Um Par De Olhos Negros. escrita por Jéss mS


Capítulo 17
Presente


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Bom, vim dar um recadinho para vocês! A fic está quase no final hahahaha. Mas... Estarei postando uma nova temporada! E, novas aventuras e, obstáculos surgirão para Nora e, Patch. Espero que curtam! E, boa leitura.



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Era uma sexta-feira e, mesmo não querendo deveria cumprir o que Laurel me disse. Eu deveria ir ao Ritual das Filhas e, Filhos das Trevas. Era uma noite de Samhain e, nós estaríamos dando olá à liberdade que teríamos naquele final de semana. Alguns alunos iriam visitar seus pais humanos e, com isso os qualificadores mestres teriam de se espalhar pela cidade para que a passagem dos novatos não chegasse ao fim. Já os que estavam na Morada, permaneciam completamente protegidos. Estava olhando meu reflexo no espelho enquanto Vee tomava um banho e, Stevie Rae me dizia o que vestir. Negro. Eu deveria colocar roupas negras. Como se fosse Patch em versão feminina.

     - Tem certeza? - Perguntei à minha irmã enquanto me encarava no espelho. Aquele vestido?
     - Absoluta. Tudo bem que foi John o otário que te deu, mas, ele até que teve bom gosto. - Disse minha irmã enquanto sorria abertamente com seus olhos radiantes. Ela estava de pijama. Iria dormir comigo, já que Vee e, Shaunee iriam para a casa de seus pais. E, minha irmã Stevie tinha razão; o vestido delineou minhas belas curvas. Era um vestido sem alças e, com corpete que aumentava meus seios e, me deixava incrivelmente mais magra. Ele ia até os pés em uma seda negra na parte de trás, na frente ele era curto e ficava no centro das covas. Seu tecido quase era transparente não fosse a mini-saia que tem por baixo da saia maior para cobrir minhas partes. As costas eram nuas, o que deixava-me mais sexy ainda. Coloquei minhas sapatilhas negras e, amarrei o cabelo em um rabo de cavalo alto deixando à mostra as costas nuas, com algumas das marcas à mostra. Passei delineador e, um leve blush sobre as bochechas.
     - Vai acabar se atrasando. - Disse Stevie Rae deitada na cama de Vee e, esticando as pernas. - Vá logo ao ritual da cachorra. Sei que não quer me levar. - Continuou. Dando de ombros.
     - Vá logo se juntar a cachorra baby! - Berrou Vee do banheiro.
     - Estão me expulsando? - Berrei sorridente. Saí de frente do espelho e, fui até minha irmã; lhe dei um beijo no rosto. Fui até o banheiro e, encontrei Vee enrolada na toalha enquanto passava o creme que cobria as marcas, sobre seu ponto elevado no centro das costas. Dei-lhe um beijo no rosto.
     - Boa viagem e, volte logo. - Disse sorrindo para o reflexo de Vee no espelho.
     - Vou voltar, correndo na verdade. - Disse Vee rolando seus olhos verdes esmeraldas.
Saí de meu quarto e, fui ao caminho da sala do dormitório feminino. Saí do dormitório dando alguns olás pelo caminho e, cheguei às proximidades da fonte. Havia uma grande maioria de meninas e, meninos todos de negro. Da cabeça aos pés.
     - A novata mais abençoada, enfim se juntou a nós. - Disse a voz desinibida de Aphrodite que estava completamente deslumbrante. Ela estava com um top negro sem decote. Ia do pescoço à abaixo dos seios. As costas não eram nuas, mas eram cobertas apenas por uma fina renda negra. Sua saia começava acima do umbigo e, era longa cobrindo-lhe os pés. Era de seda com pontos de luz dourados espalhados por ali. Fiz uma menção com a cabeça.
     - Vamos seguir em frente. - Continuou Aphrodite. Logo estávamos de frente a uma parede de pedras acinzentadas e, com um leve passar de mãos um garoto estranho aos meus olhos abriu uma saída secreta na parede. Ele era loiro, com olhos incrivelmente azuis. Nariz fino e, queixo rude. Seu corpo era incrivelmente musculoso o que tirava sua aparência de bebê. Ele tinha uma aparência completamente angelical. Fiquei por último enquanto observava aquela beleza resplandecente.
     - Vamos Nora, não queremos nos atrasar. - Disse o rapaz com a voz grave que tinha.
     - Ah, me desculpe. - Disse gaguejando e, quase batendo em mim mesma por agir deste jeito na frente de um rapaz. É lógico; eu tinha Patch, mas, nem por isso deveria fazer um papel de ridícula na frente de garotos. Passei pela abertura e, seguimos pelas ruas. Mentalmente fiz a oração para que a Deusa nos cobrisse com total obscuridade para que não assustássemos nenhum humano que estivesse passando por ali. Chegamos em frente ao museu da cidade que era de uma beleza surpreendente. Se parecia mais com um castelo erguido no centro da cidade.
     - Lindo não é? - Sussurrou uma voz divinamente grossa atrás de mim. Virei-me de súbito e dei de cara com o rapaz com aparência angelical. - À propósito me chamo Gabe. E, nem precisa dizer seu nome que isso eu já sei. - Disse Gabe, soltando-me um sorriso divinamente belo.
     - Prazer Gabe. - Disse sem reação. Ao longe era possível ouvir a voz de Aphrodite já invocando o espírito e, sem nem perceber os elementos estavam me rodeando. Só a mim e, em mais ninguém ali presente.
     - Invoco os espíritos para esta noite de Samhain e, não invoco os bons, invoco os maus para que a noite seja inteiramente completa com suas áureas. - Disse Aphrodite em alto e, bom som. O que? Aphrodite invocaria os espíritos malignos só por ser noite de Samhain? Logo era possível sentir meu espírito. Ele não estava animado como sempre ficara, mas, se reprimindo dentro de mim; como se estivesse com medo de algo muito pavoroso que pudesse nos atingir. Ouvi ruídos de caixas de madeira sendo arrastadas ao longe e, logo espíritos fedorentos surgiram entre a multidão. Todos nos olhando com total curiosidade, mas, houve um que me chamou muito a atenção. Seus cabelos eram compridos e, quase chegavam aos ombros. Ele era exageradamente alto. Tinha belos músculos pelo corpo, olhos verdes, pele bronzeada e, seus olhos pareciam curiosos ao me ver. Sua risada reverberou pelas paredes ao longe. Aphrodite continuava falando, mas, eu não conseguia distinguir as palavras. Passei meus olhos pelos braços do espírito e, logo vi o que fez meu corpo tremer. Havia uma marca em seu pulso direito, uma marca em forma de pena levemente apagada e, como Patch havia dito alguns dias atrás. Aquele provavelmente era seu nefilim.
     - Não deixe que toquem em você. - Disse Gabe, ainda atrás de mim. - Olhe. - Continuou ele, apontando para uma garota que havia sido tocada por um dos espíritos; cheiro de carne “viva” tapavam meus narizes e, a pele da garota fervilhava ao toque do monstro. Apenas balancei a cabeça para frente e, para trás concordando.
"Corra anjo"Sussurrou a voz misteriosamente sexy de Patch em meus pensamentos. Onde estava ele? Eu procurava, mas, não encontrava seus olhos negros naquela multidão."Não tente me achar, apenas saia daí"Sussurrou Patch novamente. E, subitamente fiz o que ele pediu, saí correndo para qualquer lugar que me levasse para longe daquele espírito de Chauncey, o vassalo nefilim de Patch. Mas, logo senti meu braço sendo fortemente queimado por dedos levemente grossos pressionando a pele próxima ao meu cotovelo. Virei-me e, dei de cara com Chauncey.
     - Solte-a. - Disse Patch que apareceu sem que eu notasse atrás de Chauncey que não soltou o meu braço e, nem fez menção de se virar para encarar Patch. - Mandei você soltar.
     - Não escutou? - Berrou uma voz debochada não muito longe de nós três enquanto os dedos de Chauncey ainda queimavam minha pele. Mentalmente invoquei a água para que lavasse aquela dor dali e, aquilo subitamente aconteceu. Uma fumaça escura começou à subir e, onde segundos antes minha pele queimava; absurdamente foi lavada por uma água translúcida. Todos nos viramos na direção da voz de deboche. Patch logo ficou rijo em frente ao meus atentos olhos cinzas. Era Cam, o rapaz com quem ele discutia, meu antigo ajo da guarda que ele não gostava muito. Mas, como ele mesmo disse infelizmente ele era o seu colega de quarto. Cam nos alcançou e, seus olhos passaram por mim junto com um sorriso afetuoso. Cam sem medo de se queimar pegou Chauncey pela manga da camiseta e, o jogou longe com uma força impressionante. Ele iria se queimar se continuasse daquele jeito. Meus olhos arderam enquanto eu olhava a cena de Cam mantendo Chauncey no chão com apenas um pé. "Ele não vai se queimar" Disse Patch rudemente em meus pensamentos adivinhado-os. Mas, meu desespero foi maior, eu sai correndo na direção do círculo mágico formado por Aphrodite, meus instintos gritavam para que eu acabasse com aquilo. Cam e, Patch poderiam se machucar e, eu também poderia me machucar assim como muitas pessoas do Ritual estavam se machucando. 
Cheguei perto de Aphrodite que estava com os olhos brilhando para a cena que testemunhava como se estivesse gostando muito do que ela mesma causou.
     - Pare com isto Aphrodite. Pare! Está machucando aquelas pessoas não está vendo? - Berrei perto de seu rosto.
     - Chamei os espíritos para cá, para que ficassem livres e, se é isto que eles querem fazer. É isto que eles farão. - Disse ela sem tirar os olhos dos espíritos atacando os qualificadores novatos.
     - Então eu mesma vou parar com isto. - Sussurrei para mim mesma. Mas Aphrodite com toda certeza ouviu e, disse: - Como pensa que fará isso novata? Chamará Laurel? Ou pedirá para que seu Patch os tire daqui? Vadia.
     - Espere e, verá. - Disse olhando nos olhos azuis profundos de Aphrodite. Me encaminhei para o centro do círculo, onde as velas ainda encontravam-se acesas. A vela roxa dos espíritos estava aos meus pés. Fechei os olhos e, me concentrei em minha deusa e, em minhas mãos.
     - Invoco a força dos cinco elementos para que me ajude na trajetória a partir de agora. Ar leve com sua brisa a maldade destes seres; Fogo queime a brutalidade fatal destes corpos; Água purifique as maldades; Terra faça nascer a bondade e, Espírito volte às suas trevas. Voltem para seus calabouços eternos e, saiam do que não pertencem mais a vocês. Queremos vocês com luz para nos guiar e, não escuridão para nos perder. - Abri os olhos e, absolutamente todos me olhavam curiosos. Eu olhei nos olhos de Patch que me transmitiam uma alegria e, olhei para Cam que estava com os olhos esmeraldas dizendo que havia feito o que era correto. Aphrodite me olhava com lágrimas quase pendendo de seus olhos azuis e, profundos. Logo ouvi os gritos agudos de todos os espíritos e, vi os olhos raivosos de Chauncey que não deixou de olhar para mim nem por um segundo. Até que foi engolido por uma escuridão presente sob seus pés. Ele sumiu diante de meus olhos como todos ali presentes. Logo apaguei todas as velas agradecendo a presença dos elementos e, desabei no chão sentindo um súbito frio e, uma fraqueza. Era como se eu tivesse usufruído de toda a força existente em meu corpo, em minhas veias e, em meu subconsciente. Ouvi as passadas de Patch vindo para o meu lado. Logo ele se agachou ali mesmo, olhando-me profundamente nos olhos. Com orgulho.
     - Pronto anjo. - Disse ele olhando-me atentamente nos olhos. Como se quisesse me passar calma, mal sabia ele que só de vê-lo isto já acontecia por completo. Enquanto esfregava suas mãos por ambos meus braços. Ele estava feliz e, eu sabia disto. - Eu sabia que a Deusa lhe daria um tipo de qualificação preciosa. – Sorri abertamente com suas palavras e, logo Cam estava ao meu outro lado vago. Ouvi suspiros assustados e, logo a voz estridente de Aphrodite berrava abertamente:
- Como? Como isso pode estar acontecendo? Ninguém domina os elementos assim. Os qualificadores que dominam todos os cinco assim só podem... – Ela hesitou arregalando os olhos vagamente. – Você foi qualificada com todos os cinco elementos. Isso não acontece a milhares de anos! Porque você? – Disse ela com um tom de voz completamente indignado.
- Tenho absoluta certeza de que nossa Deusa quis isso. – Disse a voz poderosa de nossa Grande Sacerdotisa Laurel Neft saindo de entre os arbustos que ficavam em torno do museu da cidade. Ela se aproximou de nosso pequeno grupo – Cam, Patch e, eu – agachando-se a minha frente enquanto sorria com uma felicidade completamente perceptível. – Parabéns Nora Passarinha. – Disse Laurel com o apelido de minha vó escapando de seus lábios. Ela levantou-se e, foi de encontro à Aphrodite que olhava indignada para mim, como se eu tivesse culpa de algo. – Aphrodite, creio que não é mais digna de tal liderança. – Disse Laurel com certa brutalidade em cada uma das palavras. Ela levantou as mãos e, as encaminhou para a nuca de Aphrodite. Retirou o colar de líder das Filhas e, Filhos das Trevas. Veio em minha direção e, selou o fecho do colar em torno de meu pescoço. Uma lua cheia pendia no centro da corrente dourada. – Espero que usufrua bem do poder que lhe foi concebido. Agora, as Filhas e, Filhos das Trevas são de sua completa responsabilidade Nora. E, logo começará o treinamento como nossa próxima Grande Sacerdotisa. – Ela sorriu abertamente e, levantou-se encarando a todos presentes ainda com um tremendo “oh” nos lábios. – Novatos, recebam a pequena Grande Sacerdotisa de vocês e, também Líder das Filhas e, Filhos das Trevas.
Todos bateram palmas freneticamente e, berraram em minha homenagem. Eu certamente teria desmaiado no chão se não fossem os braços firmes de Patch em torno de minha cintura e, as mãos de Cam no centro de minhas costas. Onde meus cinco importantes pontos estavam.


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Notas finais do capítulo

E aí? Curtiram? À partir do próximo capítulo surpresas surgirão! Não fiquem bravos comigo poxa ): E, cadê os comentários dos meus fiéis leitores? Estou com muita saudade viu? Beijones e, se cuidem hahaha s2