A Marca - Vingança escrita por Sweet Nightmares


Capítulo 9
Segundo ataque (Alice/Lucas)


Notas iniciais do capítulo

é, esses dois tão narrando mais que a Rebeca e o James, eu sei
mas, bem, talvez seja a vez do James e a Rebeca serem secundários e deixarem essa porra pro Miguel, pro Lucas e pra Alice.
ou não.
mas eles com certeza estão narrando menos. Eu sei, eu escrevi capítulos futuros.
enfim.
desculpa não postar ontem, fui no show da banda de um amigo e cheguei cansada *cof cof*, dá licença, plebeus <- metida sem razão
TÉ LÁ EMBAIXO!



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Acordei antes de Lucas. Levantei cuidadosamente para não acordá-lo. Ainda era cedo. Eu estava com fome, por isso decidi ir até a cozinha comer alguma coisa. Chegando lá, pude ouvir meu pai e madrasta conversando.

-Deixe de besteira, Paula. Ela disse que foi só uma experiência e eu acredito nela.

-Só estou dizendo, Aurélio, que há uma possibilidade de...

-Minha filha não é nenhuma aberração! – gritou. Respirou fundo para se recompor – Aquela sapatão, a tal da Julia, ela que fez a cabeça da minha Alice. – ele suspirou – Tenho que conversar com ela. Não quero mais que ela fale com essa tal Julia.

Entrei na cozinha ardendo em fúria.

-Bom dia. – cumprimentei-os rispidamente.

-Bom dia, Alice. – disse Paula sorrindo. Vadia falsa e manipuladora.

-Bom dia, filha. – disse meu pai. Velho nojento.

Odeio minha família.

-Acordou cedo... – disse ele.

-Dormi cedo ontem. – respondi – E aí, como foi o aniversário de vocês? – perguntei, tomando o suco de laranja direto da caixa, Paula me olhou com desgosto. Ela odiava que eu fizesse isso.

– O jantar estava ótimo. O restaurante que seu amigo recomendou era realmente bom. – disse meu pai. Ele se referia à Gustavo, um dos gêmeos. O pai deles tinha um restaurante e, cá entre nós, era o melhor chef do Rio de Janeiro. Não o mais rico, porém. Seu restaurante humilde era frequentemente julgado pelos mais afortunados por se localizar em um bairro simples da zona norte, e não na zona sul.

– É, o pai dele é foda. – eu disse.

-Alice! – Paula me reprimiu. Levantei as sobrancelhas e perguntei sarcasticamente:

-Que foi? Fiz alguma coisa errada?

Ela olhou para meu pai, pedindo ajuda.

-Alice, a partir de hoje, palavrões estão proibidos nesta casa. – ele disse.

-Por quê? Porque a loira aí não gosta? – apontei para Paula com a caixa de suco enquanto falava – Quem se importa com a opinião dela? Ela não é minha mãe! Ela não mora aqui! Por que eu deveria mudar por ela? Vocês nem ao menos são casados!

-Por enquanto. – ela disse.

Então percebi no anel dourado com um pequeno diamante que repousava em seu dedo anelar direito.

Não. Não.

Isso sim era repulsivo.

Deixei a caixa de suco cair da minha mão, espatifando-se no chão com o impacto e molhando meus pés.

Ah, meu Deus. Me matem. Me matem agora.

Lucas entrou na cozinha.

-O que aconteceu? – perguntou bocejando.

Agora é oficial: Eu odeio minha vida.

-Eles vão se casar. – ri nervosamente – Papai e Paula vão casar.

Lucas escorregou no suco de laranja no chão e apoiou-se em mim. Encarou-os pasmado.

-O que, como, quando... O quê?

-É, eles vão casar. – ri nervosamente uma segunda vez.

-É, hm.... Parabéns?

-Obrigada. – disse Paula.

-Paula está vindo morar conosco. – anunciou papai.

Mais uma risada nervosa.

-Que legal. Que ótimo. Bom, agora... Com licença, vou sair para uma caminhada. – eu disse, saindo dali e correndo para meu quarto.

Troquei de roupa rápido e saí de casa. Caminhei, sim, mas para casa de Julia. E foda-se se meu pai era contra.

...

Brinco distraidamente com um origami de escorpião. São três da tarde. Escuto a água do chuveiro enquanto Julia toma banho. Sinto as lágrimas de frustração secarem em meu rosto. Odeio Paula. Adoraria que ela morresse em um trágico acidente. Talvez fosse interessante se meu pai estivesse junto. Mas ele não morreria. Se acidentaria e sofreria por sua morte. Homem nojento. Nojento! Nojento!

O chuveiro foi desligado. Depois de um tempo Julia entrou no quarto de toalha. Naturalmente, jogou a toalha na cama e abriu o armário para escolher algo para vestir. Fixei meus olhos na tatuagem tribal em seu lombo. Era a primeira de muitas, ela repetia. Tinha tido sorte de seus pais permitirem aquela. Adorava tatuagens e, principalmente, adorava as tribais. Dizia que assim que completasse dezoito anos, de presente para si mesma, faria uma nova, um pequeno escorpião no tornozelo ou no pescoço. E, quando tivesse coragem, dizia, faria sua tatuagem dos sonhos: Um grande dragão, que começaria pouco abaixo de seu seio esquerdo e estenderia-se até o começo coxa. Sonhava com essa tatuagem há anos e seus olhos sempre brilhavam quando falava sobre ela.

Eu adorava o jeito que a simples presença de Julia fazia todos os meus problemas desaparecerem.

Levantei e andei até ela, abraçando-a por trás. Gostava de tê-la por perto – ou simplesmente de tê-la. Julia fazia-me bem. Era ela quem resgatava meus sorrisos perdidos quando Lucas não estava por perto. E era para ela que eu fugiria quando meu mundo desmoronasse, o que eu sentia estar prestes a acontecer.

-Eu te amo. – murmurei. Ela sorriu e se virou para mim.

-Te amo mais. – ela disse, beijando-me suavemente nos lábios. E talvez fosse verdade. Fazia um mês que estávamos juntas, mas dois anos que ela descobrira-se apaixonada por mim. E, desde que começamos a namorar, Julia vive sorrindo como não sorria há anos, desde a morte de seu irmão mais velho, que se fora em um acidente de carro. Os pais dela perceberam isso. Talvez por isso não se importassem com o fato de sua filha ser gay. Por terem uma filha feliz.

Gostaria que meu pai pensasse assim.

-Agora me solta, eu preciso me vestir. – ela riu. Sentei-me em sua cama e joguei a toalha no chão.

-Precisa mesmo? – brinquei. Ela riu.

-Alice! – ela jogou uma blusa em mim, ri também.

Observei-a enquanto se vestia, uma camisa do Avenged Sevenfold, short jeans e seus Vans pretos. Vestiu seu bracelete com spikes e passou a maquiagem. Observou seu reflexo no espelho, incerta.

Abracei-a, beijando suavemente seu pescoço.

-Está linda. – eu disse.

Ela sorriu.

-Obrigada. – pegou sua bolsa e as chaves de casa. – Vamos?

Acompanhei-a para fora. Não tínhamos um destino exato, mas qualquer lugar longe de Paula seria bom naquele momento.

Lucas:

-Rebeca, preciso falar com você. Se importa de eu passar aí para...

-Desculpe, Lucas, hoje não vai dar. Vou sair com Hugo. Não era você que vivia dizendo que eu devia superar o James e seguir em frente? Bom, estou fazendo isso agora. É muito urgente ou você pode falar comigo amanhã na escola?

Suspirei. Que merda, justo agora ela resolve seguir em frente? Vadia.

-Tudo bem, eu falo com você amanhã... – disse, decepcionado.

-Certo, obrigada. Até amanhã, então.

-Até amanhã.

Desliguei o celular pensando em me jogar da janela. Pelo menos a Alice tinha para quem correr. Pelo menos ela pôde fugir para a namoradinha dela e...

Namoradinha, é isso.

Tentei lembrar o número do telefone daquela amiga da Alice que gostava de mim, digitei o que me veio a mente, sem ter certeza.

-Alô?

-Alô, Beatriz Lima?

-Quem fala?

-É o Lucas, irmão da Alice...

-Lucas?! Oi! Tudo bem?

-Tudo sim, e com você? – mentira, não tá tudo bem. Uma vadia vem morar aqui em casa.

-Ah, eu estou ótima, obrigada... Mas, então, porque você ligou?

-Eu estava pensando... Você gostaria de ir ao cinema comigo? Hoje à tarde, na próxima sessão se possível. No Iguatemi. – talvez não fosse o shopping mais chique do Rio, mas era o mais próximo para nós, já que morávamos, eu, no Grajaú, e, ela, no Andaraí, e eu não estava a fim de ir muito longe.

-Eu adoraria! Nos vemos lá então?

-Estarei te esperando. Até daqui a pouco.

-Beijo, até mais.

Desliguei. Ela devia estar surtando. Talvez não fosse uma boa ideia desabafar com a garota, até porque eu não sei se ela é confiável. Mas de certo ela seria uma boa distração.

Eca, estou me sentindo o James.

Já no shopping, enquanto esperava pela garota que devia estar surtando para se arrumar, percebi estar sendo observado ao longe por um casal loiro.

Reconheci a mulher imediatamente. Levantei e fui até eles.

-O que está fazendo aqui?

-Que foi? Não tenho direito de me divertir? – ela disse. Revirei os olhos – Vim salvar sua vida, idiota.

-Do que está falando?

-Estamos cansados. Eu e meus irmãos. Viemos repor as energias. – ela disse, tocando meu rosto levemente – E não seria legal ver um rostinho lindo como o seu estraçalhado violentamente. – ela sorriu.

Mordi o lábio. Ao seu toque, meu abdômen ardeu fortemente. Pressionei a área dolorida esperando conter o ardor. O loiro ao lado dela riu.

-A hora está chegando. – ela murmurou, beijando-me em seguida – Fique atento.

Eles foram embora. Bia chegou alguns minutos depois.

-O que aconteceu? – perguntou.

-Nada... Por que não vamos para outro lugar?

-Mas e o filme?

Beijei-a nos lábios. Ela fraquejou por um momento, mas logo me puxou para si. Eu quase podia ouvir os batimentos acelerados de seu coração.

-Perdi a vontade de ir ao cinema. – eu disse, olhando-a nos olhos. Ela sorriu.

-Tudo bem...

Acabamos almoçando no restaurante do pai do Gustavo e depois eu a levei para casa. Mais tarde, enquanto assistíamos o jornal, a notícia foi anunciada “Shopping Iguatemi temporariamente interditado por conta de possível ataque terrorista do mesmo grupo judeu que atacara o banco há alguns dias.”.

Tive pena dos judeus por levarem a culpa.


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Notas finais do capítulo

pronto, esse foi o capítulo de hoje. eu sei, eu sei, começo mó nada a ver e blá, blá
MENTIRA!
não foi nada a ver
nada na minha fic é nada a ver...
MUAHAHAHAHAHAHAH!
por mais que nem eu perceba, tudo está conectado -> mentira, eu percebo sim
sei lá, acordei mais esquisita hoje ou é impressão?
well, falo com vocês nos reviews que vocês vão mandar porque me amam.
...
e quem não me ama pode mandar um me xingando, aí falo contigo lá.
tchau, bjsss!