The Start Of Something Big escrita por Killer, Miho


Capítulo 2
Nós Devemos Soltar os Pokémon...? - White


Notas iniciais do capítulo

Oiii! Povo lindo e maravilhoso que está visitando a nossa Fic! E aí, tudo bem com vocês? Bem, quero agradecer pelos reviews no capítulo anterior e espero que vocês acompanhem essa Fic, já que ela terá Capítulos novos todos os domingos. E não, eu não abandonei Por Acaso, só quero aumentar o número de Capítulos aqui ^-^ Bem, bem... Boa leitura! ;D



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Depois de mais algum tempo preparando a mochila e todas as coisas que iríamos precisar na jornada, conseguimos partir da cidade de Nuvema. Tudo bem que eu não estava muito acostumada a andar muito, já que a cidade onde eu e Black moramos é pequena... Tudo bem, não exatamente uma cidade, está mais para um pequeno vilarejo.

Depois de alguns sermões e vários pedidos de cuidado da senhora Noir e de minha mãe, conseguimos sair de Nuvema. Eu estava tão animada! Queria muito mesmo ver os musicais da cidade de Nimbasa! Mas teríamos muito a percorrer...

– Vai demorar muito? – Perguntei sentindo um incômodo nos pés. Sim, está vendo o que eu falei antes? Eu era preguiçosa demais, principalmente para andar.

– White... Nós acabamos de sair de Nuvema. – Black revirou os olhos e deu um sorriso travesso. Tudo bem, meus pés não estava doendo! Mas iam doer... Em algum momento, iam doer!

Ao longo do caminho, iam aparecendo vários Patrats e Lillipups, os quais, Black os derrotava habilmente. Acho que esses anos todos treinando Yukio fizeram dele um ótimo treinador. Confesso que eu tinha certa admiração por ele. Quer dizer, ele era um ótimo treinador, engraçado e acima de tudo era meu melhor amigo. Nós nos dávamos bem. Depois de algumas batalhas na Rota 1 de Unova e várias reclamações de que os Pokémon daqui não eram fortes o suficiente, a noite começou a cair.

– Hum... Já está anoitecendo, vamos parar por aqui, certo? – Eu sentei no chão, já exausta e suspirei.

– Ah... Até que enfim, estou tão cansada! – Tirei a mochila e a coloquei em meu colo. Black parecia cheio de energia, mesmo depois de passar essas horas todas andando. Fala sério, já beiravam as sete e meia e o menino todo animado! Qual era o problema daquele ser humano?!

– White, você devia dar comida aos seus Pokémon, elas podem estar com fome, sabia? – Disse ele tirando um pouco de comida de sua mochila. – Hiro, Ember! – O Tepig dele cuspiu umas brasas em um monte de madeira seca que vinha juntando no caminho. – Obrigado. White, você trouxe os sanduíches que te pedi?

– Lógico que eu trouxe! Quem é a organizada aqui? – Ironizei a frase com um sorriso abrindo a bolsa. Depois de servir a comida de Hana e Yuki, Black estava tentando convencer Hiro a não jogar comida para fora da tigela. Como isso já havia demorado um tempo, nossas aves já tinham terminado de comer.

– Ahh! Pare com isso, Hiro! Não jogue a comida para fora, você tem que comer dentro da tigela e não no chão. – Acho que Tepig era literalmente um porquinho... Bem, isso não importa. Yukio e Yuki já foram retornados entre um grito e outro de Black e alguns grunhidos de Hiro. Hana estava quase dormindo no meu colo.

– Ah, deixe ele comer do jeito que quiser. Se Hiro não comer ele vai ficar fraco. – Falei com um leve sorriso enquanto arrumava meu saco de dormir. Black me olhou e entortou a boca, do jeito que fazia quando estava pensando em algo. Com um suspiro, cedeu e deixou o pobre Tepig comer.

– Tudo bem... - Depois disso, finalmente jantamos. Tudo bem que não era um jantar bom, mas era tudo o que tínhamos até chegar em Accumulla e podermos comprar mais comida.

Após isso, ele arrumou o saco de dormir e tirou os tênis. Assim que seu Pokémon deu um leve arroto, o retornou. Hana já havia dormido. Aproveitei a situação e a retornei também, guardando ela junto de Yuki nas alças da mochila. – Boa noite, White... – Black boceja e tira o boné, deixando à mostra o cabelo rebelde que tinha.


– Boa noite... – Me deito no saco e em seguida, ele faz o mesmo. Assim que fechei os olhos, não demorou muito para conseguir dormir.

* * *

No dia seguinte, acordei com Black guardando as coisas para seguirmos jornada. Ainda sem o boné, seu cabelo ia de um lado para o outro na brisa que fazia. Me levantei toda quebrada. Aquilo não era muito confortável, tenho que admitir... Senti frio a noite inteira, acho que devia ter pego um casaco em casa quando minha mãe ofereceu... Mães, sempre tendo razão em tudo!

– Bom dia, White! – Black praticamente gritou no meu ouvido! – Dormiu bem? Está animada com a jornada? Cara, eu quero chegar logo no primeiro ginásio! Vou ganhar com certeza e... Err... Qual é mesmo a cidade do primeiro ginásio mesmo? – Uma gota apareceu na cabeça dele. Eu revirei os olhos e fiz uma cara sonolenta.

– O primeiro ginásio, fica na cidade de Striaton. É um ginásio comandado por três irmãos, você vai batalhar com um deles. – Terminada a explicação eu bocejei e comecei a guardar o saco. – Aliás, quando chegamos a Accumula?

– Depois de umas duas horas de caminhada; Devia aproveitar e treinar a Snivy.

– Hana! – Eu disse franzindo o cenho.

– Hana, desculpe! – Por algum motivo, ele pareceu mais preocupado do que deveria. Quer dizer, eu peguei Hana ainda ontem, claro que ele ainda não havia se acostumado com o nome.

– Tudo bem, vamos logo, eu quero comprar uma comida decente. Aliás, que horas são?

– Não deve passar de oito e meia. Vem, temos um caminho meio longo para Accumula, ainda. – Ele segurou minha mão e me puxou para me ajudar a levantar.

Após algumas batalhas, Hana já parecia um pouco mais forte, já que andava com mais energia e corria de um lado para o outro da rota, vez ou outra se assustando com algo que encontrava debaixo das pedras. Até que para um Snivy, ela era bem descontraída. Quando chegamos em Accumula, minha barriga já doía de fome. Fomos direto para o Centro Pokémon comprar comida – os mercados de Unova são dentro dos centros – e recuperar nossos Pokémon; Assim que saímos, ouvi um burburinho na praça.

– Ei... – Puxei a manga do casaco de Black – O que é aquilo?

– Não sei, parece ser... Uma palestra?

– Talvez... Vamos dar uma olhada? – Sorri. Ele sabia como eu era curiosa.

– Ok, ok. Vamos ver.

Nós fomos andando até que reconheci a silhueta de alguém familiar em meio à multidão. Aquele ali não era o Cheren? Bom, se não era, parecia muito com ele. Apontei para o garoto e comentei com Black.

– Aquele garoto não é o Cheren? – Ele olhou para onde eu apontava e concordou.

– Deve ser ele... Se for, entregamos logo a PokéDex. – Black foi andando na direção do rapaz de casaco azul e bateu no ombro dele. – Com licença amigo... – O rapaz se virou. – Ah! Cheren! Achamos você. A professora Júniper nos pediu para te entregar isso. – Black tirou o aparelho preto e vermelho do bolso e entregou para Cheren.

– Obrigado, Black. Olá White. – Ele olhou rapidamente para mim. – Escutem isso... – Do nada o garoto se virou e apontou para a frente. – Vai ter uma palestra, acho que isso pode ser interessante. – Por que será que ele disse interessante com certa ironia? Ou será que foi apenas impressão? Bem, não importa agora.

Haviam várias pessoas na praça organizadas em uma fila única viradas para a “platéia”. Logo um deles deu um passo para frente e outro para a direita e do espaçamento, surgiu um homem de cabelos verdes claros com algumas vestes um tanto quanto... Estranhas. Assim que ele passou, o outro homem voltou para a fila.

– Meu nome é Ghetsis. – Ele tinha uma voz grave e um tanto quanto ameaçadora. – Eu estou aqui representando o Time Plasma. Hoje, senhoras e senhores, irei falar sobre a libertação dos Pokémon! – Ele abriu os braços dando ênfase à frase absurda.

– O quê? – Um burburinho se formou entre as pessoas. – O que ele disse? Hein?! Como assim?

– M- Mas nós não podemos soltar nossos Pokémon! – Eu procurei as PokéBalls de Hana e Yuki presas na alça da mochila.

– O que esse cara está pensando? – Black grunhiu, completamente furioso. O homem suspirou e andou um pouco para o lado.

– Eu tenho certeza de que vocês pensam que nós, humanos, e Pokémon somos parceiros e que para vivermos precisamos um do outro. – Ele virou-se e andou novamente, para o lado oposto. – Os Pokémon estão sujeitos aos comandos egoístas de treinadores. Eles são obrigados a batalhar, fazer nosso trabalho duro, sem receber nada em troca. Alguém pode me dizer que não há verdade alguma no que estou dizendo?

– Mas como?! – As pessoas recomeçaram a murmurar – Tudo o que ele falou é verdade. Eu não acredito... Me acho uma pessoa terrível! Não acredito que fazia isso com meu pobre Pokémon!

– Agora, senhoras e senhores, Pokémon são diferentes dos humanos. Eles são seres vivos que contêm um potencial completamente desconhecido. Vivem neste mundo, seres de quem nós, humanos, temos muito a aprender. Digam-me, qual é a sua responsabilidade para com estas maravilhosas criaturas chamadas de Pokémon!

– Sem chances! – Eu disse para Black e Cheren. – Nós... Nós não podemos soltar nossos Pokémon... N- Não é? I- Isso não seria certo... Como eles iriam se sentir? Algumas dessas criaturas t- tem afinidade demais com seus treinadores... C- Como podem simplesmente mandá-los embora? – Eu estava quase começando a chorar. Minha vista já estava embaçando e eu sentia a típica queimação no nariz.

– C- Calma White! – Black disse. – Tenho certeza que as pessoas vão levar em consideração tudo isso que você disse. Fique calma, não se desespere... – Ele parecia realmente preocupado comigo.

– E tem mais, vejam só... – Cheren apontou para frente.

– Então, senhoras e senhores, liberem seus Pokémon! Esta é a única forma de nos tornarmos realmente iguais! Todos vocês, eu estou implorando para que entendam que a relação que têm ao lado de seus Pokémon não é saudável! E o único jeito de prosseguirmos com uma relação saudável é, liberando os Pokémon! Libertem-nos para que possamos ser iguais! – As pessoas ficaram caladas. O homem prosseguiu fazendo uma leve reverência. – Nós sinceramente apreciamos a sua atenção

Ele se virou e a fila de pessoas atrás dele se dividiu, envolvendo-o no meio do que parecia uma “parede” de proteção e simplesmente foi embora. As pessoas se viraram umas para as outras e começaram a falar:

– O que acham que devemos fazer? – Um homem velho perguntou para todos. Um mais novo respondeu: - Liberar os Pokémon? Sem chance! Nós precisamos deles!

A discussão continuou por mais alguns minutos, alguns faxes de luz – Provavelmente de pessoas soltando seus Pokémon para se despedirem – irromperam no meio da multidão, já outras chorando abraçadas aos seus Pokémon...Tudo isso era tão triste! Depois de um tempo, as pessoas se dispersaram voltando ao que estavam fazendo, com um semblante de culpa ou desespero no rosto. A relação de um Treinador-Pokémon realmente não é saudável?

– Viram isso? Precisamos informar a professora Juniper sobre essa história de liberar os Pokémon. É grave! – Cheren comentou com uma expressão um tanto quanto sombria. Eu ainda estava chorando um pouco, pensando nas pobres criaturas sozinhas na floresta, sem nem mesmo saber o porquê daquilo tudo... – Eu vou ligar para ela. Com licença. – Cheren se despediu de nós e se afastou. – Da próxima vez, quero uma batalha com você, Black! – E com isso, adentrou mais ainda na cidade.

– B- Black... Acha que devemos soltar a Yuki e o Yukio? E a Hana e o Hiro? – Eu perguntei realmente temerosa. Ele me olhou assustado.

– Não! Eles são nossos amigos, lembra? O que eles farão sem nós? Não sabem caçar nem viver sozinhos, certamente irão morrer de fome! Essa história de liberar os Pokémon é maluquice, White! – Eu passei a mão em um dos olhos; Black suspirou e colocou uma das mãos no meu ombro esquerdo. – Fica calma, White, garanto que se estivéssemos mal-tratando nossos amigos, isso iria se refletir em seu comportamento. Agora vamos, temos de almoçar para continuar o caminho até a cidade de Striaton.

– C- Certo. – Eu assenti de leve. E com isso, voltamos para dentro do Centro Pokémon para podermos almoçar. Mas eu ainda estou preocupada... Realmente, devemos liberar os Pokémon?

* * *

Depois de almoçar e darmos um check-up nos nossos Pokémon, decidimos seguir viagem. Com o mapa que comprei na loja, acho que chegaríamos lá em um dia e meio de caminhada. Ou seja: Dormir no chão de novo! Mas tudo bem. Assim que nos aproximamos da praça onde ocorrera o discurso, vimos um rapaz. Acho que devia estar nos seus 16 anos. Antes de tudo, Black sorriu e começou a falar:

– Olha White! - Ele apontou para o menino. - Um treinador! Vou ter minha primeira batalha contra um treinador! - Ele pareci realmente animado. Mas o que me chamou atenção, é que o tal “treinador” parecia com o “palestrante” que veio falar sobre a libertação dos Pokémon, só que mais novo. Coincidência? Eu acho que não.

Mas ao contrário de Ghetsis, este tinha cabelos longos amarrados displicentemente com uma liga e usava roupas normais. Uma blusa branca com detalhes pretos, uma calça marrom e um boné do mesmo estilo da blusa.

– Ei! - Black tocou no ombro dele. - Que tal uma batalha Pokémon? - O rapaz se virou e nos encarou um pouco assustado. Ele tinha um Purrloin nos braços. - Meu Tepig contra seu Purrloin?

– Uma batalha Pokémon? - Ele falou as palavras como se fossem ofensas. - Como? Você apoia que os Pokémon, criaturas tão fantásticas assim, lutem entre si? Aposto que é um treinador como os outros! - Black franziu o cenho meio confuso.

– E- Ei cara. Calma, é só uma batalha, meu Tepig nem é tão forte assim... - Ele olhou para o rapaz que ainda estava indignado com essa ideia.

– Pois saiba que Pokémons são seres vivos! Não pode simplesmente mandar eles batalharem até a morte! - Ok, agora ele exagerou. Desde quando treinadores mandam seus companheiros batalharem até a morte? Essa é nova...

– Cara, eu só quero uma batalha! - Black grunhiu já irritado.

– Então faremos uma aposta. Se eu vencer, você vai soltar seus Pokémons e deixará com que eles sejam livres. - Mas o que?! Antes que eu dissesse algo, Black me cortou:

– Feito! - Ele falou de mau gosto para o rapaz.

– Então vamos começar. - Ele sorriu já confiante de que iria ganhar. Black puxou a PokéBall de Hiro do cinto. Eu acho... Que isso não vai dar certo...



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Notas finais do capítulo

YOOOOOOOOOO! Gostaram?! Rsrs' Dei o meu melhor nesse Cap -qq Querem me fazer feliz? Deem review pra eu T^T Agora sério, obrigada por lerem, por gentileza, poderiam acompanhar a Fic e deixar um review? Obrigada =3 Beijundas e abraços! Não percam o Cap da semana que vem com o Kill!
Sairá um capítulo novo TODOS os domingos =3