– Aw Justin - eu disse fazendo carinho na sua bochecha, e então beijei-a.

– Eu só mereço isso? - Justin perguntou me deixando no chão.

Preciso dizer que respondi alguma coisa? Eu deveria beijá-lo e eu queria beijá-lo. Mas nada que uma provocação para Justin, como sempre. Ri e o beijei. Justin pediu passagem com a língua e eu cedi. Nossos lábios se encaixavam perfeitamente e nossas línguas seguiam uma sintonia incrível. Justin segurava minha cintura, colando nossos corpos enquanto eu o segurava pela sua nuca e brincava com alguns de seus fios de cabelo loiros. Parei o beijo mordendo seu lábio inferior de leve e em seguida, o abraçando, rindo contra o seu peito.

– O que foi? - ele riu também afagando meu cabelo.

– Nada. - eu disse e me virei, olhando para aqueles lindos olhos. - Eu só nunca imaginei que a gente estaria assim algum dia. - ele disse e me selou novamente, sorrindo entre o selinho.

Ele me olhou por alguns segundos com os olhos brilhando, e em seguida, beijou minha testa.

Voltei a vida real quando Justin finalmente disse:

– E aí? Podemos ir? - ele disse e me soltei de seus braços.

– Não, espera Bieber.

– "Bieber"? Você nunca me chama de "Bieber". - ele riu, me abraçando por trás, me dando um beijo na bochecha.

Eu pude ouvir sua respiração e meu corpo inteiro se estremeceu.

– Ok então - eu disse virando e empurrando-o, para disfarçar. - deixa eu só pegar a minha bolsa. - eu disse indo até o meu closet e pegando minha bolsa branca. - Ah, e em falar nisso, onde nós vamos?

– À praia. - ele disse dando de ombros e sentando na minha cama.

– À praia? - falei mais alto. - Justin, eu tô de salto! E de vestido. Ele vai subir. - eu disse jogando a minha bolsa em sua direção, em um sinal para ele segurá-la.

Justin, suas mudanças de planos, suas mudanças de humor, sua impaciência... Mas todos aqueles defeitos se tornavam qualidades no meu ponto de vista. Ele era perfeito pra mim. E eu tinha certeza disso, agora eu tinha absoluta certeza disso.

– Deixa subir. Eu não me importo, e a praia tá sempre vazia a essa hora. - ele disse mordendo o lábio, fixando seu olhar no meu vestido. Bufei e corei.

– Cala boca, garoto. - eu disse rindo. - Vou me trocar. Se você tivesse me avisado, talvez eu teria demorado menos. - eu disse entrando, logo em seguida, no banheiro para me trocar.

Saí do banheiro, puxando a lateral do meu moletom rosa, e abaixando, como se fosse uma princesa fazendo uma reverência. Justin pareceu decepcionado, se levantando e fazendo um "negativo" com a cabeça. Olhei para baixo, não tinha nada de errado.

– Cadê o vestido? - ele disse se fazendo de sério e me desmanchei rindo em seus braços.

– Justin, vamos logo vai. - eu disse empurrando-o pelas costas até a porta.

{...}

– Por que você escreveu aquela música pra mim? - perguntei, andando pela praia em zigue-zague.

– Ah, você sabe... Eu componho, toco, canto...

Levantei uma sombrancelha. Ele não tinha respondido a minha pergunta.

– O que foi? - ele se fingiu de idiota.

Deixei passar. Se Justin não queria me contar, bom... Uma hora eu descobriria, certo?

Continuei andando ao seu lado, segurando seu braço, onde suas mãos se encontravam dentro da calça jeans e seus olhos se focavam nos meus.

– Sua voz é linda. Você deveria tentar algo. - eu disse, encorajando-o, enquanto meu cabelo voava pelo vento que as ondas provocavam na beirada da praia.

– Sério? - perguntou ele. - Eu... Eu nunca cantei para ninguém. - ele disse e pigarreou. - Quer dizer, nunca ninguém me ouviu cantar. Só você. E Chaz. Argh.– ele fez.

– Mas você toca tão perfeitamente e o seu acompanhamento com a voz é lindo! - eu disse sorrindo. - E para com esse ciúmes, pelo amor de Deus. - ri, olhando para baixo.

– Talvez eu cante pra você mais tarde. Quem sabe. - ele sorriu. - E eu não tô com ciúmes. - seu sorriso se desmanchou.

– Ok então, ciumento. - o provoquei e larguei meu braço do dele, e saí correndo pela praia. - E você vai cantar pra mim!

Justin, como eu previa, rolou os olhos e veio correndo atrás de mim como um doido. No meio da minha corrida, me desmanchei em risos, pondo a mão na barriga e Justin me segurou por trás, na minha cintura para ser mais exata, me fazendo cócegas.

– Quem é o ciumento agora? - ele disse apertando a minha cintura e gargalhando ao me ver me remoendo nas cócegas.

– Para Justin! - pedi rindo.

Ele sabia que aquele era o meu ponto fraco. Desde, tipo, sempre. Saí de seus braços, ainda rindo com o efeito das cócegas e tentei fazer o mesmo com ele. Justin me olhou como se eu fosse um bicho de outro planeta.

– Boa tentativa. - ele disse com um risinho. - Não tenho cócegas. - ele se aproximou de mim e começou a fazer cócegas na minha barriga até eu cair na areia fria, já que estava a noite.

– J-Justin - eu disse em meio a gargalhadas. - pa...ra! - eu disse e Justin se ajoelhou, parando com a ação.

Seus olhos focavam nos meus profundamente, e dali a um segundo, eu já estava hipnotizada pelo encanto de seus olhos. Seus lindos olhos cor-de-mel. Justin se abaixou ainda mais, se aproximando de mim, que estava deitada na areia, com as mãos pousadas na minha cintura. Meu coração acelerou. Aliás, aquele negócio de o meu coração acelerar já estava virando rotina. A cada vez que ele me olhava com aqueles olhos, meus batimentos cardíacos aumentavam. E agora, eu sabia o porquê.

Vi Justin fitar meus lábios e morder os seus. Quando percebi que o mesmo havia fechado os olhos pra me beijar, o empurrei com as duas mãos, fazendo com que Justin se desequilibrasse e caísse para o lado. Ele me olhou confuso.

– Vingança. - eu disse levantando vitoriosa com os braços cruzados.

Justin me olhou decepcionado e então se levantou.

– Vamos assistir um filme lá em casa. - eu disse sorrindo me recuperando das cócegas.

Eu ia seguindo em direção ao seu carro, quando de repente senti suas mãos fortes segurando a minha cintura, e depois mordendo o lóbulo da minha orelha. Um choque percorreu o meu corpo inteiro, e tive a certeza de que ele percebeu quando disse:

– Eu sabia que você não ia resistir. - ele disse e abriu a porta do carro pra mim e depois entrou.

Gargalhei e aí ele me lançou uma olhada que aí percebi que ele estava sério.

Apesar de tudo, eu adorava tê-lo ali comigo. Mesmo, você sabe, nós sendo só amigos. Porém, eu adorava o jeito que ele me provocava, o seu ciúmes, o seu beijo e chegava até adorar o seu cheiro. Eu dizia isso 1000 vezes, mas diria de novo: ele era perfeito pra mim.

{...}

Justin havia me deixado em casa e ele disse que iria fazer um negócio na casa dele, e que depois retornaria a minha. Dei de ombros e entrei na casa, deixando a porta encostada, para que ele entrasse com mais facilidade. Se bem que:

a) Ele tem a chave da casa;

b) Adora chegar inusitadamente e me pegar desprevenida;

c) Entra a qualquer hora que quiser em casa, eu deixando ou não.

Pensando nas possibilidades, ri. Passando pela sala, joguei a minha bolsa em uma das poltronas que haviam perto da mesa de centro. Um dos chaveiros da minha bolsa, acidentalmente, acertou o vidro da mesa de centro, fazendo um barulho estrondoso. Me encolhi, parando, e verifiquei se havia destruído a casa.

Após ver o estado da minha sala ainda inteira, subi as escadas e fui direto ao meu closet pra achar alguma outra roupa mais confortável do que tênis e moletom. Me vesti dentro do banheiro, pegando uma sapatilha qualquer. Quando saí do banheiro, um violão e um caderno estava sobre a minha cama e quando virei para o lado, Justin estava agachado tentando colocar um DVD para nós assistirmos no meu quarto.

– Ahá - eu fiz enquanto minhas mãos trabalhavam em fazer um coque meio bagunçado. - resolveu cantar pra mim? - eu disse sentando na cama, fazendo com que o violão desse um pequeno pulo e suas cordas fizessem um barulho.

– Eu disse "quem sabe"... - Justin disse enigmático se virando pra mim enquanto colocava o DVD.

– E que filme é esse? - perguntei dando uma olhada no caderno que estava em cima da minha cama. Um caderno de músicas.

– 50 First Dates. - ele disse sorrindo pra mim. - Uau - ele disse ao me ver com o seu caderno nas minhas mãos. - você é muito curiosa. - ele colocou na opção "play" e tratou de ir sentando ao meu lado.

– Adoro esse filme!

– Então, digamos, que você está com sorte hoje.

– Por que? - perguntei estupidamente, onde já sabia a resposta.

– Um filme perfeito, com um cara perfeito. Quer mais? - Justin respondeu e eu gargalhei.

– Há-há - fiz. - boa essa, boa mesmo. - eu falei ironicamente. - E quando você vai tocar alguma música pra mim?

– Quando você repetir "Justin Drew Bieber é o cara mais lindo e mais legal do mundo e eu amo ele". - ele disse cruzando os braços.

– De jeito nenhum. - eu disse, agora, cruzando os meus braços.

– Então acho que não vou cant-

– Justin Drew Bieber é o cara mais lindo e mais legal do mundo e eu amo ele. - eu disse interrompendo-o, falando lentamente cada palavra, fazendo-o rir e em seguida, pegar seu violão.

– Pronta? - ele me perguntou.

– Sempre.

– Ér... - ele fez meio sem graça, agora corando. - Bom, eu... Eu... Eu escrevi essa música pra você. Eu espero que você goste. - ele disse e eu ficava mais animada a cada palavra pronunciada.

Be Alright

Across the ocean, across the sea
Startin' to forget the way you look at me now
Over the mountains, across the sky
Need see your face, I need into look your eyes
Through the storm and through the clouds

Bumps on the road and upside down now
I know it's hard baby, sleep at night
Don't you worry, cause everything is gonna be alright ai-ai-ai-aight
Be alright ai-ai-ai-aight

Through your sorrow and the fights
Don't you worry 'cause everything's gonna be alright ai-ai-ai-aight
Be alright ai-ai-ai-aight

All alone in my room
Waiting for your phone call to come soon
For you, oh, I would walk a thousand miles
To be in your arms,
Holding my heart

Oh I, oh I, I love you
Everything's gonna be alright ai-ai-ai-aight
Be alright ai-ai-ai-aight

Through the long nights and the bright lights
Don't you worry 'cause everything's gonna be alright, ai-ai-ai-aight
Be alright, ai-ai-ai-aight

You know that I care for you
I'll always be there for you
I promise I will stay right here
I know that you want me too
Baby we can make it through anything
Cause everything's gonna be alright, ai-ai-ai-aight
Be alright, ai-ai-ai-aight

Through the sorrow and the fights
Don't you worry 'cause everything's gonna be alright ai-ai-ai-aight
Be alright ai-ai-ai-aight

Though the sorrow, and the fights
Don't you worry, 'cause everything's gonna be alright

Justin terminou a música de olhos fechados, cantando com sentimento. Eu já pude sentir meus olhos se encherem de lágrimas.