Como Um Sonho escrita por Night Crow


Capítulo 20
Maldito Potter


Notas iniciais do capítulo

Bem, este é o último capítulo que posto aqui, espero que gostem. Beijos.
OBS.: Leiam, pelo amor dos deuses e de tudo que é mais sagrado, as notas finais.
~hiatus~



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Depois que a aula de Transfiguração acabou, seguimos para perto de uma das estufas onde eram as aulas de Herbologia. Parado ao lado da professora, que nos aguardava defronte à porta da estufa um, estava um Lockhart estupefato e cheio de si, não sei – e nem quero saber - por que. Quando chegamos mais perto, ele logo se voltou para Harry, que entrou em desespero e tentou se enfiar em minha capa, por trás.

– Sai daí, Harry. – Reclamei, vendo-o sair choramingando.

– Oh, Merlin, de novo não... – E assim, aproximou-se de Lockhart, que logo deu mais um de deus sorrisos-que-dão-vontade-de-socá-lo e colocou a mão grande no ombro de meu amigo.

– Bem, Harry, veja, andei conversando com... – Não quis ouvir a conversa, voltei-me então para a professora, que também não estava aprovando a situação, mas deixou que Harry conversasse com Lockhart, a contragosto, é claro.

– Estufa três, sigam-me.

Quando entrei, fiquei ligeiramente impressionada com a quantidade de plantas exóticas que ali havia. Elas eram tão diferentes e tão... humanas. Quero dizer, tinham boca e olhos, eu realmente achei que estivesse imaginando coisas.

– Bem, crianças, podem ir até suas mesas. – Começou a professora, animando-se. Ela estava parada atrás de uma mesa de cavalete no centro da estufa. Havia uns vinte pares de abafadores de ouvidos de cores diferentes arrumados sobre a mesa. Postamo-nos à nossa mesa e então notei a casa verde e prata a nossa frente. Então, Harry chegou e postou-se em meio a Mione e Rony. - Vamos estudar mandrágoras hoje. Agora, quem é que sabe me dizer as propriedades da mandrágora?

A mão de Hermione subiu rapidamente, quase batendo em meu rosto. A professora apontou para ela.

– A mandrágora é um tônico reconstituinte muito forte. – Ela se arrumou, ou seja, se empinou toda para falar isso. – É usada para trazer de volta as pessoas que foram transformadas ou foram enfeitiçadas em seu estado natural.

– Excelente! Dez pontos para a Grifinória. – Diz a professora, batendo palmas. As cobras a nossa frente apenas reviravam os olhos. – A mandrágora é parte essencial da maioria dos antídotos. Mas, é também perigosa. Quem sabe me dizer o porquê?

A mão de Hermione subiu ao ar novamente.

– O grito da mandrágora é fatal para quem ouve. – Respondeu prontamente.

– Perfeito, mas dez pontos. Agora, as mandrágoras que temos aqui ainda são muito novas.

Ela apontou para uma fileira de tabuleiros fundos ao falar, e todos se aproximaram para ver melhor. Umas cem moitinhas repolhudas, verde arroxeadas, cresciam em fileiras nos tabuleiros. Não pareciam ter nada de mais para mim, que não fazia a menor idéia do que Hermione quisera dizer com o "grito" da mandrágora.

– Agora apanhem um par de abafadores de ouvidos — mandou a professora.
Os alunos correram para a mesa para tentar apanhar um par que não fosse peludo nem cor-de-rosa. Acabei por pegar um marrom escuro. - Agora, crianças, quero que façam duplas. – Os murmúrios logo começaram a se espalhar por toda parte, mas a professora levantou a mão como pedido de silêncio e enfim este dominou a estufa.

Eu olhei de esguelha para Hermione, mas esta estava ocupada demais olhando para Harry, então desviei meu olhar para Ron, que estava preocupado em encarar Hermione. Revirei os olhos e olhei para a mesa a frente, tentando encontrar alguém simpático o bastante para observar. Mas então, como a vida me odeia, acabo por bater os olhos em um certo loiro aguado, que – eu acho – já estava me encarando há um bom tempo. Desvio rapidamente o olhar do dele para o da professora, que encarava a todos com um sorriso estampado na face.

– Não, não, queridos. – Ela sorriu mais ainda. – Sou eu quem escolherei as duplas.

– Como é que é? – Ouvi Harry falar.

– O que ela pensa que está fazendo? – Rony diz, parecendo extremamente indignado.

– Ah, Rony... Acalme-se, não deve ser tão ruim assim. – Sorrio, colocando uma mão em seu ombro e ele fica mais vermelho que um pimentão.

– As duplas serão mistas – A professora avisa –, serão de meninos da Grifinória e meninas da Sonserina e vice-versa. De acordo, turma? – Vários “nãos” ecoaram pela estufa. – Que ótimo que estão de acordo, meus queridos, comecemos formando da direita para a esquerda, ou... Ou melhor, faremos o seguinte. Vocês irão com a pessoa que está a sua frente.

Todos então, a contragosto, formaram seus pares, e eu, claro, quase endoidei quando vi que Draco estava a minha frente. Mas, como hoje o dia está bom, vi que ele revirou os olhos quando uma outra garota da Grifinória fez par com ele. Olhei para seu lado e uma garota mal encarada me olhava ameaçadoramente, como se esperasse o momento certo para me matar. Dirigi-me até ela, não sem antes contornar meu “querido amigo”, e parei ao seu lado.

— Quando eu mandar vocês colocarem os abafadores, certifiquem-se de que suas orelhas ficaram completamente cobertas. Irei demonstrar aqui, neste momento, o que vocês terão de fazer. — Tratou de continuar a professora. — Quando for seguro remover os abafadores eu erguerei o polegar para vocês. Certo... Coloquem os abafadores.

Coloquei meu abafador marrom fofinho nas orelhas e senti algo tão... bom. Não sei descrever, mas parecia que eu estava preste a flutuar. É claro que isso não acontecerá, pois é apenas um abafador, mas quando o coloquei ele me deixou mais calma, deve ser a falta do barulho mesmo. A Profª. Sprout colocou o seu par peludo e cor-de-rosa nas orelhas, enrolou as mangas das vestes, agarrou uma moitinha de mandrágora com firmeza e puxou-a com força. Deixei escapar uma exclamação de surpresa, seguida por uma boca entreaberta.

Ao invés de raízes, um bebezinho muito, muito, mas muito feio – certo, estou exagerando, mas ele era feio pra caramba – saiu da terra. As folhas cresciam diretamente de sua cabeça. Ele tinha a pele verde-clara malhada e era visível que berrava a plenos pulmões. A professora tirou um vaso de plantas grande de sob a bancada e mergulhou nele a mandrágora, cobrindo-a com o composto escuro e úmido até ficarem apenas as folhas visíveis. Depois, limpou as mãos, fez sinal com o polegar para os alunos e retirou os abafadores dos ouvidos.

— As nossas mandrágoras são apenas miudinhas, por isso seus gritos ainda não matam. — Diz ela calmamente, depois que retiramos os abafadores. – Mas, elas deixarão vocês inconscientes por varias horas, e como tenho certeza de que nenhum de vocês quer perder nenhuma aula certifiquem-se de que seus abafadores estão no lugar antes de começarem a trabalhar. Chamarei sua atenção quando estiver na hora da saída. Dois para cada dupla, há um bom estoque de vasos aqui, o composto está nos sacos ali adiante, e tenham cuidado com aquela planta de tentáculos venenosos. Está criando dentes. – Ela deu uma palmada enérgica em uma planta vermelha e espinhosa ao falar, fazendo-a recolher os longos tentáculos que avançavam sorrateiramente por seu ombro.

– Eh... Oi, qual seu nome? – Tentei cumprimentar a garota que estava ao meu lado.

– Te interessa? – Respondeu rispidamente.

– Ah, então... tá certo... – Escutei alguns alunos ao meu lado – vulgo Draco e alguns panacas ao lado dele – abafando o riso. Ignorei-os e tornei a colocar os abafadores, seguida por todos os alunos.

A Profª. Sprout fizera a tarefa parecer extremamente fácil, mas não era. As mandrágoras não gostavam de sair da terra, mas tampouco pareciam querer voltar para ela. Contorciam-se, chutavam, sacudiam os pequenos punhos afiados e arreganhavam os dentes. Eu gastei dez minutos inteiros tentando espremer uma planta particularmente gorda dentro de um vaso.

– Entra, desgraça. – Digo, mesmo sabendo que ninguém estaria ouvindo.

Quando terminei, ou melhor, quando todos terminaram, retiramos os abafadores. Eu estava tão cansada que minhas pernas tremiam, parecia que aquilo era uma pedra gigante e não uma planta em forma de bebê berrante. Passei a mão pela testa, enxugando o suor e soltei um longo suspiro.

– Cansada? – Ouço alguém perguntar para mim. Viro-me e encontro-o encarando-me de forma engraçada.

– Ah, é... Sim. – Não teria outra coisa para dizer, e aliás, estava realmente cansada.

– Naturalmente. – Ele fica um tempo sem dizer nada. – Ei.

– Sim?

– Está planejando fazer algo amanhã a tarde? – Pergunta, parecendo se esforçar para fazer isso.

– Ah... – Penso por um instante. – Bem, Harry me convidou para ver o treino de quadre... quadribol, claro. Fora isso, nada, por quê?

– Ah, eu deveria saber... Nada, esqueça. – Ele se afasta.

– Certo. – De alguma forma, aquilo me entristeceu, mas logo esqueci e me juntei com meus amigos.

A aula acabou e fomos dispensados. Estamos a caminho do castelo para almoçar e sofrer mais nas outras aulas.

– O que houve? – Pergunta Mione, vendo a expressão em meu rosto.

– Ah... nada. – Respondo, olhando para o céu procurando me acalmar.

– Diga, por favor, foi algo que o Malfoy te fez? – Perguntou Harry. – Notei que ele estava falando contigo antes de sairmos.

– Ah, bem, sim mas não... Digo, não exatamente.

– O que ele fez? Vou quebrar a cara daquele idiota... – Diz Rony, ficando vermelho.

– Não, Rony, por favor, não faça nada. Ele só... Bem, ele perguntou se eu teria algo para fazer amanhã à tarde. Só isso, viu? Uma simples pergunta... – Respondo rapidamente, interrompendo-o.

– Hm, que estranho. – Diz Hermione. – Mas... se foi só isso... Oh, bem, vamos logo, estão todos entrando no castelo e nós ainda estamos aqui.

Eu realmente não esperava uma reação dessas de meus amigos, principalmente de Rony, achei que eles ficariam fazendo piada de mim mas não foi bem o que aconteceu, eles andam meio estranhos ultimamente – disse quem acabou de acordar de um sono de duas semanas. Não tenho coragem para perguntar à Draco o que ele queria agora a pouco, então deixarei para ver amanhã, quem sabe talvez eu descubra...


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Notas finais do capítulo

Eu quero esclarecer uma coisinha aqui: Hiatus.
Mas por quê? Eu estou passando por coisas muito difíceis e não consigo entrar quase nunca, então não faria diferença, já que vocês não se importam se eu posto ou não. Então... Não faz diferença se eu posto ou não, pois já estão acostumadas com minhas demoras. NÃO quer dizer que ABANDONEI a fic. Apenas quero dar um tempo para relaxar a cabeça. Esse foi difícil de fazer e quase não o fiz, pois eu quase morri para achar a parte das mandrágoras e etc. além de não ter ficado exatamente como eu esperava. Espero que compreendam, passar bem.
Beijos sinceros, Pure Blood.