Suddenly escrita por Lara


Capítulo 7
7. Dente-de-leão


Notas iniciais do capítulo

OLÁAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA LEITORAS! E BEM-VINDAS ÁS NOVAS LEITORAS!

Tudo bem?

Primeiro, desculpem eu demorar um pouco para postar, meio que me deu um bloqueio de escritora, mas as músicas me ajudaram a terminar de escrever.

Segundo, estou sem palavras pelos reviews, sério, chocada, vocês são demais mesmo, amei todos! Dedico esse capítulo á todas que deixaram seus lindos comentários.

Boa leitura!



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– Eca, que olhar de apaixonada. - resmunguei para Emma. Recém tinhamos acordado e a menina estava com uma cara de quem podia me beijar.

– Diz isso porque não é você! Tra-lá-lá... - cantarolou ela e deu um giro pelo quarto. Eu mereço aguentar gente assim.

– Ok para de girar, sua apaixonada, agora vai se arrumar para ver seu amor logo! - falei empurrando ela para o banheiro.

– AH! É VERDADE! - ela gritou e correu feito doida para o banheiro. Só convivo com gente doida.

Quando estava sozinha, ri sonoramente. Isso era tão jeito Emma de ser. Se entregava ás emoções.

Antes que eu pudesse sequer me mexer, a porta se abriu, com uma voz dizendo:

– Vocês tem um... - Justin deixou a frase no ar quando me viu. Corei violentamente. Eu estava com um short de pijama que estava mais pra uma calcinha.

Arregalei os olhos e ele fez o mesmo. Porque ele não saía dali logo? Acho que estava meio sem reação.

– Hã... - ele tentou dizer.

Quando consegui sair do transe, peguei um travesseiro e joguei nele.

– Fora! - gritei.

Ele percebeu que ainda estava ali e saiu correndo e rindo.

Me atirei na cama, cética, pensando "esse dia já não começou bem".

****


Eu e Justin olhávamos disfarçadamente da cozinha, Chaz e Emma, se pegando no sofá.

– Eu não mereço ficar vendo isso. - disse Justin com cara de nojo e balançando a cabeça.

– Justin, para de olhar! - eu falei.

– Como se você não estivesse olhando - disse ele rindo da minha cara.

– Pelo menos eu disfarço - mostrei a língua para ele.

Tomei um gole do meu suco.

– O que nós vamos fazer hoje? - questionei.

– Sei lá, mas eu é que não quero ficar olhando essas cenas pornográficas na minha própria sala. Sou decente - ele disse rindo.

– Muito decente, nossa. - falei revirando os olhos - poderíamos ir ali na praia que tem na frente da pousada. - sugeri.

Ele me olhou de um jeito estranho, apertou minha bochecha e disse:

– Pode ser, aí poderei ver suas lindas pernas de novo - pegou seu copo e saiu da cozinha como se nada tivesse acontecido.

Acho que fiquei mais ou menos uns 5 minutos de boca aberta, absorvendo o que ele disse. Desde quando ele se atira para mim desse jeito? Que eu saiba, sou eu a transtornada de emoções.

Saí meio absorta, meio indignada da cozinha, e fui até o quarto, ignorando as pegações no sofá.

***


- UHUUUUUUUUL! - gritou Emma, correndo até chegar á areia.

Olhei para o mar, que estava em um lindo azul. Estou me segurando pra não correr até lá. Eu simplesmente amo o mar.

– Vamos entrar? - perguntei ansiosa.

– Mas já? - perguntou Justin.

– Estou com vontade tá. - eu disse fazendo bico.

– Pamy é o linguado. - disse Chaz rindo, fazendo a gente olhar para ele com uma cara de "hã?", como sempre. Todos, e todos os dias.

E ele revirou os olhos como sempre, como se fossemos suficientemente burros para entender o que ele fala.

– Linguado, peixe de A pequena sereia. - falou ele explicando.

– Vou fingir que não ouvi isso. - falei rindo.

– Awwwn, Chaz conhece A pequena sereia. - falou Emma beijando sua bochecha.

– Eca, que amor doce. Vou vomitar. - falou Justin fingindo vomitar em cima do casal.

– Você só está com ciúmes - falou Chaz mostrando a língua.

– Bom, já que eu estou morrendo de ciúmes - falei sarcástica - vou entrar no mar, beijo, me liga - disse rindo e soprando um beijo.

– Espera, nós vamos junto - falou Chaz. Mas eu já estava correndo. Os três estavam correndo atrás de mim, e de repente estávamos apostando uma corrida.

– O último a chegar é o Sebastião!!!!!!!!! - gritou Chaz, sua voz ecoando.

– Quem?! - perguntamos sem entender e franzindo o rosto por causa do vento.

– O carangueijo de A pequena sereiaaaaaaaaaa... - gritou Chaz correndo em disparada ao mar.

Começamos a rir descontroladamente e tropeçei nos meus próprios pés, caindo com tudo no chão. Sou muito sortuda.

Ficamos bastante tempo no mar. Chaz fingia ser o linguado, mas ignorei essa parte. Foi muito bom, a água estava perfeita.

– Acho que vai chover - disse Justin olhando para o céu.

– Vai nada.- falou Chaz.

– Claro que vai. - disse Justin com cara de desafio.

– Ah é? - falou Chaz, e os dois saíram nadando e brigando. Piores que crianças.

– Então, como anda a situação Jamy? - questionou Emma, com uma cara travessa, quando estávamos afastadas dos garotos.

Levantei um pouco a cabeça, porque estava boiando na água no momento, e arqueei a sobrancelha para ela.

– Jamy?

– Justin e Pamy... você sabe! - ela falou como se fosse a coisa mais normal do mundo - então?

– Sua paixonite invadiu a sua cabeça mesmo né! Nem existe essa situação Jamy aí.

– Tente se enganar, mas não tente me enganar - cantarolou ela, e saiu nadando, me deixando cheia de pensamentos confusos.

****


Saímos do mar quando um forte vento começou a bater. Me encolhi, me abraçando. Nossa, que gesto de forever alone, meu Deus.

Quando chegamos ao portão que separava a praia da pousada, começou a chover. E ia aumentando cada vez mais.

– O que eu disse mesmo sobre chover, Chaz?! - gritou Justin, sua voz meio abafada pelo vento.

– Cala a boca! - gritou ele de volta- Vamos, loirinhaaaaaaaaaaaaaa - Chaz pegou Emma no colo (que gritou histericamente) e saiu correndo feito louco até o quarto 5.

Depois de chegarmos logo atrás, enlameados, tomamos banho e Emma sugeriu que víssemos um filme.

– Já decidiram? - perguntei saindo do quarto.

Os três se encontravam emburrados, cada um em um canto. Dei uma gargalhada, parecia aquelas cenas de desenho.

– O que aconteceu? - perguntei rindo.

– Eu quero de terror - disse Justin virando o rosto.

– Eu de comédia - falou Chaz.

– Romance - disse Emma.

Revirei os olhos. Aiai, crianças complicadas.

– Então eu escolho - falei sorrindo.

Chaz se levantou imediatamente e correu até mim.

– Pamy, sabe que eu sei fazer um ótimo brigadeiro né? - ele piscou um dos olhos, tentando me comprar.

– Nada disso! - disse Justin indignado, entrando na frente de Chaz - Pamy, quem foi que te ajudou ontem, quando os preguiçosos não quiseram colocar sua mala em cima do guarda-roupa? Hein? Hein?

– Calem a boca, eu sou a melhor amiga dela. Rá! - falou Emma vindo em nossa direção.

Dei várias gargalhadas antes de responder:

– Não, não, queridinhos, eu vou escolher um que eu quiser. Hmmm, ficção - falei sorrindo.

– Não, nem pensar, não, nunca... - diziam eles.

Dez minutos depois, assistíamos um filme de ficção.

Apagamos as luzes, Justin e eu deixamos Emma e Chaz sentarem no sofá, para "se pegarem á vontade", como disse Justin. Então nós sentamos no tapete, encostados no sofá. Lá fora estava quase uma tempestade e já estava escurecendo. Perfeito para ver um filme.

Me aninhei mais ao cobertor, quando o filme começava. Estar tão perto assim de Justin, nossos ombros quase se tocando, fazia eu ficar tensa.

Pelo meio do filme, Justin pegou na minha mão discretamente, apertando meus dedos freneticamente. É claro que eu gelei, e minha pele parecia formigar.

Faz alguma coisa. Faz. Pamy, rápido, qualquer coisa.

Num movimento súbito, sem pensar, apoiei minha cabeça em seu ombro. O que estou fazendo?

Na sala, agora só se ouvia a lenta e pesada respiração de Emma e Chaz, que dormiam abraçados, e é claro, os barulhos do filme.

Para minha surpresa, Justin me puxou mais para perto dele, fazendo minha respiração quase parar. Meus olhos eram vidrados na tela, apesar de não estar vendo filme algum.

Com o dedo indicador ele traçava suaves círculos na minha barriga, tive que ter o maior cuidado para não encolher a barriga, que agora estava cheia de borboletas.

Eu estava praticamente abraçada ao Justin, e isso fez meus pensamentos girarem.

Sua mão passou de minha barriga até minhas pernas, que estavam cruzadas.

Ele as acariciava e apertava suavemente. Eu quis soltar um grande suspiro, mas me controlei. Ele está me deixando loooouca.

Quando ele entrelaçou nossas mãos, finalmente nossos olhares se encontraram. Acho que ele estava percebendo a confusão no meu olhar. Seus doces olhos cor-de-mel me fitavam profundamente. Ele se aproximou lentamente, ainda me fitando.

Mas acho que eu não podia deixar aquilo acontecer nesse momento. Não estou meio bêbada como estava na festa. Voltei a colocar minha cabeça em seu ombro. Ele entendeu o que eu estava tentando dizer. Dessa vez, encostou sua cabeça na minha.

Ficamos muito tempo ali, abraçados, como se isso bastasse.

Acordei subitamente um tempo depois. Esfregando os olhos, olhei para a janela, e estava uma completa escuridão. O relógio marcava quase três horas da manhã. Justin dormia de bruços no tapete, já não estávamos mais abraçados. Emma e Chaz estavam atirados no sofá, um para cada lado, dormindo profundamente, ligados apenas por suas mãos, mais do que juntas. Sorri com aquilo.

Eu estava completamente sem sono. Decidi sair daquele quarto, parecia que estava me sufocando. Abri silenciosamente a porta, para não acordar ninguém. Lá fora já tinha parado de chover e tudo estava seco.

Caminhei na noite quente, com um vento maravilhoso me refrescando. Passei pelas piscinas em destino á um gramado verde e seco que se estendia ali do lado. Deitei na grama e olhei para o céu. Estava lindo, milhares de estrelas e uma grande lua cheia.

– "Well I didn't tell anyone but, a bird flew by, and saw what I'd done..." - cantarolei uma música de minha banda preferida. Mas uma voz rouca me interrompeu.

– Sem sono? - disse Justin se deitando ao meu lado. Sorri com sua aparição.

– É - falei ainda sorrindo. Voltei a olhar as estrelas e Justin fez o mesmo.

Depois de um tempo, ele disse:

– Legal isso do Chaz e da Emma. - ele disse sorrindo e se referindo ao novo casalzinho.

No silêncio da noite, nossas vozes soavam solitárias ao vento.

– Não conversei com Emma sobre isso, mas fico imaginando quando acabar essa viagem.

– Uma coisa que penso, é que a gente não pode ficar imaginando o que vai acontecer, e sim aproveitar o máximo possível agora.

Ele falou e se virou para mim. Eu fiz o mesmo para ele.

– Tem toda razão - falei simplesmente. Agora estávamos deitados de lado na grama, um olhando para o outro.

– Mas acho que está tudo passando tão rápido. - falei arrancando um pequeno dente-de-leão da grama e girando na mão.

Ele assoprou o dente-de-leão no meu rosto, num movimento súbito ele ficou por cima de mim, apoiando as mãos no chão.

– Algumas coisas gostaríamos de paralisar no tempo - disse simplesmente, me fitando. Seu rosto estava muito próximo ao meu, e minha respiração estava acelerada. Podia sentir sua quente respiração.

Para minha surpresa, ele se levantou sem dizer nada, e saiu caminhando simplesmente.

Fiquei mais um tempo deitada ali, com o dente-de-leão na mão, e com meus pensamentos confusos, agora um pouco, só um pouco, mais claros.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Contem-me tudo!

beijos de Justin em suas bochechas, e até mais.

xoxo