Why Should We Fight The Feeling? escrita por MissNothing


Capítulo 4
Blame It On The Alcohol


Notas iniciais do capítulo

Desculpem mesmo pela demora! Espero que gostem do capítulo, mesmo que esteja mais curto do que eu esperava.
obs: Nunca vou gostar inteiramente dos meus capítulos, isso é fato, mesmo que triste, é um fato.



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Sophie puxou Josh pela camisa, levando-o para a pista. Eu tinha quase certeza que ela estava brava – talvez decepcionada... Talvez muito mais do que as duas coisas juntas – comigo, mas não podia fazer nada para consertar aquilo. O pior era que eu estava sendo julgada como A Infiel, mas nem fui eu quem foi falar com o ídolozinho dela. E mesmo se tivesse sido, qual era o problema? Embora me sentisse mal, ele não era sua propriedade, então ela não tinha o direito de ficar brava comigo por conversar com ele.

– O que foi? – Justin perguntou, parecendo preocupado.

– Tsc... – Fiz um barulho com a língua e esbocei um falso sorriso, que me pareceu bastante convincente. – Nada.

– Bom, quer me acompanhar? – disse, apontando para o barman.

Qual era o problema de beber? Sophy não falaria comigo tão cedo, então não sei como eu iria para casa, mas tinha certeza de uma coisa: não seria no carro de Josh. Respirei fundo, ajeitei-me na cadeira e bati em minhas coxas, demonstrando firmeza ao responder:

– Claro!

Ele lançou um olhar para mim – que foi até um pouco sexy – e abafou uma risadinha, como se pensasse “O que é isso? Até agora a menina parecia ser tão grossa e fechada... Que loucura!”.

– E aí, começamos com o que? – perguntei, ansiosa.

– Tequila! – exclamou com um sorriso malicioso preenchendo aqueles lábios.

– Ui, tequila – falei com as mãos próximas ao meus ombro, como se me rendesse.

– Wow, ela tá com medo?!

– Não, claro que não! Pode mandar! – Bati na mesa.

– A menina que só tomou uns dois martinis querendo partir pra tequila? – indagou com uma das sobrancelhas arqueadas e o tom de voz alterado. – Mas, se você insiste... – ele disse, como se pensasse que eu fosse desistir a qualquer momento.

– Não posso? Ah, obrigada. – Abri um sorriso cínico, fazendo-o rir debochadamente.

Ele fez um sinal para o barman, que logo trouxe os dois copinhos. Peguei-o com a ponta dos dedos e esperei que ele pegasse o seu também. Quando nós dois estávamos com os mesmos em mãos, Justin assentiu com a cabeça, como um sinal, e eu compreendi, correspondendo ao seu pedido.

– Wow! – ele exclamou entre risos.

Não consegui falar nada por causa de minha garganta, mas não consegui evitar uma careta, fazendo-o rir.

– Que fraquinha... Eu já ia pedir mais um, mas acho que você não aguenta, né?

– C-Claro que aguento, pode vir!

– Não vou abusar... Depois sua mãe vai ficar brava comigo. – Percebi em sua voz um tom desafiador.

– Você duvida? – desafiei-o.

– Duvido.

– Então tá bom! – Odiava quando duvidavam de mim, principalmente quando eu tinha certeza que era capaz. – Mais dois!

– Um – ele corrigiu.

– Um? Achei que você fosse “O Fodão” – falei, debochadamente.

– E achou certo, eu sou! – disse, exibidamente e orgulhosamente. – Mas, alguém tem que dirigir, certo?

– Nossa, achei que o Justin Bieber tinha o seu motorista particular! – Continuei com o mesmo tom de voz, tentando provocá-lo.

– E ele certamente tinha, mas não tem mais. – Seu tom de voz era triste, diferente de todas as outras vezes que falou comigo. – Olha, tá aqui! Vai lá! Vira! Vira! Vira! – exclamou, dessa vez, com seu antigo tom de voz de volta.

– Se você insite... – imitei-o com um sorriso cínico. Peguei o copo, mas dessa vez, sem esperar, fechei os olhos e virei.

– Você tá bem? – ele perguntou, colocando a mão em meu ombro.

– Opa! Claro! Pronta pra outra – exclamei, batendo na mesa brutalmente.

– Er... Acho melhor não – respondeu, olhando-me da cintura até a cabeça com um olhar diferente de todos os outros que já havia dirigido a mim.

– Por que? – perguntei entre risos. – Eu tô ótima. – Levantei cambaleante e dei alguns girinhos.

– Wow! – Ele me segurou, quando eu quase caí, fazendo com que eu risse, sem um porquê. – Tá ficando chato ter que segurar você toda hora, sabia? – disse, brincalhão.

– Como assim toda hora? – perguntei, sendo guiada de volta para a minha cadeira.

– Bom, quem você acha que te salvou quando você saiu do banheiro e quase caiu?

– Hm... Algum qualquer – respondi, inocentemente, sem pensar.

– A bebida não te fez bem mesmo... – comentou, rindo. – Claro que fui eu!

– Então você me salvou duas vezes? – indaguei, soando um pouco sentimental demais.

– Isso.

– Awwwwn! – Formei um biquinho em  meus lábios. Definitivamente, era o álcool fazendo efeito. Mas eu não estava me importando com isso no momento. – Quero um desse! – exclamei para o barman enquanto ele preparava uma bebida rosa.

Justin lançou-me um olhar desaprovador, mas apenas ergui os ombros e esbocei um sorrisinho. Ele revirou os olhos, mas acabou rindo. Por fim, apanhei o copo e bebi rapidamente, ordenando por mais um. A bebida era doce e parecia ser bem forte, porém o gosto era tão bom que não me importava com o quão bêbada ficaria em beber 10 daquele.

– Você não vai mesmo me acompanhar? – indaguei com uma das sobrancelhas arqueadas e um biquinho.

– Eu não posso e você sabe disso.

Naquele momento, eu estava tão brava, mas tranquilla ao mesmo tempo, tão triste, mas tão feliz... Meus sentimentos estavam uma confusão, assim como minha cabeça. Era como se  não fosse eu, Candice, em meu corpo. Ou talvez fosse uma outra versão de mim que eu sempre escondia e evitava.

– Não mesmo? – falei com o tom de voz como o de uma criança mimada. Aproximei-me, sentando de lado em seu colo.

Olhei para seus olhos e depois para sua boca, que pareciam ter formado um “o”, como se exclamasse “Wow!”, mas num tom inaudível. Gargalhei debochadamente, com certo desprezo.

– Que foi? – ele perguntou.

– Nada, nada... – respondi ainda entre risos, levantando. Ou melhor, tentando.

Quando eu estava prestes a levantar, ele pareceu entender que o meu riso foi por ele não ter feito nada além de ficar me olhando com cara de bobo, logo puxou-me de volta para perto. Não protestei, apenas segui seus movimentos.

– Wow! – imitei-o num sussurro quando nossos rostos estavam próximos o bastante, olhando-o em seus olhos.

Ele pareceu sorrir, mas não consegui enxergar muito bem, pois ele logo puxou-me pela cintura para mais perto, e nossos lábios finalmente se tocaram. Acho que se eu não deixasse essa minha “outra versão” aparecer, isso nunca teria acontecido, mas como já havia acontecido, decidi me aproveitar da situação – assim como ele estava fazendo.

Coloquei minhas mãos em seu pescoço, pressionando-o contra mim enquanto nos beijávamos. Ele levantou, sem parar por um segundo sequer, já que a posição não era tão boa quando ele estava sentado. Ficamos na mesma até que, quando as coisas pareceram ficar mais quentes, ele colocou a mão na mesa, puxou as chaves e parou o beijo, pegando em minha mão.

– Vamos para um lugar melhor – disse, puxando-me para fora.

Sophie já não era a pessoa que estava tomando minha mente, e sim Justin. Nunca imaginei que isso fosse acontecer, mas estava acontecendo. Talvez a bebida estivesse mesmo fazendo efeito.

Apesar de achar que ele fosse um safado – e não só por hoje, pois sempre disse isso para Sophie, mesmo que ela negasse, já que o rostinho de anjo dele pode enganar a muitas, mas não a mim –, até que ele foi fofo comigo quando abriu a porta do carro para que eu entrasse.

Conversamos um pouco no carro, mas nada demais. A mão dele às vezes encontrava a minha, já que eu estava apoiando-a em sua coxa. O carro movia-se com rapidez, o que me fazia pensar que ele estava um pouco desesperado, mas não protestei, pois eu estava um pouco desesperada também – mas só um pouco.

De repente, tudo tornou-se preto.


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Notas finais do capítulo

E aí, ficou bom? Tantas perguntas...
Ah, e alterei a idade pra +16, porque eu achei que não ia querer fazer alguma coisa (eu sei que isso não foi nada, já que eu não detalho muito, mas vai que, né), mas como eu disse nas Notas da História, a história ainda não está pronta, então vivo mudando tudo.
Não queria já fazer eles tendo uma coisinha (isso mesmo: coisinha) nesse capítulo, mas achei que ficou interessante. Mas se vai acontecer ou não alguma coisa entre eles, que aconteça logo, porque até eu não aguento esperar.
Percebam que eu sou muito contraditória, porque eu disse que queria levar as coisas na calma e etc... Mas enfim, não pensem que vai ser assim sempre, foi só para animar um pouquinho a minha volta (yey). Gosto das coisas com calma, apesar de não parecer (eu me contradizendo de novo e tagarelando, como sempre, nas notas finais).
Bom, vou me retirar antes que isso fique gigante. Obrigada pelas minhas sete humildes reviews ♥



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