(...)

Depois de uma noite mal dormida, levantei e fui tomar um banho, a noite teria sido perfeita se James não tivesse apanhado. Queria mesmo saber o porquê ele tinha levado uma surra. Tinha quase certeza que envolvia uma mulher. Era um pouco tarde então resolvi não tomar café, fiquei ali sentada na cama. Depois de dez minutos pensando no nada “EDWARD”, ouvi alguém bater na porta. Estava com um short curto e uma blusa baby-look, cabelos soltos e sem nenhuma maquiagem. Imaginei ser Rene ou até Esme. Fui atender.

- Oi... Bell... Bella. – Edward olhou para meu corpo sem disfarçar, eu sei que era bonita, mais não era tão gostosa assim.

- Edward, aqui! – gesticulei em direção aos meus olhos. – Meus olhos estão aqui. – O vi ruborizar. “Não morre cedo”!

- Desculpe ter vindo aqui essa hora é que a Alice não esta muito bem. Jasper esta muito preocupado, ela esta na suíte da minha mãe e não quer sair do banheiro. Esta chorando muito. – Não deixei ele acabar de falar, sai correndo em direção as minhas roupas, tirei a baby-look e o shortinho ficando só de lingerie. Sem nem perceber que o outro me olhava como se babasse. Quando o vi me olhando sorri mentalmente.

- Da para parar de me olhar? –ele virou imediatamente. – Quem coisa feia. – sorriu, pude ver seu sorriso torto.

 -Ok. Já esta pronta? – Nem dois segundo se passaram e ele fez a pergunta. Coloquei uma calça jeans apertada e uma regata branca que modelava o corpo. Pus uns saltos preto meia taça e sai correndo esbarando em Edward.

Mesmo tendo tido aquele momento de distração, estava preocupada com Alice, ela não era disso, nunca foi.

- Vamos Edward. – Sai o puxando até o quarto de Carlisle e Esme.

- ALICE. – entrei gritando indo direto para o banheiro.

- NÃO FALA COMIGO. EU ESTOU MUITO MAL. – Disse ela chorando e o meu desespero aumentou.

- Pelo amor de Deus Alice, o que ouve? – Estava mexendo na fechadura como uma louca para poder entrar. – Deixa eu entrar.

- NÃO! EU NÃO QUERO NINGUEM AQUI. – Disse quase gritando, chorando desesperada.

- Alice amor, fala o que esta acontecendo, eu estou nervoso aqui. – Jasper estava agoniado e era muito visível. Mexia-se sem parar e Edward ao seu lado tentava para-lo.

- Alice, por favor, me deixa entrar. -  disse calma, tentando passar confiança.

- Bella, por favor. Faz ela dizer o que tem. Eu vou ter um AVC. – disse Jasper sentando na poltrona a sua frente. Todos no quarto estavam nervoso, Esme quase chorava, e Rosalie ia pegar agua a toda hora para Jasper. 

- NÃO QUERO NINGUEM AQUI. VÃO EMBORA. – Alice chorava de soluçar e isso me fez estremecer, odiava ouvir seu choro, me machucava.

- Lice, como você pode não confiar em mim. Sou eu sua irmãzinha Bella. Que limpava seu machucado quando caia de bicicleta, te ajudava a subir na casa da arvore, que te ouvia dizer o quanto era apaixonada pelo Seth. O primeiro garoto que você beijou, lembra? – ouvi ela chorar mais ainda.

- Eu não sabia disso. – Jasper olhou torto para a porta.

- Alice, deixa eu entrar. – ficamos alguns segundos em silencio e então a porta se abriu. Fiz um sinal de que eu entraria sozinha e todos assentiram com a cabeça.

Depois de entrar encontrei Alice no box do banheiro grande ao lado da hidromassagem com um lencinho e o cabelo curto todo bagunçado.

- Não... Não olha para mim. Eu estou um lixo. – disse sem graça cobrindo o rosto.

- Você esta linda como sempre. Quer me contar o que ouve? – perguntei me sentando ao seu lado.

- Eu não acredito que fui tão burra. Eu estraguei minha vida. – disse chorando.

- O que ouve me conta. – Estava imaginando mil coisas naquele momento.

- Eu... Eu... EU ESTOU GRAVIDAA. – seu choro foi tão alto que fez eu pular.

-WOAH. É... não é tão ruim. – Ela me olhou com os olhos todos borrados.

- Como assim? Como assim não é tão ruim? – chorava mais do que falava. – Eu estraguei tudo, agora Jazz vai me deixar, e eu vou engordar 27 quilos e não vou poder mais sair e nem mais dançar por que o meu bebe vai querer mamar. AHHHHH. Eu vou morrer.

- Ah, Alice, então da ele para mim. Só vai engordar na gravidez mesmo, e Jazz te largar? Nunca. – Disse sorrindo olhando para o chuveiro acima de mim.

- Fica assim por que não é você. E eu nunca daria o meu bebe para ninguém. -  disse abraçando as pernas.

- Bebe Alice, é sinônimo de Benção, um filho não acaba com uma relação ele só a melhora, de uma forma diferente. – disse tão tranquila que a deixou mais branda. Realmente achava aquilo ótimo.

- Serio? – perguntou em um fio de voz.

- É. Eu iria adorar. – disse levando minhas mãos até a torneira que ligava o chuveiro, deixando uma agua morna e gostosa cair em nós. Ela riu e se juntou a mim me abraçando.

- Obrigado. – Eu a abracei com carinho. Amava tanto minha irmã que daria a minha vida por ela.

- Não. Eu é que te agradeço. Agora literalmente vou ficar para titia. – gargalhamos juntas.

- Com o Edzinhu por perto eu duvido. – Pensei em suas palavras e apenas sorri.

- Edward é só uma coisa boba que vai acabar logo, logo. – disse com uma dor no coração inexplicável. “Não quero sentir isso, não posso”.

Depois de alguns minutos sentadas ali,  Jazz apareceu na porta com as mãos no peito como se estivesse morrendo. E sorria tanto que parecia mais chorar de felicidade.

- É verdade? – entrou meio choroso, sorrindo e com os braços abertos.

- Você ouviu? – perguntou Alice se levantando.

- Ouvimos toda a conversa. – Ele foi em sua direção e a abraçou ela logo retrubuiu chorando.

- Eu vou ser pai. Nós vamos ter um bebe amor. – os dois sorriam e choravam ao mesmo tempo.

- Não vai me deixar por que eu vou engordar 27 quilos? – perguntou ela o olhando nos olhos.

- Eu nunca vou te deixar, Eu te amo. – Ele a beijou e os dois se abraçaram.

Como não tinha mais o porque de eu estar ali, me levantei devagar e toda molhada sai do banheiro, Esme segurava uma toalha e logo me deu.

- Obrigado. – sorri e depois de olhar em volta e não ver quem eu queria perguntei. – Onde esta Edward?

- Saiu. Acho que foi para o seu quarto. – “Ele deveria esta aqui comemorando com o irmão”.

- Diga a Alice que vou me trocar daqui a pouco eu volto. – Sai do quarto me despedindo de Rosie e fui para minha suíte. Troquei a roupa e pus um vestido branco soltinho que tinha deixado na cama quando fiz a bagunça procurando algo para vestir na hora que fui ver Alice.

Fui até a suíte de Esme e da porta pude ver Alice, Jasper, Rosie e esme. Não vendo Edward resolvi ir a sua suíte para chama-lo. Chegando lá bati na porta três vezes e ele mandou entrar. Entrei devagar e o vi sentado de costas para a porta na cama de solteiro.

- Edward... Estão comemorando, vamos brindar ao nosso sobrinho ou sobrinha não sei.  – Sorri com toda felicidade do mundo.

- Mais tarde eu comemoro. – disse seco sem se virar. Com a cabeça baixa. Me aproximei o bastante para poder toca-lo mas não consegui.

- O que você tem? – perguntei carinhosamente, tentando faze-lo dizer.

- Não é nada. É só uma coisa boba que logo, logo vai acabar. – disse ainda de cabeça baixa. Demorei um pouco para notar o que ele tinha dito e quando me toquei, fiquei surpresa.

- Você ouviu. – Ele levantou e ficou de frente para mim sem camisa e não olhava para o meu rosto. "Por que sem camisa"? "Provocação"?

- Todo mundo ouviu. – disse em um fio de voz.

- Não achou que isso ia virar um romance não é? – MANCADA. Sabia que sempre quando abro a boca sai besteira? É! Ele ficou totalmente incrédulo e me encarou como se eu fosse um monstro.

- O que aconteceu ontem não teve importância? – perguntou ainda me encarando.

- O que aconteceu ontem foi apenas... Um impulso. – “impulso”? CALA BOCA BELLA!

- Impulso? – vez sinal que sim com a cabeça e se afastou um pouco. – Então para você foi só um impulso. E quem te ligou disso? Foi o James?

- James não tem nada  haver com isso. – estava começando a ficar nervosa.

- Realmente Bella, foi só um impulso. Desculpe-me por pensar diferente. – disse se afastando ainda mais.

- O que? Você... Pensou diferente? O que exatamente pensou? – Estava louca para ouvi-lo explicar embora tivesse medo da resposta.

Ficamos em silêncio por alguns minutos e a expressão do rosto de Edward mudou de repente.

- Quer saber? Se for para ter impulsos eu quero ter um impulso agora. – Sem que eu tivesse chance de perguntar o porquê ele disse aquilo, Edward se aproximou de mim rapidamente me puxando para si.

Apertou minha cintura com força e envolveu seus dedos em meus cabelos, sua mão que estava na cintura agora acariciava meu corpo com carinho e ao mesmo tempo fúria. Seu rosto que esta a centímetros do meu agora fazia nossos narizes se tocarem, depois de alguns segundo, ele encostou seus lábios nos meus. O beijos começou feroz, deixando-me sem folego, a todo tempo sentia minhas pernas fraquejarem, uma de suas mãos que estava em minha nuca agora se juntara com a outra para alisar meu corpo com vontade. Não pudia deixar de admitir que seu beijo era muito gostoso e me fazia querer mais a cada segundo. Pus uma de minhas mãos em sua nuca e entrelacei meus dedos em seus cabelos dourados. Sentia sua respiração acelerada em um ritmo perfeito, combinando com a minha. Suas mãos agora subia meu vestido o que fez arrepiar-me toda. Larguei sua boca e beijei seu pescoço o empurrando para a cama, ainda de pé, beijei seu pescoço com suavidade e o suguei até chegar e sua orelha mordendo de leve seu lóbulo, o que o fez grunhir baixinho apertando ainda mais minha cintura. Ele fez o mesmo beijou meu pescoço. Deu mordidinhas de leve até chegar a minha orelha me fazendo suspirar alto. Virou-se e me deitou lentamente de costas para a cama. Ficou em cima de mim encaixado em minhas pernas, alcançou meus lábios que estava esperando pelos dele, dessa vez, o beijo foi suave, provocante, desviou sua boca da minha e beijou meu rosto suavemente ate chegar ao meu pescoço. Os beijos e mordidas foram suaves, sugava meu percoço lentamente, o que me vez gemer baixinho. E então ele parou. Sorriu e se afastou um pouco para me observar meus olhos que tinha se fechado automaticamente, agora estavam o encarando, esperando ele, ofegante.

- Me desculpe pelo impulso. – Se levantou. Ficou de pé esperando que eu me levantasse. Levantei-me bem devagar com o ódio mais profundo que já senti em toda a minha vida. “Como ele pode atrapalhar isso”?

- Tudo bem. Tenho certeza de que isso não vai se repetir de novo. – Disse tentando ser o mais natural possível, tentando ser indiferente.

- Claro que não. – O idiota não tinha nenhuma expressão, não sorria, não debochava. Aquilo tinha sido uma vingança pelo que eu tinha falado?

- Então, até mais. – saiu em direção da porta esperando ele me chamar mais ele não o fez. Meu corpo gritava para ir ao encontro dele, o agarrar e terminar logo com minha agonia mais meu orgulho falou mais alto. Recompus-me e sai.

POV. Edward

A vi saindo indiferente. Queria correr agarra-la e beija-la até que nós dois não aguentássemos mais. Queria Bella, mais que tudo, não me ligava mais em nada além dela, foi duro a ouvir dizer aquilo, por que realmente não queria ser só uma coisa boba. Queria estar com ela a todo tempo. Agora era oficial, eu estava mesmo apaixonado por uma garota neurótica que tinha conhecido a pouquíssimo tempo. Ouvi-la gemer no meu ouvido me fez querer tirar toda a sua roupa e... Não podia ser assim, ela merecia um castigo. Eu tinha certeza que ela me queria tanto quanto eu a queria. Não sabia se estava apaixonada como eu, mas que ela me queria, ah, ela queria. Aqueles “impulsos” não iriam parar por ali, com certeza não. E eu estava ansioso para ter outros impulsos com ela. Minha Swan. Depois de ficar mais de meia hora pensando nela, lembrei que iria ser tio e o quanto fiquei feliz por Alice ter engravidado. Nunca vi Jazz tão feliz. Pus uma blusa e sai do quarto indo em direção à suíte de Esme. Chegando lá estavam todos bebendo champanhe, Alice exalava felicidade junto do noivo e sorriam o tempo todo. Com eles Bella estava no quanto do quarto, sentada na poltrona pensativa, quando me aproximei ela deu um pulo que chegou até a me assustar.

- O que ouve Bella? Esta devendo? – perguntei irônico.

- Engraçadinho você. – se levantou e saiu da suíte.

- O que ouve com ela? – perguntou Jazz.

- Ela anda tendo uns “impulsos”, só isso. – ele fez cara de que não entendeu mas nem fez questão de perguntar. – PARABENS PAPAIS. – Abracei os dois e eles quase me esmagaram fazendo o mesmo.

 (Continua)