esse capítulo, porém eu demorei porque eu estava com digamos um bloqueio criativo e não queria que esse capítulo ficasse ruim, já que ao meu ver ele é um capítulo importante. Espero que gostem.



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...– Cato precisamos conversar sobre Hazel e seu teste. – digo olhando em seus olhos.

– Olha Clove, eu entendo que você não sabotou meu teste por mal...

Ele começa a dizer, mas eu o interrompo – Eu ouvi uma conversa entre você e Hazel. – digo.

– E o que você ouviu exatamente? – pude perceber que ao revelar que havia ouvido a conversa os olhos dele arregalaram-se e ao fazer a pergunta sua voz soou um tanto insegura.

– Vocês dois planejando conquistar a Glimmer e a mim para que você pudesse vencer os Jogos com facilidade. – digo ainda observando seus olhos azuis. – Isso é verdade Cato? Todo esse tempo você esteve me enganando para vencer?

Ele suspira e então olha para mim. – A princípio sim, tudo era apenas uma armação entre ela e eu para que eu pudesse ganhar os Jogos mais facilmente, mas após um tempo quando eu finalmente notei quem você realmente era, quando notei que você era a garotinha que todos humilhavam, – ele fez uma pausa. – isso deixou de ser um plano para mim. Continuei fingindo para Hazel que estava botando o plano em pratica para que ela não se revoltasse, porém eu nunca quis lhe enganar, não depois que soube quem você era. E quanto a Glimmer, sim eu continuei com o plano mesmo após Hazel ter ido embora.

As palavras de Cato me atingem fortemente inundando-me de alegria pelo fato de ele ainda se lembrar de mim, de se lembrar que me salvou. Juntamente com a alegria uma onda de lembranças começa a tomar conta de me minha mente...

“Por que não mexe com alguém do seu tamanho?” a frase ecoa em minha mente enquanto as lágrimas contornam meu rosto, posso ver o garoto loiro dois anos mais velho que eu a minha frente. Ele parte para cima do outro garoto e acerta sua face com um soco seguido por uma joelhada na barriga, o garoto que outrora era meu agressor agora está caído no chão assim como eu, seu rosto está vermelho e uma de suas mãos em sua barriga na tentativa de amenizar a dor. Porém sei o quanto ele é orgulhoso, se levantando o agressor parte para cima do garoto loiro e o golpeia no rosto duas vezes, aproveitando-se do atordoamento momentâneo do adversário ele chuta entre o meio das pernas do outro, que agora posso chamá-lo “meu herói”, fazendo-o cair de joelhos no chão.

– Então você gosta de jogar sujo? – ajoelhado ele sorri ao dizer as palavras ao outro. Vejo seus olhos azuis repletos de fúria. Indo para cima do outro ele o prensa contra a parede e o agride no rosto, após isso em um movimento rápido ele segura os dois braços do garoto que me agredia e os gira para trás ficando atrás dele, fazendo pressão nos braços do outro quase os quebrando. O garoto imobilizado pelo ataque começa a gritar de dor. “Por favor, por favor, me solta, eu juro que nunca mais vou fazer nada para ela, por favor, ta doendo.” Soltando-o o garoto ainda tem os olhos cheios de fúria. – Se algum dia eu ver você fazendo alguma coisa para ela novamente eu não vou ter dó de você. Espero que isso tenha ficado claro. – o outro assentiu e saiu correndo junto com sua gangue.

Ele vem até mim, sua mão está estendida, seguro-a como apoio e me levanto. – Você está bem? – ele diz.

– Sim. – digo extremamente baixo.

Ele limpa o sangue que escorre de meu nariz com o dedo e sorri, após isso vai embora me deixando ali sozinha com um sorriso bobo no rosto lembrando-me da cena que havia acabado de presenciar...

Duas semanas se passam sem ninguém me atormentar, sem nenhum hematoma, o que é quase um milagre. Estou indo para a casa contente por isso até que ouço a voz que me atormenta há anos “Tampinha, voltei!” ele grita, olho para trás e vejo meu antigo agressor, ele está cada vez mais próximo então... Então sinto uma pressão sobre meu ombro, olho para trás e vejo o garoto loiro. – Pensei que tivesse ficado bem claro que eu não quero ver vocês perto dela novamente. – ele grita. Eles olham para ele com pavor “Nós só estávamos brincando.” grita um deles, após isso eles dão as costas para nós e andam na direção contraria a nossa.

– Obrigada. – digo.

– Você está bem? – é a segunda vez que ele me diz essa frase.

– Sim.

– Qual o seu nome?

– Clove. E o seu?

– Cato. Mas agora preciso ir. Se cuide.

Ele sorri e corre para longe de mim. Após isso ninguém nunca mais me perturbou e eu também nunca mais vi Cato, porém seu nome e sua aparência nunca mais saíram de mim mente.

Uma lágrima escorre de meus olhos quando me lembro de tudo isso. Cato olha para mim e as limpa. – Não sabia que você ainda se lembrava disso. – digo contendo as lágrimas.

– Eu nunca esqueceria. – ele sorri e se aproxima de mim. Nós estamos extremamente pertos, nossos lábios a poucos centímetros, sinto a respiração dele, posso sentir até mesmo seu cheiro. Aproximo-me ainda mais, não posso mais ficar longe de Cato, preciso dele, preciso estar com ele.

Paro de me aproximar quando escuto o farfalhar de alguns galhos que estão próximos a nós. Rapidamente nos levantamos e corremos cada um para trás de uma árvore. Três longos minutos se passam até que o causador do barulho aparece, identifico-o como o garoto do distrito 3. O cabelo está escorrido e molhado sobre a testa devido ao suor, um grande corte está em seu rosto, e ele esta ofegante “Devia estar fugindo de alguém.” penso.

BUM.

Ouço o canhão soando e quando olho novamente para o garoto uma lança está atravessando seu pescoço, olho para Cato e ele sorri. – Bom trabalho. – digo.

– Onde foi que nós paramos mesmo? – ele diz sorrindo maliciosamente e se aproxima de mim. Sorrio e ele me envolve em seus braços. Olho em seus olhos azuis e me perco em sua imensidão perfeita, estou hipnotizada por sua perfeição.

Até que uma coisa volta a minha mente, me afasto de Cato rapidamente e descarrego as palavras em cima dele. – Antes da entrevista você disse que me amava. Isso era verdade ou apenas encenação?


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Notas finais do capítulo

E é isso, espero que tenham gostado. Não se esqueçam de comentar. E vou tentar postar o próximo mais rápido. (porém não posso garantir nada, tenho problemas em postar os capítulos rápido -q)