The Real Side escrita por Jess Gonçalves


Capítulo 4
Capítulo 4 - Primeiras Impressões


Notas iniciais do capítulo

OKAY, EU SOU UMA PESSOA RUIM QUE QUASE MORREU PORQUE MEU PENCARD PIFOU E O CAPÍTULO FOI EMBORA D:
Sério, quase chorei. Três capítulos de três histórias diferentes que eu nunca mais irei ver i.i Não, eu não sou dramática.
Okay, vou sossegar e ir para n/a de baixo...



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Avril ficou parada olhando para o horizonte onde seu pai sumira. Exatamente o que ela faria agora? Phill devia ter lhe dado um roteiro “caso seu pai a abandone”, seria mais últil. Antes que pudesse pensar em o que faria, o celular de trabalho da garota começou a tocar. Bom, pelo menos a S.H.I.E.L.D. estava bem informada.

- Agente Stark, preciso de você na base aérea – disse Fury sem rodeios.

- Stark errado. Eu não sei voar, lembra?

- Um agente irá lhe buscar em uma hora – continuou o diretor, ignorando o comentário da morena – Não se atrase.

Se atrasar... Como todo mundo Fury sabia que Avril dificilmente se atrasava, apenas se quisesse, e naquele momento ela não queria. Ela apenas queria chegar à base e se informar devidamente sobre a situação. Por isso em vinte minutos ela já estava no elevador com sua mochila nas costas e dando ordens a J.A.R.V.I.S.

- Não importa o que aconteça, nada de comentar sobre para Tony sobre meu envolvimento com a S.H.I.E.L.D.

- É claro, srtª Avril.

No final das contas fora extremamente útil ter mudado as configurações de J.A.R.V.I.S. para que suas ordens tivessem mais valor do que as ordens de seu pai. Ele nunca desconfiaria, Tony no máximo saberia que seu sistema chamava sua filha pelo primeiro nome.

 No térreo da torre, algumas pessoas estranhavam a presença da jovem Stark. Em uma semana de estadia na Torre e eles apenas a viram quando ela chegara, e agora ela estava saindo sem a companhia do pai, com uma mochila nas costas.

- Senhorita Stark – chamou-a uma das atendentes da recepção mais curiosa – Algo em que possamos ajudar?

- Não, obrigada – suspirou Avril com um sorriso educado, saindo pela porta antes que alguém ousasse se pronunciar.

A calmaria da Torre contrastava com a agitada movimentação de pessoas no lado de fora. Para quem estava acostumada a ver poucas pessoas por dia, Avril estava consideravelmente tonta. Muitas pessoas juntas não lhe faziam bem. Sua mente não conseguia acompanhar as informações que se afastavam e se aproximavam constantemente, não adiantava tentar se adaptar. Era como tentar assistir varias televisões ligadas ao mesmo tempo.

Sem paciência, Avril colocou seu comunicador no ouvido e chamou seu chefe.

- Onde está minha carona? – perguntou ela impaciente. Sua cabeça começava a doer com o excesso de informações e ela precisava de um lugar menos movimentado, como seu amado apartamento perto na universidade, mas como isso não era possível no momento, a única opção era apressar o infeliz agente que teria que suportá-la pela próxima hora.

- Então sorte sua que eu fui o enviado para te buscar, Stark – suspirou um homem a alguns passos atrás de Avril.

Avril nunca desconfiaria que aquele homem trabalhasse no mesmo lugar que ela. Era óbvio que ele era um espião, mesmo com toda a confusão que a cercava Avril poderia muito bem perceber se alguém fosse se direcionar a ela ou a alguém próximo dela.

O homem não usava nenhuma peça do uniforme escuro da S.H.I.E.L.D., pelo contrário, até usava uma camiseta de cor mais viva. Aquela postura despreocupada provavelmente não era conhecida pelo o diretor Fury, ou aquele sorriso debochado que todos esboçavam ao conhecê-la.

- Sou o agente James William, Stark – apresentou-se o moreno lhe estendendo a mão. Então aquela era a famosa agente A.S., a qual tantos falavam sem ao menos conhecer. Aparentemente a garota não parecia ser grande coisa, ninguém diria que aqueles braços finos pudessem fazer algum estrago, ou que aquele rosto delicado pudesse carregar toda a frieza do mundo.

- Pelo menos me arrumaram uma babá competente – comentou Avril sorrindo – Vai ficar aí parado ou vai me levar para a base?

- Estou esperando a sua boa vontade para entrar no carro – disse James apontando para o carro estacionado ao lado dos dois – Quer que eu te coloque lá dentro também?

Avril lançou um olhar raivoso em direção ao homem antes de entrar no automóvel, cruzando os braços enquanto James ocupava seu lugar no banco do motorista. Talvez Natasha tivesse escolhido aquela criatura para ir buscá-la. Talvez isso fosse um tipo de vingança por ela ter praticamente roubado sua missão no sul da França.

- Vamos para o aeroporto, onde uma nave está nos esperando – informou James sem olhá-la, esperando que a garota dissesse algo.

E foi assim que o silêncio prevaleceu.

A confusão das pessoas na rua estava nublando sua mente e Avril não conseguia racionar, estava impossibilitada de tentar prever o plano de Loki. Era essa uma das muitas razões pela qual ela deixara NY. Não dava para aproveitar suas habilidades com sua mente tão cheia.

- Sabe, as informações que eu recebi sobre você me diziam que você nunca cala a boca... – brincou o homem ao parar o carro no estacionamento do aeroporto. Avril não o esperou para pegar sua mochila e deixar o carro enquanto James tirava o cinto de segurança.

- Quem é sua fonte? – perguntou ela se apoiando na porta do automóvel quando o homem a abriu – Se é a agente Watson, saiba que as informações que ela lhe der sobre mim a vida intera, vai ser baseado em como eu deixei o humor dela na última vez que nos vimos.

- Acha que eu seria idiota o suficiente para ouvir a Sam? Você praticamente é dona dela, ela faz tudo o que você quiser – lembrou James, puxando a mochila de Avril sem se importar com ela reclamando e andando mais a frente – E Foi a Romanoff que me avisou sobre você.

- Maravilha, quantas idiotices ela disse que eu já fiz?

-Nenhuma que nós já não soubéssemos... - riu James, vendo Avril o fuzilar com os olhos. Desde quando rumores das missões dela chegavam aos ouvidos dos novatos ela não sabia, mas tinha certeza que tomaria uma providência sobre isso quando chegasse à base.

Nenhum dos dois se pronunciou durante o voo. Avril estava desacostumada a ser copiloto, a última vez que ocupara aquela posição fora durante seu treinamento com o agente Barton, há mais de três anos. Ninguém da base os informava, ou não queriam os assustá-los com a situação ou estava tão carente de novidades quanto eles.

Avril não sabia como seria o esquema para ficar no porta-aviões trabalhando com seu pai por perto. Se referir a agente A.S. quando fosse se referir a ela talvez fosse útil, mas ela teria limitações, não poderia fazer o que Fury queria fingindo ser apenas uma física recém-formada.

- Algo errado, senhorita Stark? – perguntou James com um sorriso maldoso, pousando a nave no porta-avões. A alegria de todo agente era ser reconhecido como agente – Fury está te esperando na central. Coloque seu comunicador antes de descer.

Mostrando-lhe um sorriso cínico, Avril desceu na nave e viu outro agente pegar sua mochila, sumir pelos muitos corredores, e ela sentiu uma imensa vontade de segui-lo. Fazia muito tempo em que ela tinha estado na base aera e não fazia ideia de onde ficava o que ali. Era um verdadeiro labirinto. Fora com o rosto vermelho de vergonha que ela parara uma mulher no corredor para perguntar o bendito caminho.

- Senhorita Stark! – exclamou Fury forçando uma risada – Por que sempre que te vejo problemas aparecem?

A central da base continuava enorme e aquilo ainda a surpreendia. Eram dezenas de pessoas trabalhando ao mesmo tempo, algumas em seus computadores e outras andando de um lado para o outro.

- O que eu posso fazer se você não sabe resolver seus problemas sem mim... – brincou Avril cruzando os braços – O que eu vou fazer?

- Direto ao ponto? Sem preliminares? – perguntou Fury vendo a expressão de Avril continuar inalterada – William é um incompetente. Ordenei que ele trouxesse a Stark e ele me trás alguém parecido fisicamente com ela.

Quando Avril abriu a boca para responder, Maria Hill se pôs ao lado de Nick. Maria nunca mudava, estava sempre séria e nunca Avril a vira sorrir. Até Natasha Romanoff já rira na companhia da garota, e isso não é lá uma das tarefas mais fáceis.

- Diretor, Stark e Rogers capturaram Loki – informou a morena de olhos azuis – Eles estão voltando.

- “Rogers”? – repetiu Avril começando a hiperventilar – Como “Capitão Rogers”? Aquele cara que foi encontrado no gelo depois de anos? Aquele loiro enorme também conhecido como Capitão América?

- Se você continuar a falar desse jeito vou pensar que anda passando muito tempo com o agente Coulson – disse Hill deixando os dois conversando.

- Eu não estou tão... Tão... Coulson? Sério? Pode me dizer o que eu vou fazer aqui antes que eu me jogue do convés?

- Você vai trabalhar como agente/não agente na busca do Tesseract – explicou Fury, voltando a analisar suas duas telas e dando as costas a garota – Você era a segunda responsável pela Fase 2, seria idiotice te deixar fora, mas você não está escalada na ação e seu acesso algumas áreas da base não será permitido, assim como o do resto dos “visitantes”.

Avril iria responder, mas parou para pensar mais na palavra “visitantes”.

- Quem vai estar aqui? – perguntou ela por fim.

- Seu pai e Capitão Rogers – disse Fury a olhando de lado – E tem uma pessoa que já está aqui e seria útil se você trabalhasse com ele. Siga-me.

Curiosa, Avril seguiu seu chefe pelos corredores até os setores de pesquisas, pensando em todos os nomes possíveis de cientistas que poderiam estar na base e quase teve um troço ao ver um dos seus exemplos digitando agilmente em uma tela touch screen.

- Dr. Banner – chamou Fury, entrando no laboratório primeiro que a garota que travara na porta – Queria te apresentar Avril Stark, ela fará parte das pesquisas ao seu lado.

Bruce Banner tirou seus óculos para fitar melhor a jovem mulher de olhos castanhos arregalados que parecia não respirar. Duas coisas se passaram pela mente do homem: ou ela era uma fã de ciência ou ela estava assustada por estar vendo o homem que também era o... Outro cara.

- Coulson... – sussurrou Fury, fazendo com que Avril voltasse a si.

- Dr. Banner... – disse a morena com um grande sorriso quase correndo em direção ao homem, lhe estendendo a mão direita – Você não sabe como sou fã de seu trabalho! Você provavelmente foi uma das pessoas que eu me espelhei para fazer física!

Bruce mostrou um sorriso tímido: ele não estava acostumado com tanta atenção para o cara não verde.

- É bom saber que o que eu levei anos fazendo está incentivando outros a se juntarem a ciência – disse ele feliz.

- Estou começando que a achar que Coulson aprendeu a ser um fã quase descontrolado contigo – sussurrou Fury para Avril, depois voltando ao tom normal – Vou deixar vocês se entenderem.

“Quero que seja gentil e amigável como todos os visitantes, Stark”, disse Fury pelo comunicador. “É claro que seu pai você trata como bem entender”.

Avril sorriu ignorando os comentários de seu chefe. Quem se importava com imagem naquele momento? E Fury achava necessário dizer que ela tinha que ser agradável?

- Então, o que quer que eu faça? – perguntou uma Avril que não conseguia parar de sorrir.

- Estou montando o programa que vai rastrear o cubo... – disse Bruce – Você leu as anotações de Selvig?

“Lindo, ninguém lembra que eu também faço parte desse bendito projeto”, pensou ela."Qual é dificuldade de me citar? Isso desanima!"

- Posso dizer que sei tanto sobre esse projeto como os pesquisadores responsáveis – brincou Avril rindo internamente.

- Ótimo! Tem outra tela ali – disse Bruce apontando para o outro lado da sala. Avril até começou a analisar a criação de Banner, mas Fury a chamou pelo comunicador novamente, a distraindo.

“Quero que você deixe o laboratório com uma desculpa qualquer e vá para o seu quarto e limpe sua mente”, ordenou o homem. “Romanoff acabou de me informar que Loki não querer abrir a boca e você acabou de ser escalada para interrogá-lo”.

Suspirando, Avril afastou sua tela e começou a caminhar até a saída do laboratório. Era pedir demais ser feliz por algumas horas trabalhando animadamente com um incrível cientista?

- Bruce, querido – começou ela – Eu não estou me sentindo muito bem, não me dou muito bem com alturas. Acha que consegue se virar sem mim por algumas poucas horas?

- Vai ser difícil continuar sem a minha assistente, mas acho que eu sobrevivo – brincou ele, vendo-a sorrir e deixar o laboratório.

“Senhor, chegaremos aí em algo cerca de duas horas”, informou Natasha pelo comunicador. Avril não pode se segurar para não apertar o botão de seu comunicador.

- Dona Aranha! – exclamou a morena rindo – Tecendo muita teia?

Natasha revirou os olhos e olhou para trás. Tony Stark não estava perto o suficiente para ouvi-la, mas era melhor não arriscar.

“Não muito, estou ocupada”, suspirou a ruiva. “E você, cria de Coulson e Barton, surtando muito com a presença do grandão?”

Avril parou no corredor e fez bico: aquilo era considerado maldade da parte da russa. Ela não tinha sentimentos?

Verdade! Ela não tinha...

- Não sabe brincar, não brinque, Tasha – resmungou a morena – Só por isso vou te privar de ouvir a minha linda voz pelas próximas horas.

“Você é a encarregada de interrogar o cara, não é?”

- Sou, por isso vou desligar para fazer uma faxina na minha mente – disse a morena, finalmente encontrando a porta de seu quarto temporário. Dessa vez ela não precisara pedir ajuda, era uma evolução – Boa viagem, Nat e cuidado com a chuva forte.

Sem ouvir a resposta da ruiva, Avril jogou seu comunicador na mesa de cabeceira e se jogou na cama. Odiava ter que fazer interrogatórios e odiava ter que se preparar para eles. Era quase uma missão impossível pensar em nada, mas ela teria que conseguir.


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Notas finais do capítulo

Eu não ia dormir sem colocar a parte da Dona Aranha! Rolou até musiquinha composta nas férias KKKKKKKK Vic e Gui, calem seus dedos!
Mais uma vez, desculpe pela demora :/ Eu já tenho os próximos capítulos prontos (alguns falta digitar e outros só editar), mas as escolas resolveram arrancar meu sangue nesse mês (oh lindo presente de aniversário u.u)
Eu sou uma pessoa muito legal e mesmo a pessoa com baixo nível de raciocínio (vulgo minha irmã)não estando perto de mim, eu vou colocar a bendita n/i dela...
(N/Irmã: Hey de novo people! Não faço a mínima ideia do que a Jessica colocou aqui em cima, embaixo sei lá onde ela enfiou a minha notinha; mas aqui segue a minha perda de tempo digitando. Do capítulo não vou comentar muito, mas: Tão....Coulson?)
Dependendo do bom humor dos meus professores, talvez até semana que vem eu envie o próximo capítulo (:
XX Jess



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