Maze escrita por Livis


Capítulo 15
14 - "across this new divide"


Notas iniciais do capítulo

Música do capítulo:
http://www.youtube.com/watch?v=QnS09oQNexA
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Eita, esse capítulo é bem maiorzinho? É o maior da fic até agora... De qualquer jeito, se não gostarem do tamanho dele, eu posso continuar fazendo capítulos pequenos. O que vocês querem?
Enfim... Espero que gostem! *-*



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Maze, Chapter 14

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Tudo aconteceu tão rápido que Thomas não se lembrava de muita coisa, apenas se lembrava de Caine aparecer de repente e perfurar o braço de Patch, no qual depois caiu de joelhos no chão; urrando de dor enquanto o sangue jorrava.

- Corre! – Caine gritou para ele. – Corre, seu bosta! Corre!

Thomas havia ficado tão surpreso que não mexeu nenhum músculo, olhando boquiaberto para o moreno à sua frente, enquanto sentia Lena o segurando pelos braços arrastando-o para longe dali.

- Vamos, Thomas! – ela pediu quase que implorando. – Vamos sair daqui antes que a gente morra!  Precisamos encontrar Aydee!

O nome de Aydee despertou Thomas do seu transe, virando rapidamente o corpo para acompanhar Lena enquanto corriam em direção a um dos corredores entre os muros gigantescos, saindo do espaço que era a Cornucópia, que lembrava ligeiramente um pátio sangrento.

Os muros dos corredores que levavam para longe dos Carreiristas, agora mais de perto, Thomas pôde ver heras espessas sobre os muros, pelo menos os dos “corredores” que iam para os outros cantos da arena. É tudo muito estranho, pensava Thomas, a arena é estranha, mas ao mesmo, lhe lembrava de algo que havia ouvido falar a muito tempo...

- Ela pegou uma mochila e saiu correndo por esse canto. – ela falou ofegante pelo fato de ainda estarem correndo a todo velocidade por um tempo, Thomas um pouco mais a frente dela. – Os tributos do 3 fizeram o mesmo.

- Certo.

Eles viraram para o lado esquerdo, entrando em outro corredor e olhando mais adiante, puderam ver cinco pessoas. Chegando mais perto, reconheceram os rostos rapidamente.

- Aydee! – exclamou Lena se aproximando e quando chegou, colocou as mãos nos joelhos enquanto arfava pela corrida. – Suas... mochilas... as... armas... que armas vocês pegaram e o que tem nas mochilas?

- Nas nossas mochilas, apenas uma tinha comida. – ela respondeu. – E é somente um saco de biscoitos. Não dá nem pra um dia, não quando somos oito pessoas.

- Quando biscoitos têm? – perguntou Thomas se recostando em um dos muros com os braços cruzados, o cenho franzido. – E o que tem de resto nas mochilas? As armas?

- Temos doze biscoitos. Mas são pequenos. – respondeu Tyler, do 3. – De armas, eu peguei um mangual. – ele ergueu uma arma de haste de ferro tendo uma corrente embutida nele e na ponta tendo uma bola com diversos espinhos. – Daveigh uma dúzia de facas, Nate dardos, Aydee arco e flecha e Eileen não conseguiu pegar nenhuma arma.

- Onde está Caine? – Aydee perguntou de repente, arregalando os olhos. – Vocês não o deixaram lá, não é? Não é?!

O corpo de Thomas congelou.

Caine o havia protegido, por uma razão totalmente desconhecida, mas ele o havia protegido. E ele o havia abandonado lá, no meio do banho de sangue, com os Carreiristas.

- Ele ficou lá... – respondeu Lena mordendo o lábio inferior. – Mas ele vai voltar, pode ter certeza...

- Vocês não deviam ter feito isso! – Aydee estava se descontrolando. – Ele não vai sobreviver lá!

Thomas abaixou os olhos, culpado.

- Eu vou lá procurar ele. – ele disse se preparando para correr mais uma vez.

Aydee não pareceu se acalmar, mas pelo menos não estava mais gritando.

- Eu vou junto com você. – ela disse indo até ele. – Eu quero ir junto com você.

Thomas abanou a cabeça.

- Eu vou sozinho.

- Você está louco? – Lena perguntou franzindo o cenho enquanto fazia uma cara de descrença. – Se você for até lá, vai morrer também! Não tente dar uma de her... Thomas!

Mas antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, ele já havia partido em direção aos Carreiristas à procura de Caine.

***

Ele finalmente havia chegado ao corredor que levava à Cornucópia, no grande pátio aonde ela se localizava, olhando para os céus rezando que Caine não estivesse morrido e que nem os Carreiristas o matassem.

O céu havia escurecido mais rápido que poderia imaginar, já tomando a cor cinza para entrar no preto em breve.

Inicialmente, ele apenas olhou de relance a Cornucópia, se escondendo através do muro e das heras que o separava da morte na certa. Havia alguns corpos no chão, mas nenhum deles se encaixava no físico de Caine. Os Carreiristas agora não pareciam mais estar lutando e sim checando o que conseguiram pegar, o que significava praticamente tudo.

- Que merda, cara. – ele ouviu o tributo do 2 reclamando enquanto chutava algumas mochilas no chão. – Não temos muita comida. Só duas sacolas de biscoito e uma maldita garrafa de água.

Jonathan se levantou do chão e foi até o garoto, analisando a situação.

- Aqueles viados devem ter pegado toda a comida. – respondeu revirando os olhos. – Vamos caçar aqueles desgraçados mais tarde, matá-los e pegar toda a comida que conseguirmos.

- Eu vi o tributo do Distrito 5 e o do 10 entrar naqueles muros, nessa espécie de portão, sei lá. – resmungou Patch, e Thomas viu que tinha um grande curativo no braço ensanguentado, além de ter um na barriga também. – Lá deve ter comida.

Jonathan olhou bem para os dois muros gigantescos atrás da Cornucópia, como se fossem portas abertas com um pedido para que entrassem. E depois, olhou para o céu que já estava escurecendo.

- Vamos esperar mais um pouco. – e foi tudo o que disse.

Thomas tentou ir mais para o lado, para tentar ouvir mais o que falavam, mas foi impedido quando sentiu uma mão agarrar seu braço.

Ele quase teve um enfarto.

- Cara, calma. – falou Caine, revelando seu rosto agora, possuindo um olho roxo e diversos cortes pequenos no pescoço. – Sou seu aliado, bro.

Thomas grunhiu.

- Não apareça assim de repente. – ele resmungou. – Eu pensei que você tinha morrido.

Caine deu um risinho.

- Para seu azar, eu não morri. – ele foi um pouco para frente, olhando brevemente os Carreiristas e completou: – Eu não vou morrer tão cedo.

Thomas ia abrir a boca para falar algo, mas um barulho extremamente alto tomou conta de seus ouvidos, fazendo-o colocar as mãos sobre eles.

- Que merda é essa?! – um dos Carreiristas gritou tampando os ouvidos.

- São os muros! – Jonathan havia gritado. – Os muros estão se movendo!

Caine empurrou Thomas para o lado, se aproximando mais da borda do muro aonde se escondiam para tentar ver melhor a situação e depois de ter olhado por um bom tempo sem ter sido visto por ninguém, voltou para Thomas com uma expressão muito zangada.

- Merda. – ele resmungou baixinho. – Além dessa coisa ser um Labirinto, é um Labirinto que se mexe

REMEMBER. SURVIVE. RUN.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥
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