Pov. Bella

Todos me olhavam com pena, até que finalmente o líder falou:

-Bella gostaria de morar conosco até encontrarmos seus pais? A única diferença seria seus hábitos alimentares, pois invés de caçar humanos, você caçara animais. Sei que uma coisa muito diferente e muito difícil a se pedir, mas é a única regra que lhe peço. – Então era isso, eu trocaria os humanos por animais e em troca eles me dariam a chance de achar meus pais além de abrigo. Eu trocaria? Trocaria uma vida pelo qual eu fui criada pelo desconhecido? Seria inconseqüente como minha mãe só para provar de um novo destino? Não sei.

-É uma coisa que não sei se posso abrir mão, foi uma vida que eu fui ensinada a acatar, um destino que foi instituído em minha vida. Não sei se posso abrir mão disso. –Minha voz foi clara e mais confiante do que eu realmente era.

-Eu entendo. – Disse o líder.

-Pois eu não. Não terá diferença sobre sua outra maneira de viver Bella, ficara alimentada do mesmo modo que antigamente. Em nada lhe influenciará. Poderá viver como antes de criada, não que eu lembre como era. É simplesmente o que os outros dizem. Poderá interagir com humanos, até fazer amigos. Poderá viver sem o peso de ter tirado um futuro de um humano. A existência pode ser mais do que lhe ensinaram. Além disso, se você enxergar que não irá conseguir poderá abandonar o barco no mesmo momento. Eu prometo. – Falou rapidamente a Alice. Ela era baixinha, parecia uma fada, mas tenho certeza absoluta que não ia me deixar em paz até me convencer. Ela deu provas disso. Além disso, o que eu perderia? Era só uma experiência, se eu conseguisse muito bom, caso contraria viveria como antes. Espero sinceramente que ela esteja certa.

-Alice pare de tentar influenciar os outros. Isso só cabe a ela. – Ralhou a mulher com rosto em forma de coração. Acho que ela tem autoridade sobre eles, nem tanta como o líder, mas quase a mesma como se fosse à mãe deles.

-Mas ela é tão pequenina, tão linda. Eu queria ter outra irmã além da Rose. Outra amiga. Além disso, eu sempre quis ter um bichinho de estimação. – Falou a Alice em um tom imitando voz de criança, pô quem ela está chamando de baixinha? Ela é dois centímetros mais altos que eu. Mas eu também queria ter amigas, sempre tive poucas no colégio.

-ALICE! – gritou a mulher.

-Tudo bem, eu aceito, desde que vocês me ajudem com meus pais. – Disse tentando acabar com aquela discussão sem pé nem cabeça da Alice. Legal, todos voltaram a me encarar.

-Obaaaaaaaaa! – Festejou Alice. Ela começou a dar pulinhos e bater palmas. Segurei o riso com a reação dela. O Deus-grego chamado Edward teve a mesma reação. O homem cheio de marcas veio a até a Alice rindo e sussurrou ao seu ouvido para que se acalmasse.

-Quem vai ser o imbecil que vai dar aulas de autocontrole para baixinha? –Beleza, eu sei que ele é alto para caramba, mas o filhote de King-Kong não precisava humilhar.

-Alice? – Perguntou o líder.

-De jeito maneira. Tenho muita coisa para fazer. Compras para a Bella, decorar o quarto da Bella e etc. Não vou ter tempo para nada. E só para avisar, a Rose vai comigo!

-Jasper? – Agora ele estava ficando receoso. Poxa, para que tudo isso? Eu não mordo sabia? Além disso, caso acontecesse o maior efeito colateral seria uma cicatriz ou... Uma desmembração. Tentaria me controlar para não haver nenhuma decapitação. 

-Não sei se consigo me controlar. – Disse o cara cheio de cicatrizes que agora eu sabia que chamava Jasper.

-Gente, não é obvio? Deixa o sabe-tudo dar aulas para ela. Aposto que o Edward não teria problemas com isso. – Era a primeira vez que a miss-universo falava.

-Tudo bem, Carlisle, eu dou as aulas para ela. Com isso eu não teria problema. – Cara, como um ser podia ser tão perfeito. Se meu coração ainda batesse, com certeza eu teria acabado de ter um ataque cardíaco.

-Ótimo! Vocês começam amanhã.

-Gente, não estão esquecendo-se de nada? – Disse retoricamente a miss-universo. – Nem todo mundo é igual ao Edward e a Alice sabia? As apresentações esqueceram? – Finalmente alguém lembrou que eu precisava saber o nome do povo.

-É verdade. Que grosseria a nossa. – Disse a mulher de rosto de coração. Eu concordava plenamente com ela. – Eu sou Esme.

Eles se apresentaram, e tentei gravar todos os nomes. Nem precisava, foi instantâneo. O filhote de King-Kong era o Emmett. O líder era o Carlisle. A miss universo era a Rosalie. O carinha assustador era o Jasper. A mulher com rosto de coração era a Esme. A baixinha estranha era a Alice e o deus-grego era o Edward.

Sentei-me no sofá, e a Rosalie e a Alice sentaram-se ao meu lado.

-Nós vamos ser ótimas amigas. – Disse a baixinha e me dando um abraço.

-Mesmo não sendo a Alice, eu concordo com isso. – E a Rose me deu outro abraço. A Alice se colocou de pé e me levou para conhecer a casa. Ela e a Rose apontavam os cômodos quando iam passando.

-Ótimo! Eu sempre tive poucas amigas. – Eu disse baixinho.

-Pois então aproveite, você acaba de ganhar duas amigas fidelíssimas. – Disse a Rose. Uau! Simpatizei com ela. Elas pegaram a minha mão e foram me guiando escada acima.

-O gabinete do Carlisle, o meu quarto e do Em, o quarto da Alice e do Jasper, o quarto da Esme e do Carlisle... – Eles me contaram que todos estão namorando entre si. A Rose e o Em, a Alice e o Jazz, o Carlisle e a Esme. O Ed não era solteiro para meu triste devaneio. Ela namorava uma loira-arruivada chamada Tânia, que fazia parte do clã Denali, que era praticamente da família. Ela era linda, de verdade. Mas eu não precisava pensar nisso, certo? Eu estou apaixonada pelo Alec. Eu tenho certeza disso. Mas será que tenho mesmo? Droga de “cara sou lindo e super-gostoso, mas tenho namorada”. Urgh, ele está me fazendo repensar assuntos que já haviam sido decretados leis absolutas. Eu sou apaixonada pelo Alec, eu me transformei por ele, o Edward tem namorada e eu me proíbo de pensar nele desta maneira de novo. Pensei isso com tanto rapidez que nenhum humano teria notado. – o quarto do Ed e o seu quarto. – Alice abriu a porta para mim, e eu fiquei parada na frente do quarto mais perfeito que eu já vi na vida. Ele tinha alguns desenhos nas paredes: bailarinas, desenhos da Disney, etc. Mas eu percebi isso tudo em segundo plano. O que realmente me incomodava era: meu quarto tinha que ser na frente do quarto do Edward? Eles só podiam estar dificultando as coisas para min. A Rose começou a falar de novo:

-A Alice viu em suas visões um quarto como esse, embora ela não tenha te visto.

-É claro que ela viu. Esse é quarto que eu sempre sonhei em ter! – Sério, eu sempre quis ter um quarto assim.

-Aqui é o closet, ainda está meio vazio, mas daqui a três dias estará perfeito. – A Alice disse e abriu a porta do closet para min. Ele era do tamanho do quarto! Vazio? Estava com a metade das paredes lotadas de sacos de roupas.

-Vazio? – Perguntei sarcasticamente.

-Espere até ela acabar de fazer as compras. – Disse a Rose.

-Para que tudo isso? – Perguntei minha voz baixa pelo susto.

-Você nunca, jamais poderá repetir uma roupa na minha frente, além disso, nós sempre temos que arrasar. – Disse Alice.

-Já ouviu falar em desperdício, senhorita Alice? – Outra pergunta sarcástica.

-A gente doa depois. – Ela deu de ombros. Era o mesmo que escrever “inconsequência” na testa. – Vou te dar um tempo sozinha. Tome um banho e vista a roupa que eu deixarei em cima da cama. Hoje eu vou te contar tudo sobre os Cullen. Tanto a história publica como a secreta. – A Alice piscou para min. Ela e a Rose entraram de volta no closet enquanto em me dirigia ao banheiro. Lá tinha uma banheira enorme, na qual eu tive o prazer de relaxar. Não que eu estivesse cansada fisicamente, só que era muito para uma pessoa só absolver, seja ela vampira ou não. Deixei minha mente vagar até que percebi que estava totalmente reconstruída.

Em cima da minha cama, estava um vestido de seda, rosa claro, longo. Vesti-me e desci até a sala, onde todos estavam sentados em uma roda irregular. Esperando-me, presumi. Assim que entrei em campo de visão deles, todos me olharam. Abaixei a cabeça, envergonhada, e sentei-me ao lado da Alice e da Rose. Assim elas começaram a falar.