Do You Remember Me? escrita por Ju


Capítulo 42
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Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Desculpem pela demora, mas é que os reviews realmente não me satisfizeram.
Apareçam as fantasminhas que favoritaram, por favor! Isso é importante para que a fanfic continue...
Espero que gostem.
Divirtam-se!



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Ryan e Justin sabiam quem era ela, só do jeito que olhavam para a mulher. Justin acariciou meu braço e foi descendo até a minha mão apertando-a. Olhei para ele e ele tinha um olhar confuso de "É ela?". Assenti com a cabeça e Ryan continuava perplexo. Caitlin, com o seu jeitinho, já foi abraçando minha mãe sem ao menos saber quem era e se apresentando. E quando digo "se apresentando" inclui todos os meus amigos. 

– Olá! - Caitlin disse simpática para a minha mãe e deu um abraço nela, o qual minha mãe retribuiu. - Eu sou a Caitlin, essa é a Mel, esse é o Nolan e aquele babaca ali atrás é o Ryan. - ela disse apontando pro garoto que se mantia encolhido.

Ah, como eu queria rir dessa cena. Coloquei a mão em frente a minha boca impedindo que algum riso escapasse. Nunca tinha imaginado o quão medroso Ryan, na realidade, era. Aquilo estava realmente muito engraçado.

– Hm - Justin disse meio nervoso, soltando a sua mão da minha. - eu sou... Eu sou Justin. - ele estendeu a mão para que minha mãe a pegasse e fizesse aquele cumprimento tradicional.

– Hã? - minha mãe fez olhando para a mão dele. - Justin, te conheço desde que você era um bebê. - ela puxou Justin para um abraço e não me aguentei, rindo. - Quanto tempo!

– É... É sim. - Justin disse quando saiu do abraço da minha mãe, ajeitando a blusa e colocando o boné azul para trás.

– Podem entrar. - Jen abriu a porta e deixou para que passássemos. Justin foi na frente e Caitlin foi atrás empurrando-o pelas costas, Mel fingiu estar teclando alguma coisa no seu iPhone - conhecia muito bem a Melissa - e Nolan ajeitava sua jaqueta de couro. Por que esses homens eram tão metrossexuais?

Foi aí que notei a falta da presença de alguém e tive que puxar Ry pelo braço, já que ele não se mexia.

– Vem logo, seu babaca. - peguei-o pela mão e o arrastei desde a sala ao meu quarto, onde todos se localizavam.

Sentei do lado de Justin na minha cama e perguntei:

– Ok, vocês viram que ainda estou respirando. O que queriam?

– Nossa, amiga, que grossa. A gente só veio ver se você tava bem... - Caitlin disse eu revirei os olhos. Caitlin era o tipo patricinha. Mas sei lá, eu gostava dela daquele jeito. - Aliás, quem era aquela mulher ali na porta?

– Era a sua mãe, não era? - Justin perguntou no meu ouvido, me fazendo arrepiar. Pulei da cama e fiquei de pé ao lado de Ryan, que continuava perplexo.

– Ai, ai... - suspirei. - Ok, cambada, sentem-se que eu vou contar.

{...}

Depois que contei o que realmente havia acontecido, nem tivemos tempo o suficiente de assistir o filme que Caitlin tinha alugado - "Sempre Ao Seu Lado" - e trazido para a minha casa. Mas, eu consegui me sentir um deles. Quero dizer, agora eu poderia dizer e escutar um "a minha mãe faz aquilo", "minha mãe é tal coisa" e eu não me sentia excluída.

– Nossa, cara, a história da sua mãe é emocionante. - Mel disse com os olhos brilhando e colocando os punhos debaixo do queixo.

– É, eu sei. Ela é uma verdadeira heroína, não? - ri fraquinho nas nuvens.

– Ok, agora alguém me ajuda a achar o controle remoto dessa porra? - Nolan disse olhando pros lados.

– Sua mãe é uma fofa! - Caitlin disse ignorando-o de propósito.

Ri quando ela fez isso. Caitlin adorava provocar Nolan e eu não duvidava nada de que rolava alguma coisa entre eles.

– Caitlin e Melissa, levantem a bunda daí pra gente achar "o controle remoto dessa porra". - imitei a voz de Nolan e elas riram.

– Olha os modos, Hale! - Ryan gritou do outro lado do quarto, onde mexia no meu notebook, que por um acaso, sem permissão. Ri baixinho.

Justin estava estranho. Ficou feliz por ver a minha mãe e por mim, mas por outro lado, permaneceu quieto na poltrona do meu quarto desde que eu tinha contado a história toda. Eu estava começando a me preocupar com aquele "precisamos conversar".

– Achei! - Nolan gritou vitorioso estendendo o controle remoto para o alto.

Aquela situação era tão preguiçosa e ao mesmo tempo tão irônica: ele queria o controle remoto pra poder iniciar o filme pois estava com preguiça de levantar e mexer no próprio aparelho, porém quis se levantar para procurá-lo. Nolan era um caso sério de esquisitice. Acho que foi por isso que ficamos amigos.

– Ok, agora cala a boca que o filme vai começar. - Caitlin ordenou enquanto eles se sentavam - ou melhor, esparramavam-se - nos colchões espalhados pelo chão do meu quarto.

Justin permaneceu na mesma posição com os pés batendo no chão e apoiando o queixo no punho fechado. E quando ele fazia aquilo, eu tinha certeza que ele estava bravo, nervoso ou impaciente. É, acho que impaciente poderia descrevê-lo bem.

Ryan, por sua vez, largou o notebook - desligando-o - e se sentou com as meninas no colchão. Eu fiquei sentada na namoradeira do meu quarto esperando Justin sentar ao meu lado, mas parece que ele estava no mundo da lua. Ou era só um babaca me ignorando.

{...}

Dessa vez tinha esquecido que ver filme de drama ou romance com Caitlin era uma péssima ideia - talvez porque ela quase inundasse o meu quarto sempre que assistíamos algum juntas. Ryan - juro que vi uma lágrima no canto do olho dele na parte que o cachorrinho esperava o dono na estação - e Nolan reclamavam da mesma coisa que eu e Justin continuava olhando pra baixo. Aquilo estava me irritando. Depois do filme, percebemos que já eram 9 horas da noite, então pedimos uma pizza e ficamos conversando até mais ou menos 12:30 a.m.. Justin continuava com aquele olhar. Depois que todos foram embora, Justin ficou e ali estávamos sentados na minha cama e eu esperando pela sua esperada "precisamos conversar".

– Eu nem sei como te falar isso. - lamentou-se.

– É algo ruim? - perguntei, mas é óbvio que já sabia da resposta.

– Hm, sei lá. - deu de ombros enquanto dizia. - Acho que bom e ruim.

– Então me conta a parte boa. - pedi.

– Ok, vamos lá. - ele disse pra si mesmo. - Hm, você sabe, eu postei vários vídeos no meu canal do Youtube. - suspirou e sorriu de canto. - Depois de alguns meses, hm, eu recebi algumas propostas.

– Propostas? - perguntei. - Propostas? - repeti.

– Propostas pra minha música. Propostas de grandes empresários. - Justin respondeu e eu estremeci. - Eu não aceitei nenhuma delas.

– E por que não?

– Porque eu sabia que teria que me separar de você. - Justin disse e eu sorri sincera. - Mas... - continuou e meu sorriso desmanchou.

Quero dizer, não que eu não quisesse que ele subisse e alcançasse aquilo que ele sabe fazer e o que sempre quis fazer, porém aquele "mas" me assustava.

– Scooter Braun, um empresário insistiu por algumas semanas que eu fechasse um contrato com ele. Minha mãe e eu já estávamos cientes que esse contrato me faria me mudar de Stratford para Atlanta, por isso não tínhamos aceitado. Eu sabia que queria aquilo, mas não queria simplesmente abandonar tudo o que eu tinha aqui. Por outro lado, eu sabia também que se aceitasse, tudo o que eu sonhei se tornaria realidade. Então, eu aceitei. - continuou. - Eu vou me mudar para Atlanta daqui há uma semana. - Justin disse e eu gelei. - Olha, Jessie - ele pegou na minha mão dizendo -, eu não queria que fosse assim e você sabe muito bem disso. Mas uma oportunidade dessas a gente só tem uma vez na vida.

Eu não sei porque, mas aquilo soou como uma despedida. Mas meus pais disseram que eu poderia visitar meus amigos, certo? Ok. Tudo o que eu precisava, naquele momento, era relaxar. Eu estava feliz por ele estar realizando um sonho que eu ajudei ele a seguir, mas... Puxa, me separar dele não estava incluído no pacote, estava?

– Eu também tenho uma coisa pra contar. - eu disse. - Hm... Depois da volta da minha mãe, como eu disse, ela está trabalhando em London e meu pai quer transferir a empresa dele pra lá e fixar algumas lojas. Ele disse que quer que eu me mude, porém, que eu pudesse visitar você e o pessoal.

Para dizer aquilo não me senti tanto apreensiva, por mais incrível que pareça. Justin suspirou e olhou pra baixo, onde ainda segurava a minha mão. Ele a apertava mais de acordo que piscava os olhos.

– Eu não queria que fosse assim... - sussurrou.

– Mas não tem que ser. - respondi e Justin pareceu surpreso por eu ter lhe escutado.

– Jessie, será que você não vê? - ele elevou seu tom de voz e largou a minha mão meio violento. - Vou fechar o contrato com Scott, fechar um contrato com uma gravadora e não vou ter tempo pra você!

Meus olhos começaram a - automaticamente - marejar. De repente, as lágrimas não conseguiam cessar. Como ele foi capaz de dizer isso pra mim? "Vou fechar o contato com Scott, fechar um contrato com uma gravadora e não vou ter tempo pra você!" ele praticamente cuspiu aquelas palavras egoístas e sem sentimentos pra mim. Foi como se eu tivesse levado 1000 facadas ao mesmo tempo e ele só estivesse lá assistindo.

– Desculpa, Jess. Foi por impulso. - Justin chegou perto de mim mais calmo, limpando algumas lágrimas que caíam e acariciando a minha bochecha. Eu peguei a sua mão tremendo devido ao choro e a tirei do meu rosto. - Jessie...

– Para Justin. - pedi com a voz trêmula. - Eu já entendi. Você não vai ter tempo pra mim. - eu disse dando ênfase no "mim".

Eu olhei para seu rosto e vi uma lágrima caindo. Talvez doera mais ver ele chorando do que eu mesma. Ele se aproximou de mim e selou nossos lábios rápido porque quando ele fez o ato, virei minha cabeça pro lado.

– Me desculpe. - pediu ele e depois ouvi a porta do meu quarto se fechando.

Não tive vontade de fazer nada. Só de ficar ali. Talvez assistindo todos os nossos momentos juntos que passaram como um flashback na minha cabeça. Olhei para a minha mão onde se localizava aquele anel que Justin me dera. Eu estava com tanta raiva que tirei-o e o atirei do outro lado do quarto.

Eu queria ficar com ele, eu queria vê-lo todos os dias, eu queria o seu beijo de novo. Mas uma parte de mim não queria mais nada. Eu sabia, porém, que ia sofrer. E aquele "pra sempre"? O que houve? Eu costumava conhecê-lo bem. Quem era aquele Justin que estava no meu quarto?

Era tão difícil de saber que durante um tempo estávamos seguindo um caminho juntos e depois, no meio da estrada, cada um tomou a sua escolha. Eu me importava. Será que ele também? Eu estava desabando. Provavelmente ele não se importava. Não se importava mais. Porque eu era apenas Jessie Hale. Certo? Não foi isso que ele disse pra mim?

Era inevitável, eu iria sentir saudades. Mas depois daquele momento que tivemos, eu não sei se teria forças pra levantar e dizer "eu consigo" . Talvez porque eu sabia que aquele vazio ali dentro de mim ficaria por um bom tempo, me machucando o tempo todo. Eu não conseguia mentir: eu queria que ele, eu queria que Justin preenchesse aquele vazio! Ah... Eu parecia aquelas garotas desesperadas por aqueles caras que não merecem nada, e eu me odiava por isso.

Eu só queria que as coisas se tornassem diferentes diante a nós dois. Digo, eu e Justin. Não existia mais "nós".


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Notas finais do capítulo

Contem o que acharam haha e por favor FANTASMINHAS, APAREÇAM!
Enfim, decidi criar um tumblr pra continuar e vai ficar bem organizadinho os capítulos. Se quiserem ver como está ficando -> www.my-bieberfanfics.tumblr.com
Estou pensando em fazer uma nova fic e posto minhas ideias pra vocês verem se gostam. Beijos!
Espero que tenham gostado.
REVIEWS/RECOMENDAÇÕES?



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