Maze escrita por Livis


Capítulo 12
11 - "strong 'till you break"


Notas iniciais do capítulo

Música do capítulo: http://www.youtube.com/watch?v=OLVLpT5w4Yc
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Espero que gostem!
ELENCO ATUALIZADO



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Maze, Chapter 11

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As tatuagens vermelhas estavam de volta ao corpo de Thomas, especialmente em seus braços e pescoço, como estava no dia do Desfile apesar de em vez de estarem de preto, as roupas tomaram uma coloração cinza. Agora eles finalmente tinham chegado a reta final, era a entrevista e amanhã seria o dia que entrariam na arena, seja lá como ela for.

Suas mãos estavam suando frio.

As entrevistas iriam demorar mais que o normal, obviamente, pelo número de tributos aumentado, mesmo que o 12 não contasse, já que ele fora destruído a muito tempo atrás. Thomas como todos os outros sabia da história, apesar de saber muito mais do que gostaria sobre certas coisas.

O último tributo do Distrito 6 acabara de terminar sua entrevista.

Era sua vez.

Ele obrigou os pés a caminhar até o palco aonde estaria o cintilante Perry Jagaciak, o novo entrevistador de todos os tributos; alegre, divertido e tinha um jeitinho especial de deixar os jovens desconfortáveis vasculhando com unhas e dentes seu passado e menosprezando qualquer ser que não tenha nascido na Capital.

Thomas automaticamente já o odiava como ele sentia que Perry o odiava.

- Thomas! – Perry exclamou alegremente – falso – ao ver o menino se sentar no sofá ao lado, abrindo um sorriso. – Então, me conte: o que mais gostou da Capital? Vamos lá, não tenha medo de ser sincero.

Ah, sim, ele pensou, eu vou ser sincero, pode deixar.

- De nada. – respondeu secamente.

Perry arqueou as sobrancelhas, deixando um vestígio de surpresa em sua face, enquanto ouvia a plateia espantada. Depois, pode se ouvir vaias para o menino.

Thomas apenas ergueu a cabeça de um modo vitorioso.

Perry deu um riso nervoso.

- Comediante, não? – e começou a rir, contagiando a plateia também, enquanto dava um tapinha no ombro de Thomas. – Eu disse para ser sincero.

- E eu fui. – respondeu firmemente.

Ele até já podia sentir Freddo esganando-o e batendo sua cabeça contra a parede.

- Thomas, Thomas... – ele disse um pouco mais baixo, se inclinando para sussurrar no ouvido dele: – Eu teria cuidado com a língua, a não ser que queira perder ela. Ou então fazer alguém que você ame muito pagar por seus pecados.

O corpo de Thomas se enrijeceu.

Perry voltou a posição normal e riu, como se tivesse contado a melhor piada do mundo. A plateia mesmo confusa o acompanhou.

***

- Eu vou matar você – ele dizia lentamente – eu vou matar você!

Freddo estava muito vermelho. Até respirava com certa dificuldade pela raiva, mas de repente, tão de repente que assustou Thomas, sua respiração voltou ao normal, apesar de o avermelhado rude ainda estar impregnado na pele lívida.

- Eu não precisarei fazer isso. – Freddo levantou as palmas na mão para o ar. – Você acabou de cavar sua própria sepultura depois do que disse na entrevista. Ofender a Capital? Ah, Thomas. Eu juro que pensei que você fosse mais inteligente. Sua morte poderia não ser tão dolorosa se ficasse de bico calado, porque você por si só é uma ofensa para a Capital, mas resolver soltar bostas pela boca aí já é demais.

Thomas fuzilou Freddo com o olhar.

- Chega. – Lena disse entrando no meio dos dois. – Já estamos estressados o bastante e não precisamos de mais nenhuma discussão.

- Mas eu...

- Não, Thomas. – ela disse virando-se para ele. – Se você fosse menos orgulhoso, saberia que aqui você não pode ficar se achando nem se mostrando, você tem que fingir que gosta deles, que está arrependido pelos erros de nossos antepassados e não ficar contra eles.

Ele não acreditava nessas palavras, não queria.

Amanhã ele entraria na arena. Ele tem o broche do tordo e isso não significa nada. O que ele poderia fazer na arena com o broche? Mostrar isso na arena para os Idealizadores de Jogos é um pedido de morte.

Sem saber o que fazer e com o sangue quente, cuspiu as palavras:

- Foda-se essa merda.

Ela piscou os olhos, incrédula.

***

Thomas estava deitado na cama, segurando o tordo em suas mãos, alisando-o com os dedos no material frio. Ele não conseguiria dormir esta noite, não sabendo que amanhã morreria.

- Eu sou um otário. – ele sussurrou para si mesmo, sentindo cada força de seu corpo se dissipar. – Eu sou um otário morto.

Ele bateu a palma da mão contra a cabeça com força, depois repetiu o mesmo golpe e outro e outro até sentir uma dor forte tomar conta em cada canto da cabeça.

Depois, sentindo cada músculo de seu corpo fraquejar, fechou os olhos com força ao ver sua visão queimar. Pela primeira vez de muitos acontecimentos, ele estava chorando.

E ele nunca chorava.

REMEMBER. SURVIVE. RUN.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Reviews??
E no próximo capítulo a diversão começa. ;)



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