Como Um Sonho escrita por Night Crow


Capítulo 22
We could've fallen in love


Notas iniciais do capítulo

WE WISH YOU A MERRY CHRISTMAS AND A HAPPY NEW YEAR!!
ACABEI DE TERMINAR, ALELUIA. ENFIM, A TEMPO, AINDA NO NATAL. enjoy e deixem comments, só três pessoas comentam sendo que eu tenho 9 leitores -.- e isso me deixa sem criatividade, então se querem que eu continue postando, e talvez com mais frequência, comecem a aparecer. tem uns leitores que eu nem conheço, hm.



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Desde pequena eu sempre fui considerada a melhor da classe nas escolas em que estudei, e em Hogwarts não era diferente. Eu era a segunda mais inteligente da casa da Grifinória, sendo apenas superada por Hermione. E depois que você é considerada a “nerd” da turma, tem de conviver com as provocações dos outros “menos inteligentes”. Não que isso faça diferença para mim, é claro, pois não tenho culpa de eles terem menor capacidade intelectual, mas às vezes eles me irritam. E foi o que aconteceu hoje.

– Ei, espertinha, você e a sangue ruim não irão deixar mais alguém responder as perguntas do professor hoje? – perguntou Petúnia Greyves, da Sonserina, com um sorriso de escárnio. Ela era, também, uma das minhas mais recentes inimigas – não que eu tivesse muitas.

– Ah, Petúnia, nem adianta perguntar, todos sabem que não. – intrometeu-se German Peeves, o namorado da loira. Ele também era da Sonserina e os dois juntos não chegavam a ser mais inteligentes que uma porta. Eles se afastaram rindo, enquanto Hermione chegava ao meu encontro, junto com Harry e Ronald.

– De que eles estavam rindo? – pergunta Mione.

– Nada. – faço questão de não perder meu tempo contando. – Vamos.

E assim, seguimos para a aula de poções. O professor entrou já anunciando as páginas do livro que deveríamos resolver nos pergaminhos individualmente e pôs-se a esperar pacientemente sentado em sua mesa.

– Terminei. – murmuramos Hermione e eu ao mesmo tempo. Olhamo-nos de soslaio, e levantamos, ao mesmo tempo, para entregar o dever ao professor.

Carol’s P.O.V off

Do outro lado da sala, Petúnia Greyves e German Peeves conversavam, enquanto lançavam à Carol um olhar de total desgosto.

– Eu adoraria se um leão comesse ela, então eu nunca mais teria que olhar aquela cara de idiota dela. – reclamava Petúnia, cruzando os braços.

– Não se preocupe com ela, querida, eu faria qualquer coisa para ver-te feliz. – contou German, olhando para Petúnia.

– É mesmo? – perguntou-lhe ela, virando-se para encará-lo e deixando de lado o dever.

– Pois sim, meu amor.

– Pois então... Andei com algo em mente para acabar com a santinha ali. – disse a loira, apontando discretamente para Carol, que escrevia algo em seu pergaminho.

– E o que seria, Petúnia? – perguntou-lhe o namorado, tentando soar interessado.

– Você daria uma lição nela por mim? – pediu ela, fazendo bico. Ele pareceu confuso.

– Como assim? – perguntou, recebendo um olhar sugestivo da garota logo em seguida. – Tipo... Bater nela? – concluiu, incrédulo com o pedido de Petúnia.

– Bem... sim. – disse ela, mostrando indiferença. O garoto olhou-a totalmente descrente, mas logo recompôs-se.

– E quando gostaria que eu o fizesse? – fez mais uma pergunta - a última, talvez -, engolindo em seco.

– Hoje. – disse a loira, após pensar por um instante. – Quero que a convide para conversar, invente qualquer coisa, e leve-a para as masmorras, perto de nosso salão comunal, mas um pouco mais para cima, se é que me entende.

– Petúnia, você tem certe...

– German, não me questione. Faça isso ou nunca mais olhe para mim. – ameaçou ela, interrompendo a fala do namorado.

– Sim, Petúnia, tudo o que quiser. – suspirou German, vencido.

Carol’s P.O.V on

Logo após a aula acabar, German veio ao meu encontro e, mesmo com o desgosto muito bem visível em sua face, tratou de postar-se ao meu lado e encarou-me. Olhei para meu amigos – que esperavam-me na porta da sala – e dei um sinal para irem, e foi isso que fizeram.

– Deseja algo, Peeves? – perguntei cansada.

– Sim, conversar com você.

– Já está o fazendo, se não percebe. – disse, guardando os últimos livros em minha bolsa e já me dirigindo à porta.

– Não, espere. – parei e encarei-o. Ele mantinha a expressão séria. – Quero dizer, em particular, depois do jantar.

– E onde seria esta... conversa? – perguntei lentamente, pausando e enfatizando a última palavra.

– É uma surpresa. – German sorriu de canto. – Certo?

– Hm... certo. – respondi, após pensar um pouco. Esperei que ele saísse, para que depois eu pudesse fazer o mesmo, mas quando estava saindo ouvi o professor Snape chamar meu nome.

– Sim, professor? – virei-me imediatamente à menção de meu nome.

– Venha cá, por favor. Preciso ter uma conversinha com você. – seu tom de voz fez meus pelos levantarem, mas voltei para dentro da sala e sentei-me na cadeira que ele havia conjurado, em frente a ele.

– A-algum problema, professor Snape? – perguntei, tentando manter firme a minha voz.

– Não extamente. – disse ele, que parecia estar engolindo algo de gosto ruim. Eu apenas assenti com a cabeça.

– Percebi seu grande desempenho em minha matéria – fez uma breve pausa e continuou. – Então queria parabeniza-la e dar-lhe isto. – ele mostrou um pequeno pedaço de pergaminho dobrado.

Peguei o cartãozinho e abri, vendo as seguintes escritas:

“Cara aluna,

Você claramente deixou-me impressionado, mais ninguém além da aluna Granger foi capaz de tirar ótimas notas em minha matéria. E, como forma de agradecimento por prestar atenção em minhas aulas e fazer todas as tarefas corretamente, dou-lhe este pequeno cartão para demonstrar meu respeito por tão boa aluna.

Professor Snape.”

Após ler o que havia escrito, encarei o professor, desconfiada. Ele não demonstrava estar sentindo nada, estava com a expressão vazia.

– Podes sair agora, Valery. – ele me dispensou.

– Claro, obrigada. – levantei-me e saí da sala, ainda estranhando o fato de que o professor de poções havia me tratado bem, e encararei o pequeno pedaço de pergaminho em minhas mãos.

...

– Carol! – Hermione chegou me arrastando para o sofá do salão comunal, onde estavam sentados os meninos.

– E aí, Carol, o que o Peeves queria com você? – apressou-se a perguntar Ron.

– Ah...

– E por que demorou tanto? – interrompeu Harry.

– É que...

– E que papel é esse? – foi a vez de Hermione perguntar.

– Acalmem-se! – eu disse alto. Os três calaram-se imediatamente. – Ótimo. Primeiramente, o Peeves disse que queria conversar comigo depois do jantar e disse que o lugar era uma surpresa. O motivo? Nem me perguntem, por que eu também não sei. – tratei de continuar quando vi que Ron abriu a boca.

– Estranho, e por que demorou? Tem algo a ver com o pergaminho em sua mão? – Harry arrancou o cartão de minha mão.

– Certamente. Snape deu para mim, e foi por este motivo que demorei. Após Peeves sair, ele me chamou e disse algumas coisas, depois me deu o pedaço de pergaminho e me dispensou. – expliquei, me arrumando no sofá.

– O morcegão? Está brincando? - Ron olhou-me incrédulo, enquanto Mione estapeava seu braço.

– Leia o papel se duvida. - eu disse, cruzando os braços.

– Certo.

...

No jantar...

– Creio que o Peeves desistiu de vir conversar comigo. – disse eu, enquanto terminava de comer meu pudim.

– Acho que não... Olha ele bem ali. – apontou Hermione. Virei a cabeça e o vi chegar com um pequeno sorriso no canto dos lábios, que logo se desfez quando ele chegou mais perto.

– Carol... – começou ele.

– Certo. – suspirei cansada e levantei-me. Ele virou-se e começou a andar, e eu o segui.

Íamos descendo as escadas, e apesar de já estar em Hogwarts por um bom tempo, eu me sentia mais perdida que cego no meio de tiroteio.

– Para onde estamos indo? – perguntei, enquanto o medo começava a espalhar-se por mim.

– Surpresa. – ele parou abruptamente e por pouco não colidi com ele. Ele agarrou meus ombros e me jogou no chão com toda sua força.

– Ai, o que pensa que está fazendo? – tentei me levantar, mas ele já tratou de fazer isto. Ele prendeu-me na parede e segurou meu rosto com as duas mãos.

– Tudo pela Petúnia... – murmurou, e me olhou profundamente nos olhos antes de me dar um tapa.

Carol’s P.O.V off

Draco's P.O.V on

Salão principal, na mesa da Sonserina...

– Está olhando o que, Draco? – perguntou Crabbe. Eu apenas revirei os olhos, sem responder.

“Onde ela vai? E por que com o estúpido do Peeves?”, pensava, enquanto observava Carol sair do Salão Principal com o cara de sapo velho. Dei de ombros, enquanto terminava de comer.


Depois de comer, eu fui o primeiro a sair do Salão Principal para voltar ao comunal. Crabbe e Goyle me acompanhavam, e estávamos discutindo qual dos dois era mais inteligente que um peixe. Pouco antes antes de chegar ao salão comunal, eu ouvi vozes e mandei os dois gorilas ao meu lado calarem a boca. E então, percebi o que era. O que eram, na verdade. Carol e Peeves estavam a pouca distância de mim, e os dois discutiam.


– A Petúnia é uma vadia mesmo! – dizia ela, com a voz fraca. - E você é um otário por fazer o que ela quer, seu lixo!

Eu apurei os ouvidos, escutando atentamente a briga. O que estranhei foi o fato de Carol ter chamado a Greyves de vadia. Geralmente ela era educada e só usava palavras que só as crianças usam.

– Calada! – ouviu-se o barulho de um tapa. – A única vadia aqui é você! Outch!

Eu dei uma olhada e vi German Peeves dobrado ao meio, com as mãos na barriga. Mas este logo levantou-se derrubando Carol e distribuindo-lhe chutes e socos enquanto ela tentava se proteger. Eu logo saí de onde estava e agarrei Peeves pela blusa, dando-lhe ao menos três socos no rosto, antes de pressioná-lo contra a parede, ainda segurando a gola de sua blusa.

– Encoste mais um dedo nela, que eu mato você, seu verme. – disse eu, com a voz baixa. Peeves, já com os olhos pesados, foi arremessado com força ao chão e sua cabeça bateu com tudo sobre o último degrau da escada. Abaixei-me ao lado de Carol – que estava tentando levantar-se, em vão – e ajudei-a a ficar de pé.

– Draco? – sussurrou ela, tentando não cair.

– Deixe eu te carregar, talvez você não consiga chegar lá em cima neste estado... – começei a dizer. Então, me virei e vi que Crabbe e Goyle nos olhavam sem entender nada. Típico. - E vocês dois, mexam-se. Tirem esse saco de lixo daqui. - ordenei, e eles se apressaram em tentar tirar Peeves do caminho.

– Me carregar? Ah, não, obrigada. Creio que posso andar sozinha. – Carol voltou a falar, e ao dizer isso, ela desequilibrou-se e quase caiu.

– Estou vendo. – eu revirei os olhos.

– Eu não quero que você me carregue, Draco. – ela reclamou, mas reprimia um sorriso.

– Certo, então. Fique do meu lado. – eu abraçei-a de lado.

– Mas e o Peeves? – ela apontou para o corpo que estava sendo carregado pelos dois patetas.

– Deixe que eles o levem daqui. Ele teve o que mereceu. – meu tom de voz era de desgosto.

...

– Mas o que realmente aconteceu? – eu perguntei, quando chegamos à enfermaria.

– Eu não... Ai! – ela exclamou subitamente, quando eu encostei a mão em suas costas. Eu murmurei um “desculpe” e ela voltou a tentar explicar, enquanto eu a ajudava a sentar em uma cama. – Bem... eu não sei o por que de tudo aquilo... Ele havia dito que queria conversar, e que o lugar era uma supresa, antes de tudo. Quando chegamos, ele disse algumas coisas e disse que a Greyves o mandou fazer aquilo, e como ele é o escravo dela... Mas eu não fiz nada para os dois, eu juro!

– Eu não disse que você fez algo. – eu disse com um sorriso no canto dos lábios. Seu rosto pareceu queimar, adquirindo um leve tom rosado.

– Olá, queridos. Desculpem a demora. Ah, o que foi que aconteceu? - Madame Pomfrey apareceu do nada, assustando Carol e eu.

– Ah, é, é que... ah... – nós dois tentavamos explicar, mas era em vão.

– Foi um acidente. – emendei rapidamente com a primeira coisa que me veio à mente.

– É, foi isso, um acidente. – confirmou Carol, assentindo com a cabeça.

– Ah, certo. Oh – disse a enfermeira, olhando para Carol com horror -, que corte é esse ao lado de seu olho? Oh, meu Merlin, está horrível. Deixe-me arrumar isto. – e, com um aceno de varinha, não se via mais nada no rosto de Carol. - O que mais está doendo, querida?

– Tudo.

Draco's P.O.V off

...

Carol’s P.O.V on

Depois daquele episódio constrangedor, eu estou com vontade me trancar em uma caixa e nunca mais sair dela. No momento, eu estava subindo para a torre da Grifinória com um certo loiro irritante ao meu lado. Eu tentei protestar e convencê-lo de que eu poderia ir sozinha, mas ele não aceitou negações.

– Não precisava estar aqui comigo. – eu repeti, pela milésima vez.

– Calada, espertinha. – ele disse, após revirar os olhos teatralmente. Até ele estava usando este maldito apelido?

– Ah não, até você? – ele riu, e eu ri junto por que não aguentaria ficar séria naquele momento. – Bem, chegamos.

– É. Acho que é isso.

– Eu... quero agradecer por ter me... ajudado, talvez, com o Peeves. Aquele garoto é forte. – eu disse e ele sorriu.

– Não foi nada. Eu senti que algo de ruim estava para acontecer quando vi os dois saindo para...

– Conversar.

– Sim, certo, conversar, e... – suas bochechas tomaram uma cor avermelhada. – Bem... você já sabe... – ele passou a mão pelo cabelo, sem graça, evitando contato direto com meus olhos.

– Sim, e agradeço muito a sua preocupação. – eu disse em tom de brincadeira, mas com um sorriso sincero. Ele finalmente olhou para mim, envergonhado e mais vermelho ainda. Toquei levemente seu rosto e estalei um beijo em sua bochecha. – Boa noite.

– Ah, boa noite.

– Eu já vou indo, é. – ele apenas assentiu positivamente com a cabeça e eu me afastei, ficando de frente para o quadro da mulher gorda. – Saliva de dragão... eu acho. – sussurrei a última parte. Quando o quadro se afastou e eu entrei, dei uma olhada para trás, vendo que Draco já estava descendo as escadas, e fui correndo para o dormitório feminino, vendo que Hermione ainda estava acordada e que quase pulou em meu pescoço quando entrei.

– Carol! Eu já estava preocupada, garota! Por que demorou? Como foi a conversa e onde foi? E o que ele disse? – desatou a perguntar. Sentei-me na cama e chamei-a para sentar ao meu lado, disposta a explicar tudo até a parte em que Peeves e eu começamos a discutir para ela e para os meninos em outra hora.

Aquela, definitivamente, foi a melhor e mais confusa noite que eu já tive.


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Notas finais do capítulo

Leave comments! Kisses, me. ~ps. acabei de modificar metade da história, qualquer erro me avisem, apesar de que irei ver agora mesmo.~