Cap. 19 – Na pele
Katherine e Adam chegaram de manhã, diga-se que ninguém estava de pé ainda. Então a senhora Mustang aproveitou para fazer um belo café da manhã, imaginava que tinham bebido e provavelmente precisavam de um bom café.
- Quem era no telefone, Adam?
- O Satoshi. – o homem não estava com a melhor cara –
-O que foi?
- Slater. Ele levou um murro no meio do rosto que o quebrou seu nariz.
- Ótimo. Quem foi que fez esse favor para humanidade?
- Ricardo Henrique Monteclaire Hawkeye.
- Espera, esse não é o nome do Rick?
- Sim.
- E por que ele fez isso?
- Porque parece que o Slater estava atrás da Mabel.
A mulher soltou a faca que segurava.
- Da nossa Mabel...?
- Isso.
- Mas e a ordem de restrição?
- Ele quebrou e a Mabel não prestou queixa.
- Por quê?
- Bem, acho que um nariz quebrado ensinou o lugar dele.
- Você não pode fazer nada?
- Mandei uma ordem de investigação, qualquer passo em falso e ele vai parar no xadrez.
- Tomara que ele faça isso bem rápido.
Segundos depois de Katherine dizer isso, Roy e Riza entraram na cozinha.
- Já de volta?
- É manhã de véspera de natal, eu tenho muito o que cozinhar. Esse ano alguém parece que vai comer o que eu faço.
- Não começa mãe...
- Bom dia, katherine, Adam.
- Bom dia querida. – a mulher sorriu –
- Bom dia, Riza.
- Onde estão os outros?
- Bem, a Mabel está dormindo, o Ricardo vai aparecer alguns segundos depois de sentir o cheiro de algo comestível e a Alice... Bem, ela deve estar abraçando o vaso. – Roy riu –
- Vocês deviam aprender a beber para não passar mal!!
- Fale isso para a Alice!
- Bom dia, família! – Mabel entrou na cozinha com Rick logo atrás –
- Eu disse que tinha alguém cozinhando. – u.u –
- Lógico, você parece ter um radar para comida.
- Será que vocês não entendem minha dieta? É a dieta da sopa.
- Hã??
Todos menos Riza olharam para Rick com aquela cara de: Você bebeu?
- Ele come tudo o que estiver na mesa dando sopa. – Riza explicou –
- Faz sentido... – a morena pensou – De um jeito bem bizarro.
Katherine e Adam só riam.
- Então casal feliz, para quando é o casamento?
- Ca... Ca... Casamento? – Riza pareceu congelar –
- Larga de ser chata, peste.
- É impressão minha ou a Riza meio que travou?
- Fora de questão. – ela se voltou para o suco que tomava –
- Ela tem aversão a palavra matrimônio.
- Eu pensei que essa coisa de não casar tinha a ver com sei lá, algo parecido com a opinião da Alice...
- Fora de questão. – ela repetiu –
- Se deu bem, Leroy. – Mabel deu um tapa nas costas do irmão –
Nesse momento Alice entrou na cozinha com uma mão na cabeça.
- Bom dia, família, será que poderiam fazer o favor de não gritar?
Ela se senta a mesa.
- Filhinha, você deveria...
- Eu sei, mãe! Eu sei...
A morena deixou a cabeça encostar no tampo da mesa.
- Pai...
- O que foi, Alice?
- Fala para o Leroy que se ele me cutucar mais uma vez por debaixo da mesa eu vou abrir o crânio dele com uma britadeira.
- Sossega, Roy. Faça algo mais eficaz, bata a porta. – o homem sorriu –
- Pai!!
- Você sabe muito bem o que eu acho do jeito que você bebe.
- Eu só bebi um tantinho a mais.
- Alice, você querendo ou não é uma mulher e deveria beber como tal e não tentar beber a mesma quantidade que o seu irmão. O corpo dele dilui o álcool de maneira mais eficaz. É a lei da natureza.
- Ele também fica de ressaca. – ela acusou –
- Porque é um idiota e bebe além da conta.
- Hey!! Quanta violência!
Roy se defendeu.
- Eu só falo o que vejo.
- Bom dia. – Tommy entrou na cozinha – Melhor, Alice?
- Como você tanto deseja, nem um pouquinho!
Ele ri.
- Certo.
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Depois de se recuperar da ressaca Alice, Riza e Mabel vão arrumar a sala de estar para a noite. Abrir mais espaço para dançarem, abrirem os presentes...
- Ficou bem espaçosa.
- Bem?? Ficou enorme!! A mamãe devia tirar colocar esses móveis mais na parede, a sala fica muito mais espaçosa.
- Com certeza.
- Então, o que vamos fazer?
- Sei lá...
Mabel põe música no som, era animada, dançante.
- Consegue me acompanhar?
Ela começa a fazer alguns passos.
- Isso foi para mim? – Riza olha para os lados –
- Vamos o quanto você é boa, Riza.
- Eu era capitã.
- Me acompanha.
Alice apenas olhava, estava bem engraçado a competição das duas.
Mas depois de alguns minutos, decidiu entrar, literalmente, na dança.
- ALICE!!!
As três deram um pulo e como estavam fazendo algo que não queriam que ninguém visse, terminaram se estabacando no chão.
- O que aconteceu aqui? – Roy entrou na sala –
- Mas que droga, Leroy! Você assustou a gente!
- Certo, certo, desculpe. Mas e ai? O que estavam fazendo?
- Nada! – u.u responderam as três em uníosso –
- Sei... A mamãe está chamando lá em baixo.
- Okay.
O moreno sai e elas se levantam com um pouco de dor nas costas.
- Eu ainda mato aquele esquisito.
Elas vão para cozinha onde Ricardo estava provando alguma comida.
- O que foi mãe?
- Vocês compraram os presentes do amigo secreto, não é?
(N/A: Eles tiraram amigo secreto em algum momento depois que algum dos capítulos acabou. U.U)
- Claro.
- Bom. Já terminaram lá na sala?
- Já sim.
- Certo, agora que todo o resto já está arrumado, podem sair.
- Você está bem, Mãe? Deixando a gente a sair?
- Eu preciso de paz para cozinhar.
- Nossa! Essa doeu!!
- Larga de drama, Roy. Vão para cidade mostrá-la a Rick e Riza, acho que ainda não fizeram isso direto.
- Se você quer assim...
Todos menos Rick saem correndo da cozinha. Katherine era adorável, mas ficava meio doida com essa história de natal. Era perfeccionista demais.
- RICARDO!!
- Podem ir, eu fico por aqui. – u.u – Ainda tem mais algumas coisas para eu provar.
- Aqui querido, me fale qual fica melhor para a ceia?
A mulher já gostava dos irmãos Hawkeye como se fossem da família, seus próprios filhos.
- O de chocolate.
- Certo.
Mabel entra na cozinha.
- Vamos, Rick.
- Eu não quero ir não.
- Como assim??
- Alguém tem que testar o que vocês vão comer de noite.
- Você faz isso desde que chegou, acho que já chega.
- Não!!!
Mabel pega um latinha que tinha alguns biscoitos e puxa o loiro pelo braço.
- Vamos!!!
- Você é do mal!!! O que tem me deixar aqui, estou tão feliz.
- Você precisa de um psicólogo!
Na cozinha Katherine só ria do casal.
- Crianças...
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Estavam caminhando pela cidade, Ricardo e sua latinha chamavam atenção.
- Por que você não deixou isso no carro, Rick?
- Eu estava muito feliz lá comendo, maninha, mas vocês tinham que me tirar de lá.
- Mas está passando vergonha na gente!
- E olha minha cara de preocupação. – U.U –
- Boa sorte, Mabel!
Roy sai com Riza e Alice com Tommy.
- Isso é vergonhoso.
- Uma maluca gritando na rua é vergonhoso, eu com uma latinha comendo biscoito é peculiar.
- Argh!! – ela enfia a mão na lata e pega um biscoito -
- Você não deveria descontar sua raiva na comida.
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Roy levou Riza para o centro da cidade, a praça Central que estava toda decorada. Era lindo.
- Que lindo!!
- Gostou?
- Demais.
O lago no centro estava congelado e coberto de neve. Por todos os lados viam-se casais, crianças...
Se sentaram em um dos bancos e moreno pegou a mão enluvada da mulher e retirou a luva.
- Está frio!
- Eu só quero ver uma coisinha.
Roy pega a mão dela e leva ao rosto e ela sorri. Ao olhar um dos dedos nota um anel prateado. Cuidadosamente ele surrupia o anelzinho dela.
- ROY!
- Agora vamos ver se eu não descubro!
- Você é muito tratante! – ela puxa a mão e a luva – Não sei o motivo de tanta curiosidade, eu não represento concorrência para você!
- Meu anjo, se a minha concorrência fosse você, eu estaria imensamente feliz, pois seria justo. E não esperando uma rasteira... – ele sorri – Mas eu sou alquimista, um cientista, é da minha natureza ser curioso!
- E insistente!
- Demais! Eu prometo que te devolvo suas coisas assim que saciar minha curiosidade.
- Pode ficar, eu tenho outros em casa. Fora que você não vai conseguir muita coisa, é preciso entender certas coisas...
- ergue a sobrancelha – Como assim?
- Eu estou falando demais.
- Agora termine.
- O poder que eu tenho é ínfimo considerando a pesquisa do meu pai que está comigo, pode se dizer que eu sei muito mais do que o Rick acha e mais do que eu gostaria de ter sabido.
- Aqueles Livros?
- ela ri – Meu pai não seria relapso a ponto de por tudo em livros, ele colocou na minha pele. E somente alguém que compreendesse o significado do fogo poderia entender.
- Na sua pele? Isso não faz sentido!
- Você vai entender depois. Agora vamos embora, a gente tem que ir embora.
Ela dá um beijo nele e se levanta.
- Me dá um beijo de verdade!
Roy a puxa pela mão e lhe dá um beijo que chama atenção dos que estavam perto.
- Roy!
- Também te amo.
Continua...