Bad Girls escrita por Mellissa Evans


Capítulo 30
Chapter Twenty-Nine: Em chamas.


Notas iniciais do capítulo

Amorecos...
Aqui está o cap, ele tá bem tenso...
Bom, pelo final dele talvez vc's pensem
q a Rose tenha morrido.. Mas isso não vai acontecer, ok?
Não posso matar minha diva!
cap dedicado a Reeh Cullen, pela recomendação!
Obrigada Reeh. ♥
agr chega de falatório..



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POV ROSALIE



Está mais do que óbvio que Emmett sabe sobre a existência da Claire. Afinal, qual outra explicação para o comportamento estranho dele para comigo? Arrependimento é um sentimento bem hipócrita... Não seria de muita estranheza se, o maldito passasse a senti-lo. Até porque, ele pode ser o cara mais escroto do mundo. Mas ainda sim, é o Emmett. E ele sempre quis que fosse uma menina...

Suspirei fundo. O dia havia sido bem puxado; e eu ainda estava fedendo a macarronada e a refrigerante. Bendita guerra de comida! Assim que coloquei Claire no quarto de Jasper – a pestinha se recusou a ir dormir no mesmo quarto que Ele. – fui procurar por Bells. Mas...

– Aonde você vai? – pergunta aquela voz rouca, próxima a minha nuca. Odiava admitir, mas até o toque mais peculiar e insignificante de Emmett conseguia arrebatar-me e embriagar-me com as sensações mais contraditórias do mundo.

– Procurar minha irmã – ainda sim, fui firme. Nada de demonstrar fraqueza diante do inimigo. Independentemente se estão ou não de trégua – Eu preciso tomar banh... – ele não me deixou terminar, ao invés disso, prensou-me fortemente na parede. Colocando as duas mãos em cima das minhas, impedindo-me de me mover.

– Tive uma ideia melhor... – sussurrou. O hálito quente e fresco em meu rosto fazia meu coração vacilar. Mordi meu lábio – Que tal tomarmos banho juntos? – pergunta, acariciando meu rosto. Os olhos dele estavam calmos, intensos e convidativos. Não pude evitar um suspiro longo e cansado.

Eu precisava agir. Precisava desesperadamente fugir do Emmett. Mas, como eu faria isso se ele estava a tão centímetros de distância? Se a boca dele parecia ainda mais carnuda e irresistível que antes? Será possível amar uma pessoa tão loucamente, a ponto de odiá-la? 




Cara a cara e coração a coração
Nós estamos tão perto mas tão longe
Eu fecho meus olhos, eu olho pra longe
Isso é só porque eu não estou bem



Sorri ironicamente. Passei as mãos em seu rosto e, segurando seu queixo, retruquei.

– Vá para o inferno. – em seguida ri, e o empurrei para longe – Eu sabia. Eu tinha certeza de que era uma armadilha – suspirei – Mas, a pergunta de um milhão de dólares... – olhei fixamente pare ele – Por que, Emmett? Por quê?

Ele riu. Era uma risada estranha, parecia carregada de sarcasmo, mas... Ao mesmo tempo...

– Eu estava com saudades. Dos velhos tempos, sabe? – disse. Senti minha bochecha corar furiosamente. Ele percebeu e sorriu em resposta – Dessas provocações bestas – ele veio em minha direção e, quando dei por mim estava novamente imprensada na parede – De você me mandando para o inferno... – acrescentou, com um sorrisinho provocativo – Dentre outras coisas – mordeu o lóbulo da minha orelha. Meu coração bateu descompassado. –E mais do que qualquer outra coisa, eu senti falta do seu sorriso – suspirou. Mordi meu lábio, tentando resistir a sensação que aos poucos ia me invadindo – Eu sinto falta de você, Rose. Eu sinto falta de nós.– confessou agora suas mãos estavam em meus cabelos.

Afagando-os de forma carinhosa.



Mas eu persisto,
Me mantenho forte
Imaginando se ainda nos pertencemos



– Pare com isso, Emm... – eu disse. Ainda tentando resistir à tentação de beijá-lo. Não era mais nem por mim e sim por Claire. O que minha filha iria pensar de mim se soubesse que... – Eu confesso que, ás vezes, eu sinto falta também – admiti meio envergonhada – Mas... – olhei-o diretamente nos olhos – Então eu lembro o quão imbecil você foi e volto ao mesmo sentimento de antes – o sorriso em seu rosto desmanchou-se – Se ao menos, você tivesse sido que nem Edward ou Jasper... As coisas entre nós seriam diferentes. Você sabe disso – empurrei-o novamente e, dessa vez ele não recuou. Pelo o contrário, segurou meus braços com forças e com os olhos carregados por uma melancolia desconhecida por mim, ele retrucou:

É, acabei de ouvir as notícias de hoje
Parece que minha vida vai mudar
Fechei meus olhos, comecei a orar
E lágrimas de felicidade desceram rosto abaixo.



– Você não tem ideia do quanto eu sofri por ter feito aquilo com você. Você não faz a menor ideia do quanto eu chorei por sua causa! – exclamou, elevando a voz. O aperto começando a me machucar. Mas eu estava incrédula demais para sentir qualquer coisa, senão, a sinceridade na voz dele – Eu fui um imbecil e não posso fazer nada para concertar aquilo. Mas... – ele fechou os olhos por um segundo e quando os abriu novamente, estavam cheios de lágrimas – Eu te amo. Sempre te amei. Eu sinto muito que as coisas entre nós não tenham dado certo, Rose – colocou uma mexa de meu cabelo atrás da minha orelha – Mas se eu fui um idiota, se eu fui um covarde ou o maior otário do mundo... Foi para proteger você e a Claire – meu coração se apertou com aquilo. Do que ele estava falando? Droga! 

– Você... Você mandou eu abortar a nossa filha! – retruquei. Nervosa demais para me deixar abalar com tamanho sentimentalismo – Você tentou me obrigar a abortar.

– Eu sabia que se fizesse aquilo... Você iria me odiar e iria embora do país – suspirou fundo – Eu não espero que entenda minhas razões. Eu não espero que me perdoe... Mas – ele me puxou pela cintura e então, beijou-me.

Bom, eu não sei se estou preparado
Pra ser o homem que tenho de ser
Vou respirar fundo, trazê-la pro meu lado
Paralisados pelo deslumbramento, acabamos de criar vida



Eu não consegui raciocinar direito. Era informação demais! Era... Era saudade demais. Por um momento, eu pensei em ser forte; em tentar, novamente, resisti as investidas dele. Mas tudo o que faço para afastá-lo de mim inevitavelmente nos aproxima ainda mais. Nosso beijo era diferente de todos. De tudo.

Ele me beijava com intensidade e eu retribuía, da mesma forma. Eu não tenho palavras para descrever a magnitude daquele beijo. E não sei, sinceramente, dizer durante quanto tempo nós ficamos a nos beijar... Mas sei que eu não queria que acabasse nunca mais. Mas, tinha a Claire.

E meu amor próprio também. Juntei todas as minhas forças e, com muita dificuldade. Empurrei-o para bem longe de mim, fazendo-o cambalear e cair em cima da cômoda.

– O que foi isso? – perguntou ele confuso. Respirei fundo, engolindo o choro que de certo viria.

Mordi meu lábio. Cerrei meu punho e, recompondo a minha postura. Disse-lhe:

– Fica longe de mim, Cullen. Essa foi a primeira e última vez que algo do tipo, acontece entre nós. 

Ele pareceu confuso por um momento.

– Você estava retribuindo. O que aconteceu? – perguntou. E pela primeira vez, o tom em sua voz não era de violência ou repelente; era de nítida confusão e tristeza.

– O que aconteceu? – ri irônica – Eu voltei para o meu estado de lucidez – sorri-lhe – Quase, Emmett. Quase me passou a perna. Foi por pouco, hm? – sorri sarcástica e antes que ele pudesse responder, saí de seu quarto. Fechando-a maldita porta com tudo.

Na primeira página da nossa história
O futuro parecia tão brilhante
Então essa coisa se tornou tão mal
Eu não sei porque eu ainda estou surpresa
Até os anjos têm seus planos perversos
E você leva isso para novos extremos
Mas você sempre será meu herói
Mesmo embora tenha perdido a cabeça


Droga Rosalie. Droga! Senti minha garganta fechar-se. “Meu coração sangrava (óbvio que no sentido figurado da palavra) e meu cérebro dizia orgulhoso:” Você fez muito bem, Rosalie. Continue assim e vai acabar sozinha... Mas com a Claire, que diferente do Emmett, é sim seu amor verdadeiro!”

Entrei em um quarto qualquer que, julguei ser de hospedes e joguei-me na cama. Meu corpo pesava. Tamanha fora a dificuldade em afastar Emmett para longe de mim; eu não queria fazer isso. Mas tive que fazer. Ele já me magoou muito. E feriu Claire de um jeito que não consigo suportar. Se eu caísse em tentação, tudo iria voltar a se repetir... E por Deus! Tudo o que eu menos quero nessa vida é fazer minha Barbie chorar daquele jeito de novo.


Agora há cascalho em nossas vozes
O vidro está quebrado por causa da luta
Neste cabo de guerra, você sempre vai ganhar
Mesmo quando eu estou certo
Porque você me alimenta fábulas de sua mão
Com palavras violentas e ameaças vazias
E é doentio que todas essas batalhas
São o que me mantém satisfeito.


Estava me sentindo tão pequena... Tão frágil. Tão triste e destroçada que, desatei a chorar durante horas e horas. Só então, ocorreu-me que aquele meu choro poderia ser ouvido por alguém e pior – Emmett poderia escutar e, então, viria aqui – não pude suportar essa ideia.

Com o coração na mão e corpo fedendo a suor e comida estragada, fui em direção a porta e tranquei-a com chave. Mas, o mais estranho nisso – o que mais me perturbava – é que eu tinha a estranha sensação de que havia alguém me vigiando... Suspirei fundo, sabendo que isso era praticamente impossível e então, voltei minha atenção para o quarto.

Era bem arrumado e, para minha sorte possuía um banheiro dentro. Tinha uma toalha em cima da cama e algumas peças de roupa no chão. A tentação era grande demais para suportar; eu tinha que tomar um banho, decididamente. 

Temendo que alguém destrancasse o quarto, peguei a toalha e o que parecia ser uma blusa masculina e fui em direção ao banheiro, onde me tranquei novamente.

Desta vez foi diferente
Senti como se eu fosse apenas uma vítima
E isto cortou-me como uma faca
Quando você saiu da minha vida
Agora eu estou nesta condição
E eu tenho todos os sintomas
De uma menina com o coração partido
Mas não importa o que
Você nunca vai me ver chorar


Então foi tudo em questões de segundos; tirei as roupas encharcadas de comida, joguei-as no chão e então adentrei o Box. Para minha surpresa – e felicidade – o chuveiro tinha água quente. Foi aí que eu desabei. 

– Tive uma ideia melhor... – sussurrou. O hálito quente e fresco em meu rosto fazia meu coração vacilar. Mordi meu lábio – Que tal tomarmos banho
juntos? – pergunta, acariciando meu rosto. Os olhos dele estavam calmos, intensos e convidativos. Não pude evitar um suspiro longo e cansado.

[...]
– Você não tem ideia do quanto eu sofri por ter feito aquilo com você. Você não faz a menor ideia do quanto eu chorei por sua causa! – exclamou, elevando-a voz. O aperto começando a me machucar. Mas eu estava incrédula demais para sentir qualquer coisa, senão, a sinceridade na voz dele – Eu fui um imbecil e não posso fazer nada para concertar aquilo. Mas... – ele fechou os olhos por um segundo e quando os abriu novamente, estavam cheios de lágrimas – Eu te amo. Sempre te amei. Eu sinto muito que as coisas entre nós não tenham dado certo, Rose – colocou uma mexa de meu cabelo atrás da minha orelha – Mas se eu fui um idiota, se eu fui um covarde ou o maior otário do mundo... Foi para proteger você e a Claire – meu coração se apertou com aquilo. Do que ele estava falando? Droga!



Aconteceu quando nos beijamos pela primeira vez?
Porque esquecer tudo está me machucando
Talvez porque passamos muito tempo juntos
E eu sei que não acontecerá mais
Eu nunca deveria ter deixado você me abraçar, baby
Talvez seja por isso que eu estou triste em nos ver separados
Eu não me dei a você de propósito
Não consigo descobrir como você roubou meu coração.

Impedir as lágrimas de caírem pelo meu rosto, parecia agora, ser uma missão impossível. Já que meu coração estava dilacerado e minha mente vagava, numa tentativa vã de esquecer as coisas que Emmett me dissera. Eu sabia que deveria ter me jogado daquele carro, eu sabia!

Ah... Se arrependimento matasse. Fiquei um bom tempo no banho, talvez uma ou duas horas. Sequei-me bem, ignorando a falta de secador e voltei em direção ao quarto.

A cama era arrumadinha para um quarto de hospedes e, felizmente além de lençóis tinha cobertores. Deitei-me na esperança de que o sono viesse rapidamente. Mas ele não veio. Virei-me de um lado, não consegui dormir. Virei-me do outro; e vi Emmett ali. 

Pisquei os olhos várias vezes até que enfim, consegui sair daquele devaneio maldito. Mordi meu lábio com força, fazendo-o sangrar acidentalmente.

Demorou, mas, finalmente, eu peguei no sono.

[...]



Tão rápido veio, tão logo se foi o sono. Acordei no meio da madrugada, sentindo um cheiro estranho. Como se alguma coisa tivesse queimando. Só então eu me dei conta de que..

– Fogo – sussurrei meus olhos arregalados. Vozes a minha volta gritavam desesperados. Tudo a minha volta estava com fogo. E este subia lentamente pela cama. Sentei-me na cama, muito apavorada. Uma única palavra preocupava-me mais do que as chamas que estavam tentando me consumir: Claire. Onde ela estaria? Será que estava salva? – FOGO! FOGO! – gritei desesperada. Pulei da cama e fui em direção a porta: ela estava trancada. 

Merda. Merda. Merda. Eu não posso morrer! Eu não vou morrer, eu me recuso! Tentei inutilmente destrancar a porta; mas ao que parece alguém estava impedindo-me. Tinha alguém segurando a maldita porta!

– Deixa eu sair! Deixa eu Sair! – gritava desesperada. Minha filha! Minha filhinha, onde será que ela está? Minha Claire! Por Deus! Eu não posso morrer. Não posso!

O fogo já estava consumindo a cama. Virei-me para olhar aquela cena tão maldita. A janela havia sido arrombada? De repente, uma coisa veio em pensamento. Pegando-me completamente de surpresa.

Não foi a Claire que ateou fogo no internato! Droga. Senti lágrimas escorrerem pelo meu rosto, à medida que minha visão se embaçava. 

Stefan. Droga! Trinquei os dentes. O desespero e o fogo já não me preocupavam mais. Eu estava preocupada era com a seguinte questão: Se eu morrer, eu morrerei com isso? Não. Decididamente não. Afastei-me um pouco da porta, peguei impulso e então, 
consegui derrubar a maldita. Mas fui surpreendida. 
O corredor inteiro estava em chamas! Não! Não! Não! Um grito de desespero foi tudo o que consegui gritar. Saí correndo pelo corredor, que já estava em pedaços – assim, como o resto da casa – e me precipitei, indo em direção ao quarto de Jasper.

O ciclo se repetiu
Enquanto explosões ocorriam no céu
Tudo que eu precisava
Era a única coisa que eu não podia encontrar



– Claire? Jasper? – por alguns instantes, achei que a porta estivesse trancada. Mas não estava. Não demorou nem cinco minutos, até que eu consegui abri-la. Mas eles não estavam lá.

Meus olhos se encheram de lágrimas.·.


Estamos construindo
Para acabar com tudo
Estamos construindo
Para queimar tudo
Não conseguimos esperar
Para queimar até o chão




Não havia ninguém lá. O quarto estava vazio e caindo aos pedaços; as chamas estavam consumindo tudo. Tudo menos eu. Saí correndo dali o mais rápido que eu podia; gritei por ajuda, saí procurando por uma saída. Mais nada.

Eu estava sozinha ali. Havia sido deixada para trás! Oh Deus. Será que...que eles achavam que eu já estava morta? Não consegui reprimi o choro. Eu vou morrer. Eu vou morrer!

– Não..Não! – choraminguei desesperada. O calor estava me fazendo um mal terrível. Lágrimas e mais lágrimas escorriam pelo meu rosto e, então, eu me vi encolhida num canto.Chorando e soluçando compulsivamente – Claire...meu...meu Deus!


As cores se misturavam
Enquanto as chamas chegavam até as nuvens
Eu queria consertar isso
Mas não conseguia parar de estragar tudo


Senti meu corpo suar e amolecer devido ao calor. Deitei-me no chão, esperando pelo inevitável. Enquanto eu chorava, desesperadamente. Escutei uma, então duas, três e. Quatro vozes, chamando-me ao longe: eram eles. Sorri tristemente e, uma única lágrima escapou pelos meus olhos.

E eu nem disse adeus. E nem tive a chance de dizer o quanto os amava!




Traga-me para a vida
Eu tenho vivido uma mentira
Não há nada por dentro
Traga-me para a vida

Fim do Capítulo.


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Notas finais do capítulo

Bom.. só tinha escrito até aí..
o próximo está sendo escrito..
então talvez demore um pouco pra ser postado!
Bjos.