I Want No Worries escrita por Luiza Mariz


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem galere, deixem reviews pf :)



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Mais um dia de aula que não serviria pra nada. Odiava esses dias em que não tinha nenhuma aula com minhas amigas. Ok, era um colégio interno e tínhamos o resto do dia e da noite pra fazermos o que quisessemos, o que normalmente consistia em falar mal das pessoas. Como aqueles meninos da One Direction, ridículos, achavam que iam ser alguém na vida. Só mais uns populares que depois do ensino médio iam trabalhar na loja de carro dos pais. O pior de todos era o tal do Tomlinson, os outros meninos ainda conseguiam ser razoavelmente simpáticos, agora o Louis agia como se já fosse super famoso, esnobava qualquer garotinha que babava nele (que eram, basicamente, todas da escola) e não perdia a oportunidade de humilhar qualquer pessoa "diferente".

Parei de xingar o garoto mentalmente quando aquela professora nojenta entrou na sala, não dava pra ser mais piranha. Seu cabelo tingido de um loiro exagerado, os lábios de um tom escarlate muito desnecessário e seu vestido que cobria menos de 20% do seu corpo. É sério, se as alunas tinham que usar a saia do uniforme na altura dos joelhos (que, vamos combinar, ninguém usava), as professoras tinham que dar exemplo, certo? Se vestir como uma prostituta devia ser proibido. Ela dava aula de inglês, como se a gente precisasse aprender inglês. Pelo amor de Deus, nós estávamos na Inglaterra, já falávamos inglês. 

Tomlinson e Styles sempre sentavam na frente nessa aula, obviamente pra ficar olhando pro decote da Srta. Smith, como se não tivessem visto muito além disso... Quando chamo a professora de piranha, não to brincando, ela já tinha dado pra todo o time de futebol e alguns outros gatos pingados pela escola, além, é claro, de todo o corpo docente.

- Bom dia, classe. - Falou com sua voz tremendamente irritante - oi meninos - disse mais baixo, se direcionando aos dois da fileira da frente.

- E aí, Tiffany, como foi o final de semana? -  Harry disse com um sorriso safado no rosto. Com certeza tinha rolado um sexo selvagem esses dias.

Rolei meus olhos quando ela deu um sorrisinho discreto e começou a dar sua aula, da qual eu não ouvi uma palavra pois estava muito ocupada escrevendo coisas aleatórias no caderno e comecei a ouvir outra voz, além dos meus pensamentos, essa com um tom de ironia, repetindo tudo que eu estava escrevendo. Virei meu rosto pra cima, encarando os olhos castanhos com 2 quilos de maquiagem que estavam tão próximos de mim. O que aquela piranha tava fazendo? Girei meu olhar pela sala, percebendo que todos estavam me encarando. Aquilo não podia estar acontecendo.

- É por isso que a Mariz é sua aluna preferida, né Tiff? - Ouvi aquela voz de viado do Tomlinson, continuando com a ironia que a mulher começou. Ele se levantou de seu lugar e se dirigiu até onde eu e Srta. Smith estávamos, puxando o caderno agora fechado de minhas mãos e o  abrindo em qualquer página, lendo em voz alta o conteúdo, que era todo sobre McFLY, minha banda preferida. - Você adora essas bandas de viadinhos. - Concluiu sua frase direcionada à professora.

- Deve gostar mesmo pra sair dando pra você e pros seus amiguinhos - Não pretendia ter falado em voz alta, mas julgando pela expressão de choque que todos possuiam, isso tinha acontecido, então resolvi que se era pra acabar com ele, tinha que ser direito. Meu pai já dizia: você não deve apenas derrotar seus inimigos, tem que humilhá-los. - E afinal, é melhor gostar de uma banda de viadinhos do que estar em uma, certo? E pelo menos os caras do McFLY não precisam usar a calça super apertada pra fingir que tem algum volume. - Olhei-o de cima a baixo com desdém, ignorando o quão tremendamente gostoso ele era. Voltei meus olhos pela sala vendo então que os alunos estavam incrédulos, e Smith, Styles e Tomlinson chegavam a estar com os queixos caídos.

- Sei que seu raciocínio é meio lento, mas imagino que depois disso você queira que eu saia de sala - falei para a professora, já com material recolhido - E por mais que eu não preste atenção nessa aula, vou precisar disso pras matérias importantes - Disse puxando o caderno da mão de Louis e saindo em direção ao pátio.

Será que as meninas estavam em tempo vago? Eu precisava contar os mais recentes acontecimentos pra alguém. Não que a escola toda não fosse ficar sabendo, porque eles iam. Mas queria ter a emoção de descrever a cara dos viados pra alguém, foi impagável. Sentei na nossa mesa de sempre, esperando ver um rosto familiar, mas o pátio estava mais do que deserto, então fui pra quadra ver o pessoal jogar futebol até a hora do intervalo.

Quanto mais a parte externa do colégio ia enchendo, mais olhares eu podia sentir sobre mim. Isso era muito estranho, já que eu não sou do tipo de pessoa que sente quando alguém está encarando, mas nesse intervalo era impossível não sentir todos os olhares da escola sobre mim. Sim, eu sabia que a escola toda ia ficar sabendo, só não tão rápido.

- É verdade o que estão falando de você com o Louis? - Thaís perguntou, sentando à mesa comigo.

- Depende do que estão falando... Espera as meninas chegarem que eu conto pra vocês. - Foi só eu falar que Marianna e Bia se juntaram a nós. - Antes que vocês perguntem se é verdade o que aconteceu com o Tomlinson - Falei para as duas que acabavam de sentar - Eu vou contar pra vocês.

Contei pra elas toda a história do que tinha acontecido na aula.

- Adorei! - Mari exclamou e depois saiu da mesa, indo pra sei lá onde. Ela tinha essa mania de fazer as coisas do nada.

- E agora? - Bia perguntou - Ué agora nada. Todo mundo deve tá falando mal de mim e provavelmente de vocês por andarem comigo, mas eu, sinceramente, nem ligo, cara.

- Isso aí, não ligamos pras críticas - Bia brincou e nós rimos.

- Mas a sua próxima aula não é com ele? Você acha que ele não vai revidar? - Thaís tinha que acabar com a minha felicidade.

- Hoje todas as minhas aulas são com ele, já matei geografia, mas meu próximo tempo é matemática aí é foda.

Eu SEI que ele vai revidar, mas quer saber, quem sofre de bullying é idiota, quem é esperto mesmo joga à altura, então não importa o que ele diga, eu vou responder no mesmo nível.

O sinal tocou e depois de 50 inspetores mandarem irmos pra sala, nós fomos. Entrei na sala de matemática, observando Tomlinson e um outro menino de sua banda, um tal de Liam, aquele era de longe com quem eu mais simpatizava. Apesar de andar com os escrotos lá, ele era super fofo com todas as meninas, e parecia ser legítimo, não mais um truque pra pegar mulher, além de que ele nunca humilhava ninguém, e até segurava os garotos quando a "brincadeira" ia longe demais. Se ele não andasse com aqueles viados, eu até gostaria de ser amiga dele.

Me sentei eu uma carteira no meio da sala e esperei a aula começar. Modéstia à parte, eu era muito boa em matemática, mas pra isso eu precisava prestar atenção e por isso quando o professor mandou abrirmos o livro pra fazer exercício, foi exatamente o que eu fiz. Estava alheia a todos da sala, pois quanto mais rápido eu terminasse, mais rápido eu estaria livre pra pegar meu iPod e ouvir música atém o final da aula.

- Eu já mandei fazer o exercício, Payne. Você costumava ser um ótimo aluno. - Ouvi a voz do Sr. Figgins 

- Desc... - Liam começou mas foi interrompido por Louis

- As coisas mudam, Figgins. Agora ele anda com a gente, não precisa mais de notas boas.

- Bom, Sr. Tomlinson, já que você acaba de admitir que você é o problema, vou querer que você faça todos os exercícios dessa lista, mostrou uma lista contendo no mínimo 50 exercícios, valendo 8,0 na média. Ah, e caso você não saiba, precisa de pelo menos 7,0 pra ser autorizado a sair no final de semana, e como você pode fazer algum show com a sua bandinha, se nem mesmo sair da escola você pode?! E pra garantir que você vá fazer sozinho, vou colocar a Luiza aqui pra te vigiar.

O que? Ele tava de sacanagem com a minha cara, né?! Como assim EU ia ficar vigiando aquele garoto? Ok que eu queria muito foder com a vida dele, mas não estava disposta a abrir mão da minha própria vida por conta disso.

- Por que eu? - Perguntei da maneira mais educada que pude

- Porque você é uma ótima aluna, e é firme o suficiente pra não ser influenciada por ele. Além de que você vai ser dispensada das suas próximas aulas pra que faça o que te pedi. - Ok, ele me ganhou no "vai ser dispensada". Minha próxima aula era educação física e eu simplesmente odiava. Eu não tinha problema nenhum em jogar por diversão, pelo contrário, eu amava jogar futebol nos meus tempos vagos, mas eu não suportava ter aula disso.

- Ok, eu fico - O sinal tocou e todos, exceto eu, Louis e o professor, saíram da sala. Figgins entregou a folha pra Louis e mandou que este pegasse apenas um lápis e uma borracha e colocasse todo o resto das suas coisas em cima da mesa do professor.

- Olha, eu sei que você é uma ótima menina, então tenta dar um jeito nele. Se ele pedir sua ajuda humildemente, você pode ajudar. - O professor falou mais baixo e se dirigiu à porta. - Boa sorte, Louis - Fechou a porta e eu tive a impressão de ouvir o barulho do trinco, o que indicaria que estávamos presos juntos, mas devia ser coisa da minha cabeça.

Louis não dirigiu um olhar sequer para mim durante toda a aula, e agora não foi diferente. Sabia que ele não ia deixar o que aconteceu na aula de inglês passar em branco, e se ele não fez nada até agora, devia estar planejando algo grande. Não que eu me importasse. 

O garoto bufou e sentou em uma carteira da primeira fileira, começando a ler a folha de exercícios. Eu sabia que ia demorar, então dei play no meu iPod, ouvindo a introdução de Stole My Heart, da One Direction. Eu sei que era estranho eu dizer que odiava os garotos e ouvir as suas músicas, mas eles era talentosos, o que eu posso fazer? Mudei de música, pois Louis estava muito próximo e a sala silenciosa o suficiente pra que ele pudesse ouvir.

Já tinham se passado uns 20 minutos, e toda vez que eu olhava pro garoto, ele abaixava o olhar, indicando de estava me encarando. Eu hein, criança estranha.

- O que eu fiz pra você? - Ouvi uma voz ao longe, mas devia ser coisa da minha cabeça, então ignorei e continuei ouvindo a música.

Senti meus fones sendo arrancados e olhei pra cima, vendo Tomlinson um pouco perto demais. Já mencionei que ele é tremendamente gostoso?

- Hein garota, o que fiz pra você? - Perguntou novamente e eu demorei um pouco pra raciocinar com aqueles olhos tão azuis me encarando profundamente. 

- Você ta brincando né? - Levantei da cadeira, o que deixou nossos rostos ainda mais próximos, mas agora isso não estava mais me desconcentrando. - Até hoje de manhã, você não tinha feito absolutamente nada pra mim, e ainda assim eu te odiava. Fala sério, garoto, só porque você não tem qualidade nenhuma, não significa que você tem que diminuir os outros pra se sentir melhor. Eu posso me defender, mas a maior parte das pessoas que você humilha não, e eu vejo Glee, então tenho uma quedinha pelos "excluídos".

- Ah, então você me humilhou na frente da classe de inglês toda porque seus amiguinhos não sabem se defender? E caso você não tenha percebido ainda, você faz parte desses "excluídos". - Ele falou dando um passo pra frente. Aquilo parecia cena de filme.

- Eu só falei a verdade lá, e não fiz isso pelos outros. Você zoando uma banda que eu gosto foi a gota d'água. Quando você humilha os outros, eu fico puta, sim, mas não tenho nada a ver com isso, não tenho obrigação de defender ninguém, agora você falando mal de uma banda que, caso você não tenha percebido é bem parecida com a sua já é demais. E sim, eu sei que sou excluída, e se for pra ser popular e ter que andar com você, prefiro ficar como estou. - Eu também dei um passo pra frente, o que deixou nossos corpos quase colados. Seus olhos desviaram para minha boca, mas rapidamente voltaram a sua posição original. Ele abriu a boca pra falar alguma coisa, mas eu interrompi. - Agora vai fazer a porra do trabalho, porque quanto mais rápido você terminar, mais rápido a gente sai daqui. E eu não acho que consiga ficar muito tempo na sua presença sem dar uma porrada na sua cara. Ele abriu a boca para responder, mas a fechou em seguida, sentando pra fazer os exercícios.

Mais uma meia hora devia ter passado. Aquele garoto não terminava nunca? Eu queria sair.

- Entrega de qualquer jeito - Falei já de saco cheio. Por que eu aceitei aquilo mesmo?

- Ah claro, que aí eu não posso sair no final de semana pra tocar com a minha banda.

- Fala sério, você é irrelevante na banda, quase nem canta nada. - Eu não devia ter falado isso

- Ah, então quer dizer que você tem ouvido a minha banda? - Ele sorriu pela primeira vez desde que começamos a conversa

- Eu não, mas é o que as pessoas dizem. Você acha que só porque é popular ninguém vai falar mal de você? - Pensei numa desculpa de última hora, que não deixava de ser verdade. O garoto bufou, mudando de assunto

- Me ajuda com os exercícios. - Falou em um tom autoritário

- Quem você acha que eu sou? Não vou te ajudar em porra nenhuma, faz sozinho.

- Você mesma disse que quanto mais rápido sairmos, melhor.

- Sim, mas eu não sou sua escrava, não vou fazer nada pra você - Coloquei os fones e sentei novamente.

- Por favor. Me ajuda aqui. - Ele pediu de uma forma que parecia sincera

- Ok me dá essa merda aqui. - Peguei a folha da mão dele. Era tudo ridiculamente fácil, mas eu ia fazer tudo errado só de sacanagem. Comecei a escrever contas aleatórias e colocar qualquer resposta.

- Você não vai me explicar não? - Louis estava em pé meio curvado pra poder enxergar, com uma mão apoiada no encosto da carteira.

- É meio complicado explicar pra pessoas desprovidas de inteligência, ia demorar demais até fazer você entender.

- Valeu, então. - Ele pegou as suas coisas que estavam na mesa do professor, colocou tudo de qualquer jeito na mochila e jogou a mesma pelo ombro e foi em direção a porta. Que estava trancada. Inutilmente ele tentou abri-la mais uma vez. - Essa merda não abre!

- Por que será? - Ironizei. - Está  trancada, idiota. - Eu disse e depois percebi a gravidade da situação. Estava trancada em uma sala com o idiota e gostoso do Tomlinson.                   

 - Ótimo! - Ele se tacou em uma cadeira. - Era tudo o que eu precisava... Ficar trancado aqui e logo com você!                     

- Se você quer saber, eu também não estou tão feliz assim, ok? - Não sei se as coisas poderiam piorar.  O garoto começou a cantar What Makes You Beautiful olhando pra mim, eu revirei os olhos e coloquei meu fone. Comecei a cantar I've Got You do McFLY,  a música que estava tocando no meu iPod. Percebi que ele começou a cantar mais alto, então eu fiz o mesmo. Parecíamos duas crianças. Eu estava de olhos fechados então não notei quando ele andou até onde eu estava, arrancando o fone dos meu ouvidos.

- Vem cá, você acha que canta alguma coisa? - Ele estava novamente próximo demais. Esse garoto não sabia respeitar o espaço das pessoas?

- Melhor do que ficar ouvindo essa sua voz de dor de barriga. - Dei um passo pra trás pois estava me sentindo intimidada pela proximidade.

- Talvez a gente devesse fazer outra coisa - Ele deu um passo pra frente, nos deixando próximos novamente.

- Tipo, o que? Ficar gritando até alguém tirar a gente daqui? - Perguntei enquanto andava cada vez mais pra trás, o que não adiantava muito já que ele me acompanhava, andando mais pra frente.

- Posso pensar em coisas mais divertidas pra fazer com você - Ele me olhou de cima a baixo. Tentei me afastar mais, mas acabei batendo com as costas  na mesa do professor. Louis apoiou as mãos na mesma, impedindo que eu saísse.

- Se afastar de mim seria um bom começo. - Minha voz deve ter falhado um pouco, não tinha como me manter firme com seus olhos azuis hipnotizantes me encarando daquele jeito. 

- Me afastar de você é exatamente o oposto do meu plano. - Deu mais um passo pra frente, prensando meu corpo entre o seu próprio e a mesa. Seu rosto estava próximo pra que eu sentisse sua respiração quente, nossos narizes estavam quase se roçando. Seu olhar não se decidia entre meus olhos e minha boca. Eu tinha que empurrar ele, mas ao mesmo tempo não queria que ele se afastasse. 

- Hum... - uma terceira voz vinha da porta. - O sr. Tomlinson já acabou os exercícios? - O sr. Figgins havia voltado.

- Terminar sim, agora acertar eu não sei né - Eu disse enquanto Louis entregava a folha para o professor. Aproveitei a deixa e saí da sala sem olhar pra trás.  Estava indo de encontro às meninas quando senti meu braço sendo puxado

-  Por que tu fez tudo errado, Mariz? O Figgins deu uma olhada na folha e disse que tá tudo errado. Agora graças a você não vou poder tocar no Emperor esse sábado.

- Se não fosse por mim estaria tudo em branco, Tomlinson. - Sorri ironicamente. - E se você não fosse tão babaca, nem teria que fazer a folha, pra começar. - Voltei a andar, olhando pra meninas que estavam boquiabertas com a cena.

- O que aconteceu entre você e o Tomlinson? - Bia perguntou assim que eu cheguei até elas.

- Ele quase arrancou seu braço! - Mari comentou

- E por que você sumiu? - Thaís perguntou

- Gente, calma. O professor mandou ele fazer uns exercícios e pediu pra eu ficar vigiando. Só que a gente ficou trancado na sala e quase se pegou. - Falei na maior naturalidade.

Thaís começou a rir e Marianna e Bia se entreolharam. 

- Como assim quase se pegaram? - Thaís perguntou quando parou de rir - Se fosse eu, tinha abocanhado!

- Ué gente, a gente tava lá sozinho trancado sem nada pra fazer, ele me prensou contra a mesa e ia me beijar, daí o Figgins entrou na sala então a gente não fez nada.

- Mas você queria? - Mari perguntou

- Claro, quero o corpo nu dele - Falei em um tom irônico, mas parando pra pensar, não era completamente mentira.

- Se fosse eu, tinha pegado aquele garoto de jeito - Thaís disse.

O sinal tocou e fomos para nossa última aula do dia, que no meu caso era Química, no laboratório. Louis e Liam também estavam nessa aula. O Professor Lawrence, que parecia o Papai Noel começou. 

- Bom dia, hoje vamos começar um novo projeto, e pra isso vou mudar os seus parceiros. As duplas foram arrumadas por ordem alfabética, com uma única modificação. Liam Payne e Louis Tomlinson, vocês ficariam juntos - Se dirigiu aos meninos - Mas como conversam demais e não fazem os exercícios propostos, Payne, você vai fazer dupla com a Luiza, e Tomlinson, sua dupla é o Mark.

Pelo menos era o Liam. Se eu tivesse que ficar mais 2 tempos de aula olhando pra cara do Tomlinson e ainda tendo que ouvir aquela voz irritante eu não ia aguentar. Mark saiu do meu lado indo sentar ao lado do ser abominável, e Liam sentou-se do meu lado e me cumprimentou apenas com um aceno de cabeça. O professor explicou o tal projeto, que era pra feira de ciências. Começaríamos a desenvolver nossas ideias hoje, mas o projeto duraria duas semanas, que era o tempo até a feira. Um tempo excessivamente longo pra passar com um dos melhores amigos de Tomlinson.

- Então... - Olhei para Liam, que parecia ter falado só pra não ficar naquele silêncio - Fiquei sabendo de você e do Louis... - Eu honestamente não entendi o que ele queria dizer. Ele tava falando das brigas ou da quase pegação?!

- Hã? Ficou sabendo o que, que a gente quase caiu na porrada? - Optei pela minha primeira teoria, de que ele estava falando das brigas, mas a julgar pelo seu olhar, eu estava errada.

- Claro que to falando das brigas, ninguém liga pro fato de vocês terem quase se beijado na sala do Figgins. - Falou sarcástico

- Ah, isso... Não foi bem assim. ELE quase me beijou, eu não fiz nada. E aliás, pode aproveitar e me dizer porque ele fez isso? Garoto maluco.

- Não sei, é meio difícil entender o Louis, mas segundo ele, você estava "totalmente na dele" - Ri meio alto demais, mais pela cara de desacreditado do Liam do que pelo que ele falou.  - Ah, e respondendo a sua pergunta - Continuou - o Louis ia te beijar porque ele gosta de beijar garotas bonitas - Deu de ombros, enquanto eu ria. Eu disse que o Payne era legal... A aula passou super rápido, estávamos distraídos conversando sobre música, futebol, filmes (principalmente Toy Story), tudo menos o tal projeto pra feira de Ciências. Acabou que tínhamos bastante em comum, e me senti a vontade o suficiente para admitir que era uma fã, apesar de ter pedido pra que ele não contasse pros outros garotos. O sinal tocou e devo dizer que fiquei um pouco triste, pois sabia que tinha sido aquilo, provavelmente nunca mais nos falaríamos, mas eu estava errada.

- Ei, me dá seu telefone, sei lá. Daí a gente marca de ir um pro quarto do outro - Eu ergui uma sobrancelha. Telefone? Quarto do outro? - Pra fazer o projeto! - Ele riu percebendo que levei sua frase no mau sentido.

- Ah, ok. - Passei meu número pra ele, que me passou o seu - Mas acho melhor a gente fazer isso logo, odeio deixar trabalhos pra cima da hora, porque eu nunca faço. 


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Notas finais do capítulo

É isso rs Again, espero que gostem e deixem reviews :)