Another Chance escrita por Broken


Capítulo 2
Another Chance


Notas iniciais do capítulo

Eii! Eu sei que vocês devem estar querendo me matar por demorar tanto, mas aqui está o segundo capítulo e último, e grande!
Espero que gostem e uma coisinha, eu chorei mais do que no capítulo anterior escrevendo este.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/245856/chapter/2

Albus sentia as luzes entrando em seu quarto, indo de encontro com os seus olhos, mais uma vez encontrava-se sozinho naquela cama, suas mãos foram de encontro ao diário da garota, ele tocou a capa com ternura.

            - Leia uma página e eu juro, o Avada rola a solta aqui – uma voz feminina falou, fazendo com que Albus se erguesse da cama.

            -AH!– ele gritou ao constatar quem era.

            -AH!– a garota gritou de volta, pulando em cima da cama, com medo de que algum bicho estivesse no chão. – Por que você gritou? – ela perguntou fitando Albus. – Al, está tudo bem? Você está pálido, mais do que o normal.

            - Nã-ã-ã-ã-o – o garoto gaguejou. – Você... Você morreu – ele apontava um dedo trêmulo para a garota que o encarou assustada.

            - Eu não estou morta! – Lysander disse. – Você comeu antes de dormir? Ah, já sei, você deve ter tido um pesadelo, eu sou real, Albus,real –Lysander deu ênfase à última palavra.

            - Real? – Albus perguntou temeroso, tal como uma criança quando o pai lhe fala que não há ao que temer, pois não há monstros debaixo de sua cama.

            - Sim – Lysander disse sorrindo -, tudo bem, irei me aproximar, e você vai tocar a minha mão e vai ver como eu sou real, certo?

            Albus assentiu, vendo a garota dando passos vacilantes em sua direção. Lysander ergueu o braço para Albus, que tinha as mãos tremendo quando roçou os dedos gélidos e pálidos sobre a pele macia que a garota possuía.

            Um sorriso fora abrindo no rosto de ambos.

            - Você é real – ele sussurrou.

            - Sim, Al.

            - Você é real! – disse enquanto erguia a garota e rodopiava com ela.

            - Albus Severus Potter me ponha no chão! Você tem que ir trabalhar! – Lysander falou sorrindo.

            O garoto assim fez, mas não antes de verificar que horas eram em seu relógio de pulso, que estava... Inteiro? Seu cenho ficou franzindo.

            - O que foi? – Lysander perguntou.

            - Eu tinha quebrado o meu relógio – Albus fitou os da garota -, ontem, quinta-feira, assim como você tinha se cortado na loja da Lily.

            - Albus, você deve ter sonhado,hoje é quinta-feira– Lysander constatou sorrindo – e minha mão está inteira – ela mostrou ambas as mãos.

            - Mas como? – Albus perguntou com o cenho franzido.

            - Oras, porque é quinta-feira e ponto final! Ontem foi quarta, você queria o quê? Que fosse sábado? – Lysander resmungou fazendo Albus sorrir, os momentos em que a Sonserina demonstrava a qual casa pertencia sempre o deixava rindo. – Eu vou fazer o café, e é melhor se apressar para não se atrasar, Potter – a loira falou deixando o quarto.

            - Continuo achando que não estava sonhando – Albus murmurou olhando no relógio, mas mesmo assim, começou a tratar de sua higiene.

            Ao chegar a conzinha reconheceu o cheiro de panquecas no ar. Panquecas? Albus franziu o cenho ao ver Lysander fazendo-as a modo trouxa preparando-se para pegar na frigideira, ele pensou em protestar, mas então viu que a mão da mesma estava protegida.

            - Hey! – ela lançou um olhar rápido antes de voltar a se concentrar nas panquecas.

            - Quer ajuda? – Albus perguntou aproximando-se. Ela negou sorrindo, pondo a última panqueca no prato que estava no balcão ao seu lado.

            Albus apenas deu de ombros indo sentar-se a mesa posta. Lysander não tardou a depositar o prato que continha panquecas. Enquanto tomavam seus respectivos cafés, o moreno não conseguia parar de admirar a garota a sua frente, ele sabia que aquilo não foi um sonho (estaria mais para “pesadelo”), mas ao contrario dos demais, aquele pesadelo realmente aconteceu!

            Lysander percebia o olhar de Albus e apenas sorria para ele, tudo o que a garota poderia pensar era: “O que aconteceu com ele?”.

            - Al? – Lysander falou olhando o relógio trouxa atrás do moreno.

            - Sim – ele respondeu sorrindo.

            A garota apontou timidamente para o relógio atrás do namorado. Albus virou a cabeça lentamente.

            - Mas que... – o garoto levantou-se abruptamente da mesa, correndo pela casa recolhendo o seu material, ele iria chegar se atrasar. Ele depositou um beijo na testa da garota antes de aparatar ali mesmo no apartamento.

            - Sozinha... – Lysander constatou olhando ao redor. – Melhor cuidar nisso aqui antes de ir ajudar a Lily.

            Lysander pegou a sua varinha, e com um aceno fez com que tudo fosse para pia, e com outro, tudo estava limpo e no seu devido lugar. A loira sorriu orgulhosa de si mesmo.

[...]

            A loja de artigos trouxas que Lily Potter estava abrindo no Beco Diagonal estava quase pronta, faltava apenas remover os objetos das caixas e pôr-los nas prateleiras, não eram muitos, apenas três ou quatro caixas. As duas garotas conversavam sobre assuntos bobos.

            - Lily, aonde eu coloco isso? – o garoto de cabelos castanhos, e olhos azuis, com sardas em baixo aos olhos perguntou, saindo do depósito com uma grande caixa.

            - Ali, Hugo – Lily indicou um local próximo às demais caixas.

            Lysander segurou um riso.

            - O trabalho duro foi feito garotas, agora é com vocês, eu não sei organizar essas coisas – Hugo disse enquanto franzia a cara quanto à parte de organizar. – Até mais.

            Hugo aparatou ali mesmo, deixando as garotas ali, sozinhas. Lysander pegou uma adaga e a segurou, colocando um dedo na ponta, tentando dar uma pose de durona a si mesma enquanto encostava-se na mesa.

            - Então... – ela começou fitando Lily - , faz tempo?

            - O quê? – Lily olhou para a garota segurando um riso. – Acho melhor tomar cuidado com essa adaga, Lys.

            - Não mude de assunto, Lily – Lysander revirou os olhos. – Você e o Hugo?

            Lily ficou tão vermelha quanto o seu cabelo, esse era um problema de ser uma Weasley, você ficava vermelha da cor de seus cabelos.

            - E-e-eu nã-não – Lily gaguejou.

            Lysander sorriu.

            - Não se preocupa, eu não vou contar – Lysander viu o rosto da garota aliviar. Ela descansou a adaga na mesa e foi a ajudar Lily a desempacotar tudo.

            As garotas se divertiam com os conteúdos da caixa, até que em um acidente, Lily deixa um vaso de vidro (que segundo ela era muito raro) cair de suas mãos.

            - Oh, Merlin! – Lysander falou vendo o estrago feito. – Ele era raro, Lily!

            - Pois é, mas esse aqui também é – Lily tirou da caixa um outro vaso, um do mesmo jeito do anterior que fora quebrado. Ela tinha um sorriso maroto no rosto.

            - Tem certeza de que não é uma Sonserina? – Lysander perguntou sorrindo.

            Lily fez uma cara de ofendida antes de responder:

            - Cem por cento! Eu apenas sou uma Grifinória muito, mas muito prevenida.

            - Pois vamos limpar essa bagunça, antes que alguém se machuque – Lysander começou a juntar os cacos com as mãos limpas, infelizmente não foi assim que terminou, um caco de vidro fez um grande estrago na palma da mão de Lysander.

            Lily rapidamente fez um movimento com a varinha, para impedir que a mesma continuasse a perder o sangue. Lysander sorriu como agradecimento. A garota tinha agora a mão enfaixada quando lembrou-se: “Eu tinha quebrado o meu relógio, ontem, quinta-feira, assim como você tinha se cortado na loja da Lily”. Não. Ele não quebrou o relógio, o Albus deve ter tido apenas um tipo de dejavú.

           

[...]

            - Potter! – Albus estava sentando em sua mesa, analisando alguns papéis quando ouviu o chefe do departamento de Aurores o chamar.

            Ele pôs-se de pé.

            - Trabalho para você – ele avisou. Albus soltou um suspiro.

            - Deixe-me adivinhar, mercadoria pirateada.

            - Isso mesmo, Potter, o Fellicius vai lhe informar o local – o chefe disse saindo dali.

            Albus apenas aparatou, ele tinha uma boa ideia do local. Ele estava prestes a correr em direção ao sujeito, mas não iria cometer o mesmo erro duas vezes. Albus aproximou-se, percebeu que o sujeito o examinava com curiosidade enquanto juntava as suas coisas e partia.

            Assim que o homem começou a correr, Albus foi atrás, enquanto tirava a varinha das vestes, o homem jogou latas de lixo nele, mas ele desviou.

            - Estupefaça! – no mesmo instante o homem caiu inconsciente no chão. Albus sorriu orgulhoso de si mesmo, mas então olhou para o relógio mais uma vez quebrado, ele suspirou.

            Ele recolheu o saco e segurou o homem pelas vestes. Mas antes, os olhos verdes encontraram uma joalheria, um grande anel com um diamante brilhando, algo que chama a atenção de várias pessoas, porém o garoto tinha outra coisa em mente. Rapidamente aparatou no Ministério, Fellicius era o único ali.

            - Fellicius, cuida desse aqui por mim, eu tenho que fazer algo – Albus mal esperou a resposta quando aparatou novamente para o mesmo local, agora, entrando na loja.

[...]

            Lysander estava em casa, ela não sabia o que fazer, então acabou deitando-se no sofá, sem se dar conta, começou a analisar o corte que tinha em sua mão, e mais uma vez o que Albus disse tomou conta de sua mente.

            “... assim como você tinha se cortado na loja da Lily”.

            Aquelas palavras ficaram se repetindo por horas na cabeça da garota loira, até que a mesma resolveu que era hora de tomar um banho. Ela passou horas debaixo da ducha, até que sentiu os dedos já bastante enrugados. Ao sair do banheiro pode escutá-lo chegando.

            - Lys? – chamou da sala.

            - Aqui! – Lysander respondeu enquanto procurava uma roupa no guarda-roupa.

            - Escolha um vestido, nós vamos sair – Albus falou sorrindo.

            - Não irei te questionar, Potter – Lysander falou.

            Lysander rapidamente vestiu. Escolheu um vestido carmim, simples e solto, colocou uma sandália e ela estava pronta. Ao chegar na sala viu Albus usando terno, aquilo a deixou surpresa.

            - Uau! – deixou escapar ao ver Albus. – Será se a dama aqui – indicou ela – poderia saber a onde o cavalheiro – indicou Albus – estaria a levando?

            - Não ainda – Albus respondeu sorrindo enquanto segurava a mão da mesma e aparatava.

           

[...]

            Era um lago. Lysander reconhecia aquele lugar. Era o London’s Green, o local onde Albus havia a trazido pela primeira vez desde que eram namorados, era próximo ao restaurante De Lacrouix. O lugar continuava do mesmo jeito, mas Lysander não entendia porque estava ali, afinal, tudo estava escuro, muito escuro.

            Albus puxava a garota para o centro do local.

            - O que você está fazendo? – ela perguntou divertida.

            - Shiu! – ele falou enquanto procurava a posição correta. – Aqui. Scamander, eu sei que aqui está escuro, muito escuro.

            - Você está completamente certo, Potter – Lysander falou tentando enxergá-lo em meio aquela escuridão.

            - É porque no claro eu não poderia fazer isso – e com um aceno de varinha, Albus fez as velas acenderem-se.

            Lysander encarava tudo com lágrimas nos olhos.

            Ao redor do casal havia se formado um tipo de circulo de velas com flores dentro e próximo a Lysander, as palavras: “Casa comigo?” apareceram. Ele fitou Albus no que estava de joelhos segurando uma caixa de veludo verde escuro, pequena, e dentro, continha algo menor ainda, ela apenas via o brilho prateado do anel.

            - Sim! – Lysander falou sem esconder o entusiasmo.

            Albus pôs o anel prateado no dedo da garota, depois pôs-se de pé enquanto a beijava.

            - Agora a gente vai comer, porque eu estou faminto – Albus falou.           

            - Você é inacreditável, Potter! Você acaba de me pedir em casamento e vem me falar que está com fome! – Lysander bufou. – Mas se bem que agora que o assunto foi mencionando, isso funciona para mim também – Lysander falou sorrindo. – Vamos para o De Lacrouix? É bem ali!

            - De Lacrouix? A gente sempre vai ali, vamos em outro? Como por exemplo, o de comida chinesa? A gente nunca comeu comida chinesa! – Albus tentou desesperadamente mudar o rumo, e pelo que parecia funcionou.

            - Tudo bem – Lysander falou rendendo-se enquanto sentia o braço de Albus rodear sua cintura.

[...]

            Durante o jantar eles apenas conseguiam ver um ao outro, ambos sorrindo, Lysander girava o pequeno e delicado anel no dedo sendo observada por Albus.

            - Lys, um segredo – Albus falou sussurrando.

            - Fala – Lysander debruçou-se sobre a mesa sussurrando.

            - Esse anel é mágico – Albus falou. – Quando eu estiver longe e se você sentir saudades de mim, basta tirá-lo.

            Lysander o encarou incrédula.

            - E ele vai te trazer de volta? – ela perguntou semicerrando os olhos.

            Albus soltou um riso enquanto bebia de sua taça.

            - Responda-me, Potter! – Lysander pediu.

            - E se eu não quiser? – Albus desafiou.

            - Então fique com ela e faça bom proveito! – Lysander respondeu pondo o macarrão na boca.

            Por mais estranho que possa parecer, esse era o modo como eles falavam “Eu te amo!”, realmente no mundo cada um vai achar o seu modo para falar, mas amar diferente não é a mesma coisa que amar menos.

            Albus pediu a conta, não demorou para eles pagarem e saírem do restaurante. Eles foram para o mesmo parque ficaram brincando, como nos velhos tempos. Lysander fugia de Albus, mas o garoto insistia em correr atrás da mesma, não importava, ela era sua, então uma hora ou outra as coisas que são nossas voltam para nós, algumas tardes demais, outras voltam quando menos esperamos. Depois de correr muito, Albus finalmente conseguira pegar a garota, que havia tropeçado.

            - Vamos para casa? – Lysander perguntou com os olhos brilhando.

            Albus ergueu-se estendendo uma mão para a garota. Juntos, foram ao modo trouxa (por insistência de Lysander), caminhando sozinhos por aquelas ruas.

            Esperaram o sinal fechar para poderem atravessar. Lysander foi na frente, e Albus viu tudo acontecer novamente, seus olhos encheram-se de lágrimas.

            - Você não vem? – Lysander o chamou, despertando-o de seus pensamentos. Albus ponderou sobre a pergunta.

            - Claro – ele respondeu enquanto ia para o lugar em que a garota estava.

            Ele segurou a mão dela com mais força do que o necessário, mais uma vez aquele sonho estranho tomou conta de sua mente.

            - Tudo bem, Al? – Lysander perguntou parando no meio da rua.

            - Eu te respondo quando chegarmos ao outro lado – Albus falou arrastando a garota, ou pelo menos tentando pois a mesma puxou o seu braço.

            - Não – bateu o pé enquanto cruzava os braços. - Agora.

            Albus suspirou.

            - Vem, Lys, por favor, pelo menos dessa vez faz isso – Albus pediu calmamente.

            Lysander cedeu. A rua em que estavam fora invadida por dois carros trouxas negros em alta velocidade, ambos deslizando de um lado para o outro, Lysander assistia a cena atônica, até ver o carro vindo em sua direção, seus braços ficaram na frente do seu corpo, e seu consciente esperava pela batida, mas ao contrário disso, o que ela sentiu fora o seu corpo sendo arremessado para o lado e depois escutou o freio do carro.

[...]

            Lentamente a garota fora abrindo os olhos, tinha leves arranhões no braço, apenas isso. Um clarão tomou conta de sua visão.

            - Al? – chamou. – Albus? – chamou novamente. – Albus! – gritou.

            Mas quem entrou pela porta não fora Albus. Era um garoto loiro.

            - Lorcan? – Lysander inclinou a cabeça. – Cadê o Al?

            - Lys, como é bom te ver açodada, maninha – Lorcan falou sorrindo.

            - Lorcan Scamander, aonde está o Albus? – ela perguntou puxando o irmão pela gola da camisa.

            - Eu sinto muito, Lys – Lorcan começou, Lysander já sentia as lágrimas formarem-se -, o Albus levou todo o impacto do carro, no momento, vários médibruxos estão tentando ajudá-lo.

            - Aonde ele está? – Lysander perguntou mais uma vez.

            - No final do corredor – Lorcan respondeu vendo a irmã atirar fora os lençóis e sair disparada pelo corredor.

            - É melhor que alguém fique ao seu lado, Lys – Lorcan falou puxando a porta.

            Lysander apenas corria enquanto o mundo parecia passar em câmera lenta. Ela viu uma parte dos Weasley, Potter e a Lewis ali, mas não se importou, se importou muito menos com os protestos que eles faziam ao vê-la fora da cama. Lysander aproximou-se do vidro e lá estava ele. Todo coberto de sangue e arranhões, sendo rodeado por vários homens e mulheres de branco que corriam de um lado para o outro.

            - Albus! – gritava do outro lado do vidro.

            O garoto de cabelos negros pode visualizá-la mais uma vez, ele sorriu e tentou dar tchau, mas o máximo que conseguiu fora erguer a mão, fazendo Lysander chorar ainda mais, ele queria poder dizer para a garota não chorar, mas ele não conseguia, tudo doía, doía e muito, e Albus queria dormir, seus olhos iam fechando-se lentamente, mas os gritos de Lysander atravessavam a sala e ele nada podia fazer.

            Depois de alguns segundos os aparelhos pararam de funcionar.

            - NÃO! – Lysander gritava do outro lado, vendo que Albus tinha fechado os olhos. Lily que viu, deixou que as lágrimas tomassem conta de seu rosto, logo foi amparada por Jane, Rose tentou conter as suas, mas Scorpius logo percebeu.

            Lysander era a única que não queria consolo. Ela encostou-se na porta e deixou seu corpo escorregar. Seu rosto ficou escondido entre as suas pernas.

            - Vem, Lys, vou te tirar daqui – Lorcan falou colocando-a em seus braços e aparatando.

            Ao chegar no antigo apartamento que dividia que Lorcan, ela virou-se para ele e disse:

            - Me deixe em casa.

            - Você está – Lorcan respondeu limpando as lágrimas da irmã.

            - Não. Eu quero a minha casa e a do Albus! – logo mais lágrimas tomaram conta de sua face. Lorcan suspirou enquanto aparatava novamente.

            Eles entraram na casa, Lorcan observara cada reação da irmã depois de trancar a porta. Ela fora para o quarto e deitou-se na cama, afundando o seu corpo nos lençóis. Lorcan se encostou no batente da porta e ficou a observando.

            Lysander arrancou o seu diário debaixo do travesseiro e começou a escrever.

            “19 de junho de 2025

            Eu não consigo acreditar! Ele se foi. Ele morreu. Albus Severus Potter está morto. Por quê? Porque ele? Ele era jovem e eu o amava! Quando eu estava triste, ele me fazia alegre. Se eu ficasse com medo e gritasse, ali ele aparecia para me proteger.

            Por que logo hoje? Logo no dia em que ele me pediu em casamento. Nós estávamos tão felizes, mas não, algo sempre vem para acabar com a nossa felicidade...

            Eu te amo, Potter, e eu sei que você talvez nunca irá ler isto, mas você sempre soube disto, mesmo quando brigávamos, e Merlin, como eu me arrependo de cada briga, principalmente da última.

            Eu só queria que você estivesse aqui quando eu acordasse, que você ficasse aqui comigo, me abraçasse e dissesse: “foi apenas um pesadelo”. No final você estava certo, na quinta-feira alguém morre, mas na minha foi você, por favor, Albus, me devolve o meu coração, porque eu acho que isso não vai ser algo de fácil superação.”

            Lysander tinha o papel molhado de suas lágrimas, mas assim mesmo virou para o irmão.

            - Sabe, hoje ele havia me pedido em casamento, e eu tinha aceitado – ela falou brincando com a aliança enquanto chorava.

            - A Lily contou que ele iria te pedir – Lorcan falou tristemente.

            - Ele também falou que se eu sentisse saudade bastava eu tirar a aliança – ela falou fazendo isso.

            Nada aconteceu. Ela apenas olhou para o irmão gêmeo e deu um sorriso de canto. Ao repousar a aliança sentiu algo como um arranhão dentro, ela passou o dedo por ali e percebeu que havia uma frase gravada. O nosso amor...

            - É como o vento, não posso vê-lo, mas eu posso senti-lo – Lysander falou controlando as lágrimas. Uma frase que Albus tinha visto em um livro trouxa e que tinha feito desta, a frase deles.

            Lysander fechou os olhos.

            - Ele me amou, Lorcan – ela constatou chorando. Lorcan abraçou a irmã e deixou que a mesma molhasse toda a sua camisa com suas lágrimas.

            Talvez nós possamos mudar o futuro, mas não sabemos as consequências que isso deixará no passado, e as vezes, até mesmo no presente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Choraram muito? Até agora estou sem me perdoar por ter matado o Al.
Não deixem de visitar minha outra fic UA, Dear Diary, nova geração: http://fanfiction.com.br/historia/256732/Dear_Diary/
ScorpKisses



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Another Chance" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.