Deliciosa Surpresa escrita por Bê s2


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Eeeeeeeee a fic chegou ao fim!
Quero agradecer à todo mundo que acompanhou e deixou se review! Todos foram especiais, obrigada mesmo!
E eu espero que gostem do final, fiz com muito carinho ^^
Então, boa leitura!



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Já passava das oito da manhã quando Sara conseguira dormir. E por estar de folga, se permitiu dormir à vontade, mas seus sonhos foram interrompidos pela campainha insistente antes das quatro da tarde.

No primeiro toque ela rolou para o lado e fingiu não ouvir, mas no terceiro ela se viu obrigada a levantar-se. Jogou um robe por cima do pseudo-pijama e abriu a porta com cara de poucos amigos.

--Catherine?

Sara deu passagem para a amiga e Morgan, que vinha com uma cara tão satisfeita quanto a da morena. A perita mais velha, no entanto, exibia um sorriso largo e algumas bolsas na mão. Morgan estava com dois cabides com os vestidos delas cobertos por uma capa.

--Eu estava dormindo. –Sara disse com azedume.

--Percebi. Grissom te deixa abrir a porta vestindo só essa camiseta dele? “Entomologia: desvendando mistérios desde a pupa”. –Ela leu rindo.

A morena fechou a porta e se virou para a amiga respondendo:

--Essa camiseta é minha. E eu não recebo visitas sem avisar.

A loira nem ligou e seguiu Sara até a cozinha. Enquanto a morena colocava a cafeteira para funcionar, Morgan se jogou em uma poltrona e Catherine começou a observar tudo, num hábito antigo. Olhava as fotos pela casa, e uma lhe chamou a atenção: Grissom e Sara se beijavam com a Torre Eiffel como plano de fundo.

--Bela foto. Não sabia desse lado romântico de vocês dois. É tão fofo! –Confessou.

Sara riu e ofereceu café para as amigas, mas somente Brody aceitou. Sara sentou-se na mesa da sala com algumas torradas e perguntou:

--Por que estão aqui tão cedo?

--Na verdade já é bem tarde, Sara. –Catherine estava com o senso de humor ótimo –Mas precisamos nos arrumar. Temos uma festa mais tarde e achei que seria mais divertido se nos arrumássemos juntas.

As peritas mais novas trocaram um olhar desolado. Não que fossem relaxadas com a aparência, mas Catherine era vaidosa demais ao ponto de compensar as duas. Definitivamente não seria uma tarde tão boa assim para elas.

Uma tarde de terror: era a definição que Sara dava para as ultimas horas em companhia de Catherine e Morgan. A loira mais velha estava decidida a embelezar a qualquer custo as colegas, e o resultado foram horas e horas com muito laquê, maquiagem, puxões de cabelo e esmaltes. Quando por fim terminaram, Sara não pôde nem suspirar aliviada: estavam em cima da hora.

As três foram juntas para o Tangiers, de Taxi – para que os vestidos não amassassem. O local já estava cheio, e muitos rostos conhecidos e bem arrumados cumprimentavam as CSIs. A maioria dos colegas vestiam pelo menos uma peça de roupa branca, e era a cor predominante dos vestidos femininos. Um dos poucos que se destacavam era o de Catherine, que puxava para o salmão.

Seguiram até a grande posta de entrada, onde foram recepcionadas por um homem bem vestido – que confirmava os nomes – e depois postaram-se ao lado, à procura dos amigos.

--Estão vendo algum deles? --Morgan perguntou.

--Eu vi o Hodges ali... –Sara apontou para o fundo do salão.

--AH! –Catherine exclamou sorrindo.

As outras duas seguiram o olhar da loira e encontraram três homens bem vestidos indo em direção à elas. Três conhecidos, que andavam iguais e com sorrisos lindos no rosto: Greg, Vartann e Grissom!

Sara sorria mais que as outras, estava surpresa demais, e não conseguiu conter-se: assim que o marido se aproximou o suficiente, ela o abraçou com força e colou seus lábios nos dele.

--Eu não acredito que você veio! Como saiu? Como entrou aqui? Onde se arrumou? --Ela bombardeava o marido, como se estivessem sozinhos. –Sua gravata...

Sara riu para ele e Grissom viu que fizera uma boa escolha em voltar. Ele sentiu ser puxado novamente em direção à ela, mas não se tratava de mais um arroubo de felicidade, Sara dava um laço em sua gravata borboleta. Enquanto isso, ele respondeu:

--Quis fazer uma surpresa, a expedição terminou três dias atrás e Nick me ajudou com isso.

--Aquele filho da mãe! Me escondeu direitinho...

Grissom acariciou seu rosto e lhe beijou na testa com ternura. Depois olhou para os lados, e viu quatro pares de olhos encarando-os.

--Oi. –Disse simplesmente.

Catherine soltou seu braço de Vartann e abraçou o amigo com saudade, sem se importar em amassar o vestido. Sentia tanta falta dele!

--Por que você ficou tanto tempo longe?! Senti sua falta!

--Também senti saudades, Cath. –Eles se soltaram. –E você é Morgan, não? Faz tempo que não te vejo!

--O senhor já me viu? --Morgan se assustou.

--Você era criança.

Ela acenou em entendimento, e as três foram guiadas por seus respectivos pares para perto dos amigos. Como o jantar seria servido em outro salão, todos estavam em pé conversando e tomando alguns drinques. Grissom aparentemente chegara cedo e já conversara com os amigos, pois ninguém o parou no caminho nem interrompeu sua interação com os amigos.

Em nenhum momento ele soltava sua mão de Sara, ou largava sua cintura. Estava com tanta saudade dela, que estar ali tão perto parecia ter fixado uma expressão feliz em seu rosto – uma expressão rara à equipe.

--Olha, a felicidade voltou aos seus lindos olhos castanhos! –Nick brincou assim que viu a amiga sorridente.

--Você guarda segredo muito bem! –Sara admirou-se.

--Ele me ameaçou com um fungo, sabe...

Enquanto falava com Nick, Sara acariciava a mão do marido, que conversava com Russell. O amigo apontou para o gesto de depois fez um coração com as mãos, recebendo um tapa de Sara.

--Você percebeu que estamos sendo observados de perto? --O texano comentou.

--Por quem? --Sara olhou para os lados.

--Ecklie. Está de olho no Greg desde que chegamos.

Sara abafou uma risada e olhou Sanders. Ele estava ao lado de Morgan e mantinha suas mãos apoiadas em uma mesa alta, evitando o olhar do futuro sogro.

Já passava das dez e meia quando o salão ao lado abriu para o jantar ser servido. Próximo à pista de dança havia uma mesa reservada para os peritos do turno da noite e seus respectivos acompanhantes. Cada lugar era marcado com o nome de cada pessoa, o que deixou Grissom um pouco perdido.

--Você é aqui do meu lado. –Nick esclareceu.

Grissom arqueou uma sobrancelha e olhou o nome:

--Amanda Walker? Sério?

--Oras, eu precisava encobrir direito! –Nick se defendeu.

Os amigos riram da situação de Stokes. Grissom rolou os olhos para o alto e pegou uma caneta em seu bolso. Riscou o nome da namorada fictícia do amigo e escreveu em letras grandes “Sr. & Sra. Grissom”, indo sentar-se ao lado da esposa. Sara arqueou uma sobrancelha para ele, mas sorriu quando sentiu-o passar o braço sobre seus ombros.

--Você está linda. –Grissom sussurrou no ouvido da esposa.

Sara corou de leve; mesmo depois de tantos anos, ele ainda tinha esse poder sobre ela.

--E você está irresistível –Ela respondeu no mesmo tom. –Está difícil não deixar nossa discrição de lado e te beijar agora.

Ele se afastou um pouco dela e fez um bico de lado, com um olhar maroto.

--Estou sentindo a mesma coisa coisa. –Confessou baixinho.

O jantar começou a ser servido e eles precisaram parar com o flerte. Logo a mesa começou a conversar e Grissom se tornou o foco das atenções, contando sobre suas expedições e matando a saudade dos amigos.

Antes da pista de dança ser aberta, o xerife disse algumas palavras – que ninguém estava muito interessado em ouvir. E quando as músicas para dois começaram a tocar, Grissom voltou a murmurar ao pé do ouvido de Sara:

--Você quer dançar?

--Juntinhos, na frente dos nossos amigos?

Ele assentiu com a cabeça.

--Não somos mais a novidade do lab. –Ele esclareceu. –Além disso, estou com tanta saudade...

Sara olhou para os lábios tentadores dele, que proninciavam aquela proposta igualmente tentadora. Fez alguns segundos de suspense, até se render e aceitar a mão estendida dele – surpreendendo todos os amigos ao serem os primeiros a sairem da mesa.

Grissom a guiou com seus braços entrelaçados e quando chegaram lá, pousou as duas mãos na cintura de Sara, que por sua vez passou seus braços ao redor do pescoço dele. Uniram seus corpos ainda mais quando ela descansou sua cabeça no peito dele, ambos se mexendo no ritmo gostoso da música.

--Acho que eu estava enganado. –Grissom murmurou depois de um tempo.

Ela levantou seu rosto para olhá-lo melhor.

--Por quê?

Ele olhava para as pessoas ao redor; muitos os encaravam descaradamente.

--Ainda somos a novidade por aqui.

Dez, nove, oito...

A contagem regressiva começara. A música parou, assim como os dançarinos, e todos contavam em voz alta os segundos finais daquele ano.

Sete, seis, cinco...

--Sabe, honey... Acho que devemos dar ao povo, o que o povo quer... –Grissom propôes, com um sorriso malicioso.

Quatro, três, dois...

--Quem é você e o que fez com Gilbert Grissom?

Um!

                                                                                                                   

E no primeiro segundo do ano, enquanto as pessoas trocavam abraços e cumprimentos, Grissom uniu seus lábios aos de Sara com saudade, amor e paixão. Deixaram-se levar por muito mais tempo do que os segundos da contagem regressiva, por infinitos minutos de felicidade. E ali Sara sentiu que seu marido não mudara – e ela nem gostaria – mas sim que o casamento faz de duas pessoas uma só, difícil é determinar qual será; e ela não mediria esforços para decifrá-lo ainda mais a cada dia.

Shakespeare


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Eu só sei que eu amei postar aqui :)
Então, até a próxima!