Reticências De Uma Semideusa escrita por Bruna Jackson
Notas iniciais do capítulo
esse capítulo eu não demorei tanto pra postar por que estava inspirada e queria muito continuar logo a história. espero que gostem ^^
Eu tinha ouvido histórias sobre o labirinto de Dédalo e tinha pesadelos com ele. Temia um dia encontrar a entrada por acaso e morrer lá dentro. Mas encontrar Charlie dentro daquele playground era mil vezes pior do que meus pesadelos com o labirinto. Todas as vezes que eu pensei ter encontrado o fim do parque e estava prestes a voltar, encontrava um novo corredor que levava a uma nova ala de brinquedos, cada uma mais maravilhosa que a outra. Frustrada, voltei à entrada para falar com o atendente que me forneceu os cartões. O homem sorridente ainda estava atrás do balcão.
- Olá garotinha, como posso ajudá-la? – perguntou, sorrindo.
- Eu gostaria de encontrar meus amigos – respondi. – Por acaso nos cartões tem alguma espécie de rastreador ou algo desse tipo para que eu possa encontrá-los?
Ele abriu um largo sorriso.
- Tem sim – respondeu-me. – Você chegou a usar algum de nossos armários? Lembro-me de você aqui ainda esta manhã.
Suspirei aliviada. Pelo menos não tínhamos perdido muito tempo.
- Sim, o armário de número 15 – respondi. – Demorei para conseguir abri-lo.
Ele deu uma gargalhada.
- Nossos clientes não estão muito familiarizados com os armários de impressão digital – respondeu em tom de desculpa. – Agora, por favor, coloque seu polegar aqui para que eu possa identificar sua compra.
Ele estendeu um pequeno quadrado metálico, e o centro de vidro emitia uma luz vermelha para a leitura da digital. Pressionei meu polegar por dois segundos e o retirei.
- Muito bem – disse o atendente.
Ele fez uma breve pesquisa em seu computador e disse:
- Bom, garotinha, você possuía três cartões. Um deles está fora da área de alcance do nosso rastreador interno, portanto está inválido. Os outros dois poderão ser encontrados com a ajuda deste aparelho.
Ele me entregou uma espécie de GPS que indicava três pontos; um azul, e dois vermelhos.
- O ponto azul indica onde você está. Os pontos vermelhos indicam a localização dos cartões que você procura.
Agradeci com um aceno de cabeça e prossegui pelos corredores de brinquedos, mantendo minha atenção voltada para o GPS. Em alguns minutos choquei-me contra uma pessoa igualmente distraída.
- Ah, me desculpe – disse o garoto.
Com o choque eu acabei sentada no piso reluzente do playground, com uma das mãos no chão apoiando meu corpo e outra segurando o GPS, meus olhos procurando algum indício de falha provocada pela queda. Olhei para cima. Peter estava com a mão estendida para mim.
- Olá Peter! – cumprimentei meu amigo, que estava olhando distraidamente para os brinquedos, procurando por Haley. Ele olhou para baixo surpreso.
- O que você está fazendo aí em baixo, Stef? – perguntou com um sorriso no rosto.
- Não estou aqui por vontade própria – respondi. – Algum cabeça de vento me derrubou e nem sequer me ajudou a levantar.
- Ei, eu não era o único distraído na história! – reclamou Peter, estendendo suas mãos para mim.
Peguei suas mãos e puxei, fazendo um breve esforço com as pernas para conseguir levantar. Mas Peter estava olhando para um brinquedo ao nosso lado, e foi pego de surpresa. Eu caí no chão novamente, dessa vez com o peso de Peter sobre mim. Deuses, ele era pesado!
Seus lábios estavam a poucos centímetros dos meus, e seus olhos faiscavam. Ele tinha a mesma expressão de quando entrou em uma espécie de transe e disse que eu era linda. Nos encaramos por um tempo, eu deitada de costas no chão e ele apoiado em seus cotovelos para não deixar o peso em cima de mim. Aproximou seu rosto ainda mais do meu, me deixando corada. Sabendo que eu não queria beijá-lo, pelo menos não naquele momento, peguei o GPS e coloquei entre nossos rostos, batendo em seu nariz sem querer.
- Bom, deitar no chão de um playground não é lá muito agradável, não é mesmo? – disse a ele. – Temos que prosseguir, ainda temos que encontrar Charlie e Haley, e...
Escorreguei para fora de seus braços, sentando no chão. Olhei para a tela do GPS com atenção e notei que um dos pontos vermelhos estava exatamente à frente do ponto azul.
Olhei para cima e me deparei com o olhar incrédulo de Charlie.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
o que Stefanie dirá a Charlie?
como Charlie reagirá quando conhecer Peter?
como Peter reagirá na missão com Charlie?
onde estará Haley?
como a autora fará para livrar Stefanie dessa?
a resposta para essas e outras perguntas você encontrará (sexta no globo repórter)nos próximos capítulos! não percam!
ps.: vou tentar não demorar pra postar a continuação. prometo.
(: