Let Go Of The Past escrita por theshadowhunter


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Que tal um pouco de... emoção? Ai está, um capitulo grande para vocês se divertirem em casa! Espero que gostem!
Beijos
Gabi, theshadowhunter



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O avião tremeu levemente, mas foi o suficiente para Helena apertar os olhos e se agarrar na poltrona.

– Acalme-se, Helen. - Revirei os olhos e beberiquei o café.

– Vou me acalmar quando o avião cair. - Ela respondeu abrindo os olhos e me encarando. - Porque ai vou estar morta.

Revirei os olhos novamente e olhei pela janela. O sol avançava pelo céu escuro iluminando o avião e ofuscando as estrelas.

– O avião não vai cair, Helena. - Suspirei voltando a olhar para ela. - E desde quando você tem medo de voar?

– Não tenho. - Rebateu ela.

– Não? - Levantei as sombrancelhas e ela me ignorou.

– Eu não precisa vir para Rússia também. - Ela cruzou os braços.

– Não poderíamos deixar a Lady Badica sozinha na Corte. - Expliquei pacientemente passando o braço desocupado sobre os ombros magros dela. - Mais da metade dos guadiões vieram. Até a Rainha. - Acenei com a cabeça para Lissa que se sentava distante de nós.

– Mas ainda tem as wards. - Insistiu ela.

– Não vou discurtir com você, Helena. - Voltei a beber meu café. - E nem adiante, já que estamos quase lá. Veja isso como... Férias.

Ela sorriu.

– Mal posso esperar para ver São Petersburgo. - Ela se inclinou na minha direção pegando a xícara da minha mão. - Sabia que lá tem um dos museus mais importantes do mundo? Vamos visitar os museus, não vamos? Quero ver o palácico do czar também. Dizem que as paredes são pintandas de ouro!

Helena continuou a falar, sonhadora, se esquecendo do medo das correntes de ar que o avião pegava.

Enquanto isso, eu me lembrava da primeira vez que eu tinha vindo na Rússia. A imagem de um Dimitri vazio, rancoroso e de pupilas vermelhas assombrava minha mente desde o momento em que acordei na minha cama, ofegando e assustada. Meu pesadelo tinha sido longo e penoso. Minha mente havia resolvido me mandar para Rússia com todos os detalhes da minha estadia passada. Eu havia lembrado de Galina, dos meus encontros com Abe, dos fantasmas na minha cabeça, dos não-prometidos, das minhas caçadas-noturnas, da familia acolhedora de Dimitri e de suas mordidas.

Este estava sentando tranquilamente perto de Lissa, sem se preocupar em esconder um sorriso por estar voltando para sua terra natal (mesmo sendo a trabalho e temporariamente). Estava com seu habitual guarda-pó e seus cabelos estavam soltos.

Seus olhos encontraram os meus e seu sorriso se alargou. Minha boca repetiu o movimento e seus olhos brilharam. Nós ficamos nesse impasse (um encarando o outro bobamente) até que alguém exigisse a atenção dele e a cabeça de Helena surgisse na minha frente.

– Você ouviu? - Ela tinha um sorriso debochado no rosto.

– Claro. - Recostei na poltrona.

– O que eu disse? - Ela perguntou com um ar de desafio.

– Você estava falando sobre como você estava animada e tal. Quer ver São Petersburgo, os museus e essas coisas chatas. - Improvisei enquanto procurava meu café.

– Mas você não estava prestando atenção. - Disse ela.

– Claro que estava.

– Não estava. - Ela olhou para Dimitri e depois voltou para mim. - E tá aqui seu café. - Disse ela enfiando o copo na minha mão.

Tomei um gole e tentei mudar de assunto.

– Não vai tomar café? - Perguntei oferecendo à ela um pouco da minha bebida.

– Vamos ter um café da realeza. - Ela suspirou desanimada. - E eu sou obrigada a ir.

O avião deu mais uma sacudidela e Helena se mexeu, desconfortável.

A voz do piloto encheu a cabine e sentimos o avião perder altitude.

– Nem foi tão ruim. - Falei fechando o cinto de Helena como uma mãe protetora. - Nem demorou.

– Fácil para você falar. - Brincou ela. - Você dormiu o tempo todo.

– Regra de guardião. - Rebeti fechando o meu cinto e olhando por cima do meu ombro para ver se Ruperth e Luke estavam sentandos. Luke pareceu ter a mesma idéia, já que logo depois de se ajeitar na cadeira, olhou para nós duas. - Durma sempre que puder. - Acenei para Luke e me virei para olhar para Helena que ria incrédula. - Estou falando sério!

– Não acho que existe essa regra.

– Existi sim, teimosa.

– Não existe! - Ela insistiu. - Que tipo de regra é essa? Dormir?

– Se você não acredita, senhorita sabe-tudo, pergunta para Luke.

Ela revirou os olhos e se recostou na poltrona, esperando o avião tocar no chão. Depois que desembarcamos, entramos em uma frota de carros pretos que nos esperava e que nos levaram direto para o hotel onde ficariamos hospedados por tempo indeterminado.

O hotel era gigante, todo decorado em verde e prata, com o nome em russo escrito em letras grandes na fachada.

– Nós vamos para o quartel, ok? - Falei ajeitando o casaco de Helena no saguão do hotel. Eu iria esperar ela se instalar com as malas e Ruperth no quarto e então iria para outro hotel com os guardiões. Seria lá que iríamos montar estratégias, vigiar os strigois e outras coisas.

– Ok. - Ela passou as mãos no cabelo e me deu um abraço apertado, que foi interrompido pela chegada de Ruph e Luke. Ela se encolheu nos braços do namorado e Luke foi para o meu lado, colocando a mão no meu ombro.

– As malas já estão no quarto. - Avisou ele. - Vão ficar alguns guardiões aqui, para ajudar os antigos. Nós vamos ir.

– Nós vamos passear, não vamos? - Pediu Helena segurando minhas mãos. Pelo laço eu senti o medo dela; medo de que eu não voltasse de alguma operação. Isso me lembrou de Nathan.

– Claro. - Tranquilizei ela. - Agora eu tenho que ir. Mas nós vamos sair à noite. - Prometi. - Até te deixo escolher o lugar.

Ela sorriu e se afastou com Ruperth.

Voltei até o carro, dessa vez com Luke, e logo o carro se encheu com guardiões.

Eles nos levaram para o hotel, não muito longe do hotel dos morois. Ao chegar lá, notei que era consideravelmente mais simples, mas ainda sim espetacular.

Eu e os guardiões fomos conduzidos até uma grande sala de reuniões e lá eles começaram a falar, grande parte em russo, por isso fiquei em pé atrás com Luke.

– Você está entendo alguma coisa? - Sussurou ele em certo momento.

– Acho que querem mandar a gente investigar alguns lugares. - Sussurei em resposta.

Logo em seguida, recebemos ordens para dar uma olhada em lugares de aparições de Strigois. Formularam os trios e acabei junto com Luke e outro cara desconhecido, mas Dimitri apareceu dizendo que tinha sido trocado. Então fomos eu, Luke e Dimitri designados para vigiar um dos pontos turisticos. Ironicamente foi justamente um dos lugares que Helena queria visitar. O palácio do czar.

Nós levaram em uma van para lá, o três quietos o caminho todo. Dimitri preso em seus pensamentos e Luke olhando maravilhado para a janela.

Assim que chegamos a van foi embora, nós deixando em uma praça em frente ao palácio.

Havia muitos turistas, tirando fotos e falando em várias linguas diferentes. Entre eles estava duas mulheres conhecidas.

Viktoria e Olena olhavam maravilhadas para os edifícios em volta delas.

Dimitri as achou rapidamente, e apertou o passo para alcança-las no mesmo instante em que Olena o reconheceu.

Mãe e filho se abraçaram fortemente, com imensos sorrisos no rosto. Olena parecia sumir nos braços de Dimitri. Toda essa altura definitivamente era do pai dele. Depois eles se soltaram, para Viktoria cumprimentar o irmão.

Dimitri andou até Viktoria, com o rosto subitamente sério e parou alguns passos na frente dela.

Os dois se olharam friamente, sem nenhum afeto, um analisando o outro dos pés à cabeça. A diferença de altura era grande, mas a atitude igual à do irmão fazia Viktoria parecer maior. Eles possuiam os mesmo cabelos, olhos vigilantes e feições duras. Dimitri e Viktoria continuaram nessa guerra silenciosa, até que ela interrompeu a briga e deu um largo sorriso. Dimitri avançou um passo à frente, de braços abertos, e envolveu a irmã contra seu peito. Eles começaram a sussurar em russo e se soltaram.

Olena veio em minha direção e me abraçou do mesmo modo que ela abraçou Dimitri, como uma mão abraça a filha.

– Minha querida. - Ela disse com um forte sotaque russo. - Senti sua falta.

– Eu também. Como estão Karolina e Sonya? - Perguntei gentilmente.

– Estão bem. - Parecia que Olena ia acrescentar mais alguma coisa, mas Viktoria a interrompeu.

– Rose! - Ela se lançou no meu pescoço, me abrançando apertado. Devolvi o abraço na mesma intensidade. - Ah, Rose! Sentimos tanto a sua falta. Porque foi embora daquela maneira? - Perguntou se afastando. Ela nem parecia lembrar da nossa briga.

– Tive que ir resolver algumas coisas. - Sorri.

Dimitri estava do meu lado, sorrindo alegremente.

– Paul não para de falar de você. - Olena disse gentilmente, dando um passo para trás e analisando Dimitri e eu.

– Zoya deve estar enorme. - Respondi. Então eu lembrei de Luke, parado com as mãos no bolso do casaco, envergonhado e desconfortável. - Este é Lucas. - Puxei-o para o meio da conversa. - Estas são Olena e Viktoria. - Luke sorriu sem-graça e estendeu a mão para a duas. Olena o ignorou e o puxou para um abraço. Ele saiu dos braços de Olena e riu, mas olhou hesitante para Viktoria. Ela sorriu, tranquilizando-o, e também o abraçou. Quando se soltaram, pensei ter visto um brilho diferente nos olhos dele.

Nós contiuamos conversando ( e eu vigiando Luke e Viktoria que lançavam um para o outro ocasionalmente) até que Olena sugeriu que fóssemos comer alguma coisas.

– Não podemos. - Explicou Dimitri. - Estamos de guarda. Temos de ficar aqui.

– Tem strigois por aqui? - Viktoria perguntou baixando o tom de voz e olhando em volta.

– Não sabemos. - Luke deu de ombros. - Mas é melhor ficarem longe daqui a noite. Ouveram alguns ataques.

Olena e Viktoria se entreolharam.

– Então vamos voltar para o hotel. - Olena falou. - Quando podem sair daqui?

– Oito horas, mais ou menos. - Dimitri respondeu.

– Então vamos sair para jantar. - Viktoria sorriu. - Às nove e meia. Naquele restaurante. - Ela apontou para um restaurante que mesmo nessa hora do dia, estava cheio de turistas.

– Combinado. - Luke sorriu ansioso.

– Agora vamos, Vik. - Disse Olena puxando Viktoria pela mão. - Eles precisam trabalhar.

Nós nos despedimos e elas foram em direção a um dos táxis parados.

Dimitri, Luke e eu continuamos a caminhar pela praça, até que eu senti uma fraca onda de náusea e me virei, alerta. Luke percebeu minha mudança e logo se pos a examinar o lugar, procurando alguma ameaça.

– Que foi? - Ele perguntou colocando a mão na estaca sobre o grosso casaco.

– Eles estavam certos. - Sussurei em resposta puxando minha estaca, mas matendo-a escondida. Tinha vários humanos e eu não queria ter que explicar o porque dela estar na minha mão. Passei os olhos pela praça e ergui a cabeça, procurando nas portas e nas janelas dos prédios e palácio alguma atividade suspeita. - Tem strigois por aqui. Vá avisa-los. - Ordenei.

Ele me olhou, claramente pensando em uma maneira de avisa-los e não me deixar.

– Vá. - Insisti. - Vou ficar com Dimitri.

Ele me olhou uma última vez.

– Fique com seu celular.

Dimitri se materializou do meu lado, silencioso como a morte.

– Foram por ali. - Disse ele indicando uma rua aparentemente normal antes que pudesse perguntar alguma coisa.

Começei andar para lá e ele me seguiu.

– Será que Olena e Viktoria vão mesmo para o hotel? - Sussurei preocupada. Agora eu conseguia ve-los. Havia uma mulher ruiva, pálida e com olhos avermelhados, andando sensualmente através da rua vazia e com um humano a seguindo, sorrindo bobamente. Nenhuma dos dois tinham percebido nossa aproximação.

– Espero que sim. - Respondeu sombrio.

A ruiva mexeu a cabeça e eu empurrei Dimitri contra algumas latas de lixo. Ele segurou habilmente meus pulsos, me impedindo de cair em cima dele. Ele me puxou para baixo e me segurou para nós esconder dos casal a pouco metros. Ele estava perigosamente perto, e sabia disso. Sua respiração se alterou, seu rosto se aproximou do meu, suas mãos deslizaram pelos meus braços, mas ele se recompos e me largou, espiando o casal por cima das latas de metal. Enquanto ele observava, eu fiquei ali, imóvel, sentindo a adrenalina me encher. Contei até 10 e me levantei, vendo os dois entrando em uma casa com janelas com tábuas de madeira.

Sorri. Era ali.

Dimitri se dirigiu silenciosamente até a casa e encostou o ouvido na porta, na esperança de ouvir algum barulho. Eu fui até ele, sentindo a náusea aumentar. Era definitivamente ali. Recuei alguns passos e me preparei para chutar a porta.

– O que está fazendo? - Ele sibilou segurando meu braço.

– Sendo impedida por um idiota. - Respondi irritada. Sacudi o braço e ele me soltou relutante. - O que você acha? - Lutei para manter a voz o mais baixo possível.

– Não podemos entrar. Sabe quantos strigois tem lá dentro?

– Sei que tem um humano. - Rebati.

– Precisamos chamar outros guardiõs. - Ele insistiu.

– Somos melhores que os outros guardiões. - Eu me aproximei dele, colocando minhas mãos em seu peito largo. Ele me olhou confuso e eu aproveitei para empurra-lo para fora do meu caminho.

Ele não me impediu quando eu corri contra a porta, batendo com o ombro contra ela.

A porta era surpreendentemente frágil, e não tive nenhum tipo de problema com ela. Ela cedeu com facilidade, e logo assim que eu entrei senti Dimitri atrás de mim.

A náuseu era mais forte ali dentro, mas eu já tinha me acostumado a ignora-la em situações como essa.

A sala era mais escura do que lá fora, e meus olhos se acostumaram rápido com a escuridão. Dimitri me puxou para as costas deles, ficando em posição de defesa na minha frente. Eu o olhei indignada, e aparentemente ele viu.

– Proteja a retarguada. - Ele sussurou tenso me fazendo lembrar da época da academia. Sacudi levemente a cabeça, mandando embora esse pensamento. Não era hora para nostalgia.

A sala estava vazia, a não ser por uma mesa de madeira, 4 strigois e, infelizmente, o cadáver do homem que seguia a ruiva. Ela estava ali, com os braços cruzados no peito, realçando o profundo decote, uma expressão satisfeita e um filete de sangue escorrendo do canto da boca. Era claramente um strigoi mais velha. Parada do lado dela tinha uma mulher incrivelmente palida, com os cabelos pretos e uma expressão voraz e mal-humorada no rosto. Por um segundo, minha respiração parou. O homem mais perto parecia assustadoramente com Nathan. Loiro e forte, ao contrário do homem da parede. Esse era moreno, magro, mas alto como Dimitri, e bastante poderoso. Usava roupas pretas, realçando ainda mais o vermelho de seus olhos e a palidez da sua pele. Definitivamente era o líder do grupo.

O silêncio invadiu o quarto e pensei ter capaz de ouvir os batimentos do meu coração e o do de Dimitri. Os strigois também pareciam ouvir. Ficamos parados, nos analisando, até que um dos strigois fizesse o primeiro movimento.

O homem de preto acenou com a cabeça e os três partiram para cima de nós. Dimitri tirou a estaca do sobretudo em um movimento rápido e logo empalou a mulher baixa, que caiu com uma expressão de surpresa, como se não acreditasse que estava ali, caída. O homem pulou em cima de mim, levantando o punho para me atingir. Eu desviei habilmente, e com a mão livre, torci até ouvir um hediondo estalo. Ele soltou um grunhido de dor e chutei ele, enfiando a estaca no peito dele, mas não profundamento o suficiente. Ele gritou e tentou tirar a estaca, mas gritou outra vez, olhando para as mãos queimadas por conta da magia da estaca. Ele me olhou com ódio puro, mas antes que ele pudesse faz algum movimento, cravei a estaca até atingir seu coração. Eu o coloquei silenciosamente no chão e avançei por trás da ruiva para ajudar Dimitri.

Quando ela percebeu que eu avançava sorrateiramente, ela estendeu uma mão em forma de garra na direção do meu pescoço. Desviei com um golpe da estaca, atravessando a mão dela, mas eu não tinha tido tempo o suficiente para pega-la de volta. Ela olhou para a mão ferida friamente e voltou sua atenção para mim. A ruiva rosnou ferozmente e avançou um passo, sendo imediatamente bloqueada por Dimitri, que cravou a estaca no ombro dela. A mulher olhou perigosamente para o homem que continuava a assistir a luta e gritou algo em russo, finalizando com um palavrão que eu tinha escutado Dimitri falar várias vezes. Se fosse o que eu estava pensando, era algo muito, muito feio.

O homem olhou para ela com desdém, não dando nenhuma resposta nem esboçando nenhuma reação, a não ser o tédio.

Dimitri a fincou novamente a estaca, dessa vez no peito. A ruiva cambaleiou, decidida a dar um último golpe, mas perdeu o equilibrio e caiu em cima do homem loiro.

Avançei em direção ao homem, mas estanquei ao perceber que ele guardava um celular no bolso. Tinhamos de sair de lá rápido.

– Nada mal. - O homem começou a bater palmas, que ecoaram na sala cheia de cadáveres. Sua voz era aveludade e elegante, mas tinha um toque assustadoramente frio e desprovido de emoções que causou um forte arrepio na minha coluna. - Nada mal mesmo. - Ele deviou sua atenção de nós e chutou levemente o strigoi morto. - Até que vou sentir falta deles. Trabalhavam bem. - Ele olhou para a ruiva e deu um sorriso malicioso. - Principalmente ela. Bem, é maravilhoso que você tenham vindo aqui. Me pouparam de um enorme trabalho. - Ele uniu as mãos e começou a andar, desviando tranquilamente dos corpos. - Tudo mais fácil quando todos colaboram, não é? - Ele sorriu e sentou em uma das cadeiras da mesa. - Ah, e a propósito, eu sou Kaus. Muito prazer em conhecer vocês... - Klaus ergueu levemente o dedo e apontou para nós dois. - Rosemarie e Belikov. Já ouvi falar muito de vocês. Ah sim, já ouvi. -Senti Dimitri enrijecer do meu lado. Klaus continuava falando como se fóssemos amigos a anos. - Ex-strigoi, não é? Soube do seu "reinado" de terror. Durou pouco, mas foi um dos mais poderosos. Ah, foi sim. E a amada dele, é claro. - Ele se virou para mim e sorriu alegremente. Klaus era perigoso. Maluco, mas muito perigoso. - Uma dhampir. Muito bonita, se me permite a ousadia, Belikov. Te trouxe de volta. Eu não teria gostado, sabe? - Ele continuou divagando. - Perder todo esse poder, essa... coisa. Não consigo explicar. - Ele explodiu em uma gargalhada. - Merda, não preciso explicar! Você sabe o que é isso, Belikov. Já sentiu. Aposto que sente falta. Mas agora chega disso. Chega de papo furado. Vamos ao que interessa.

De repente senti uma forte pancada na minha cabeça e cai de joelhos, surpresa. Pude ver do meu lado Dimitri retirando uma seringa de algum lugar e olhando para ela, como se tivesse encontrado um bicho exótico, nunca visto antes. Ele lançou a seringa na direção de Klaus, que riu alegremente, e me arrastou para um canto.

Pude ver que tinha surgido 6 strigois na porta. Todos ele com peles pálidas e olhos avermelhados. Dimitri pegou a estaca e esperou em posição de defesa, os olhos se movendo rapidamente pela porta lotada de strigois perigosos.

Mas ele largou a estaca e piscou com força, sacudindo a cabeça como se lutasse contra uma força invisível.

Klaus avançou e enfiou o joelho no estomago de Dimitri. Meu russo caiu com um grunhido de dor e olhou raivoso para Klaus, que o ignorou.

– Não se preocupe. - Klaus sorriu e tirou uma mecha de cabelo suja de sangue do meu rosto. - Nós vamos nos ver denovo.


Meu braço ardia ferozmente e eu não conseguia achar nenhuma posição confortavél. Alguém tinha puxado e amarrado meus braços para trás, sem dó nem piedade.

Levantei a cabeça e olhei em volta, tentando reconhecer o lugar onde tinha me jogado.

Eu estava no chão, com braços e pernas atados firmemente com uma corda grossa que assava minha pele a cada movimento. O chão estava sujo e nu, a não ser pelo tapete puído onde eu estava jogada como um animal. As paredes eram de um bege sujo e encardido. Não havia janelas, apenas uma porta solitária. No canto oposto havia uma cama fraca e a figura sobre ela era grande demais para que suas pernas coubessem na cama.

– Dimitri. - Sussurei ao reconhece-lo. Tentei levantar, mas a corda queimou minha pele de tal maneira que fui forçada a desistir.

Ele parecia pouco machucado, apenas com uma sombra roxa no queixo. Do lado da cama dele tinha um soro pendurado, com um líquido pingando constantemente e entrando por um tubo diretamente na veia dele. Com certeza era isso que fazia Dimitri dormir tão profundamente. Até que eles foram espertos nessa parte. Eu não iria querer ficar perto dele quando ele acordasse.

Subitamente a porta se abriu com um estrondo, mas Dimitri continuou profundamente adormecido.

Klaus surgiu pela porta escancarada sorrindo sadicamente como só ele sabia fazer.

– Dormiu bem, Rosemarie? - Ele perguntou.

– Não foi a melhor noite da minha vida. - Dei de ombros sentindo uma fisgada nos meus pulsos machucados.

– Melhor agora? - Uma figura apareceu na porta.

Loiro, assustador e imponente, Nathan entrou no quarto.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam? Será que Nathan vai matar Rose? E será que é apenas um sonífero que está sendo injetado em Dimitri? Como eles vão fugir?
Vou começar uma fic de zumbis. Depois eu posto o link aqui, para vocês darem uma olhada! :)
Beijos e até mais!
PS: Não nos abandonem, ok?!