Boulevard Of Broken Dreams escrita por F dQueiroz


Capítulo 2
Cap 2 - Definitivamente eu não tenho sorte


Notas iniciais do capítulo

Como eu sempre digo LEIAM NOTAS FINAIS ;)



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Quando eu olhei vi Ethan correndo em minha direção, na hora eu travei. Ele estava acompanhado com mais oito caras que mais pareciam lutadores de vale tudo. Despertei do meu transe e fiz a única coisa que fiz durante toda a minha vida. Corri. Corri como nunca havia corrido em todo a minha curta vida.

Agora você deve achar que eu sou um magricela, que não sabe brigar e tudo mais. Bem se você pensou isso você quase acertou. Eu não sou tão magro assim, mais também não tenho um corpo lá muito saudável.Agora brigas ? Bem não é querendo me gabar mais sempre fui bom em luta, na opinião dos outros. Isso mesmo, agora você deve pensar que já que eu sou tão bom assim deveria enfrentar eles e tudo mais certo? Errado. Eu tenho amor à vida, aqueles oito mais pareciam os filhos do diabo com aquelas caras assassinas, fora que eles estavam armados com tacos de beisebol.

Corri por todo Central Park, às vezes olhando por sobre os ombros, para ver se os tinha despistado. Até que não vi mais ninguém e parei.

- É essa passou perto - mal havia fechado a poça que escutei

- 'Ele foi por aqui vamos' - cara eu sou muito azarado.

Não ia conseguir ficar correndo por muito tempo meus peito doíam e minhas pernas mais pareciam gelatina, pensei, até que em um ato desesperado olhei para o lago e não pensei duas vezes. Pulei.

Cara se você verão eu não me importaria, mais em pleno inverno ? Achei que ia morrer com o impacto térmico. Meu corpo parecia que estava sendo banhado em acido, mais mesmo assim submergi em tempo de velos saltarem de trás de uma árvore.

Não sei quando tempo fiquei ali, meu pulmões imploravam por ar, mais eu sabia que se saísse do lago pior do que morrer afogado ia me acontecer. Até que não agüentei mais e dei um impulso em direção a superfície. Quando minha cabeça emergiu e inspirei, foi como se estivesse rasgado meus pulmões, mas não me importei. Como em um ato automático de sobrevivência, olhei ao redor. Meu coração teimava em querer salta pela boca em expectativa, mas quando vi que não havia ninguém, nadei em direção a margem.

Eu tremia tanto que parecia que meus ossos iriam sair e começar a dançar. Ótimo, pensei, so me falta ficar doente agora, só de pensar nisso estremeci. Eu com certeza não iria para um hospital, nunca mais na minha vida.Você deve estar me achado um louco ou algo do tipo. Eu ainda me lembro da primeira e única vez que entrei no hospital.

Flashback

'Na época eu tinha dez anos, ou seja já estava morando nas ruas a pelo menos dois, naquele dia em especial, eu estava com muita fome. Já fazia praticamente quatro dias que eu não comia, fora alguns biscoitos cheios de fungos que eu encontrei perto do píer.

Eu estava caminhado olhado às latas de lixos, sacos de cheetos jogados nas ruas procurando algo para matar a fome que cada vez mais estava se tornado insuportável. Foi quando eu senti um cheiro muito bom. Hoje pensando um pouco melhor, não era nem tão bom assim, mais a fome faz coisas incrível com você. Olhei em volta procurando a origem daquele cheiro, até que encontrei.

Aquela padaria era uma das mais movimentadas da região, e com certeza esse foi o único lugar que eu nunca consegui furtar nada. Não por falta de experiência, mais por que o dono de lá me causava medo. Hermes Cluster, com certeza era mal, segundo as pessoas os seus bolos eram os melhores. Mesmos alguns meses atrás quando eu somente passava por lá ele me parou e me ameaçou com uma faca no meu pescoço dizendo que se eu chegasse perto de uma de suas criações, leia-se bolos, eu ira virar o ingrediente do próximo. Desde então nunca havia se passado pela minha cabeça tentar alguma coisa para furtar aqueles bolos.

Até hoje. Eu já não agüentava mais de fome. Nem pensei nas conseqüências daquela ação. Caminhei furtivamente em direção a padaria e entrei. Olhei para os lados e vi que não havia ninguém, e caminhei com um pouco mais de confiança. Ele nem iria saber que fui eu, pensei, nem preciso falar que esse foi o meu erro Quando andei em direção ao bolo mais próximo, que era de um tamanho médio com cobertura azul, escutei um voz falar atrás de mim.

- Hora, vejam se não é o mendigo morto de fome - me coração gelou ao escutar a aquela voz. Me virei devagar e me deparei com um Sr. Hermes que me olhava com ódio.

- Não vai falar nada garoto - ele falou se aproximando e agarrando os meus braços - O que eu te avisei garoto - vociferou já arrancando um faca sabe se lá de onde e apontando para mim. - Mais como hoje eu estou de bom humor vou deixar você levar o bolo.

'Certo, com certeza tem algum caroço nesse angu' - pensei. Eu com certeza estava certo, minhas suspeitas so se confirmaram que ele me olhou com uma cara maligna e gritou.

- Chris, venha cá - passou-se alguns minutos que vejo um garoto com mais ou menos a minha idade, que mais parecia ser a miniatura do Sr. Hermes - Isso Chris, como você esta vendo temos um cliente que não é bem vindo. Que tal você mostra o nosso visitante como tratamos a gente da laia dele?

Aquela miniatura do mal me olhou com desdém e não falou nada. Apenas me arrastou para os fundos da padaria onde havia uma porta que levava para um quarto imundo, com cheiro de naftalina. Ele me jogou com força no chão e saiu trancando a porta atrás de si. Olhei para os lados procurando um saída, quando vejo a porta se abrir novamente e Chris entrar com o bolo azul em uma mão e um rolo de massa na outra.

- Bem fedelho - ele começou se aproximando de mim- Agora que tal você comer e lindo bolo azul

Eu não vou negar, eu estava com medo, muito medo. Até aquele momento eu não havia falado nada. Somente engoli em seco e neguei com a cabeça.

- Haa, mais agora você vai ter que comer imprestável - ele falou jogando o bolo na minha cara e começando a me bater com o rolo.

Eu chorava e tentava me afastar a todo custo de suas investidas. Como alguém pode ser tão ruim, pensei, aquele garoto ainda tinha quase a minha idade e era tão cruel quando o pai.

Eu já não sentia mais dor, minha visão estava embaçada, mais eu podia perceber um grande poça de sangue se formando ao meu redor. Nem percebi que ele havia parado de me bater e já me arrastava ajudado por alguém, creio que era o Sr. Hermes. Já estava escuro, quando eles me jogaram em um beco escuro e saíram correndo. Sendo que essa foi à última coisa que eu me lembro.

Acordei em uma sal branca, deitado em um colchão duro. Olhei ao redor e me dei conta que estava em um hospital mesmo nunca tendo entrado em um na minha vida. Eu estava olhado tudo atento quando a porta abre em um solavanco. E uma mulher muito bonita de aparente quarenta anos vestida com um jaleco branco me olhou com nojo.

- Então quer dizer que a peste acordou - ela falou, eu somente engoli em seco e continuei a encarando.

- Ta olhando que peste? Você teve sorte que te acharam ainda com vida, pois e fosse eu teria deixado você apodrecer lá... - ela ainda estava falando quando, outra mulher entrou , essa tinha cabelos e olhos castanhos e falou

- Que gritos são esses Afrodite? - perguntou, essa deferente a tal da Afrodite me olhava com os olhos bondosos que por um momento me fizeram esquecer tudo que eu passei.

- Hora Sally, você ainda pergunta? Tem um mendigo. Escutou bem? Um mendigo aqui dentro desse hospital. Eu não atendo esse tipo de gente.

- Pare com isso Afrodite, você se formou para salvar vidas não para...

- Isso mesmo vidas. Vidas que possam me pagar bem pelo meu tratamento...

Eu olhava aquela cena espantado, pareciam que iam se agarrar ali dentro mesmo, te que eu falei.

- Pode deixar dona - falei me levantado - eu já vou embora mesmo

As duas me olhavam de boca aberta. So não entendi o por que. Quando fiz menção de sair fui impedido por uma Dra. Sally desesperada.

- Não querido! Você ainda não esta em condições...

- Deixe ele ir Sally - interrompeu Afrodite - Ninguém nesse hospital que ele aqui.

Sally olhou para ela com reprovação e se virou para mim.

- Fique aqui com um pouquinho querido - ela falou já arrastando a outra que estava com uma cara indignada.

Mal esperei elas saírem, e olhei em volta até que encontrei as minhas roupas que estavam lavadas, peguei-as e sai. Nunca mais entraria naquele lugar. Preferia morrer, mais lá eu não voltava.'

Off Flashback

Eu ainda estava deitado à margem do lago com esses pensamentos que me dei conta que ele poderiam estar por perto. Me levantei ignorando a dormência das minhas pernas e caminhei em direção a rua.

Eu estava na metade do caminho quando sou parado por um punho fechado em direção ao meu rosto. Cai com o nariz e boca ensangüentados e olhei para cima.

Ethan me olhava com um olhar vitorioso, como se houve acabado de ganhar na loteria.

- Vejam só se não o morto de fome - e falou e escutei risadas, so ai eu percebi que todos os seus oito capangas estavam lá

- O que você Ethan, já não basta me deixar sem onde dormir? - falei o encarando, nem eu seu de onde havia tirado coragem para aquilo, mais eu já estava cansado de tudo isso. Seu sorriso logo desapareceu ele me acertou com mais um soco, que eu automaticamente revidei.

Seus capangas se seguram e começaram a sua seção de tortura. Me arrastaram até um local menos iluminado e começaram a me desferir socos e chutes, até que eu apenas me encolhia cada vez mais.

Ethan chegou mais perto de mim e segurava um taco de beisebol e falou

- Por que a gente faz isso? - perguntou desdenhoso - vai ver é por que gente como você existe. Você não nasceu para ser pisado garoto, alias, qual é o seu nome?

Eu fiquei calado. Se sem saber o meu nome ele já me perseguia imagine se soubesse. Ele não se contentou com o meu silencio, o começou a me desferir golpes na minha cabeça, com o taco. Eu já não agüentava mais. Minha visão estava escura por causa do sangue que pingava da minha cabeça.

- Anda garoto - ele começou de novo - me fale o seu nome

- P-Percy... - falei já sem forças

- Certo Percy escute aqui... - ele não teve tempo de falar pois um casal começou a se aproximar rápido, acho que escutaram os meus gritos.

- Droga - falou Ethan - temos que sair daqui ele falou para outros já virando, mas não antes de acerta mais um golpe com toda força em minha cabeça.

O casal se aproximava correndo, até que escuto uma voz feminina falar

- Meus deuses Poseidon, veja isso - a mulher falou se aproximando de mim - temos que levá-lo para um hospital agora...

Depois eu não escutei mais nada. Apenas tinha a vaga sensação de que eu já tinha visto aqueles olhos.


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Notas finais do capítulo

Comentem ta bom ._. Bjs e Abr



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