Rua 35 escrita por Keroro


Capítulo 24
Kai


Notas iniciais do capítulo

Okay, essa deve ser a milessima vez que eu peço desculpa por demorar tanto pra postar um capitulo. Mas, dessa vez foram vários motivos, dentre eles uma cirurgia, mudança de casa, provas na escola e o principal a preguiça rç
Enfim, eu quero dedicar esse capitulo primeiro pra todos os meus leitores que não me abandonaram, pra Nath, pra Yans que revisou 'çaporra e pro Bruno que nunca leu minha fic mas leu esse capitulo e ficou traumatizado rç
Boa leitura.



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O homem andava pelas ruas. Sozinho.

Tinha um sorriso maníaco no rosto.

“Qual é a graça?” Nenhuma. Mas esse era um dos vários efeitos provocados pelos remédios que ele acabara de tomar.

Tudo lhe parecia bom. Tudo era perfeito enquanto os efeitos não acabacem.

Todo dia era a mesma coisa. Injetavam-lhe uma dose cavalar na veia e ai começavam os efeitos.

O desejo de matar, de perseguir sua presa. De observar o desespero em seus olhos. Os gritos de socorro, que nunca eram ouvidos por outras pessoas. Além dele.

Só ele estava lá para ver suas lagrimas. Sejam elas de arrependimento ou de ódio.

E então a vitima morria. Seus gritos sessavam, seu coração parava.

O desejo de matar apenas aumentava.

Ele matara sete pessoas naquela noite. Nenhuma era inocente.

Aos olhos dele, é claro.

Tortura e matar eram o seu trabalho. Além de garantir a segurança do seu chefe.

O nome deste homem sádico com desejo de sangue era Kai.

Ele era o segurança do mais alto escalão que Eles poderiam ter.

Foi-lhe concedida essa honra exatamente por ser tão sanguinário.

Ele e Clarisse faziam o  melhor time de assassinos e torturadores que Eles tinham.

Mas faltava alguém. Alguém que Eles nunca teriam. Micki.

A pessoa que Eles mais desejavam estava atrás dele nesse momento. Tentando descobrir o que ele fazia. Todos os seus passos.

Junto com os Observadores ela formava um time ótimo. Mas ela tinha suas fraquezas, é claro. E ele sabia qual era a principal.

Ele poderia usa-lo contra ela, seria fácil. Mas ele não queria matá-la, nem tão pouco ao jovem que estava com ela. Isso não faria com que tivesse prazer. Não a odiava. Pelo contrario, a admirava.

         A ela e aos outros que estavam com ela.

O motivo? O fato de que ela fazia uma coisa que ele não teria coragem de fazer nem em seus sonhos.

         Sim. Kai os odiava, mesmo fazendo parte d’Eles.

Ele odiava o fato de ter que ser dopado para matar, odiava o fato de ter que ser dopado para dormir. Odiava que tivesse que proteger o homem que mais odiava.

         Mas, acima de todas essas coisas, odiava o fato de que Eles tivessem mandado estuprar e matar a única pessoa que tinha cuidado e gostado dele. Sua mãe.

Eles não perdoavam. Perdão era uma palavra que não existia em seu vocabulário.

Era um bando de psicopatas.

         Eles não sentiram nenhum pingo de culpa por fazer uma criança de 10 anos assistir ao estupro da própria mãe.

         Por essa razão ele não conseguia dormir. A cena e os gritos de sua mãe sempre lhe visitavam a noite, durante o sono. Mesmo tomando mais sonífero do que deveria.

         Ele odiava o fato de ter que reviver isso todo dia.

         No meio de vários assassinos que não sujavam suas mãos de sangue, existiam também os que abusavam de crianças.

O próprio Kai sofrera abusos por parte d’Eles quando era menor.

Talvez isso explicasse o fato dele ser gay? Talvez sim, talvez não. Mas isso não importa.

         Nem tudo era de grande importância para o homem sádico que tem um sorriso no rosto.

         Ele sente culpa, mas o desejo de matar ainda é maior que isso.

Ele escuta um grito, um pedido de socorro. O grito vem de um beco próximo.

         Então ele corre.

Encontra um homem tentando abusar de uma jovem que aparentava ter seus 15 anos.

Ele grita.

O homem para e o observa, sem dizer nada. Então ele solta a jovem, que começa a correr e passa por Kai.

Ela olha-o, como quem agradece e depois se vai. Ele acena para o nada e se volta para o homem a sua frente.

- O que você estava fazendo? Ahn? – Kai grita.

- N-nada. – Responde o homem, se afastando.

- Nada? Isso agora se chama nada? Não me faça rir. – Disse Kai, indo até o homem e segurando-o pelo colarinho da camisa. – Você vai pagar pego que tentou fazer.

         Como das outras vezes um grito foi dado. Um pedido de ,”por favor,” não foi atendido.

         Sangue foi derramado mais uma vez. Não foi sangue inocente. Era apenas sangue sujo sendo derramado por uma criança que viu sua mãe penar até a morte.

         E não pode fazer nada.


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Notas finais do capítulo

Esse capitulo teria um flashback do Kai, mas eu achei que seria muito traumatizante, então cortei.
Enfim, reviews?