A Marca De Atena escrita por rivaille


Capítulo 29
Esperando


Notas iniciais do capítulo

Os sete semideuses, junto com a deusa Íris, chegam na Grécia. Encontram seu exército e esperam pela chegada de Quíron e Lupa, para tomarem as ultimas decisões.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/246271/chapter/29

HAZEL


Leo preparava algo para nós comermos. Enquanto isso, fiquei conversando com Frank, Percy e Annabeth. Não queríamos falar sobre o que podia estar para acontecer, então ficamos apenas relaxando e brincando uns com os outros.

– Onde estão Piper e Jason? – Leo perguntou.

– Estão se agarrando por aí. – Respondeu Annabeth, me fazendo rir.

– Sorte de eles terem alguém para agarrar. – Leo resmungou.

– Leo, tenho certeza que você ainda vai encontrar alguém quente o suficiente pra você. É só esperar. – Percy disse. – Também tem que aprender a chegar nas mulheres...

– O QUE? – Annabeth riu. – Olha quem fala, cabeça de alga. Que eu saiba, quem deu o primeiro passo fui eu. Se fosse esperar por você era capaz que nós ainda nem tivéssemos dado o primeiro beijo.

– Annabeth, não me avacalha assim na frente de todo mundo, por favor. – Percy pediu.

– To vendo sua experiência com as mulheres, Percy. Fala mais sobre seus truques, assim eu posso nunca fazer igual. – Leo riu.

– Caso vocês não saibam, a Annie que se apaixonou primeiro. Com esse meu charme, quem nunca? – Percy disse, logo sendo atacado por um taco de carne moída bem no meio da sua cara. A carne respingou por todos os lados.

– Desculpa, escorregou. – Disse Leo, gargalhando. Todos nós estávamos rindo muito aquela noite, para dar uma esquecida nos problemas.

Jason e Piper apareceram de mãos dadas, dando umas risadinhas.

– E ai, estavam fazendo o que? – Leo perguntou, sínico.

– Nada... – Piper murmurou, corando. Segurei o riso.

– Gostei do seu novo visual, Percy. – Falou Jason, zombando da carne moída espalhada pelas roupas e cabelos de Percy.

Leo distribuiu os tacos para nós, que por sinal, estavam maravilhosos. Leo era um ótimo cozinheiro.

Comi em silencio, e resolvi tomar um banho. Porque, cá entre nós, eu estava precisando. Dei um beijo de boa noite em Frank e peguei meu pijama, já indo para o chuveiro.

Tomei um banho bem demorado, relaxando. Continuei tentando evitar pensamentos sobre Nico. Tudo que eu precisava agora era de um pouco de descanso, porque se eu não conseguisse, como iria salvá-lo? Era difícil demais pensar nas possibilidades. Gaia já tirou minha mãe de mim uma vez. Ela poderia tirar Nico também, não poderia?

Afastei esse pensamento de minha mente, desligando a ducha. Sequei-me, penteando meu cabelo, e me vesti, indo para meu beliche. A sensação de estar novamente em uma cama macia e confortável me deixou mais calma. Fiquei ouvindo as conversas e as risadas do lado de fora, e sorri. Era tão bom estar bem. Pelo menos, naquele momento.

Continuei ouvindo os barulhos e, alguns minutos depois, a inconsciência tomou conta de mim, me levando para um sono sem sonhos.

*

– Hazel, chegamos. – Piper me sacudia.

– Já? – Perguntei, sobressaltada. Levantei-me em um salto, pegando a camiseta do acampamento Júpiter.

– Íris deu uma ajudada. – Ela disse. – Vai representar o acampamento hoje?

– Com certeza. – Eu disse.

Vesti-me rapidamente e peguei a minha lança. Corri para fora, onde os garotos estavam com algumas mochilas preparadas e, é claro, armados. Eles estavam fazendo uma M.I. com Reyna, se certificando onde era o endereço e se seria seguro irmos para lá.

– Creio que sim. Duvido muito que os monstros atacarão esse horário. Estou surpresa de como vocês chegaram cedo. – Ela disse.

– Reyna, o Valdezinho aqui é tudo de bom. Acha que eu não ia criar um barco com super velocidade? – Leo falou. Reyna limitou-se a dar um breve olhar para ele, e levantou a mão.

– Esperamos por vocês. – Ela disse, cortando a ligação.

– Então, vamos lá. – Disse Jason. – O hotel fica perto daqui, mais ou menos umas duas quadras. É melhor que cada um leve alguma coisa, assim fica mais fácil.

– Por que a Reyna só me ignora? – Murmurou Leo, pegando uma mochila. Peguei uma também, dando uma risadinha.

Seguimos Jason e Percy para fora do barco, caminhando pela Grécia. Devo admitir que a vista era incrível. Nunca vi um lugar tão lindo. Roma parecia tão pequena perto dali! Era lindo, de verdade. Eu olhava impressionada para tudo que havia por ali. Eu não era como Annabeth, que sabia tudo de arquitetura, mas posso garantir que aquelas eram as obras mais bem construídas do mundo.

Jason e Percy pararam em frente a o que imagino ser um hotel. Era de mármore branco, como todos os outros lares, e tinha uns três andares.

– É aqui. – Disse Percy. – Vamos.

Subimos as escadas devagar, com medo de que pudesse ser alguma armadilha ou algo parecido. Até que vi Reyna saindo pela porta da frente. Quando nos viu, abriu um sorriso fraco.

– Sejam bem vindos. – Disse ela. Ela parecia muito mais arrumada para uma tarde com amigos do que para uma guerra contra os seres mais perigosos da face da terra, mas resolvi não comentar. Seu cabelo estava preso com uma fina trança lateral como arco. Estava com a camiseta do Acampamento e usava uma calça jeans cinza. Usava um bracelete e brincos de ouro e segurava um arco, também de ouro. Instantaneamente, me virei para Leo. Ele estava boquiaberto.

– Fecha a boca, Leo. – Falou Piper rindo, reparando na admiração dele.

Entramos no hotel, e a cena foi chocante. Estava totalmente habitado por semideuses. Alguns, em perfeito estado, outros, davam dó de se ver. Percy rapidamente abriu a sua mochila e tirou vários pedaços de ambrosia. Jason virou-se para Reyna.

– Como você está? – Ele perguntou.

– Bem. – Ela respondeu, seca. – O que faremos agora? Em relação a batalha, é claro.

– Vamos ajudar esses semideuses primeiro. Quíron e Lupa já chegaram com os outros?

– Não. E, Percy, antes que você pergunte, Tyson está lutando contra os monstros marinhos. Ele está bem com seu exército. Ella e as outras harpias estão lidando com os espíritos do vento, e por incrível que pareça, elas estão se saindo muito bem. Arion e a Sra. O’leary já chegaram.

– Onde ele está? – Perguntei ansiosa.

– Na realidade, não sei direito. Eles chegaram ontem a noite, primeiro a cachorra, depois o cavalo. E hoje de manhã, não estavam mais aqui. Mas imagino que estejam perto. – Reyna disse, me desanimando totalmente. Então Arion não estava ali?

Fui me juntar aos outros, ajudando os feridos. Alguns estavam com feridas realmente graves, e parecia que só Apolo poderia ajudá-los. Isso me fez lembrar de algo.

– Leo, você arrumou o carro de Apolo? – Perguntei para um Leo que estava dando pedaços de ambrosia na boca de uma garota que parecia ser filha de Afrodite. Se não era a própria.

– Eu... Sim. Ontem a noite, quando você foi dormir, o carro divino apareceu lá. Foi fácil, era só restaurar alguns fios. Coloquei uns equipamentos a mais. – Ele respondeu, e sorriu para a garota. – Sente-se bem? Como é o seu nome?

– Victoria. – Ela sorriu para ele. Reyna chegou e começou a berrar.

– Valdez, o que está fazendo? Aqui não é central de relacionamentos! Anda! – Ela disse, enraivecida. Leo pareceu totalmente satisfeito com aquela cena.

– Está com ciúmes? – Ele perguntou.

– De você? Não seja ridículo. Quero que você ajude uns filhos de Marte. Deixa que eu e Hazel cuidamos das filhas de Vênus. – Reyna respondeu, olhando para mim. Eu assenti.

Leo ficou um pouco emburrado com aquela situação, mas seguiu o mandado de Reyna. Quando ele estava longe, não consegui segurar o impulso de perguntar.

– Gosta do Leo?

– O que!? É claro que não! Sabe que eu gosto do Jason, não sabe? Só não quero que ele fique se distraindo com as tolas filhas de Vênus. – Ela disse.

– Ah, então é disso que se trata? Reyna, não pode culpar todas as filhas de Vênus por causa da Piper. Ela é legal, e faz Jason feliz. É isso que importa. – Falei.

– Certo. – Ela respondeu, mas não pareceu convencida.

Não sei dizer quantos feridos eu ajudei, mas sei que foram muitos. Parecia que o dia já estava na metade, e cada hora que passava, ficava mais frio. Por sorte, o nosso exercito de filhas de Vênus trouxeram MILHARES de roupas para a guerra, então peguei um casaco e sai a procura de Frank. Ele conversava com Percy, Íris e Clarisse.

– O que faremos agora? – Frank perguntou.

– É melhor esperarmos por Quíron. Ele vai saber o que fazer. – Percy respondeu sério.

– Esperar mais? Pelos deuses, Percy, já esperamos tempo o suficiente. Temos que ir para a luta agora. Quer esperar Gaia levantar e destruir todos nós? Ah, tudo bem. Mas tomara que ela me faça o prazer de te ver sendo esmagado primeiro.

– Sem brigas, heróis. Vocês não podem brigar entre si. Mas Clarisse está certa, Percy. Gaia está cada vez mais próxima de despertar. Não pode esperar mais por Quíron, uma hora ele vai chegar, mas e se for tarde demais? – Íris falou.

– Então vamos esperar só mais uma hora, assim nós comemos alguma coisa antes de ir. – Percy disse, convencido. – Como estão alimentando toda essa gente?

– Na verdade, fica cada dia mais difícil. Não sei se tem alimento suficiente para todos. – Clarisse respondeu, e pela primeira vez, parecia envergonhada.

– Tudo bem, deixem comigo. Vou mandar uma M.I. para Héstia e ver o que ela pode fazer. – Íris respondeu. – Tenho certeza que ela não negará nada por vocês.

– Obrigado, Íris. – Percy disse.

– Agradeça a sua namorada, Percy. Sem ela vocês já estariam mortos, e eu estaria quase chegando a este ponto. – A deusa disse, sorrindo.

– Ok, mas ainda tem uma coisa. – Eu disse. – Onde os monstros estão se escondendo?

– Annabeth e Reyna acham que estão se escondendo em monumentos antigos, como o Partenon. Eu também acho, pois fica aqui perto... E eles sempre aparecem de vez em quando. – Clarisse falou.

– O pior é que monstros muito perigosos foram libertados. Não podemos lutar com medusa na briga. – Percy disse, preocupado.

Ficamos em silencio após a observação do Percy. Medusa é o monstro mais terrível em que eu podia imaginar. Além disso, Aracne, Esfinge, Equidna... Provavelmente, Quimera também estaria lá. Aquilo não ia ser fácil, eu sabia. Todos sabiam. Seria nós o suficiente?

Gritos ensurdecedores vieram dos andares de baixo do prédio. Descemos correndo para ver o que estava acontecendo. Fileiras de semideuses cobriam as passagens mas, com um pouco de esforço, conseguimos passar.

E vi. Pela porta de entrada, lá estavam eles.

Quíron e Lupa lideravam o maior exército que eu já vi em toda a minha vida.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

ieieieie
Bom, eu ia escrever ontem mas o cap tava um LIXO. Aí eu apaguei tudo e comecei a escrever esse hoje de manhã. Espero que gostemmm
No próximo, eles finalmente vao atras do exército de Gaia, junto com as centenas de semideuses e seres divinos que lutam por sua causa.