Cada coração no mundo tem na realidade a mesma função. Alguns acreditam que é “bombear nosso sangue”, mas outros, os mais românticos, preferem acreditar que ele tem um objetivo superior. O coração é sem duvida símbolo para muita coisa. Eu costumo o enxergar como a representação da vida, mas o que seria a vida na realidade? Eu tenho uma teoria, e na minha concepção momentânea, a vida deve ser a personificação do amor.

O amor sim. Amor esse que une pessoas e cria laços. Laços criados desde a infância em alguns casos. Laços esses que levaram seis jovens com futuros promissores a subirem no altar de uma igreja e dizer um sonoro “Sim”, diante dos olhares atentos e inquisidores de centenas de pessoas.

Amor, foi o que fez Kayle Haines agüentar firme e não ter um ataque do coração assim que soube da noticia de que seria pai.

Amor, foi o que manteve Brandom com os pés no chão quando Samantha decidiu vomitar nos seus sapatos bem no meio da festa de casamento, para segundos depois contar que “desconfiava” que eles logo poderiam ter um filho.

Amor ainda, é como pode ser nomeado o sentimento que fez com que Brian abraçasse a esposa e dissesse a ela que há tempos já desconfiava do motivo que levou o vestido de casamento dela a estar tão apertado.

Anos atrás era possível observar seis crianças sentadas no chão de uma enorme sala de estar brincado entre si. As meninas compartilhavam bonecas, e os meninos compartilhavam planos de como dominar o espaço sideral com seus super poderes imaginários.

Anos depois era possível observar seis adolescentes na mesma sala de estar. No lugar das bonecas estavam celulares, computadores ou livros, e no lugar de planos para dominar o mundo, estavam sendo traçados planos de como se livrar da encrenque na qual se meteram aquela semana.

Um tempo depois, via-se deis jovens sentados em uma outra sala de estar. As garotas abraçavam os rapazes e juntos eles sorriam sentados frente a lareira no Natal.

Meses atrás se via os mesmos seis jovens nessa mesma sala de estar. Uns analisavam projetos, outros faziam desenhos. Alguém planejava novos eventos, e outros calculavam as finanças.

Semanas depois três jovens mulheres faziam naquele mesmo lugar os preparativos para o casamento.

No grande dia eles passaram juntos pela mesma porta, e por alguns minutos pararam na mesma sala de estar. Eram uma família agora. Mais do que nunca antes haviam sido.

Se separam ali por alguns instantes e nove meses depois estavam novamente reunidos. Algumas mudanças aconteceram.

No sofá central da sala, três belas mulheres conversavam animadamente. No colo de Anelize havia uma bela criança. A garotinha tinha os olhos brincalhões do pai, que sentado no sofá ao lado segurava um garotinho que tinha nos lábios o sorriso doce da mãe. Ao lado de Kayle estava Samantha. A mulher segurava um menino de incríveis cabelos claros, que dormia tranquilamente nos braços da mãe, que estava ao lado do marido. Brandom segurava duas adoráveis meninas, que sem divida poderiam ser confundidas a bonequinhas. Ao lado deles estava Kassandra que recostada no peito de Brian ninava um belo garotinho que repousava serenamente nos barcos amorosos dos pais.

Anos mais tarde seria possível observar essas seis novas pessoas naquele mesmo local.

Seis crianças brincariam ali, e seis jovens traçariam seu destino naquele lugar.

Aos pais cabia o dever de ensinar, mas a cada um deles cabia o direito de fazer suas próprias escolhas.

Para quem observasse de longe aquela cena, não poderia imaginar, que as crianças que enfeitavam o porta retratos da mesinha de centro, eram as mesmas que agora seguravam seus herdeiros.

O sorriso nos lábios dos seis era genuíno. Porém agora não eram apenas seis. Eles eram doze.

Cada um deles sabia que a estrada estava apenas no começo, mas sabiam ainda que agora mais do que nunca teriam no que se apoiar para continuar.

Obstáculos são inquestionáveis, mas transpô-los é uma escolha.

Cada um tem o direito de seguir o seu próprio caminho.

Anelize e Kayle Haines, Kassandra e Brian McFrozee, e Samantha e Brandom McFrozee, haviam escolhido seu caminho no dia em que resolveram entrelaçar seus destinos.

O coração de cada um deles agora tinha um calor a mais. Era o calor do amor.

Alguns acreditam que o amor nunca morre, e eu sou uma dessas pessoas.

E não adianta nada dizer que tudo é certo Até que se prove o contrario por que certas coisas são realmente improváveis, mas ainda assim são reais e inquestionáveis.

O amor é uma delas.