Let Go Of The Past escrita por theshadowhunter


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Aviso que Romitri's sorrirão no início, e Roske's dançarão de alegria no fim.
Queria agradecer a vocês pelos reviews. Estamos/estou muito feliz por saber que esta fic está agradando vocês, e nós (V - D - G) estaremos sempre a procura do melhor para todos. Principalmente para vocês.
Beijos, Dsoares.



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Lutei contra o sono, eu sabia que tinha que me levantar e falar com o Luke. Deixar tudo em claro, me explicar, e não poderia hesitar, não poderia ter medo da reação dele. Assim como também não podia esperar o perdão dele, o amor. Mas eu esperaria, eu aguentaria firme, eu lutaria. Porque, apesar de tudo, eu o amo. E ver o que eu fiz a ele, dói. Dói muito.

Mas, típicamente, o sono venceu a batalha, e acabei permanecendo na cama, e novamente, dormindo. Tendo uma presença, não muito agradável em meus sonhos.

Uma sombra um tanto familiar, estava encostada em uma árvore, me olhando. Era dia, e o Sol brilhava, fazendo com que eu me sentisse pura, renovada, completa -- eu sentia falta deles, mas no mundo Moroi, ele não é "aproveitado".

Olhos vermelhos analisavam cada centímetro do meu corpo, e parecia esperar a hora certa para me atacar. E eu, sem paciência, fui me aproximando, aos poucos, deste; enquanto as suas feições ficavam mais evidentes a mim.

Ele tinha cabelos loiros, mais ou menos da altura dos de Dimitri, presos em um rabo de cavalo, suas feições eram juvenis, dando a impressão de ter 20 anos. Ele era alto, muito pálido -- até mesmo para um Moroi. Mas então, eu me lembrei. Nathan. O strigoi.

Choque, reconhecimento e medo passavam por mim. Eu tinha certeza que meu rosto era o misto de minhas emoções, e meu corpo travou, enquanto cerrava meus punhos. Eu podia sentir a ameaça presente ali, então procurei por minha estaca. Nada. Eu estava indefesa, e a camisola que eu usava, deixava a mostra as minhas pernas.

Tentei me afastar aos poucos dele, dando breves passos para trás, mas não vi uma pedra, e acabei me desequilibrando. Esperei pela queda, pelo baque, mas nada ocorreu. Quando me permiti abrir os olhos, vi que Nathan me segurava protetoramente, seu rosto a centímetros do meu, e seus olhos haviam mudado. Agora eram azuis. Um azul cristalino, que parecia enxergar minhas emoções. Sua pele era bronzeada.

Mas... como?

–- Cuidado, Rose. Vai acabar se matando. -- disse, enquanto sorria maliciosamente para mim.

–- O que você quer? Solte-me! Solte-me ou eu ... -- ele me interrompeu. -- Ou o que? Me matará? gritará? Eu apenas quero protegê-la, cuidar de você.

–- Como se você pudesse. Você é um monstro!

–- Eu não sou um monstro, e em breve, você saberá. Em breve, me aceitará em sua vida, e verá o futuro que temos juntos, Rose. -- aqueles olhos me fitavam, me hipnotizavam, enquanto ele pegou minha mão e a posicionou sobre meu peito, fazendo com que eu sentisse seus batimentos cardiacos -- e, estranhamente, estavam tão acelerados quanto os meus. -- Em breve, você será minha. Minha.


O sonho se desperçou, e eu encontrei uma Helena, aos prantos, me sacudindo.

–- Acorde, Rose. Foi só um pesadelo, só isso. Nada acontecerá, acorde!

Só um sonho... mas era tão real. O toque, a sensação, as palavras... Eu não sabia quem ele era, até então, nunca havia me recordado dele, e de repente, ele está comigo, protegendo-me e ameaçando-me.

–- Foi... foi só um sonho ruim. Eu... já volto. -- disse, pulando da cama e indo em direção ao banheiro. Helena me enviava mil mensagens pelo laço, mas eu a bloqueava. Precisava de um banho frio, precisava exclarecer a mente, e precisava de explicações. Imediatamente

Assim que sai do banho, peguei um vestido floral e coloquei, juntamente com uma rasteirinha branca. Terminei de secar meu cabelo, e sai do quarto, dizendo a Helena que iria resolver minha vida, e depois contaria tudo a ela.


Passei pelos corredores, distribuindo cumprimentos, até que, de longe, avistei os olhos cinzas de Luke no refeitório. Apertei o passo para chegar logo até ele, mas quando abri a porta, fui empurrada para um canto, com olhos azuis gélidos me fitando. Natasha.

–- O que pensa que está fazendo, Rosemarie?

–- Indo falar com meu namorado, é crime?

Ela balançou a cabeça em reprovação.

–- Não aprendeu a lição? Terei que te relembrar nosso acordo? -- ela fez menção de pegar o celular, mas eu apertei seus pulsos.

–- Já entendi, Natasha. Vou me afastar. E vou continuar minha vida. Não precisa ficar me lembrando, principalmente em lugares públicos, já que alguém pode descobrir, e sua chantagem vazar...

Pude ver a fúria em seu olhar ao perceber o erro. Ela ajeitou a roupa e saiu de perto de mim, como se nada tivesse acontecido. Rolei os olhos, e me virei.

Se arrependimento matasse...

Christian estava atrás de mim, me encarando, com uma expressão desconfiada.

–- Hei, ham... Christian.

–- Nada de "hey". Vem comigo. -- Eu fiz menção em interrompê-lo, mas ele pegou meu braço e me puxou até o jardim da Corte, em uma área isolada.

Tentei colocar minha melhor máscara de guardiã, mas nada funcionava. O desespero era grande. Se ele tivesse ouvido a conversa, eu estaria morta. E Tasha iria para o fundo do poço, comigo.

–- Por que me trouxe aqui? -- Sabia que a aflição era visível na minha voz, mas não importava. O comportamento de Christian denunciava que ele tinha, mesmo, ouvido ou visto alguma coisa.

Alguma coisa suspeita.

–- O que minha tia quer com você, Rose?

–- Quis saber o que eu achei do baile, e me chamar para ajudar na decoração do próximo. Eles estão planejando, sabe, e o espaço é curto.

–- Não haverá baile algum, Rose. E você é pessima mentindo.

–- Claro que haverá, você não soube? Oh, céus. Era segredo....

–- Segredo é o que você e minha tia falavam. E se houvesse um baile, eu saberia. Sou namorado da Rainha, lembra? E é Lissa que decide ocasiões como essa.

–- Hei! Não mate a mensageira. Foi o que Tasha me passou.

–- Sim, sim. Ela te passou algo, também, como a sua ida ao terraço com Belikov?

Droga.

–- Minha ida com Belikov? Bebeu? -- tentei soar indignada. Falhei.

Christian sorriu para mim, como se estivesse percebendo tudo.

–- Sim, sua ida com Belikov, e a volta de um casal desesperado atrás de Natasha Ozera. Acha que eu não tenho visão? Olha, eu sei que minha tia é lunática pelo Belikov, sei que ela quer o perdão dele de volta, mas acabou o perdendo quando usou compulsão, e ele descobriu anos depois, mesmo não sabendo o motivo. Então, seja o que ela esteja aprontando, você pode confiar em mim. Sempre. Sou seu amigo, Rô! -- eu via a sinceridade em seus olhos. E sabia que podia confiar nele. Resolvi me arriscar.

–- Eu e Dimitri nos... beijamos ontem a noite. Ela viu.

–- E...

–- Ela quer espalhar a foto para todos. A foto e a história. A nossa história. Nosso antigo romance.

–- O que? Ela é maluca! -- ele estava visivelmente pertubado. Seus sentimentos passavam pelos olhos. Choque, horror, surpresa, e... fúria ?!

–- Sim, é. E agora, que história de compulsão e perdão é essa?

–- Ah, sim. Foi a anos atrás. Quando eles eram namorados. Ela não levava muita fé no romance deles, principalmente pela diferença de idade, mas continuava com ele. Até que ela conheceu um primo dela. Nikolai. Ele também era Moroi, e se "apaixonou" por ela. Então ela resolveu se aproveitar disto, principalmente, porque Dimitri era um cara centrado, e ela queria alguns tipos de regalias... e eles tiveram um caso. Mas, uma noite, Dimitri foi fazer uma surpresa para ela e encontrou ela na cama com Nikolai. Ele, claro, terminou tudo com ela, e ela foi atrás dele, jurando que tinha sido seduzida e tudo mais. E então, Dimitri e Nikolai -- que também não sabia de nada, se voltaram contra minha tia. E o futuro de Nikolai... bom. Ninguém descobriu. Ele sumiu do mapa, nunca mais tivemos notícias, sinais, nada. Sumiu. E, ela, desesperada, usou compulsão em Dimitri para que ele esquecesse, mas ele descobriu, por Yeva, meses após, e terminou tudo com minha tia, dizendo que foi por outro motivo.

Eu simplesmente não podia acreditar. Tasha... traiu Dimitri?

Então ela não é a santa que todos pensam, ou que diz ser. Ela tem um passado obscuro. Muito mais obscuro que o meu. O desaparecimento de seu "parceiro" poderia gerar várias teses, até mais do que o relacionamento de uma aluna e um professor. Mas havia Dimitri.

Dimitri, Dimitri, Dimitri...

Ele seria prejudicado com ambas histórias. Eu não poderia envolvê-lo, mas no momento que ouvi aquela história, soube que usaria isto contra ela. Só assim, teria paz.

–- Chris, eu o amo! -- Não precisei ver a mim mesma, para saber que meus olhos brilhavam.

–- Sim, sim. -- ele levantou as mãos, em um gesto exasperado. -- Você usará isto contra ela. Só tente não me colocar no meio, consegui isso lendo o diário dela.

–- O diário? -- dei o meu melhor sorriso malicioso.

–- Céus! Ok, Rose. Vou descobrir onde estão os outros diários. Depois nos falamos. Ah... sim! Cuidado com o uso das informações. Muita gente pode se prejudicar -- e ele saiu andando, me deixando sozinha com meus pensamentos, que, novamente, estavam em uma pessoa: Dimitri.

Eu teria que me afastar dele. Era o único jeito. Não que eu quisesse estar com ele depois da sacanagem que eu fiz com Luke. Céus, se eu me lembrasse, seria tão fácil ter a minha razão de volta. Seria fácil me controlar contra ele. Mas não. Se em algum momento, eu desejei esquecer de tudo, me arrependo.


Sai do jardim, andando vagarosamente, pensando no que fazer. Eu não podia mais mentir. Eu não posso mais esconder.

Assim que entrei no corredor, avistei Luke, que também me viu e me fitava, como se estivesse me analisando. Se ele não fosse dhampir, e sim usuário de espírito, eu diria que analisava minha aura.

Mas ele me conhecia bem. Muito bem. Não precisava de auras para saber o que eu queria.

Me aproximei dele, tentando ser comum o suficiente, para que não o alarmasse.

–- Luke...

–- Fala, Rô. -- seus olhos estavam focados em mim, sustentando meu olhar. Seu maxilar estava rígido, e eu percebia a tensão que passava dele para mim.

–- Preciso falar com você.

–- Muito bem, fale.

–- A sós.

Ele arqueou as sombrancelhas e me puxou até o seu quarto, que não era muito distante. Assim que chegamos, ele me empurrou para dentro rapidamente, e com a mesma rapidez, fechou a porta.

–- Mas que... ? -- Ótimo. Eu estava começando a ficar furiosa. Ele poderia até saber que algo tinha acontecido, mas um empurrão como este...

–- Dimitri.

Ótimo ². Ponto pra ele. Encontrar ou ver Dimitri estava fora de cogitação para mim. Por enquanto.

–- Ontem, no baile... Aconteceu uma coisa, e eu quero que você me escute. E depois... faça o que quiser. Você tem todo o direito.

Ele não esperou que eu terminasse de falar e sentou-se na cama, fazendo um gesto para que eu fizesse o mesmo, mas eu o recusei e fiquei de pé, em frente a ele.

–- Depois que você saiu, me deixando com Helen e Rup, Dimitri me chamou para conversar. Eu recusei, estava pronta para socá-lo, se fosse possível, mas ele pareceu precisar daquilo, e ser sincero. Então eu fui... Ele me levou até o terraço, onde estavamos sozinhos –- ao falar isto, pude ver o corpo de Luke tenso. -- e então... nos beijamos.

–- ELE TE BEIJOU? -- Luke se levantou em um pulo, e já estava gritando antes mesmo que eu me desse conta.

–- Nós. -- tentei soar calma. -- eu retribui o beijo. Ele ainda mexe comigo, Luke. Eu sei que tivemos algum tipo de romance no passado, e... ele ainda mexe comigo.

–- Ele se aproveitou de você, Rose. Você não vê?

–- Luke, em um momento do beijo, eu o quis. O quis como, com certeza, eu o quis antigamente. Mas, ao mesmo tempo, me senti suja... por você. Eu nunca quis fazer algo com você... mas fiz.

Ele estava visivelmente pertubado. Lágrimas beiravam os seus olhos, e me partia o coração ver aquilo. Eu o amava, eu o queria bem. E queria abraçá-lo, e dizer que não teve importância. Mas tinha. Querendo ou não, eu o traí. De uma forma suja, perversa. As pessoas poderiam dizer qualquer coisa, mas, dentro de mim, eu sabia que tudo era culpa minha. Culpa por eu ser fraca.

Então, eu deveria respeitar o espaço de Luke. E deixá-lo, por mais que doesse. Se essa fosse a decisão dele, eu deveria deixá-lo.

–- Eu... preciso pensar. -- Ele disse, enquanto as lágrimas finalmente rolavam por seu rosto.

Acenei que sim, e me encaminhei para a porta.

–- Rô! -- ele caminhou até a mim, ficando próximo e levantando meu rosto, gentilmente com suas mãos. Céus, como ele podia ser tão afetuoso depois do que fiz? Eu não o merecia.

–- Você me ama? -- ele disse isso em sussurro, enquanto limpava as lágrimas dos meus olhos, que até agora, eu não percebi que rolavam.

–- Mais que tudo. -- Agora eu sabia da verdade dessas palavras. Dizê-las a ele, retirou um peso de mim, me fez sentir livre. E me lembrou do beijo com Dimitri. Novamente, culpada. Empurrei esses pensamentos para fora.

Então ele beijou a minha mão, enquanto me deixava sair do quarto.

Caminhei por todo corredor, pensando no que faria da minha vida. Eu estava magoando todos a que amava.

Parabéns, Rose. Isso é a sua cara!

De repente, um frio percorreu a minha espinha com a sensação de estar sendo observada, mesmo que, quando passei, não tenha visto ninguém.

Me virei rapidamente, encontrando, apoiado em uma pilastra, um Dimitri com sorriso malicioso nos lábios, que examinava cada parte do meu corpo.

–- Roza...

–- Dimitri. -- Era agora. Eu deveria me decidir sobre qual caminho escolher.

–- Senti sua falta... -- Ele disse, enquanto se aproximava de mim, puxando a minha mão e enlaçando seus braços em torno de minha cintura. Seria tão fácil ficar com ele. O passado não me atormentaria, independente do que aconteceu. Eu tinha um meio de aniquilar a chantagem de Natasha, e agora não era mais uma aluna. Era uma mulher. Seria tão fácil, como eu sempre quis. Um calafrio percorreu meu corpo com o pensamento.

Ele aproximou nossos rostos, enquanto estava prestes a me beijar. Eu envolvi minhas mãos em seu cabelo sedoso, me permitindo acariciá-los, enquanto juntava nossas testas, tentado desviar do beijo.

–- Sabe... o amor não acaba. -- Pude ver o sorriso se formando em seus lábios. -- Principalmente, quando nunca existiu. -- Senti seu corpo vacilar, e seu aperto em minha cintura enfraquecer. Me soltei e afastei-me dele. Não podia ficar perto. Esta era minha decisão.

Seria fácil? Sim. Seria. Fácil e Difícil. Mas havia Luke. E eu o amava. Enquanto pensava em como seria minha vida com Dimitri, senti uma dor no peito, como se me estacassem. Eu o amava, e doía.

–- Eu não quero ver você, Belikov. Eu não quero estar com você. E seja o que aconteceu entre nós, foi um erro. E eu me arrependo, por cada parte da minha vida que eu passei com você, pelo desperdício de tempo. E principalmente, por ser você, e suas malditas palavras, que me fizeram fechar para o amor, que eu não pude amar Luke devidamente. Mas agora posso. Eu me liberto de você.

–- Você.. - sua voz falhou, mas ele logo se recompos e voltou a falar. - Você esta dizendo que nunca me amou?

Eu apenas me virei, e sai andando dali o mais rápido possível, se me deixasse vacilar, poderia arrepender-me. E eu não poderia mentir assim para ele.

Caminhei para o meu quarto, que estava vazio. Encontrei um bilhete sobre a minha cama.

" Rô.

Eu e Rupert fomos ao cinema, e passaremos a noite no mundo humano. Não se preocupe, a Rainha disponibilizou vários guardiões para nós. Ficaremos bem.

Quando voltar, terei aquela conversa com você. Eu me permiti entrar em sua mente, e vi o acontecido. Sei como está se sentindo, e saiba que estarei aqui, sempre. Para você. Por você.

E sim, o fato de ser "especial" me permite entrar em sua mente, também. O laço não é mão única.

Helena. "


Li o bilhete várias vezes. Ela sabia o que havia acontecido. E não me deixaria sozinha. Eu podia sentir o desconforto que sentia, e a confiança que ela tentava transmitir para mim em cada palavra.

Eu não estava sozinha. E não me sentia assim. Não mais.

Mas havia uma parte de mim que se recusava a melhorar. A se sentir como a antiga Rose. E essa era a parte que mais doía, e também a que eu mais amava. Luke.

Estremeci com as batidas na porta que interromperam o silêncio. Eu não queria ver ou falar com ninguém, portanto me joguei na cama e ignorei as batidas, agarrada a meu travesseiro.

Por um momento, as batidas cessaram. " Desistiu. Ótimo! " –- disse mentalmente. Mas logo elas recomeçaram, junto com uma voz que fez com que meu coração se acelerasse.

–- Rose... sou eu.

A voz de Luke.

Luke.

Me levantei correndo da cama, parando de frente ao espelho para ver a minha imagem. Não estava ótima, mas também não era péssima. Abri a porta e encontrei um Luke com aparência muito pior que a minha, mas ainda sim, lindo.

Abaixei a cabeça, não poderia continuar encarando-o. Ele entrou no quarto, enquanto eu fechava a porta. E ao me aproximar dele, seus dedos gentilmente ergueram minha cabeça, para que eu o olhasse.

–- Eu a perdoo. -- Eu não podia acreditar. Como?

–- Mas... como? Luke, eu não mereço seu perdão. Não mereço nada seu.

–- Mas eu a amo. -- E foi isso. Bastou essas três palavrinhas, para que toda a barreira que eu construi contra o seu perdão, contra mim mesma, desmoronar. Ele acariciava gentilmente meu rosto, enquanto olhava para mim. Eu sentia todo o amor irradiando dele. Era uma sensação maravilhosa, única. E então, ele me beijou.

Tudo o que eu achei que era único, maravilhoso, se duplicou. Eu fui as alturas com o seu calor, com o seu toque, e todo o meu corpo vibrava e ansiava por ele.

Me aproximei ainda mais dele, e ele correspondeu a isso, como se quisesse que nosso corpo se fundisse em um. Ele passeava com suas mãos pelas minhas costas, até que soltou meu cabelo vagarosamente, enquanto eu acariciava o dele. Nos afastamos do beijo, procurando por ar, por fôlego, mas logo voltamos ao momento. Eu comecei a desabotoar sua camisa azul, enquanto ele acariciava os meus cabelos com uma mão, e com a outra, me pressionava ainda mais contra ele. Quando finalmente consegui tirar a camisa dele, ele começou a distribuir beijos pelo meu pescoço, provocando arrepios por todo o meu corpo. Tortura! Comecei a brincar com o botão de sua calça jeans preta, enquanto ele continuava distribuindo beijos, mordidas e lambidas pelo meu pescoço.

Suas mãos quentes se abaixaram, provocando um caminho tortuoso pelo meu corpo, até chegarem ao fim do meu vestido e puxá-lo de mim. Eu ergui os braços, prontamente e vi o vestido cair no canto do quarto, enquanto ficava apenas de calcinha. Ele me ajudou a tirar a sua calça. Poucas roupas nos separavam, mas ele parecia gostar do que fazia.

E eu também.

Ele beijava todo o meu corpo, indo do pescoço até o abdômen, me excitando ainda mais enquanto eu cravava minhas unhas em suas costas.

Ele me pegou no colo, sem tirar seus lábios dos meus enquanto me encaminhava a minha cama de solteiro. Apenas a imagem de ter nossos corpos colados naquele espaço, me causou um arrepio, e uma sensação quente.

Ele me colocou na cama, enquanto deitava por cima de mim, distribuindo seu peso em suas pernas, e voltando a beijar o meu corpo, enquanto eu tirava sua cueca boxer branca. Logo, ele também retirou a minha calcinha e continuamos nos beijando.

–- Eu a amo. -- Ele sussurrou em meu ouvido, enquanto interrompia o beijo para pegar fôlego e mordia o lóbulo da minha orelha

–- Eu o amo, Luke...

E então, ele voltou a me beijar. Sabendo que agora não haveria mais paradas, preliminares, ou interrupções. Agora era apenas nós dois e nosso calor.

E então, ele penetrou em mim. Eu finalmente era sua.

Nossos corpos, formavam uma dança sincronizada, enquanto eu arranhava suas costas e ele passava suas mãos habilidosas pelo meu corpo. Logo, chegamos, juntos, ao ápice.

Ele continuou me beijando, enquanto nós nos enrolavamos no lençol de minha cama, e nos abraçavamos. Ele passava a mão pelo meu rosto, tirando os cabelos que, pelo suor, estavam colados ao meu rosto.

E após algumas juras de amor, adormecemos. E eu podia ter certeza, que quem visse a cena, diria que eu estava com um sorriso bobo no rosto. Mas eu não importava. Eu estava completa.

Eu tinha o amor das pessoas mais importantes da minha vida, eu tinha a Luke.

Eu era sua. Finalmente, sua.

E feliz. Eu era finalmente feliz, como eu tinha certeza, que nunca havia sido. Nem mesmo no passado, nas memórias que eu perdi...

Agora, sim, a minha vida era o que, poderia se dizer, um conto de fadas.




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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam da mudança?
" A vida é uma roda. E ela está sempre girando... "